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Mais modificações da Mobiky Genius

Richard Buck (cyqlist) tem no seu conjunto de fotos no Flickr algumas onde é possível ver as alterações que fez à sua Mobiky Genius, que até à última alteração ao sistema de iluminação traseiro estava assim:

Ele começou por alterar o selim de origem para um Brooks, porque considera o selim original demasiado esponjoso e pouco escorregadio:

O modelo usado é um Ladies Standard B.17S por ter o nariz mais curto e não interferir com a pega de transporte da Genius.

Para quem quer usar a bicicleta à noite, um bom conjunto de iluminação é fundamental. Usar algo com pilhas tem sempre o problema da sua recarga, ou pior, da sua substituição. As pilhas costumam demorar muito a carregar e são tóxicas (embora cada vez menos com a eliminação do mercúrio e cádmio da sua composição). Por estes motivos a utilização em contexto urbano de sistemas de iluminação por dínamo é uma escolha mais eficiente e menos poluente que sistemas alimentados a pilhas.
Ora o Richard decidiu adicionar um cubo de dínamo à sua Genius. Esta modificação não foi facilitada pelo tamanho reduzido dos aros das rodas (203mm). Da sua investigação o hub que mais se adequava à aplicação seria um Schmidt SON20S:

Entretanto existe anunciado um modelo novo que poderá ser mais adequado à Genius, mas para o qual não foi definida data de lançamento. O SON20S, que já não está em produção, é desenhado para bicicletas com rodas de 16″ a 20″ e travão de disco, e só está disponível com 32 e 36 furos. Apesar do aro usado pelo Richard ser mais pequeno (o que faz o cubo trabalhar um pouco mais), e ter apenas 20 furos, ele arranjou uma forma de construir a roda e garante que o conjunto funciona perfeitamente.

Como a roda é muito pequena, o Richard teve que cortar a chave de cabeça de raio para poder usá-la na construção da roda: 🙂

Ligado ao cubo está um Inoled Inolight 10+:

Pela indicação do Richard, dá boa luz e tem um bom desenho apesar da sua colocação baixa. Para montar esta óptica foi necessário criar um suporte próprio para adaptar ao pára-lamas frontal:

Para a luz traseira, como na altura da instalação do dínamo o Richard não encontrou uma forma adequada para montar uma óptica traseira que pudesse ligar ao dínamo, optou por um sistema com pilhas, um Busch & Müller Relite D:

Para montá-lo na Genius criou outro suporte adaptado para segurar a óptica à peça de bloqueio:

Mais recentemente desenhou um suporte para poder instalar um Busch & Müller Seculite Plus:

É aconselhado usar limitadores de corrente do dínamo para proteger as luzes, porém o Richard só instalou um aquando da instalação da luz traseira, a luz frontal continua ligada directamente ao dínamo (e pelo indicado pelo Richard, sem problemas até ao momento, mas com a possível redução de vida do LED, por excesso de corrente):

A luz montada fica numa posição que não interfere com a dobragem da Genius:

Como o suporte do pára-lamas traseiro da sua Genius se partiu, o Richard criou outro suporte à medida, já a pensar na adaptação de uma extensão para salpicos que também instalou:

Não seria possível que a Genius perdesse o seu aspecto característico, mesmo depois destas modificações todas, mas é possível notar que existem algumas diferenças (não referida acima, a extensão contra salpicos do pára-lamas frontal, feita com câmara de ar de carro):

Enviem-nos as vossas modificações! 😉

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Extensão de pára-lamas para Mobiky Genius

Os pára-lamas costumam desempenhar a sua função, mas há sempre aqueles salpicos que se recusam a ser apanhados e que acabam a sujar a nossa bicicleta ou a nossa roupa. Para melhorar a eficácia do pára-lamas da Mobiky Genius (ou de qualquer outro pára-lamas para o qual não se encontre uma extensão própria), aproveitei para reutilizar alguma borracha daquelas câmaras de ar que deixam de estar em condições, impossíveis de remendar, ou já com tantos remendos que se tornam arriscadas de manter na bicicleta.

Se usarmos uma câmara de ar de roda 26″, temos material para vários pares de extensões de pára-lamas para distribuir pelos amigos. Decerto que darão jeito nesta altura em que a chuva continua a visitar-nos com frequência.

