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Marketing vindo da Murtosa?

Já começou a circular pelas interwebs esta imagem, atribuída à Câmara da Murtosa:

poster murtosa

Sobre andar de bicicleta e a pé:

Isto consome-lhe calorias e colesterol, mantém-no em forma, poupa-lhe dinheiro, melhora a mobilidade urbana e protege o ambiente.

Sobre o andar de carro:

Isto consome-lhe a saúde, prejudica o meio ambiente e a mobilidade urbana, promove o sedentarismo e custa-lhe muito dinheiro.

Faz lembrar esta ideia fantástica:

'This one runs on fat & saves you money' by Peter Drew of Adelaide

De notar que A Cenas a Pedal produz algumas T-shirts que visam passar esta mesma mensagem. 🙂 Como a “gordura ou formosura“:

Gordura ou formosura

Nesta fase, é importante assumirmo-nos e deliberadamente apresentarmo-nos como utilizadores de bicicleta nos nossos contactos e encontros do dia-a-dia. É importante que saibam no nosso emprego que hoje viémos de bicicleta. Que na escola dos nossos filhos saibam que os fomos levar ou buscar de bicicleta. Que não estamos satisfeitos nem achamos normal ou aceitável se não encontramos um parque adequado para estacionamento de bicicletas no serviço público, restaurante, hotel, teatro, cinema, discoteca, estádio, empresa, etc, a que nos deslocamos. É um tipo de activismo que exige pouco investimento mas que planta sementes para o futuro, e depois vai alimentando-as lentamente. 🙂

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Carteiros em bicicleta

Os CTT, em preparação da liberalização do mercado, reposicionaram-se no mesmo com uma estratégia de diferenciação baseada na responsabilidade ambiental, e daí surgiu a campanha “CTT consigo“.

Uma das novas medidas internas da empresa seria introduzir bicicletas com assistência eléctrica nos giros dos carteiros. Em termos de produtos, o Correio Verde passaria a ser realmente mais “verde”, o que é algo que, como consumidora, muito me apraz ser-me dada essa alternativa.

Os CTT dizem ter já 300 bicicletas, com assistência eléctrica, em circulação, cada uma das quais percorrerá 12 a 16 Km por dia e assistirá cada carteiro que as use na entrega de 700 a 1000 objectos postais/dia.

Vantagens? Substituindo motociclos ou ciclomotores, permitirão reduzir em 90 % a emissão de CO2, e poupar cerca de 1300 € por ano. Substituindo trolleys e sola de sapatos nos giros apeados, permite ganhar 1 hora de trabalho por dia, em média, graças ao aumento da velocidade de entrega e à diminuição do esforço do carteiro.

Neste momento, os CTT têm identificados 700 a 800 percursos de carteiros com potencial de utilização de bicicletas, o equivalente a 10% de todos os percursos de distribuição diários dos correios.

Fotos: Aposta 88, páginas 22 e 23.

Podem ver o vídeo de uma reportagem da RTP aqui:

Claro que esta estratégia de marketing não fica completa enquanto, por exemplo, as estações de CTT não forem equipadas com estacionamento para bicicletas à porta, para também os clientes as usarem mais, e as principais estações e centrais de distribuição oferecerem condições a nível de balneários, cacifos e parqueamento para os outros funcionários mais facilmente poderem adoptar a bicicleta para se deslocarem para o trabalho. Mas, vá lá, uma pedalada de cada vez, always [try to] look on the bright side of life. 😛