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Lançado o Projecto Mobilidade Sustentável

Boas notícias! 🙂


Castelo Branco recebeu a cerimónia de lançamento do Projecto Mobilidade Sustentável, presidida pelo secretário de Estado do Ambiente, Humberto Rosa. O projecto vai servir para criar Planos de Mobilidade Sustentável em vários municípios do país, ou seja, para melhorar condições de deslocação, diminuir impactes no ambiente e aumentar da qualidade de vida.

Os planos vão obedecer às orientações estratégicas comunitárias e nacionais, numa lógica de sustentabilidade, e são aplaudidos pela Associação Nacional de Conservação da Natureza (QUERCUS).

As cidades portuguesas de pequena e média dimensão “são território privilegiado para criar planos de mobilidade sustentável”, defendeu Samuel Infante, dirigente do núcleo de Castelo Branco da QUERCUS.

“Aplaudimos a iniciativa e esperamos que este projecto tenha resultados práticos efectivos”, refere Samuel Infante. “Nas cidades de pequena e média dimensão, onde estão a nascer novas urbanizações e redes viarias, como é o caso de Castelo Branco, é importante que seja tudo construído segundo a lógica da mobilidade sustentável”, sublinha. “Estamos habituados a que essas preocupações surjam depois das obras estarem feitas e como remendos. São importantes iniciativas que mudem este cenário”, lamenta aquele responsável.

MANUAL DE BOAS PRÁTICAS

A construção de ciclovias e zonas pedonais são necessárias, “mas com estudos adequados. Em Castelo Branco existe apenas uma ciclovia e não liga ao centro da cidade nem às instalações de ensino superior”, lamenta. “Cá estaremos para dar o nosso contributo sempre que necessário”, acrescenta. (…)

Procurar combustíveis menos poluentes

Samuel Infante realça que, nas cidades de pequena e média dimensão ainda proliferam os transportes baseados em combustiveis fosseis ainda são dominantes. “É importante converter os transportes urbanos para gás natural ou biodiesel, por exemplo”. Por outro lado, os horários têm que ser definidos de acordo com as necessidades da população, adequados a cada realidade, ou não vão servir ninguém.

Fonte: Diário XXI

Parece que este Plano vai envolver 40 municípios.

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Teleférico bike-friendly

Em Portland (EUA) foi inaugurado um teleférico em que se permite e facilita o transporte de bicicletas:

Uma infrastrutura deste tipo exige um grande investimento, pelo que não será sempre uma opção eficiente do ponto de vista económico. Mas há-de haver situações em que pode constituir uma alternativa interessante para peões e ciclistas ultrapassarem troços muito difíceis e/ou perigosos, em vez de os remeter para o “é melhor ficar-me pelo carro, esta subida ou esta obstrução de estradas e mais estradas dão cabo do que poderia perfeitamente ser um percurso ciclável casa-trabalho-casa”.

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Todos os comboios na Europa deverão transportar bicicletas

No passado dia 18 de Janeiro, o Parlamento Europeu decretou que:

… no futuro todos os comboios deverão disponibilizar uma área do comboio especialmente seleccionada para carrinhos de bebé, bicicletas e equipamento desportivo.”

O Parlamento Europeu apoiou uma emenda a uma proposta de novos regulamentos dos direitos dos passageiros de caminhos-de-ferro. Foi adoptada por uma esmagadora maioria: 529 a favor, 56 contra e 14 abstenções. A Câmara votou para extender ao tráfego doméstico de caminhos-de-ferro as propostas de direitos e deveres dos passageiros internacionais.

[Via CCN, onde está um resumo em inglês.]

O texto completo que foi aprovado, está aqui. [EDIT: Entretanto troquei os textos e links da versão inglesa para a portuguesa, via VouDeBicicleta.]

«Artigo 4º-A – Transporte de carrinhos de bebé, cadeiras de rodas, bicicletas e material de desporto:

Em todos os comboios, incluindo os comboios internacionais e os comboios de alta velocidade, os passageiros devem poder transportar carrinhos de bebé, cadeiras de rodas, bicicletas e material de desporto, eventualmente contra pagamento, num compartimento especialmente concebido para o efeito.»