Cola e pedaços de câmara de arPara começar eu uso 2 pedaços de câmara de ar com aproximadamente 10cm e 7cm. Estes comprimentos são variáveis consoante as necessidades, mas o pedaço mais pequeno está relacionado com o pedaço maior, por motivos que se verão em seguida. Além destes pedaços é necessária cola de contacto.

Depois de ter os 2 pedaços com o tamanho aproximado cortamos o pedaço mais curto transversalmente, ou seja, abri-mo-lo ao meio de forma a ficarmos com um rectângulo. O pedaço mais comprido é cortado da mesma forma mas apenas até ao comprimento do primeiro. O corte transversal deve acomodar o rectângulo de borracha que cortámos anteriormente.
No primeiro rectângulo deve ser feito um pequeno corte circular num dos lados mais compridos para acomodar a curvatura do pára-lamas quando este for instalado. O pedaço de câmara de ar que não é cortado servirá para fixar a extensão ao pára-lamas como se verá mais em baixo.

Nesta altura cobrem-se ambos os pedaços expostos do interior da câmara de ar com cola de contacto e deixa-se repousar durante 10 minutos.

Depois de aproximadamente 10 minutos procede-se à colagem dos pedaços de câmara de ar, com as faces com cola viradas uma para a outra e de forma a que fiquem com as margens alinhadas. Foi por esta razão que se cortou o segundo pedaço com o comprimento do corte parcial do primeiro, mais comprido. Ao colar dois pedaços de câmara de ar obtemos uma extensão mais rígida e mais pesada para se manter no lugar em andamento, e menos tendente a esvoaçar.

Ao pressionar com os dedos para accionar o efeito da cola deve dar-se um jeito arredondado ao conjunto. Pode martelar-se com um martelo de borracha contra uma superfície curva para obter um resultado idêntico. Isto serve para que o resultado final acompanhe a curva da roda em vez de ficar totalmente tangente a esta. Isto também contribui para reduzir a probabilidade da extensão mudar de posição em andamento, deixando de fazer a sua função.

Depois de ambas as partes estarem bem coladas podemos finalizar a extensão com ajuda de alguma criatividade, eu optei por apenas aparar os cantos deixando-os redondos, mas seria possível fazer este corte com o perfil de algo que nos ocorra, dando um toque pessoal ao produto acabado. Tenho que tentar fazer um com o perfil do Tux… 😀

Convém que este perfil seja de algo que não obrigue a reduzir demasiado a largura da extensão, senão deixa de fazer a sua função e torna-se meramente num adorno. Não que haja algo de errado nisso se pedalarmos em piso seco, mas se formos pedalar em locais molhados talvez seja melhor usar uma extensão mais larga. Podemos ter várias com diversas formas e mudar consoante o tempo, por exemplo.

Na Mobiky a extensão montada fica com o seguinte aspecto:

Mandem as vossas fotos. 😉

PS: Algumas fotos estão foleiras porque foram tiradas com pouca luz e com o telemóvel. Se tiver oportunidade (ou se surgir necessidade de alguém que precise de mais detalhes) tiro fotos melhores.

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Pós-Expo FCT

Foi um dia muito bem passado, a “vestir camisolas” com orgulho: a da Cenas a Pedal, a de promotores de “cenas a pedal” e a da FCT-UNL, a minha “casa” durante vários anos. 😉 E olhem que giro, uma foto dos karts KMX foi usada para ilustrar o evento num artigo publicado no Jornal de Notícias! 🙂

Expo FCT 2008 KMX Karts ilustram notícia sobre a Expo FCT no Jornal da Notícias
[Mais fotos aqui.]

E também apareceram na reportagem sobre o evento emitida pela RTP a 05/04/2008:

Não tive oportunidade de explorar muito os eventos no campus (estava a trabalhar, afinal de contas), mas gostei de ver uma experiência nova relativamente ao ano passado, da Quercus, que usava bicicletas para educar sobre energia:

Expo FCT 2008 Expo FCT 2008

O campus foi visitado por mais de 4700 pessoas no dia da Expo FCT, 4 de Abril. Uma loucura! 🙂

Alguns tiveram a sorte de poder experimentar e curtir um pouco de KMXing, além de uns test drives da Mobiky Genius. 🙂

Para o ano há mais, espero! 😉

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Usar a Mobiky com o Metro

Sempre que haja escadas rolantes e/ou elevadores, a Mobiky é o acessório de mobilidade perfeito para os transportes públicos, nomeadamente o comboio e o Metro, é só levá-la a rolar ao nosso lado, como se fosse um trolley de compras, por exemplo. 😉 Exemplo breve de uma viagem no Metro de Lisboa:

Quando só haja escadas “normais”, tem que se pegar na bicicleta pela pega própria para a transportar pelos degraus, como com todas as bicicletas, dobráveis ou não.

