O João Taborda deu a dica para a lista da MC. Um artigo sobre o uso da bicicleta como transporte, publicado no Jornal Engenharia, da FEUP:
Pode ser visto aqui, na edição n.º 27, de Dezembro de 2007.
O João Taborda deu a dica para a lista da MC. Um artigo sobre o uso da bicicleta como transporte, publicado no Jornal Engenharia, da FEUP:
Pode ser visto aqui, na edição n.º 27, de Dezembro de 2007.
Depois da versão inaugural, publico agora a versão 0.2 beta d’ “O Código da Estrada e os Velocípedes: Perguntas Frequentes”, onde introduzi algumas correcções e melhorias suscitadas pelo feedback (que muito agradeço) do Mário Alves, do Frederico Bruno e do Rui Caldeira, à versão 0.1 beta. Ainda é um “work in progress”.
Eu tenho a carta de condução tipo B e conduzo automóveis há uns 7 anos. No entanto, ao circular de bicicleta, sou assaltada por imensas dúvidas do que posso ou não fazer e como se aplicam a mim as regras do Código da Estrada. Por isso, e por ter reparado que muita gente anda com as mesmas dúvidas e muitas vezes com assunções erradas, resolvi contribuir para ajudar a tornar mais “digerível” o Código da Estrada, para quem o analisa da perspectiva de um velocípede / ciclista.
Assim, analisei o Código da Estrada actual, o Regulamento da Sinalização de Trânsito, algumas Portarias (como a que regulamenta os dispositivos de iluminação, por exemplo), e redigi um documento construído estilo FAQ (“Frequentely Asked Questions”): “O Código da Estrada e os Velocípedes: Perguntas Frequentes” (ficheiro em formato pdf, com 856.6 kb).
Esta versão é a 0.1 beta e espero poder alterá-la e lançar uma versão mais “definitiva”, ou estável, o mais depressa possível, faltando para isso obter resposta às questões para as quais não consegui chegar a uma conclusão satisfatória, ou inequívoca, e outras sobre as quais simplesmente não consegui encontrar, ou “ler”, informação. Para tal, agradeço todas as sugestões de melhoria ou correcção a este documento, que podem ser enviadas para o meu mail: anapereira @ cenasapedal . com. Obrigada. 🙂
O Tiago Andrade Santos é um arquitecto que usa a bicicleta diariamente como meio de transporte, para se deslocar entre casa e o seu local de trabalho, em Oeiras.
Dadas as recentes proibições por parte das Câmaras Municipais de Oeiras e Cascais de circular em bicicleta nos paredões à beira-mar, o Tiago resolveu redigir um documento intitulado “Um Marginal na Marginal – Proposta para melhorias no concelho” onde, em 10 páginas, aponta os principais problemas de mobilidade em bicicleta e sugere medidas para ajudar a resolvê-los. E tem o cuidado de documentar as situações com fotografias ilustrativas. Criou ainda uma série de slogans e imagens de divulgação e provocação, para alertar para as questões abordadas.
O principal problema apontado prende-se com o ataque e a negligência das entidades no poder para com o uso da bicicleta, quer como transporte quer para lazer. A bicicleta fica de fora no planeamento das infrastruturas, e quando há conflitos com outros utilizadores das vias (carros ou peões) é ela que é banida. As infracções dos ciclistas (neste caso, a circulação nos paredões) são prontamente identificadas e punidas, enquanto que as de automobilistas (que estacionam os carros onde calha – passeios, ciclovias, passadeiras, etc) e as de peões (que circulam nas ciclovias e não nos passeios ao lado – ex. de Cascais) são ignoradas ou pelo menos não são fiscalizadas ao nível que deviam, são encaradas como “normais” e toleradas culturalmente. Além disso, no caso dos ciclistas as infracções de uma minoria servem de desculpa para banir todos os outros da estrada, enquanto que ninguém pensaria fazer isso relativamente aos automobilistas…
Apesar de aparentemente o autor do documento defender a segregação entre bicicletas e restante tráfego (embora possa assumir que seja apenas relativamente à Marginal e/ou relativamente a uma utilização num local de contexto paisagístico privilegiado, como o é a frente ribeirinha destes concelhos, principalmente com o objectivo do lazer e desporto ligeiro), o documento levanta questões pertinentes e apresenta soluções perfeitamente plausíveis, pelo que o recomendamos e apoiamos.
Foi justamente para procurar apoio de outras pessoas interessadas na resolução destes problemas que o Tiago Andrade Santos contactou a FPCUB para que esta ajudasse na divulgação e agisse como intermediário para reunir pessoas interessadas em apoiar esta proposta.
Todd Litman do Victoria Transportation Policy Institute (VTPI) — “uma organização independente de investigação dedicada a desenvolver soluções práticas e inovadoras para os problemas do transporte” – publicou um estudo que compara a satisfação das pessoas com os seus movimentos pendulares diários.
«Entre as opções de deslocação diária – apenas automóvel, apenas transportes públicos, misto de automóvel e transportes públicos, bicicleta e caminhada, os commuters mais felizes são os que vão para o emprego com a sua própria energia. Os ciclistas expressam os níveis de satisfação mais altos, e mais baixos de insatisfação, com as suas viagens matinais e vespertinas. Os caminhantes aparecem logo atrás. Não se sabe se é por ambos terem tendencialmente deslocações menores ou se é por tenderem a ter percursos agradáveis ou livres de stress (caso contrário escolheriam outra forma de chegar ao emprego). De qualquer modo, parece que uma boa maneira de fazer as pessoas felizes com as suas viagens pendulares é – se possível – dar-lhes uma forma segura e rápida de chegarem ao trabalho pelos seus próprios meios e energia.»
Também é notória a influência que a duração das deslocações tem sobre o nível de satisfação:
Isto contraria todas as políticas usuais em Portugal: construir mais e mais “acessibilidades” (a.k.a. estradas, geralmente sem incluir as necessidades de peões e afins), que meia-dúzia de anos depois estão igualmente congestionadas e voltamos à estaca zero.
[Via]