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Fugir do carro de bicicleta

A revista Time Out Lisboa da semana passada tinha “Ideias Verdes” como tema de capa. Lá dentro encontrei um artigo sobre “fugir do carro”, em que falaram das opções de mobilidade de 3 lisboetas: caminhar, pedalar numa bicicleta ou viajar em pé, num Segway.

"Fugir do carro como o demo da cruz" "Fugir do carro como o demo da cruz" - Bicicleta

A Time Out Lisboa anuncia a Massa Crítica. 🙂

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Even roadies are starting to get it

Ora, o Lance Armstrong vai abrir uma loja de bicicletas em Austin (EUA) vocacionada para os ‘commuters’, os utilizadores de bicicletas para transporte. O Lance Armstrong é um atleta profissional do ciclismo de estrada (ganhou a Tour de France 7 vezes consecutivas).

Entretanto, outro roadie de topo, David Zabriskie, lançou uma campanha de segurança rodoviária, a Yield 2 Life (algo como “dê prioridade à vida”) para sensibilizar ciclistas e automobilistas para um comportamento mais cortês e seguro nas estradas.

E em Portugal continua-se a dizer que as bicicletas não têm lugar nem papel nas cidades… Não esperem que por cá os progressos sejam top-down, têm que ser as bases a levar as coisas em frente e fazer a mudança bottom-up. Just ride your bike whenever you can, nevermind those who say it can’t be done. They are so wrong…. 😉

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Morreu Sheldon Brown

Uma personalidade famosa na comunidade ciclista, e autor de um site que é uma referência incontornável no mundo das bicicletas, Sheldon Brown morreu ontem, de ataque cardíaco, aos 63 anos.

[Via]

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“A oficina de bicicletas”

A oficina de bicicletas do Mestre Augusto fica na Chamusca numa rua histórica onde trabalharam há muitos anos alguns dos maiores Mestres da terra na arte do ferro, da ourivesaria e do comércio puro e duro do vinho, das fazendas e da mercearia. Hoje já todos passaram à história. Depois de morrerem os homens, transformaram-se os edifícios e adaptaram-se a outras áreas de negócio ou pura e simplesmente fecharam portas.

No número 42 da Rua Câmara Pestana, a oficina de bicicletas do Mestre Augusto continua a ser um local de trabalho diário. Lá tudo ainda é como há meio século atrás. O trabalho pode ser feito na hora, ninguém precisa de pagar adiantado, os preços do serviço prestado estão ao nível do que se praticava no tempo da outra senhora e o atendimento é feito à porta, já que o espaço da oficina mal dá para o Mestre pendurar duas bicicletas ao mesmo tempo.

Quem passa todos os dias na Rua Câmara Pestana nem dá pela presença do Mestre Augusto, enfiado naquele rectângulo de um rés-do-chão de uma casa igualmente quase centenária. O Mestre Augusto tem 86 anos e todos os dias cumpre rigorosamente um horário de trabalho normal, com o espírito de quem está a iniciar um negócio e precisa de ser útil à sociedade e de satisfazer o cliente para que ele volte da próxima vez.

Um dia destes, na deslocação que faz de casa para o trabalho e do trabalho para casa, montado numa velha pasteleira, alguém se descuidou e abriu a porta do carro já estacionado precisamente no momento em que o Mestre Augusto pedalava a caminho da oficina. Deu um trambolhão de se lhe tirar o chapéu e temeu-se o pior. Mas as mazelas de uma queda aparatosa de um homem de 86 anos podem parecer cenas de um filme de Manuel de Oliveira se observadas à luz do destino e da arte de viver com as raízes bem presas ao chão. Como os ossos não se partiram o Mestre Augusto assim como caiu se levantou, e quanto a ferimentos não há nada que o mercúrio e as sulfamidas não resolvam num corpo habituado aos rigores do trabalho de uma oficina.

É muito normal vê-lo a trabalhar quase às escuras ao fim da tarde porque ainda guarda o velho hábito de poupar na luz eléctrica. Quem for bom observador vai reparar que àquela porta ainda se concentra muita gente a falar da vidinha e das novidades da vila.

Quer saber quem foi o último riquinho da terra a passar um cheque sem cobertura? O último caçador a errar o alvo? O último pescador a cair ao rio com o peso da cana de pesca? O ultimo barbudo a empenhar as barbas? O último careca a perder o capuchinho? Então devolva a bicicleta à sua vida e ganha o direito de partilhar a oficina de um dos últimos Mestres da Terra Branca na arte de trabalhar… para aquecer.

Fonte: O Mirante, artigo de JAE

Aqui em Porto Salvo também há uma oficina assim, minúscula e antiga. Bom, o mecânico não tem ainda sequer perto de 86 anos, mas já me afinava os travões e as mudanças de borla quando eu era miúda (e ainda me enchia os pneus de vez em quando), por isso a oficina já existe pelo menos há 15-20 anos. Este tipo de oficina de bairro (e sem estar associada a uma loja de bicicletas) já é uma raridade… 🙁

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Invenções a pedal

Vi um pequeno documentário sobre isto há tempos na televisão. Aqui fica o trailer. 🙂

Esta rapariga inventou uma máquina de lavar roupa a pedal. Não é eléctrica, pelo que poupa dinheiro à família, mas é mais cómoda do que a lavagem manual tradicional. 🙂

Há outros conceitos, a Cyclean é apenas um deles.