Os pára-lamas costumam desempenhar a sua função, mas há sempre aqueles salpicos que se recusam a ser apanhados e que acabam a sujar a nossa bicicleta ou a nossa roupa. Para melhorar a eficácia do pára-lamas da Mobiky Genius (ou de qualquer outro pára-lamas para o qual não se encontre uma extensão própria), aproveitei para reutilizar alguma borracha daquelas câmaras de ar que deixam de estar em condições, impossíveis de remendar, ou já com tantos remendos que se tornam arriscadas de manter na bicicleta.
Se usarmos uma câmara de ar de roda 26″, temos material para vários pares de extensões de pára-lamas para distribuir pelos amigos. Decerto que darão jeito nesta altura em que a chuva continua a visitar-nos com frequência.
Para começar eu uso 2 pedaços de câmara de ar com aproximadamente 10cm e 7cm. Estes comprimentos são variáveis consoante as necessidades, mas o pedaço mais pequeno está relacionado com o pedaço maior, por motivos que se verão em seguida. Além destes pedaços é necessária cola de contacto.
Depois de ter os 2 pedaços com o tamanho aproximado cortamos o pedaço mais curto transversalmente, ou seja, abri-mo-lo ao meio de forma a ficarmos com um rectângulo. O pedaço mais comprido é cortado da mesma forma mas apenas até ao comprimento do primeiro. O corte transversal deve acomodar o rectângulo de borracha que cortámos anteriormente.
No primeiro rectângulo deve ser feito um pequeno corte circular num dos lados mais compridos para acomodar a curvatura do pára-lamas quando este for instalado. O pedaço de câmara de ar que não é cortado servirá para fixar a extensão ao pára-lamas como se verá mais em baixo.
Nesta altura cobrem-se ambos os pedaços expostos do interior da câmara de ar com cola de contacto e deixa-se repousar durante 10 minutos.
Depois de aproximadamente 10 minutos procede-se à colagem dos pedaços de câmara de ar, com as faces com cola viradas uma para a outra e de forma a que fiquem com as margens alinhadas. Foi por esta razão que se cortou o segundo pedaço com o comprimento do corte parcial do primeiro, mais comprido. Ao colar dois pedaços de câmara de ar obtemos uma extensão mais rígida e mais pesada para se manter no lugar em andamento, e menos tendente a esvoaçar.
Ao pressionar com os dedos para accionar o efeito da cola deve dar-se um jeito arredondado ao conjunto. Pode martelar-se com um martelo de borracha contra uma superfície curva para obter um resultado idêntico. Isto serve para que o resultado final acompanhe a curva da roda em vez de ficar totalmente tangente a esta. Isto também contribui para reduzir a probabilidade da extensão mudar de posição em andamento, deixando de fazer a sua função.
Depois de ambas as partes estarem bem coladas podemos finalizar a extensão com ajuda de alguma criatividade, eu optei por apenas aparar os cantos deixando-os redondos, mas seria possível fazer este corte com o perfil de algo que nos ocorra, dando um toque pessoal ao produto acabado. Tenho que tentar fazer um com o perfil do Tux… 😀
Convém que este perfil seja de algo que não obrigue a reduzir demasiado a largura da extensão, senão deixa de fazer a sua função e torna-se meramente num adorno. Não que haja algo de errado nisso se pedalarmos em piso seco, mas se formos pedalar em locais molhados talvez seja melhor usar uma extensão mais larga. Podemos ter várias com diversas formas e mudar consoante o tempo, por exemplo.
Na Mobiky a extensão montada fica com o seguinte aspecto:
Mandem as vossas fotos. 😉
PS: Algumas fotos estão foleiras porque foram tiradas com pouca luz e com o telemóvel. Se tiver oportunidade (ou se surgir necessidade de alguém que precise de mais detalhes) tiro fotos melhores.