Há pessoas que acham que ter várias crianças para transportar significa que precisam de uma carrinha e que a opção pela bicicleta lhes é automaticamente vedada. Não é verdade:
Não será para toda a gente em todas as circunstâncias, mas será para alguns. 🙂
Não é ideal, porque pode passar a mensagem de onde não há sharrow não há ciclistas ou estes têm menos direitos, contudo, parece-me mil vezes melhor que os corredores para bicicletas (vulgo ciclovias na faixa de rodagem) tantas vezes advogados e tantas vezes mal implementados (embora seja sempre difícil implementar bem um conceito mau à partida).
Um corredor para bicicletas costuma ter uma largura variável, geralmente não dá para mais do que a largura de uma bicicleta (até menos!!), e o ciclista é obrigado (em Portugal, pelo nosso CE, sempre que estiver sinalizado com aquele sinal circular azul) a circular dentro dos limites do mesmo. Geralmente os carros na via imediatamente à esquerda passam bastante perto e depressa devido à pouca largura das vias, e a bicicleta circular também bastante perto do passeio e dos peões que lá circulam.
Uma sharrow não limita os direitos dos ciclistas ao usar uma via de trânsito normal, permitindo-lhes posicionarem correctamente na estrada (para verem, serem vistos, conseguirem comunicar e darem margem para erros) apenas lembra aos restantes utentes das vias que os ciclistas tambéms as usam, têm direito a elas, e que é aquela posição na estrada que devem tomar (ou que podem tomar) – muitas vezes são os próprios ciclistas que não a ocupam por ignorância, medo ou falta de confiança.
O problema de implementar este conceito cá é o da regulamentação actual, o CE não prevê coisas destas, e não sei o que existe em termos de regulamentação a nível municipal ou nacional dos requisitos técnicos das vias para velocípedes…