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Semana Europeia da Mobilidade 2011

Mais um ano, mais um Marginal Sem Carros! 😀 É já no próximo Domingo dia 18, entre as 10h e as 13h, no troço entre Caxias e a Torre.

Este ano vamos lá estar a dar assistência técnica, com o Bicycle Repair Man de novo a dar apoio nos pequenos contratempos (uma corrente que salta, um selim mal apertado, um furo, pneus em baixo, etc). Em princípio devemos ficar no mesmo sítio do ano passado, junto à curva dos pinheiros, em Caxias.

Bicycle Repair Man em acção

E devemos ter algumas cenas a pedal em exposição na tenda, paralelamente, para entreter. 🙂

Apanhem o comboio ou vão a pedalar (em grupo criam uma massa crítica que oferece uma viagem mais segura e confortável), não contribuam para a selvajaria e caos de estacionamento anárquico e congestionamento de trânsito que acontece sempre nos acessos à Marginal, causado por quem insiste em levar o carro até onde o deixarem… Passem a palavra. 😉

À tarde estaremos no Jardim Amália Rodrigues, o Bruno estará a dar os nossos mini-workshops de mecânica de bicicletas na óptica do utilizador, um sobre furos & Cia e outro sobre afinação de travões e mudanças. Querem ser uns ciclistas empoderados? Então apareçam com as vossas biclas. As inscrições são através da organização do Verde Movimento. Em paralelo, eu estarei a operar um pequeno Laboratório de Cenas a Pedal, onde poderão experimentar uma bicicleta com assistência eléctrica, uma dobrável de suspensão total, um triciclo reclinado, e mais algumas coisas. 😉 Vejam o resto da programação da SEM em Lisboa aqui.

Ah, e de 16 de Setembro a 2 de Outubro, temos duas cenas a pedal, um Viper e uma Cargo Bike Long, a integrar a exposição “Pedalar pelo Mundo da Bicicleta”, no Fórum Romeu Correia, em Almada. 🙂 «Esta exposição é uma homenagem ao fantástico universo das bicicletas e revela um pouco da história deste veículo que revolucionou o Planeta.» Na carrinha, seguiram com duas Penny Farthing do Ginásio Clube Português!

Já agora, vai ser lançado oficialmente esta 6ª-feira, “O Meu Livro de Bicicletas, uma edição da AGENEAL e CMAlmada, para o público infanto-juvenil. 🙂

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5 anos de Cenas a Pedal

Ufa, já?!

Primeiro freguês!
Primeira venda da Cenas a Pedal, Dezembro de 2006.

Pois é, faz hoje 5 anos que foi fundada a Cenas a Pedal. Parece muito tempo e, no entanto, parece que passou num instante. É o que acontece quando estamos embrenhados em algo, não damos pelo tempo a passar!

Busy booth
Primeira participação numa feira, e apresentação pública das primeiras recumbents, Março de 2007.

A Cenas a Pedal é uma consequência do nosso interesse em promover, divulgar e servir um conceito de cidade e de vida baseado nos modos activos de mobilidade, e coincidiu no tempo (se incluirmos o processo da sua incubação / preparação) com o nosso envolvimento e trabalho noutros projectos grassroots, pelo que já foram 6 anos de bicicletas e mobilidade suave quase 24 h/dia (hey, a dormir também se sonha e pensa!). (A Cenas a Pedal é o nome que damos ao principal trabalho que fazemos em conjunto (Ana & Bruno), quando é em conjunto com outras pessoas tem outros nomes, mas o trabalho é o mesmo, serve a mesma visão).

FAQ CE Júnior
Publicação do documento "O Código da Estrada e os velocípedes: Perguntas Frequentes", em finais de 2007

Principalmente nos últimos 2-3 anos esta dedicação implicou praticamente não termos vida “pessoal”.  Sacrificámos outras coisas que as pessoas normais tomam por normais entre os 25-30 anos (ter fins-de-semana e férias, manter hobbies e outros interesses, filhos, etc). Mas valeu a pena, porque olhando para trás nestes 5 anos vemos como as coisas mudaram e acreditamos que o nosso trabalho muito contribuiu para essa mudança, e era isso que pretendíamos.

Bicicleta carregada
Divulgação do conceito de bicicleta longtail, Outubro de 2007.

