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Lisboa Ciclável – o mapa

Hoje foi apresentado publicamente na Câmara Municipal de Lisboa o Lisboa Ciclável, um mapa da cidade com as ciclovias e parques de estacionamento para bicicletas existentes, em obra e em estudo, georreferenciados, bem como parques e jardins, quiosques, mercados municipais, e ainda as linhas e interfaces de transportes públicos. O sistema está, aparentemente, integrado com tem um link para o serviço de notificação de ‘ocorrências’ “Na Minha Rua“.

Este mapa é muito bem vindo, e compõe melhor a secção ainda pobre “Bicicleta na Cidade” no site da CML.

A seu tempo esperemos que passe a incluir também oficinas (incluindo o serviço de assistência em viagem do Bicycle Repair Man! 🙂 ), lojas e pontos de aluguer de bicicletas, e que seja disponibilizada uma versão amigável para telemóveis – tudo coisas que a CML diz ter previstas, tendo ainda sido indicado que uma integração com o Transporlis seria muito bem vinda. Esperemos para ver os desenvolvimentos.

Claro que isto não vai substituir o Google Maps (que tem as opções ‘by car’ e ‘by foot’) nem o ViaMichelin (que tem também a opção ‘by bike’) na ajuda a definir percursos, mas pode ser um complemento útil aqui e ali a esse nível.

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Semana Europeia da Mobilidade 2010 – o que há de novo

Começou ontem a SEM, dia 16, e termina dia 22, com o Dia Mundial Sem Carros. Portugal conta com 66 cidades participantes. O programa de Oeiras é fraquinho, embora conte com o mui relevante “Marginal Sem Carros“, o de Cascais é feito estilo “encher chouriços”, qualquer coisa “verde” ou que envolva bicicletas ou andar a pé é lá metido, mesmo que seja desporto e não transporte, mas enfim. A medida permanente anunciada é a abertura do paredão de Cascais à circulação legal de bicicletas, anunciada no final de 2009.

INAUGURAÇÃO DO CORREDOR CICLÁVEL DO PAREDÃO

O presente projecto teve origem nas consecutivas pressões/reclamações que os utilizadores de bicicletas fizeram para a permissão da circulação das mesmas no paredão. A proibição de bicicletas no paredão foi efectivada desde 2005, na sequência de ter havido acidentes graves com peões devido à falta de sensibilidade e civismo por parte dos utilizadores deste espaço. O facto do paredão ser um local que permite a aproximação da natureza numa óptica de usufruto do espaço público de uma forma sustentável, associado à proximidade do mar encoraja os utilizadores à prática de actividades ao ar livre promovendo a saúde e o bem-estar. Nesta óptica, e na tentativa de não excluir qualquer tipo de utilizadores elaborou-se esta proposta onde se salvaguarda os interesses e a segurança de ambas as partes.

O uso da bicicleta deve constituir uma alternativa ao automóvel nas deslocações diárias, assim como uma actividade de recreio e lazer. Estamos na era da sustentabilidade, da qualidade de vida e da mobilidade urbana sustentável, estando implícito que as autarquias têm que oferecer alternativas de mobilidade amigas do ambiente. Neste âmbito, o facto de se permitir a circulação de bicicletas no paredão permite também a extensão da rede ciclável existente na vila, possibilitando a ligação do Estoril ao Guincho/Areia em bicicleta. O desenvolvimento destas redes cicláveis um pouco por toda a Europa atesta a atractividade e a procura crescente destes espaços lineares por parte dos residentes em áreas urbanas, que os utilizam não só numa óptica de recreio e lazer mas também como fonte de bem estar físico nas suas deslocações diárias. Entende-se, assim que este projecto irá contribuir para a qualidade de vida dos utentes e da qualidade do ar, promovendo-se em simultâneo o turismo da vila de Cascais.

DESCRIÇÃO E FUNDAMENTAÇÃO DA PROPOSTA

A proposta consiste essencialmente, na definição de um corredor ciclável bidireccional com 2,20m de largura, salvaguardando-se um mínimo de 2,00m de afastamento ao muro que delimita o paredão do lado terra. Este afastamento é variável em função do equipamento existente. Foi um princípio de concepção do projecto a não relocalização do equipamento existente. Entre o corredor e o lado mar é garantido um corredor pedonal com o mínimo de 2,50m. O corredor ciclável é constituído por 4 troços, a saber:

  • Troço 1 – compreendido entre o Escotilha Bar e Bar Baiuca – 270m;
  • Troço 2 – compreendido entre o Bar Pica e o Jonas Bar – 480m;
  • Troço 3 – compreendido entre os Bares do Tamariz e Restaurante Bolina – 190m;
  • Troço 4 – compreendido entre o Restaurante Bolina e o Snack-Bar Surpresa – 290m.
  • Nas restantes áreas do paredão não foi definido qualquer corredor devido ao facto de não reunirem as condições estabelecidas no projecto.

