Na Cenas a Pedal, clientes especiais até têm direito a entregas e montagens ao domicílio! E o A., com as suas 5 semaninhas de idade, é um cliente especial. 😉 Aqui está ele, muito satisfeito da vida, a experimentar o seu novo Croozer Kid for 2 (‘para 2’ porque nunca se sabe quando aparece um irmão, um primo ou um amigo para partilhar a viagem, é o bikepooling em acção), um reboque para bicicleta que também é um carrinho-de-bebé (‘on steroids‘), para andar a pé, e um jogger, para a corrida, no sábado passado. Filho de ciclista,…
Daqui a uns meses devemos começar a vê-lo a andar por aí, atrelado à Brompton do pai. 🙂 Uma coisa boa do Croozer é que é dobrável, facilitando a arrumação em casa.
A entrega foi, claro está, feita de bicicleta, afinal, é para este tipo de coisas que temos a nossa Big Dummy de serviço. 🙂
Quer pôr a sua família também a andar de bicicleta mas não sabe qual a melhor solução? Consulte-nos (info @ cenasapedal . com), é a nossa especialidade! 🙂
Freewheelers é uma série de documentários retrato sobre bicicletas diferentes e ‘in’ e das pessoas que as usam – de fixies “faça-você-mesmo” e cobiçadas bicicleta vintage até bicicletas como arte ou manifestações (ou manifestos) de estilo pessoal. Uma nova série original sobre liberdade, bicicletas e viajar em estilo.
Caz, London cycling blogger and fashionista, tells us about her love affair with a pale blue Pashley Poppy and her crusade against helmet-hair.
Charlie, a London artist and former bike courier, organised a race to the ‘centre of the earth’ in Uganda using Indian-made ‘Hero’ bikes, the most popular bike for local couriers. He bought his Hero home to London in a suitcase; Here he is unpacking it for Babelgum.
Beneath their prickly exterior London’s bike couriers are warm and cuddly idealists. Or at least, one of them is. We meet courier Crazy Socks and his gritty Surly Steamroller.
London-based artist and designer Benedict Radcliffe shows us his beautiful flourescent bikes – there’s no chance of car drivers not seeing you when you’re atop one of these beauties. Find out more at www.benedictradcliffe.co.uk.
Sharp-suited dandy Neil is a drinks writer for The Chap, a magazine aimed at the modern gentlemen. Neil takes us on a tour of his vintage penny farthing, the vehicle of choice for the 19th-century playboy. It’s still turning heads (and setting hearts aflutter) in modern-day London.
Photography student ‘Chicago Greg’ brings cool rides to life at Soho’s hippest cycling store, Tokyo Fixed Gear, in London. He combines a laid-back style with fast-moving eye candy – check out his self-build.
Ao contrário de uma teoria famosa, as bicicletas não são aspiradores. E esperemos que nunca sejam.
A escolha pela bicicleta em detrimento de outras opções de mobilidade é uma afirmação. De estilo, de filosofia, de liberdade (ou mesmo de falta dela). Mais ainda num contexto em que esta opção é social, física e culturalmente desfavorecida. E a escolha da bicicleta em si é uma forma de expressão, um reflexo dos nossos gostos, um elemento do nosso estilo estético e funcional pessoal. Não, a bicicleta não é um aspirador… No mínimo é como o vestuário, o automóvel, a casa, extensões, reflexos, consequências da nossa filosofia de vida, condições económicas, necessidades e preferências estéticas. Ninguém usa o aspirador se não tiver mesmo que o fazer, e o objectivo não é o uso do aspirador mas o resultado do seu uso: limpeza (objectiva ou simplesmente a sensação reconfortante da mesma). A bicicleta usa-se só pelo prazer de a usar, ou só pelo exercício físico que nos proporciona, mesmo quando não temos nenhuma necessidade de transporte a suprir. E não deixa de nos dar prazer e proporcionar exercício quando a usamos só para ir de A a B.
Não tenhamos medo das depreciativamente chamadas ‘sub-culturas’ da bicicleta. Fixies, dobráveis, vintage, de carga, de estrada, reclinadas, familiares, BMX, BTT, etc, etc. Não são sub-culturas, são mais como tribos, onde cada um pode procurar um sentido de identificação e pertença, entretenimento e diversão, criatividade. Sem que isso aliene os das outras tribos ou os que não têm tribo, e sem lesar ninguém. Não há razão nenhuma para deixarmos a bicicleta de fora das coisas que fazem e dão a cor, o sal e a pimenta, à vida. 🙂
Prefiro 100 ciclistas por convicção, paixão, ou simples opção, do que 1000 ciclistas ‘aspiradores’. “Propósito” é muito importante, é a diferença entre interessante e diverso e aborrecido e monótono.
De notar que o Mário não é um monociclista “qualquer”, ele usa um uniciclo de roda 36″! Parece que só há 3 em Portugal. 🙂
Andar de uniciclo é uma cena que gostaria de aprender, tal como andar de fixie. Parece que não é muito bom para os joelhos, mas deve ser bestial para os abdominais! 😀
Rita Ricot, 27 anos
Dá aulas de Psicologia Cognitiva ao 1.o ano do curso de Psicologia do ISPA – Instituto Universitário e frequenta o 4.º ano do doutoramento na área de Psicologia Social. Todos os dias parte do Alto do Pina para Alfama a dar aos pedais de uma das suas bicicletas. Pela R. Barão Sabrosa e Av. Mouzinho de Albuquerque chega a Santa Apolónia num instante. «Se eu levar a minha ‘pasteleira’, 15 minutos é o normal. Se for na minha bicicleta de estrada são 10 minutos.» Para voltar, o percurso é diferente devido às inclinações e demora cerca de 25 minutos: sobe para o Campo de Santa Clara, com a bicicleta à mão, Graça, Morais Soares, Alameda e Bairro dos Actores. Foi há um ano que adoptou regularmente a bicicleta, quando esteve dois meses em Santa Bárbara, na Califórnia. Fazia 16 km todos os dias, de casa até ao Campus, e quando cá chegou nem quis outra coisa, até pelo tempo que poupa diariamente. Já a possibilidade de chuva não a demove. «Aqui em Lisboa nós normalmente temos períodos de chuva e depois temos uma aberta, e às vezes chove miudinho, mas não incomoda assim tanto.» Piropos como ‘fecha a janela’ ou ‘estás com a porta mal fechada’ são frequentes, mas para a Rita andar de bicicleta é uma liberdade. «Metes-te em cima da bicicleta e vais. Tens uma liberdade de acção completamente diferente do que se fores de carro, autocarro ou de metro. A mim dá-me logo energia.» Quer desmistificar a ideia de que Lisboa é difícil por causa das colinas e rouba uma frase que já ouviu de várias pessoas: «As colinas estão mais na nossa cabeça do que na nossa cidade.»
De lembrar que a bicicleta é um meio de transporte autónomo em si mesmo, mas facilmente conjugado com todos os outros, expandindo assim o seu alcance. Isto era um recado bom para o rapaz que usa o carro por falta de oferta dos TP a horas mais tardias, talvez deixasse de trabalhar para, em grande parte, sustentar o carro. 😉
No artigo só faltou o “andar a pé”, esse modo eternamente invisível, de que ninguém parece lembrar-se…