Então, maltinha, fartos das redes sociais? Andam a leste? Fazem muito bem. Ora aqui está um apanhado de umas conversas fixes que podem ter perdido no meio do vosso detox digital. 🙂
Esta Rapariga Pode é uma campanha nacional [no Reino Unido] desenvolvida pela Sport England e uma vasta gama de organizações parceiras. É uma celebração de mulheres activas por todo o país que estão a fazer a cena delas, não interessa quão bem o fazem, qual o seu aspecto ou até mesmo quão vermelhas ficam as suas caras.
Há muitos exemplos de exercício e desporto, mas também há exemplos de actividade física simples, como “ir de bicicleta”.
A Grace gosta de andar de bicicleta, ela gosta de estar lá fora a pedalar ao ar fresco, às vezes frio. Ela não está numa corrida com ninguém, não se preocupa com a velocidade a que vai. Ela simplesmente faz a cena dela e é só isso que importa.
Nos bastidores:
Podem ver mais posters e vídeos na página de Facebook da campanha.
O estudo prévio a esta campanha revelou que as mulheres sabem que deveriam exercitar-se mais, mas ainda assim falham em atingir os níveis mínimos de actividade física recomendados para uma vida saudável. Concluiu-se ainda que na faixa etária dos 14 aos 40 anos há menos 2 milhões de mulheres a exercitarem-se face ao número de homens que o fazem, e 75 % das mulheres nesta faixa etária gostariam de fazer mais desporto e/ou exercício físico, mas o medo de serem julgadas é maior do que a sua auto-confiança:
medo de serem julgadas pelo seu aspecto durante a actividade (suadas, ruborizadas, pobre forma física, etc)
medo de serem julgadas por não serem boas o suficiente a realizar determinada actividade, ou então demasiado boas e, “logo”, pouco femininas
quando têm filhos, sentimento de culpa e medo de serem julgadas por gastarem demasiado tempo com elas próprias
‘This Girl Can’ é uma celebração de todas as mulheres que encontram a confiança para fazerem exercício: é uma atitude, e uma chamada à acção para todas as mulheres fazerem o mesmo. Esta campanha pretende abordar os medos das mulheres, mostrando-lhes que não estão sozinhas, e a esperança é que isso lhes dê mais confiança.
Não conheço outros estudos ou campanhas similares em Portugal, mas desconfio que a nossa realidade, a este nível, não será muito diferente. E penso também que a menor proporção de mulheres a usar a bicicleta como meio de transporte em Portugal, relativamente aos homens, poderá ter, em parte, a ver com esta questão.
Infelizmente em Portugal não se faz muito “marketing” de causas. Nem o Governo, nem organizações grandes. O mais parecido que me lembro foi o projecto Maria Bicicleta, uma iniciativa privada, da Laura e do Vitorino, que depois teve algum apoio institucional da Câmara Municipal de Lisboa e EMEL, na forma de uma exposição na Av. Duque de Ávila. Muito pouco para ter impacto significativo na população, claro.
Dia 8 de Março é o Dia Internacional da Mulher. Mas já passou, e é só um dia para nos recordar da importância dos outros 364. Que tenhamos todas força para preferirmos ser saudáveis, fortes, independentes, e divertirmo-nos, sempre, e não só em ocasiões especiais. Porque o cabelo desalinhado, a cara vermelha, o suor, o sentirmo-nos fora de forma ou pouco atraentes, é tudo transitório, e irrelevante, o que vai permanecer é a sensação brutal de “eu consigo”, “eu gosto”, “eu quero mais”. Porque nós merecemos.
Enquanto eu ensinava a Fátima a andar de bicicleta, o Álvaro, o marido da Fátima, que a acompanhava a todas as aulas, ia-se entretendo a desenhar umas “cenas”. Até apanhou o coreto do Jardim da Estrela. 🙂
Umas semanas depois da última aula, enviaram-me um e-mail a dar conta dos bons desenvolvimentos:
Olá Ana
Como vê arrisquei, correu bem!
Muito obrigada por tudo.
Vemo-nos por aí,…pedalando.
Obrigada, beijo
A par de umas fotos do durante:
E do depois! 😀
Obrigada Fátima e Álvaro por partilharem connosco este testemunho!
Mais uma pessoa no mundo a desfrutar do fantástico prazer e utilidade do uso da bicicleta. 🙂
Aquando do nosso anúncio de estágio em Maio, uma das candidaturas que recebemos foi a da Filipa. Licenciada em Engenharia Civil, com especialização em engenharia sanitária, resolveu perseguir uma área que sempre a apaixonou, a Psicologia, na qual está actualmente a tirar um mestrado. Gostámos da apresentação em vídeo que ela enviou, e do perfil, e resolvemos entrevistá-la.
Apesar de não ser elegível para o estágio em causa, arranjámos forma de estabelecer uma colaboração que lhe permitisse começar a trabalhar connosco e ter tempo e liberdade para continuar o seu mestrado e dar mais apoio aos dois filhotes pequenos, que regularmente leva à escola de bicicleta. O seu exemplo já levou até a que outro pai se entusiasmasse e comprasse também um atrelado Croozer, pelo que já são pelo menos duas famílias naquela escola a fazer a school run de bicicleta. 🙂 Mas nem só de escola vive uma família, claro.
A Filipa está a ajudar-nos a desenvolver e a fazer chegar os nossos serviços, em particular, nomeadamente de consultoria e formação, às escolas e empresas. Para disseminar o desejo de integrar a bicicleta na vida das pessoas, e de ajudar a materializá-lo quando ele já lá está. E a sua experiência e exemplo pessoais são fundamentais nesta missão. 🙂
Lembram-se do nosso call out em Maio para encontrar o nosso primeiríssimo colaborador? Pois bem, recebemos muitas candidaturas para esse estágio, felizmente, e várias de pessoas com perfis muito interessantes, obrigada a todos! 🙂 No final, a aposta recaíu na Elena, que está connosco desde final de Setembro:
A Elena é italiana, tem a nossa idade, licenciou-se em Economia e Marketing e prosseguiu os estudos depois com um mestrado em Desenvolvimento Local, Cooperação e Mercados Internacionais, em Itália.
Entre outras actividades, trabalhou vários anos numa cooperativa de comércio justo, e foi voluntária internacional durante um ano no Brasil (daí o seu português com subtil toque brasileiro!). O seu interesse em projectos de empreendedorismo social levou-a a candidatar-se para integrar a nossa equipa na Cenas a Pedal.
A Elena irá ajudar-nos a manter e a desenvolver a nossa vertente de loja, principalmente a plataforma online. Queremos agilizar o processo de aconselhamento e encomenda na loja (seja via presencial ou virtual) para oferecermos um serviço mais eficaz, mais rápido e mais eficiente.
A integração da Elena é para nós um marco importantíssimo, afinal é a primeira pessoa “de fora”, a nossa primeira experiência de recrutamento, e significou um aumento de 50 % no número de pessoas na empresa! 🙂