Durante muito tempo o blog da Cenas a Pedal era o único blog activo sobre mobilidade em bicicleta e temas relacionados. Remávamos contra a corrente falando de andar de bicicleta na cidade, de bicicletas reclinadas, de bicicletas de carga, de aprender a circular na estrada sem medo, de urbanismo à escala humana, divulgávamos iniciativas e eventos, etc, etc. Agora, 5 anos passados, basta ver toda a actividade bloguística no Planeta Bicicultura (e mais além) e os vários grupos no Facebook (tipo este, este, este, este e este, por exemplo) e outras páginas e fóruns. Já não somos os únicos ou dos poucos a falar de bicicletas de carga, eléctricas, dobráveis, reclinadas, etc. 🙂

Batidos a Pedal para MTV ver
Batidos a pedal, Outubro de 2007

A bicicleta como solução de transporte urbano tem tido cada vez mais e melhor presença nos media, com reportagens na televisão, na rádio, na imprensa e na web. A Massa Crítica tem-se expandido por mais cidades no país e engrossado em aderentes, a Cicloficina pegou, criou-se e ressuscitou-se a MUBi. O Bicycle Film Festival chegou a Portugal. Têm aparecido empresas de pedicabs, de estafetagem, e mais uma ou outra loja/empresa dedicada à bicicleta além-BTT. Ciclovias & Cia e sistemas de partilha de bicicletas têm sido uma estratégia cada vez mais popular de captar financiamentos europeus e não só. A bicicleta até já foi usada como bandeira numa campanha eleitoral na capital. Há cada vez mais eventos de confraternização, e mais eventos institucionais à roda da bicicleta ou inclusiva dela (palestras, conferências, etc).

Cruzamento
Introdução de formação em condução de bicicleta, certificada, em Junho de 2008.

Embora as instituições sejam mais lentas a aceitar e a envolver estes temas na prática, já o integraram nos seus discursos politicamente correctos (supostamente até vamos ter um Plano Nacional de Promoção da Bicicleta e Outros Modos de Transporte Suaves), o que é um primeiro passo. Entretanto a sociedade civil é mais rápida e as coisas já começam a mudar. A mudança de comportamentos e de expectativas já faz parte da conversa de café, à mesa em casa, e com os colegas. A pouco e pouco, cada pessoa individualmente está a fazer a diferença. Isto chama-se mudar o mundo, e é sempre feito à escala individual.

LabCaP @ Marginal Sem Carros 2009
Lançamento do Laboratório de Cenas a Pedal, promovendo bicicletas e triciclos reclinados, patinetes, bicicletas dobráveis, bicicletas de carga, etc, Julho de 2009.

Agora já não tenho que me preocupar em divulgar ou relatar eventos, ou até novidades do sector das bicicletas, há logo uma série de gente a fazê-lo e a informação circular rapidamente. 🙂 Gosto de acreditar que contribuímos para criar esta bola de neve e imprimir-lhe momento, reduzindo o atraso da nossa sociedade. O nosso impacto não é mensurável porque toda a mudança é multifactorial, mas sei que fizémos bem a nossa parte.

A estreia do Bicycle Repair Man!
Lançamento do serviço Bicycle Repair Man, Setembro 2010.

Não é hora de descansar. Apenas de refocalizar esforços. Há muito trabalho por fazer. E muitas lutas a travar (legislação, infraestruturas, serviços públicos, etc). E em simultâneo temos que saber sobreviver e prosperar enquanto empresa, pois é ela que nos sustenta e nos permite desenvolver este trabalho (muito dele não viável comercialmente, pelo menos nesta fase), o que coloca desafios próprios. Como me disse o responsável de uma empresa holandesa de acessórios utilitários para bicicletas, um vendedor de botas num país em que toda a gente anda descalça, ou está lixado porque ninguém lhe vai comprar o que ele quer vender, ou o potencial é gigantesco, depende de como encara a situação. E nós, desde o início, estamos nessa situação.

Inauguração do ateliê, Maio de 2011.

O potencial para a nossa visão de uma cidade e de um estilo de vida baseados nos modos activos de mobilidade é enorme, mas ainda estamos na fase de mostrar às pessoas o como e o porquê, num contexto cultural, social, legislativo, fiscal, e estrutural que lhes incentiva e promove o contrário, por isso a evolução é muito lenta. Principalmente porque as autarquias e o Governo, que têm o poder para despoletar e viabilizar mudanças, não têm vontade de o fazer. A nossa visão de cidade, que é, felizmente, partilhada por muito mais gente, só vai ser uma realidade quando quem ganha dinheiro com a cidade actual o puder e souber fazer no contexto dessa visão. Por isso temos que trabalhar para que se envolvam na bicicleta como meio de transporte utilitário e recreativo pessoas e empresas que a encarem antes de mais como uma oportunidade de negócio, e de auto-sustento, e não necessariamente só ou também, depois, como uma batalha filosófica ou política, mesmo que isso nos faça comichão. 😉 Sabendo, claro, que quem faz as coisas com paixão e convicção marcará sempre a diferença indo mais além, mais cedo, melhor, e por mais tempo.

