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Frigoríficos, carros, bicicletas, e paixão

Fartos de lanchar barras de cereais e abolachados em geral acompanhados de sumos (as reservas de emergência para os muitos dias de trabalho que se arrastam além da hora de jantar, ou para quando nos esquecemos de trazer umas sandes pró lanche), comprámos um mini-frigorífico aqui para o ateliê, o único que cabia na nossa prateleira-cozinha to be. Parece um frigorífico de uma casa de bonecas, não só de tamanho, claro, mas do aspecto do material, etc. Bom, esperemos que dure pelo menos os dois anos da garantia. 😛

Agora podemos fazer o lanche aqui, e já dá para ter uns iogurtes e tal. Um luxo! 🙂

Tchanan! Já temos uma micro cozinha cá no estaminé! :-)

Aproveitámos uma viagem “burocrática” a Oeiras, à boleia e altamente carpoolizada, e demos um salto a uma “grande superfície” local. Eu, que desta vez viajei atrás e à janela, num carro cheio (normalmente quando vou de carro é a conduzir ou ao lado), detestei particularmente a experiência. Andar de carro é abafado, claustrofóbico, monótono (estamos imóveis, a paisagem é aborrecida – pensem A5, IC19, etc, etc), particularmente no Verão. Mesmo para quem não vai no stress de conduzir, ser passageiro de automóvel, particularmente no banco de trás, é secante ao ponto de dar náuseas. Juro, coitadas das crianças acartadas para todo o lado sempre no banco traseiro de um carro, amarradas ao mesmo ou a cadeirinhas. Muitas vezes os pais nem as deixam caminhar de casa ao carro ou do carro à porta da escola,  é o mais porta-a-porta que conseguirem…

Safety First

Bom, quando nos deixaram em casa, viémos de bicla pró ateliê. O mini-frigo veio connosco.

Mini-frigorífico pró ateliê Mini-frigorífico pró ateliê

Aaaah como souberam bem aqueles 3 minutos a pedalar, com uma passagem desnecessária mas sempre refrescante pelo Jardim da Estrela, a sentir o vento e o sol na pele, e a mexer as pernas! Abençoada bicicleta.

Quando instalámos o mini-frigo na sua nova casa e o pusémos a funcionar, imediatamente nos apercebemos de um pormenor que não nos lembrámos de considerar quando estávamos a ponderar a compra: o ruído (e também o calor). Para algo tão piqueno é um bocado barulhento. Nada de grave, vai diluir-se junto dos computadores, impressoras, ventoinha e desumidificador. 😛 Mas comecei a comparar o comprar um electrodoméstico com o comprar uma bicicleta.

Comprei este electrodoméstico no equivalente de venda a retalho de um aviário, uma grande superfície. E depois lembrei-me da minha experiência pessoal a comprar uma bicicleta aqui há 6 anos, também numa “grande superfície”. E realmente é um pouco a mesma coisa. É bom para o self-service, mas para quem não quer ou não pode ou não sabe fazer o trabalho de casa, nem tanto. E muito menos para quem procura algo mais específico. Depois pensei na experiência que tento oferecer a quem nos procura na Cenas a Pedal (algo mais na onda dos “Frangos do Campo“, “freerange” 😛 ) e transpus isso para a minha experiência ao comprar o meu mini-frigo.

Se tivesse comprado o mini-frigo numa Cenas a Electricidade, possivelmente ter-me-iam alertado para o ruído e para o calor gerado por diferentes modelos, e de que forma isso afecta a forma como os vou usar.  🙂 Talvez escolhesse esperar pela reposição de stock de outros modelos, mesmo que mais caros, dado que o ruído e o calor fazem diferença num espaço tão pequeno e onde o mini-frigo fica tão perto das secretárias.

Entretanto pus-me a pensar se haverá espaço, hoje em dia, para uma Cenas a Electricidade. Será que há para aí gente com uma paixão por electrodomésticos como nós por bicicletas & cia? Pequenas empresas defensoras do poder dos electrodomésticos para tornar o mundo melhor, a vida das pessoas melhor? 🙂 É possível trabalhar por gosto, fé, paixão, na área… dos detergentes? Do papel higiénico? Dos insecticidas?… 😛 Nem tudo é tão sexy como as bicicletas, mas a vida tem-me mostrado que a paixão tem mais a ver com o sujeito do que com o objecto. Somos nós que pomos amor naquilo que fazemos, somos nós que instilamos paixão nas coisas e não as coisas que a despertam em nós. Seja o que for a nossa área de trabalho, fazer cada vez mais e melhor e ter um impacto positivo nas pessoas e no mundo,  depende de nós. Se amanhã nos metermos numa Cenas a Electricidade, Cenas de Colher, Cenas de Casa, whatever, será, espero, com o mesmo entusiasmo e dedicação. 🙂 Porque aviários já há suficientes.