    1. ZONAMENTO

    Consequentemente, foi estabelecido um zonamento que atribui ao paredão três usos distintos, a saber:

  • Corredor ciclável, onde deverão circular as bicicletas, peões com patins, trotinetas ou outros meios análogos de acordo com as “Regras de Circulação de Velocípedes no Passeio Marítimo de Cascais (Paredão)”, definidas pelo Exmo. Senhor Presidente( em anexo);
  • Área de circulação pedonal que constitui toda a envolvente do corredor ciclável e que compreende as áreas com equipamento. As bicicletas poderão circular neste espaço desde que transportadas pela mão;
  • Área de circulação mista que constitui os espaços de transição entre os troços do corredor ciclável e onde o conflito entre a diversidade de utentes é maior devido ao estrangulamento do espaço. As bicicletas poderão circular desde que transportadas pela mão.
  • O projecto contempla também a colocação de painéis informativos junto do início/final dos troços dos corredores cicláveis. Os painéis informativos de dupla face contemplam as regras de utilização dos corredores cicláveis e do paredão, o mapa e a explicação do grafismo utilizado na demarcação do corredor ciclável.

    Vamos ver no que isto dá. Enquanto isso, cá em cima na Marginal nada acontece.

    Almada tem um programa cheio, como já é tradição:

    Viaje bem, Viva melhor» é o tema da SEM 2010, iniciativa que, em Almada, celebra o seu 10º aniversário. Com o envolvimento de dezenas de entidades locais e nacionais, a Semana apresenta um amplo programa de actividades, que pretende promover e dar a conhecer soluções de mobilidade quotidiana mais amigas do ambiente, que criem uma vivência da cidade mais saudável e sustentável.

    A destacar no programa da SEM 2010, a dinamização, no dia 18 de Setembro, Sábado, do primeiro Festival da Mobilidade® do País, que decorrerá bem no centro de Almada. Em 10 palcos dedicados à mobilidade, muitas actividades para todos os públicos estarão a acontecer entre as 10H00 e as 24H00, nas Praças da Liberdade e S. João Baptista. Concertos, oficinas, exposições, desporto, dança, animação de rua, bicicletas e veículos amigos do ambiente, projecção de filmes, e até uma feira de petiscos, farão parte deste Festival, que terminará com um grande concerto dos Expensive Soul, com início às 22H00.

    A Câmara Municipal de Almada sugere a consulta dos programas completos de actividades da Semana Europeia da Mobilidade e do Festival da Mobilidade que seguem em anexo e convida todos os interessados a participar nestas iniciativas de promoção de uma mobilidade mais sustentável, agradecendo também a sua ampla divulgação.

    Mais informação sobre os 10 anos desta iniciativa em Almada em http://www.m-almada/ambiente

    Venha celebrar connosco!

    O Seixal também participa, anunciando algumas medidas e oferecendo um conjunto de actividades, entre visitas, passeios e workshops de condução de bicicleta para os mais novos (a cargo da Cenas a Pedal – ainda estão a tempo de inscrever os vossos piquenos!).

    E Lisboa, a capital do país, propôs um programa interessante de medidas e algumas actividades, embora se tenham esquecido de o divulgar (a única coisa que passou para os media foi, aparentemente, um passeio desportivo – 34 Km – de bicicleta). Hoje já está uma notícia no site da CML mas sem informação, e o link não funciona… bug do meu Firefox, o ficheiro está disponível! 🙂 Bom, não percam o Lisboa Down Tunnel, parte do programa!

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    Eventos Notícias

    Marquês Down Tunnel

    Isto é mais virado para o pessoal dos skates e afins, mas tem o seu apelo para quem ande de patinete, de trike, ou de simples bicicleta. 🙂 O único sítio no centro de Lisboa em que o trânsito anda efectivamente à velocidade máxima permitida por lei (50 Km/h), e que, paradoxalmente, é vedado aos ciclistas, estará livre de carros, fumos e ruído e aberto aos modos activos de transporte. 🙂

    Marquês Down Tunnel

    Do site da associação – Ideia Veloz – que organizou isto:

    A Ideia Veloz, em parceria com a Câmara Municipal de Lisboa, comemora a Semana Europeia da Mobilidade com um encontro no dia 22 de Setembro, o Dia Mundial Sem Carros. Um dia importante para todos, um alerta para o uso excessivo do carro nas grandes cidades.

    E porque um dia desta importância tem de ser celebrado num lugar com igual importância, não havia em Lisboa melhor sítio para o fazer que o Túnel do Marquês de Pombal. Este ano, reivindicamos o Túnel do Marquês!

    Uma das obras mais polémicas de Lisboa, o túnel tem uma extensão total de 1725 metros, um declive de 9% e foi construído com vista à agilização do trânsito automóvel numa das principais artérias de acesso à cidade.