Feira de Bicicletas Maduras
Lançamento da Feira de Bicicletas Maduras, Maio de 2011.

Para os próximos 5 anos esperamos poder contribuir em igual proporção para a mudança de paradigma da sociedade centrada no automóvel como primeira opção de transporte para a sociedade centrada no andar a pé e de bicicleta. Esperamos conseguir expandir e desenvolver os nossos serviços actuais, e oferecer outros novos. Para isto a Cenas a Pedal terá que crescer, deixar de ser apenas a Ana e o Bruno, mas uma equipa coesa de várias pessoas com diferentes e complementares valências. Encontrar, cativar e manter essas pessoas, que terão que reunir um conjunto de características, aspirações e competências pouco comuns, além de afinidade mútua, será o nosso maior desafio. Por agora, a gestão, comunicação & decisão num núcleo a dois é superfácil e eficiente, e confortável, alargar o grupo de trabalho confrontar-nos-á com novos desafios e responsabilidades. Mas o caminho é para a frente, e para realizarmos a nossa missão com mais impacto teremos sempre que crescer. O novo site, actualmente em desenvolvimento, assinalará essa nova fase.  Entretanto, algures nesse caminho, esperamos também conseguir arranjar tempo livre para desfrutarmos mais daquilo por que temos andado, afinal, a batalhar: andar de cenas a pedal. 🙂

Entretanto, 24 de Setembro é dia de assinalar estes 5 anos! 🙂 Divulgaremos o programa do dia brevemente!

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FBM virtual

A Feira de Bicicletas Maduras de Julho foi “virtual”, não houve expositores inscritos porque muita gente está de férias e fora de Lisboa. Contudo, tivemos algumas pessoas a passar cá, à procura. (Peço desculpa por não ter publicado nada acerca da confirmação ou cancelamento da feira aqui no blog, acabei por apenas avisar no Facebook, e houve quem não tivesse visto.)

A Sara, por exemplo, procura uma bicicleta usada para uma menina de 7 anos, ~1.20 m de altura. O Franco procura uma bicicleta de estrada usada SS (sem mudanças) ou fixie (roda fixa). Alguém por aí com algo do género para vender ou doar?

Aqui há tempos a Liliana deixou-nos o seu contacto pois tem uma bicicleta da Órbita, de quadro rebaixado, usada, para vender. Alguém interessado?

O Miguel veio cá deixar-nos uma bicicleta de menina, e uns pares de rodinhas de apoio, e parece que ainda tem mais uma para dar. Entretanto apareceu outra família também a deixar uma bicicleta de criança (esta precisa de um selim novo, o original partiu-se). O António também deu cá um salto com um suporte+garrafa e um alforge para doar.

Feira de Bicicletas Maduras

Feira de Bicicletas Maduras

Interessados? Entrem em contacto! De outra forma entregaremos estas doações a uma Cicloficina quando nos for possível.

Dado que Agosto será ainda mais deserto em Lisboa, a próxima edição da Feira de Bicicletas Maduras será, assim, em Setembro.

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II Feira de Bicicletas Maduras

A próxima Feira de Bicicletas Maduras está planeada para o próximo dia 30 de Julho, sábado, das 16h às 18h, novamente no espaço exterior do ateliê da Cenas a Pedal.

Feira de Bicicletas Maduras

Para esta 2ª edição queríamos chamar e incluir também os adeptos do faça-você-mesmo e outros artesãos urbanos que tenham coisas para vender, feitas pelos próprios. Então se reutilizarem materiais, melhor! Sacos e alforges, por exemplo, mas também objectos de decoração, mobiliário ou vestuário com o tema da bicicleta e/ou que integrem componentes de bicicleta (aros, correntes, etc).

Saiba mais sobre este evento aqui, aqui e aqui. A FBM trata-se de um encontro muito informal, tipo feira da ladra, mas só de bicicletas (e usadas!). :-) Não há tendas nem espaços delimitados, é chegar e encostar as bicicletas à parede (ou quem tiver acessórios, pendurá-los nas bicicletas ou colocá-los numa manta no chão, por exemplo). :-) São só 2 horas (ou até as coisas se venderem!) Nós não interferimos em nada, as pessoas expõem e negoceiam como quiserem, nós cedemos o espaço e promovemos o evento.

