Esquecida durante muitos anos na casa da avó lá para os lados de Ourém:
Com esta bicicleta (e aparentemente sem luzes e com um ridículo cadeado de cabo fininho!), e sem porta-bagagem, pára-lamas ou protecção de corrente, ia para a escola, para a natação e para o Cardiofunk (em tempos dancei pop & hip hop), ia à mercearia e a casa de amigos, e ia passear. Mas não me lembro de nada. Não me lembro como era, como fazia, penso que não ia pelos passeios (até porque não havia muito disso), será que ia na berma? Como eram as interacções com os carros? Lembro-me de prender a bicicleta à porta do ginásio e ter receio que ma roubassem, mas mais pela zona e por ser um beco, acho que não tinha consciência da vulnerabilidade do cadeado. Punha a mochila às costas e lá ia eu. E adorava. 🙂
Há uns tempos trouxémo-la para cá, para recuperar e dar nova vida. Foi comprada numa loja no Linhó, Bicicleta Especiais Sier! Acho que ainda existe mas não tenho a certeza. Lembro-me vagamente de lá estar. Na altura, as bicicletas de montanha é que eram especiais (início dos anos 90!) 🙂
O que fazer com uma bicicleta de montanha dos anos 90?
Bom, várias pessoas, sensatas, pegam nelas, levam-nas à oficina e pedem para a limpar, rever, reparar quando é preciso, e mudar ou acrescentar umas coisas (guiador, pára-lamas, etc) para as começarem a usar no dia-a-dia. Era isso que tinha em mente para a minha bicicleta de adolescente. Já o Bruno viu aqui uma oportunidade de dar largas à criatividade e agora tenho isto:
Ele achou que um “banana seat” tinha tudo a ver comigo. 😛
Bonito, né? 🙂 Agora o que é que eu faço com isto? Para andar por aí na estrada não dá jeito. Quer dizer, até é fixe para afirmar o meu espaço na estrada, com aquele guiador, eheh, mas estou tramada se quiser filtrar os carros às horas de ponta. 😛 Resta-me passear. Talvez levá-la para a Massa Crítica. 🙂