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Sharrows

Definição num dicionário:

sharrow
n. an arrow-like design painted on a roadway to mark a bicycling route.

‘Shared Lane Arrows’ ou ‘Sharrows’, é uma sinaléctica composta por setas e uma bicicleta que indica que nos encontramos numa zona onde é de esperar encontrar pessoas a circular de bicicleta.

051018_sharrow_example.jpg
[Fonte]

As sharrows são primas das ciclovias, só que não são exclusivas para bicicletas. São colocadas para indicar claramente os locais onde carros e bicicletas têm que partilhar a estrada. O conceito é simples: em áreas onde é impossível haver ciclovias, seja por que razão for, as sharrows constituem uma via para bicicletas demarcada na estrada, indicando que a faixa tem que ser partilhada por carros e bicicletas. Claro que em todo o lado é suposto haver essa partilha da estrada e haver cumprimento da lei e respeito mútuo, mas esta sinaléctiva vem lembrar e reforçar essa ideia.

O princípio por trás das sharrows é simples: elas reforçam as regras da estrada. Na maioria dos Estados americanos [como em Portugal], os ciclistas têm que circular o mais à direita possível, excepto sob condições de falta de segurança. Uma destas condições é quando a faixa de circulação é demasiado estreita para a passagem simultânea, lado a lado, de um automóvel e de uma bicicleta.

Numa faixa de rodagem estreita, o local mais perigoso para um ciclista estar é chegado muito à direita, porque está numa “zona de porta” e porque os automobilistas pensam que têm espaço suficiente para permanecer naquela faixa de rodagem e ultrapassá-lo. Todo o ciclista que já circulou chegado à direita numa estrada teve a experiência de um carro a passar a 40 km/h (ou mais!) a 10 cm do seu cotovelo esquerdo. Ao mesmo tempo, se alguém num veículo estacionado abrir a porta do carro para sair, o ciclista está mesmo ali (na tal “zona de porta”) e pode sofrer um acidente.

O vídeo seguinte ilustra o conceito:

O mais parecido com as sharrows que conheço por cá é isto, em Tavira:

IMGP6721.JPG

A diferença é que aqui a indicação é contínua, através de uma linha lateral azul, ao longo da estrada, no percurso mais provável de passagem de bicicletas; o sinal da bicicleta pintado no chão aparece muito espaçadamente, é mais pequeno e tem menor relevo, o que leva a que desapareça e fique imperceptível rapidamente, deixando de cumprir a função (alertar para uma via partilhada entre carros e bicicletas):

IMGP6757.JPGIMGP6759.JPG

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Magic Wheel

Há sempre alguém a inventar mais uma engenhoca qualquer para ser radical, diferente, esta é a Magic Wheel. 😛

mwpic21.jpg

Será que funciona? Será que é prático? Será que vale a pena? Será que chega a Portugal? Os portugueses costumam gostar de gadgets…

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Mobilidade para mais

Na SIC passou uma notícia acerca de um paraplégico que iniciou esta semana em Viana do Castelo uma volta a Portugal numa handcycle em protesto contra a discriminação a nível de emprego e a falta de apoio estatal nessa área. Espera chegar ao Algarve dia 28 de Agosto.

Também na SIC, passaram uma peça sobre os Tiralôs em Oeiras. Estas cadeiras especiais que permitem a pessoas com mobilidade condicionada e/ou deficiência desfrutar da praia e do mar, já estão disponíveis em cerca de 40 praias nacionais.

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SEVici

Outro serviço de bikesharing, ou bicicletas de utilização pública, este em Sevilha, Espanha: SEVici. Já há tantos, muitos lançados recentemente, que já nem é novidade. Só em Portugal é que a moda ainda não chegou (as BUGAs e outros pequenos projectos semelhantes que surgiram pelo país têm um funcionamento diferente, gratuito). Será que teremos que esperar 20 ou 30 anos, como em tudo o resto em que estamos atrasados? :-/

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Muitas biclas na TV

Ontem à noite, ao zappar os vários telejornais, assisti a duas reportagens em que as protagonistas eram as bicicletas. 🙂

Na SIC falaram do “IV Encontro Bicicletas Antigas“, que decorreu ontem na Burinhosa, Leiria. Um evento organizado pelo grupo de BTT “Men In Bike”, teve a sua primeira edição a 25 de Julho de 2004, e contou com 27 participantes. Um ano depois, já com mais publicidade e apoio apareceram 64 bicicletas. O sucesso continuou na edição de 2006, com 94 participantes de todo o país. Quantos terão participado ontem? E será que alguém consegui gravar a reportagem na TV? UPDATE de 6/09/07: O Rui Rodrigues entretanto disse-me que o vídeo já está no YouTube. Aqui fica:

A iniciativa não parece ter site online, mas o poster, uma apresentação do evento e imagens de reportagens feitas do evento e publicadas em revistas, estão disponíveis em alguns fóruns, como o FórumBTT.

Na RTP1 passaram uma reportagem sobre o Porto Bike Tour, irmão do Norte do Lisboa Bike Tour, que teve este ano a sua primeira edição (em Lisboa começou no ano passado).

O que mais gostei nesta reportagem foi ver umas quantas bicicletas de handcycling. Pelos vistos, além das bicicletas duplas (ou tandem) para serem usadas por equipas de 2 pessoas, uma das quais é cega, que já foi bastante falado até na altura do evento em Lisboa, também houve pessoas com paralisia (ou outra condicionante da mobilidade) nas pernas a participar, com bicicletas de pedalar com os braços/mãos. Excelente! 🙂

De lembrar que o ano passado foi organizado no Algarve o I Campeonato Internacional de Handcycling , na Quinta do Lago, com a participação de 12 atletas, apenas 2 deles portugueses (e 1 sem deficiência!). Em Portugal esta modalidade ainda não é praticada a nível nacional, mas a ParaSport, uma associação sem fins lucrativos, está a tentar mudar isto. Já em 2007 decorreu o 3º Estágio de Handcycling, com cerca de 20 atletas a treinar a modalidade no Algarve. Estas bicicletas são uma alternativa para aqueles que não tenham mobilidade nas pernas, mas também se constitui como uma alternativa complementar às bicicletas normais, para quem não tenha limitações motoras nenhumas.

O maior entrave ao acesso mais generalizado a estas bicicletas adaptadas por parte das pessoas com deficiência será mesmo o seu elevado custo, na ordem de alguns milhares de euros… 🙁