Sem entrar na discussão acerca da incompreensível imbecilidade de construir mais outra ponte com vertente rodoviária numa era de racionamento de energia (já nem vou referir os problemas urbanos de congestionamento, poluição e usurpação de espaço público, etc, etc), é bom ver que há algumas vozes a alertar para algum bom-senso no meio da loucura:
Para José Mateus, a estrutura da ponte deve ter associado um sistema de aproveitamento da energia solar e do vento e ainda permitir que seja atravessa a pé ou de bicicleta.
Ao contrário das pontes 25 de Abril e Vasco da Gama, que quando foram construídas estavam no limite da cidade, na opinião do arquitecto, a ponte Chelas/Barreiro vai ligar directamente o tecido urbano de Lisboa ao do Barreiro.
“As outras duas pontes foram auto-estradas construídas no limite da cidade mas esta é mais urbana e deveria constituir-se como um prolongamento dos espaços percorridos pela população“, afirmou à Lusa José Mateus.
“À semelhança da ponte de Brooklin, nos Estados Unidos, deveria ser percorrida a pé ou de bicicleta e não ser simplesmente uma via rápida ou auto-estrada constituindo-se assim como um prolongamento do que se passa dos dois lados”, explicou o arquitecto.
Esta ideia foi algo que chegámos a discutir com outros “activistas” no encontro de Janeiro.