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A coisa vai

Ontem tivemos a visita de uma pessoa da CML cá no ateliê! Vieram confirmar os nossos contactos e funcionamento e tirar umas fotos da entrada, para actualizar o Lisboa Ciclável. Depois de ter enviado há várias semanas, meses?, um e-mail a alertá-los para problemas no site (listagem de lojas e oficinas de motas que não lidam com bicicletas, lojas que já não existem, moradas desactualizadas, lojas novas que não estão lá, e falta de endereço web nos contactos, etc), e de ter perdido a esperança de receber uma resposta, quanto mais ver os problemas resolvidos, eis que sou surpreendida pela positiva. 🙂 Disseram-nos que estão a fazer a verificação dos dados e que vão actualizar o site, com direito até a fotografia, para facilitar encontrar os locais! É bom ver as coisas a mexer e a melhorar! 🙂

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Adoro o meu trabalho

Um casal quer começar a usar a bicicleta no dia-a-dia. Por onde começar?

Bom, por exemplo: pega-se na bicicleta BTT e na do Bike Tour que se tinham para lá paradas há anos e equipam-se ambas com o básico: luzes e um cadeado decentes. Depois, um apoio de descanso e um cesto para levar a bolsa ou as compras do dia numa, e uma cadeirinha para o benjamim da família na outra (e um espaçador para subir o guiador, melhorando a posição e a compatibilidade com a dita cadeirinha).

Cesto Basil Bern Cadeado Kryptonite Keeper

E que fixe é poder ir à frente na bicicleta! 😀

Um luxo! É quase como irmos nós a conduzir, eheheh. Vista desimpedida, podemos ir mexendo no guiador, nas mudanças, nos travões,… melhor do que isto só mesmo ir a pedalar. Mas enquanto as pernocas não dão para isso, é encostar e desfrutar! 🙂 E é muito mais interactivo, pois conversar com o pai é fácil, estamos quase cara a cara.

A seguir há-de ser um porta-bagagem e uns alforges ou algo do género para o pai poder deixar de ir para o trabalho com a mochila a fazer calor e peso nas costas. Vai fazer toda a diferença, concerteza.

Mais uma família a descobrir as alegrias da bicicleta no dia-a-dia! E a partilhá-las connosco! Adoro o meu trabalho. 🙂

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FBM virtual

A Feira de Bicicletas Maduras de Julho foi “virtual”, não houve expositores inscritos porque muita gente está de férias e fora de Lisboa. Contudo, tivemos algumas pessoas a passar cá, à procura. (Peço desculpa por não ter publicado nada acerca da confirmação ou cancelamento da feira aqui no blog, acabei por apenas avisar no Facebook, e houve quem não tivesse visto.)

A Sara, por exemplo, procura uma bicicleta usada para uma menina de 7 anos, ~1.20 m de altura. O Franco procura uma bicicleta de estrada usada SS (sem mudanças) ou fixie (roda fixa). Alguém por aí com algo do género para vender ou doar?

Aqui há tempos a Liliana deixou-nos o seu contacto pois tem uma bicicleta da Órbita, de quadro rebaixado, usada, para vender. Alguém interessado?

O Miguel veio cá deixar-nos uma bicicleta de menina, e uns pares de rodinhas de apoio, e parece que ainda tem mais uma para dar. Entretanto apareceu outra família também a deixar uma bicicleta de criança (esta precisa de um selim novo, o original partiu-se). O António também deu cá um salto com um suporte+garrafa e um alforge para doar.

Feira de Bicicletas Maduras

Feira de Bicicletas Maduras

Interessados? Entrem em contacto! De outra forma entregaremos estas doações a uma Cicloficina quando nos for possível.

Dado que Agosto será ainda mais deserto em Lisboa, a próxima edição da Feira de Bicicletas Maduras será, assim, em Setembro.

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Este sábado há Clínica de Bicicleta

Cruzamento

  • Ajuste da bicicleta ao utilizador? A que se referem? Por que é importante? Como se faz?
  • Manter a bicicleta em boas condições – isso consiste em quê, exactamente, e por que é que é importante?…
  • Temos dois travões na bicicleta: em que diferem? Como devo usá-los?
  • Para que servem as mudanças? Como se usam?
  • Olhar para trás, conduzir só com uma mão, isso é mesmo necessário? Como se faz? Por que é importante?
  • Andar a muito baixa velocidade sem pôr o pé no chão nem andar aos S’s? Como? Para quê?
  • Contornar objectos para quê? Como se faz?

Porque no mundo real há subidas e descidas, há buracos e pedras soltas no chão, lancis, pilaretes, cães, crianças e bolas, pessoas a caminhar (umas mais distraídas que outras), ciclistas silenciosos sem luzes e sem aviso, há vento, há sol, há carros e motas, há sítios estreitos, etc, etc, etc, para o passeio ou a deslocação ser eficiente, o mais segura possível, confortável, e não desnecessariamente cansativa, venha aprender e praticar estas coisas numa das nossas Clínicas de Bicicleta. A próxima é este sábado, dia 23, das 9h às 12h, no Campo Grande ou na Estrela (depende do número de inscritos), e há um “traga 2, pague 1“, traga um amigo (o marido, a filha, etc) e para ele é de borla. 😉 Inscrições pelo até à véspera. Dúvidas? 913475864.