Chamo ainda a atenção a um artigo sobre acessibilidade:

«(10) Os serviços ferroviários de passageiros deverão beneficiar todos os cidadãos. Consequentemente, as pessoas com mobilidade reduzida devido a deficiência, idade ou qualquer outro factor, deverão dispor de oportunidades de acesso ao transporte ferroviário comparáveis às dos restantes cidadãos. As pessoas com mobilidade reduzida têm o mesmo direito que os restantes cidadãos em matéria de liberdade de circulação, de liberdade de escolha e de não discriminação. Nomeadamente, deverá ser dada especial atenção à necessidade de facultar às pessoas com mobilidade reduzida informações relativas à acessibilidade dos serviços ferroviários, às condições de acesso do material circulante e às condições a bordo. A fim de proporcionar aos passageiros com incapacidades sensitivas toda a informação possível sobre eventuais atrasos, deverão ser eventualmente utilizados sistemas visuais e auditivos. As pessoas com mobilidade reduzida deverão poder comprar os bilhetes a bordo do comboio sem encargos acrescidos.»

Quanto tempo será que demorará isto a ser efectivo em Portugal? Li algures neste texto que há um período de 10 anos de tolerância…

Exemplo na Alemanha:

Fora:
IMGP2171.JPG

Dentro:
IMGP2170.JPGRoom for bikes, strollers and wheelchairs on the train

Em S. Francisco, EUA, foto by Earthworm:

earthworm.png

Em New Jersey, EUA, foto by Bikes On Transit:

bikesontransit.jpg

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Para discutir ‘mobilidade’ esta semana

No 17º Encontro Nacional das Associações de Defesa do Ambiente/ONGAs, subordinado ao tema “A Defesa do Ambiente e a Participação Cidadã em Portugal“, a realizar-se nos próximos dias 15 e 16 de Dezembro (esta 6ªf. e sábado), tópicos:

«Mobilidade, Novas Tecnologias de Comunicação (Vídeo-Conferência, Internet, Correio Digital e Tele-trabalho na redução do tempo gasto em deslocações) e Eco-Eficiência, Gestão da Água e Desertificação»

Poster e programa (cortesia da CPADA):

Cartaz ENADA Programa do 17º ENADA

Podem fazer-se duas coisas para tornar a mobilidade ambiental e economicamente mais sustentável, e uma delas traz ainda outros benefícios sociais ao implicar menos perdas de tempo e maiores ganhos de eficiência:

1) agir na área dos meios de transporte alternativos e/ou complementares do automóvel (incluindo a opção “andar a pé”!),

2) estimular e apoiar a adopção do regime de tele-trabalho e generalizar o uso das novas tecnologias para troca de informação (e-mail vs. correios) e reuniões (videoconferência).

Estas questões serão abordadas neste Encontro, nomeadamente:

Sexta-feira: 2º Sessão - Mobilidade, Meios de Transporte Alternativos ao Automóvel

18h10 – Carlos Gaivoto – Mobilidade e Transporte Alternativo ao Automóvel
18h25 - Jorge Nabais (Carris)
18h40 - Os Amigos dos Caminhos-de-ferro

Sábado: 3ª SessãoTelecomunicações e Eco-Eficiência

10h00 - Cisco Portugal - Videoconferência
10h15 - CTT - Correios de Portugal - Correio Digital
10h30 - Gustavo Cardoso (ISCTE) - Internet
10h45 - Vodafone –Telemóveis

11h30 – Manuel Ferreira dos Santos (GEOTA) – Energias Renováveis na Mobilidade
11h45 - Henrique Schwarz – Economia Digital e as Interacções Informação, Energia, Materiais

14h15 – André Vizinho (GAIA) - Tele-trabalho e Eco-eficiência
14h30 - Sandra Martinho - Low Carbon City (a confirmar)

Cada Sessão terá espaços para Debate. Aproveitemos! 😉

EDIT: As inscrições são livres e gratuitas!