António Costa pedalou, este domingo, pela zona ribeirinha do Tejo, para mostrar como os lisboetas podem usufruir daquela zona de Lisboa. O socialista assegurou ainda ter acordado a limitação da altura do terminal de contentores de Alcântara.
O vereador Manuel Salgado, que também vestiu a camisola, defendeu que uma cidade com bicicletas tem uma melhor arquitectura, porque «a arquitectura não são só os edifícios», mas também «o espaço público». «Precisamos de acalmar a circulação na cidade de Lisboa», frisou.
Já a vereadora Helena Roseta contou que todos os dias se desloca de bicicleta para a Câmara Municipal de Lisboa e criticou a falta de civismo de alguns automobilistas.
«Basta aumentar um metro a faixa “bus”» para dar «segurança» a quem circula de bicicleta pela cidade, disse a vereadora, considerando essa uma da pequenas medidas que a coligação de que faz parte pretende «implementar» no próximo mandato.
Bom agora só falta acabarem de uma vez a bendita “pista ribeirinha”, acabar de pavimentá-la, acabar as pinturas e marcações no chão, e pôr a sinalização em falta… E vedar o acesso dos automóveis à dita pista, e passeios associados, de dia, mas particularmente à noite, nomeadamente na zona dos bares…
No passado dia 30 de Setembro, a Associação Europeia de Comerciantes de Veículos de Duas Rodas (ou European Twowheel Retailers’ Association – ETRA) submeteu hoje à Comissão Europeia uma proposta de mudança dos regulamentos relativos aos veículos a pedal assistidos electricamente, bicicletas eléctricas e ciclomotores eléctricos.
Com o objectivo de chegar a um acordo face a esta proposta, a Associação de Veículos Eléctricos Leves (ou Light Electric Vehicle Association – LEVA) organizou um encontro de representantes desta indústria na sexta-feira, dia 25 de Setembro, em Las Vegas, enquanto a ETRA realizou uma reunião em Bruxelas no dia 29. Os representantes da indústria em Las Vegas votaram na alteração da potência de 250 W para 500 W e dos limites máximos de velocidade não assistida de 25 km/h para 32 km/h. Depois de uma discussão longa e detalhada, os representantes da indústria reunidos em Bruxelas optaram por se focar apenas no acréscimo da potência, uma vez que o limite de velocidade para ciclomotores de baixa performance é 25 km/h, e isso pode significar uma relutância da Comissão Europeia em permitir limites superiores para as bicicletas eléctricas.
Porém, os representantes da indústria em Bruxelas não se focaram apenas nas especificações das bicicletas a pedal que as excluem da proposta. Os 18 participantes na reunião, representantes de 14 empresas, trabalharam também para um consenso na definição de duas novas categorias a serem introduzidas na proposta.
Para os velocípedes a pedal que não ficam excluídos da proposta, a ETRA propõe a seguinte definição:
“Velocípedes a pedal equipados com um ou mais motores eléctricos auxiliares que não excedem na soma das suas potências 1 kilowatt, de tal forma que a sua assistência cesse assim que o veículo atinge uma velocidade igual ou inferior a 45 km/h, ou caso o ciclista pare de pedalar.”
A ETRA proõe ainda uma nova categoria para velocípedes eléctricos com acelerador ou ciclomotores de baixa performance, definida da seguinte forma:
“Velocípedes ou ciclomotores com um ou mais motores eléctricos tal que a soma das suas potências não exceda 1 kW e uma velocidade que não exceda os 25 km/h.”
O texto integral da proposta pode ser lido neste documento. A ETRA necessita do maior apoio possível dos representantes da indústria. Se concordar com a proposta e pretender apoiá-la, então a ETRA pede-lhe que envie para o endereço de e-mail o seguinte texto preenchido:
Our company ………………………. (nome da empresa), represented by ………………………… (nome do responsável) …………… (cargo do responsável) is in agreement with the ETRA proposal for the modification of the rules in Directive 2002/24/EC governing electric cycles and mopeds and therefore supports the proposal.
Se apoiar oficialmente a proposta por e-mail, a sua empresa será adicionada à lista de empresas que será entregue com a proposta à Comissão Europeia.
Um consórcio europeu envolvendo, entre outros, a ETRA (algo como a “Associação dos Revendedores de Duas-Rodas” Europeus) e a ECF (Federação de Ciclistas Europeus) recebeu um subsídio de 1.4 milhões de Euros para o primeiro projecto (piloto) europeu a envolver os revendedores de bicicletas – Presto – que pretende aumentar a distribuição modal da bicicleta em 5 cidades europeias.
O projecto consiste na organização de “dias de test rides” com vista a familiarizar os utilizadores das estradas com o fenómeno das bicicletas eléctricas e com as suas potencialidades, na produção de Manuais de Boas Práticas e Folhas Informativas acerca das bicicletas eléctricas, ao mesmo tempo que se sensibiliza os revendores locais de bicicletas para a necessidade de uma oferta adequada de bicicletas para uso urbano e utilitário.
Medir, registar, avaliar o impacto de qualquer medida ou projecto é essencial para poder definir estratégias políticas e económicas eficientes e eficazes. Cá em Portugal não é muito habitual fazer-se isso.
Gostava de ver algo similar cá, quer em investimento quer em preocupação genuína no sucesso das medidas, programas e obras implementadas. Ver que efeito têm as ciclovias, as BUGAS, BICAS e afins, e… bom, não há mais nada, ou há? 🙁 A ideia que passa é que as coisas feitas cá são inconsequentes, para encher chouriços ou para inglês ver, de fachada. É uma tristeza e envergonha-me, como cidadã portuguesa, e desilude-me e frustra-me, como ciclista portuguesa.