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A Europa discutiu em Lisboa as alterações do clima e o desenvolvimento

Decorreram em Lisboa, de 7 a 9 deste mês, as Jornadas Europeias do Desenvolvimento, com Portugal na Presidência da União Europeia.
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Subordinadas ao tema “Clima e Desenvolvimento: que Alterações?”, a questão das alterações climáticas em curso e suas consequências para o desenvolvimento dominaram as apresentações.

A questão é mais clara pelo tema em inglês: “Will Climate Change Development?“, ou seja, “o clima alterará o desenvolvimento?”.

As alterações climáticas terão consequências trágicas a nível das catástrofes naturais e outros fenómenos: tempestades, furacões, secas, cheias, desertificação, ondas de calor, subida da temperatura média à superfície do planeta, subida do nível do mar em zonas densamente povoadas (e não só)…. O resultado serão migrações em massa, de populações a fugir à fome, à destruição, à falta de condições de sobrevivência. A disseminação de doenças outrora restringidas a determinadas zonas do globo,…

Há muito material das Jornadas disponível online (vídeos e fotos). No meio das fotos descobri o Presidente do Fórum Humanitário Global e antigo Secretário Geral das Nações Unidas, Kofi Annan, e o Comissário Europeu para o Desenvolvimento e a Ajuda Humanitária, Louis Michel, a experimentarem bicicletas Mobiky Genius (olhem só a coincidência! 🙂 ) na Aldeia do Desenvolvimento, uma exposição que decorreu em paralelo com as conferências e tudo o mais, e que contou com entidades do meio académico, organizações da sociedade civil, agências de desenvolvimento, fundações, administração local, média, Estados-Membros, instituições multilaterais, parlamentos, e sector privado.

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[Fonte: União Europeia]

Estes test drives e atenção a estas bicicletas não foram por acaso, ou não fosse o tema das Jornadas as alterações climáticas. O exemplo vem de cima, mas enquanto este tipo de coisas for só para a fotografia, não haverá mudança nenhuma. Fico muito contente de ver estas pessoas com altos cargos públicos/políticos prestarem-se a estas coisas, ainda mais com a coincidência de serem Mobikys, que têm um significado especial para mim e representam tanta coisa no meu sistema de crenças e valores, mas enquanto exemplos flagrantes de “faz o que eu digo, não faças o que eu faço” por parte de pessoas em cargos de elevadíssima responsabilidade, como o Presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, a minha esperança permanece sobre os cidadãos, continuo a achar que a revolução é feita a partir das bases, doing the right thing e pronto. Outros seguirão o exemplo e depois será uma bola de neve na qual os poderes políticos e as elites acabarão por ser arrastados. Esperemos. 🙂 Não é vir um tipo importante e dizer que “the right thing é fazer isto e aquilo” (em linha com o politicamente correcto em vigor na altura, para ficar bem visto) e depois ir fazer the wrong thing, à cara podre. Mais vale estar calado, então. Tem que fazer a coisa certa como se não fosse nada, como se fosse a única coisa a fazer, no fuss, no publicity stunts.

No site das JED está disponível ainda um pequeno vídeo de animação onde rapidamente se mostra o que estamos a fazer actualmente: grandes emissões de CO2 devido aos transportes, desflorestação, extracção (e consumo) de petróleo em larga escala,…, com as consequências (já em curso), a seca e a desertificação (seguida pela fome e pelo êxodo), as tempestades, furacões, e inundações, destruição, aquecimento global, propagação de doenças,… Depois acontece as JED, os líderes discutem e tomam as medidas certas: implementam sistemas de energia eólica, de energia solar, etc, promovem o uso da bicicleta, e a Natureza recupera. 🙂 Bom, esperemos que o final seja tão feliz como o do filme, e o processo tão célere, também… 😉 Mas para isso alguém ofereça uma Mobiky ao Durão Barroso, para ele poder deixar o seu Touareg (um tanque para andar na cidade) em casa e passar de 265 g/km de emissão de CO2 para 0 g/km… 😉 Ou troque o seu S.U.V. por uma S.U.B.! 😀