Inscrições até dia 27!

Atenção! A realização da feira depende da inscrição de gente com cenas para vender, trocar ou doar, pelo que só na 5ª-feira dia 28 será confirmada! Vejam o nosso blog e o Facebook antes de se porem a caminho no sábado. 😉

E ajudem a divulgar, o que não falta são biclas praí esquecidas em sótãos e varandas, cadeirinhas cujos donos entretanto cresceram, etc, etc.

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Cycle Chic versão enxuta, e mais

O 1º Evento Cycle Chic Lisboa meteu água, muita água, literalmente. 🙂 Quando o Miguel anunciou uma repetição, tínhamos que reiterar o nosso apoio marcando novamente presença, e esperando que não fosse, desta vez, a anunciada “onda de calor” a atrapalhar o evento.

Felizmente esteve um belíssimo dia de Verão. 🙂 Bastante calor sim, mas nada como os 40ºC que receávamos. Subir com a bakfiets levemente carregada a Rua Castilho exigiu parar duas vezes, não tanto pela subida em si mas pelo calor e o sol a bater-nos directamente. Fora essa subida, tudo o resto faz-se bem. Desta vez não tivemos contratempos e chegámos bastante cedo ao Campo Pequeno, tivemos muito tempo para montar o estaminé com calma.

Montra móvel

Apesar do calor e do fim-de-semana prolongado, apareceu bastante gente.

Tenda da Cenas a Pedal

A maior parte vinha num estilo mais desportivo / casual, mas houve uns quantos que levaram a coisa a sério e foram mesmo em modo chic. 🙂


SIC CYCLE CHIC por PedrodePena

Vejam as nossas fotos aqui, as do Eduardo aqui, e o relato do Miguel aqui. Houve vários exemplos de ciclistas chic, mas no meio de tanta gente achei algo desconcertante ver um casal que parecia ter levado demasiado a sério as recomendações da APSI para ciclistas

Foi um fim-de-semana cheio em termos de bicicletas, na 6ª-feira a Massa Crítica, no Sábado o Cycle Chic, no Domingo de manhã o Lisboa Bike Tour e o Tejo Ciclável, e à tarde o World [quase] Naked Bike Ride.

O Bruno manteve-se bastante ocupado antes da partida e após a chegada, em serviço como Bicycle Repair Man.

Tenda da Cenas a Pedal Bicycle Repair Man em acção

Depois arrancou na sua Big Dummy, tendo dado boleia ao cameraman da SIC durante todo o passeio. 🙂


Foto: Humberto

Ficou assim a bakfiets transformada em montra móvel a marcar presença sozinha na tenda.

Montra móvel

Enquanto esperava, resolvi colar uns autocolantes “menos um carro” na bakfiets, pois permite-nos realmente passar bem sem carro mesmo neste tipo de situações. 🙂

Menos um carro!

No final, arrumámos tudo nas bicicletas e zarpámos de volta a casa.

Estaminé arrumado!

A descer faz-se bem. Av. da República, Fontes Pereira de Melo, rotunda do Marquês, Rato, Estrela. Andar por aí de bakfiets é priceless. 😛 As pessoas vêm-nos a passar e têm uma espécie de flashback de Amsterdão.

No dia 1 de Julho fui com a bakfiets fazer uma entrega simbólica de livros na Casa do Brasil, no âmbito de uma campanha de recolha de livros promovida pela EpDAH – Engenharia para o Desenvolvimento e Assistência Humanitária, pelo que subi novamente, desta vez com a caixa vazia, até à FCUL, no Campo Grande, onde carregámos os livros simbolicamente pelas 3 bicicletas, e depois descemos até perto do Chiado.

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01072011302.jpg Chegada e entrega simbólica dos livros

Depois subi novamente prá Estrela. Pacífico. 🙂

Finalmente, no Domingo dia 3 marcámos presença nas Festas de Santa Isabel, a simpático convite da Junta de Freguesia, e também levei a bakfiets. Digamos que sinto que já fiz a rodagem dela em Lisboa. 🙂

De saída para as Festas de Santa Isabel De saída para as Festas de Santa Isabel

Nas Festas de Santa Isabel

Conseguirmos fazer a nossa vida, Cenas a Pedal incluída, sem ter que usar um automóvel dá um gozo especial. Nas poucas ocasiões em que temos que o fazer, parece um momento solene, solene e extremamente secante. É tão mais vívida a vida em cima de uma bicicleta! 🙂