O Sérgio, de Peniche, encomendou-nos há tempos uns pneus difíceis de arranjar, e agora partilhou connosco umas fotos do resultado final, uma bicicleta chopper custom made. 🙂
Etiqueta: DIY
As bicicletas novas costumam trazer umas protecções de plástico para evitar que sejam danificadas no transporte. Ao contrário do cartão e dos plásticos que costumam envolver algumas partes, estas peças não são, penso, recicláveis. Também não são reutilizáveis porque as marcas não as recolhem. A única solução para não as enviar logo para o lixo é serem upcycled (vs. recycled) – bolas, não consigo inventar uma palavra em português para isto. Trata-se de pegar num resíduo, num produto secundário cuja função terminou e dar-lhe nova vida numa função “superior”. É o que fazem com isto e com isto, por exemplo. O Bruno tem-nas guardado, para alguma eventualidade (apesar não se se prever nenhuma aplicação óbvia para aquilo). E no sábado passado teve a oportunidade de lhes dar uso.
O F. veio cá ver de um porta-bagagem que desse para a sua bicicleta de BTT agora convertida para transporte utilitário, e ver se os alforges cedidos pelo A. na Feira de Bicicletas Maduras virtual seriam uma combinação funcional. E com um bocado de engenho, cola, parafusos e furos, e upcycling, ficou um sistema bastante bom. 🙂 Conseguiu-se 1) um alforge compatível, 2) reduzir (menos 1 alforge novo), reutilizar (um alforge para o qual o dono anterior deixou de ter uso), e upcycle (peças de plástico normalmente descartáveis), e 3) poupar dinheiro e tempo (reutilizar e adaptar ficou mais barato e rápido que procurar e comprar um alforge novo que fosse compatível e similar em capacidade e funcionalidade.
Antes de se cortar o excesso dos parafusos:
Et voilá! 😀 Mais uma bicicleta utilitarificada (esta palavra inventei mesmo agora, ha!).
Pelos vistos não são só as câmaras de ar velhas que podem ser reutilizadas/recicladas para fazer acessórios como trelas, extensões de pára-lamas e carteiras, também se podem usar pneus para fazer cintos:
Trikes DIY na Nazaré
Descobri mais um adepto do faça-você mesmo aplicado aos triciclos reclinados (a.k.a. recumbent trikes), desta vez na Nazaré, o João, que se virou para as recumbents por indicação médica que lhe vedou as bicicletas convencionais, e que pretende motorizar um trike:
Há algumas fotos do processo de construção/aperfeiçoamento:
E até há um vídeo, embora mostre essencialmente um par de pés. 🙂
Eles “andem aí”! 🙂
Faz mesmo lembrar os Karts KMX.
A lista vai assim crescendo:
Carlos Camoesas, Ovar.
José Aiveca, Beja.
Jaime.
Pedro Homem, Pinhal Novo.
João, a.k.a. Tiengenhocas, Nazaré.
Dá para perceber que o formato tadpole é o favorito. Em delta só vi um do José Aiveca.
Recebemos um e-mail do Pedro Homem, de Pinhal Novo, a informar que na segunda semana de Agosto lhe roubaram da sua garagem um triciclo reclinado que ele próprio construiu (juntamente com uma bicicleta da marca Cube), e que ele gostaria de recuperar, pelo «trabalho e esforço que dedicou na construção do trike».
Diz que «o seu valor comercial não é significativo, e o material de gama baixa/media e alguns dos aspectos técnicos ainda não estavam totalmente desenvolvidos». O Pedro agradece assim que quem aviste este trike comunique o facto às autoridades.
Entretanto, temos assim conhecimento de mais um adepto dos trikes reclinados e do faça-você-mesmo! 🙂