    Na noite de 21 para 22 de Setembro de 2010 o túnel vai estar aberto só para acesso a veículos não motorizados.
    Entre as 22h30 e as 05h30 as emissões de carbono naquela que é considerada a via mais poluída do país, vai ser ZERO.

    Acreditamos que há outras formas de nos movermos nos meios urbanos.
    Acreditamos que é possível usar meios de transporte mais ecológicos.
    Acreditamos que uma vida em Lisboa mais calma, limpa e sustentável é possível.

    A associação de desportos de gravidade sugere uma noite diferente: traz o teu veículo ecológico ao Marquês de Pombal, pelas 23h00 do dia 21 de Setembro, e mostra que também fazes parte do trânsito da urbe.

    Vamos ter bicicletas, skates, patins, muita velocidade, graffiti, música e algumas surpresas…
    Temos a certeza que este evento vai proporcionar emoções fortes a quem nele participe.

    E toca a preparar as rodas, porque vamos ter prémios para os veículos ecológicos mais originais.

    As ruas da cidade também são tuas: reivindica-as!

    Programa:

    23h00 – Reunião de eco-veículos
    00h00 – Demonstrações de Skate, BMX, e Patins
    01h00 – Demonstração de Downhill
    02h00 – Entrega do Prémio Eco-Veículo mais Original
    03h00 – Encerramento

    Ao longo da noite, Graffiti e Eco-SoundSystem

    infoline: (+351) 96 855 00 49

    Um evento Ideia Veloz, em parceria com a C.M.L. e a Waves and Woods, com o apoio Don’t Panic, Dedicated, Cascais TV, Turismo de Lisboa e Fuel TV.

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    Indústria das bicicletas debate-se com aumento de preços para 2011

    Já tínhamos sido alertados por alguns dos nossos fornecedores que os seus produtos iriam sofrer aumento de preços brevemente, enquanto outros já tinham mesmo revisto as suas tabelas. Segundo a revista Bike Europe, é uma vaga que afecta toda a indústria (fabricantes e distribuidores de bicicletas, peças, e acessórios como vestuário ou alforges) e tem origem na crise de mão-de-obra da China, a taxa de câmbio do Euro, custos de transporte que quadruplicaram (há uma escassez de contentores de transporte marítimo), e o aumento das matérias-primas, levando a preços entre 5 a 10 % mais altos para 2011. E pode não parar por aqui, pois a apreciação do yuan (para a qual os EUA e a UE estão a fazer pressão), a moeda chinesa, pode levar a que a taxa de câmbio da mesma suba uns 15 %.

    E o que é que isto interessa para o ciclista comum? 🙂 Bom, que se têm previstas compras de bicicletas, peças, acessórios, etc, que talvez seja uma estratégia acertada antecipá-las ao máximo para tentar escapar ao aumento de preços que se avizinha.

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    Carteiros em bicicleta

    Os CTT, em preparação da liberalização do mercado, reposicionaram-se no mesmo com uma estratégia de diferenciação baseada na responsabilidade ambiental, e daí surgiu a campanha “CTT consigo“.

    Uma das novas medidas internas da empresa seria introduzir bicicletas com assistência eléctrica nos giros dos carteiros. Em termos de produtos, o Correio Verde passaria a ser realmente mais “verde”, o que é algo que, como consumidora, muito me apraz ser-me dada essa alternativa.

    Os CTT dizem ter já 300 bicicletas, com assistência eléctrica, em circulação, cada uma das quais percorrerá 12 a 16 Km por dia e assistirá cada carteiro que as use na entrega de 700 a 1000 objectos postais/dia.

    Vantagens? Substituindo motociclos ou ciclomotores, permitirão reduzir em 90 % a emissão de CO2, e poupar cerca de 1300 € por ano. Substituindo trolleys e sola de sapatos nos giros apeados, permite ganhar 1 hora de trabalho por dia, em média, graças ao aumento da velocidade de entrega e à diminuição do esforço do carteiro.

    Neste momento, os CTT têm identificados 700 a 800 percursos de carteiros com potencial de utilização de bicicletas, o equivalente a 10% de todos os percursos de distribuição diários dos correios.

    Fotos: Aposta 88, páginas 22 e 23.

    Podem ver o vídeo de uma reportagem da RTP aqui:

    Claro que esta estratégia de marketing não fica completa enquanto, por exemplo, as estações de CTT não forem equipadas com estacionamento para bicicletas à porta, para também os clientes as usarem mais, e as principais estações e centrais de distribuição oferecerem condições a nível de balneários, cacifos e parqueamento para os outros funcionários mais facilmente poderem adoptar a bicicleta para se deslocarem para o trabalho. Mas, vá lá, uma pedalada de cada vez, always [try to] look on the bright side of life. 😛