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5 anos de Cenas a Pedal

Ufa, já?!

Primeiro freguês!
Primeira venda da Cenas a Pedal, Dezembro de 2006.

Pois é, faz hoje 5 anos que foi fundada a Cenas a Pedal. Parece muito tempo e, no entanto, parece que passou num instante. É o que acontece quando estamos embrenhados em algo, não damos pelo tempo a passar!

Busy booth
Primeira participação numa feira, e apresentação pública das primeiras recumbents, Março de 2007.

A Cenas a Pedal é uma consequência do nosso interesse em promover, divulgar e servir um conceito de cidade e de vida baseado nos modos activos de mobilidade, e coincidiu no tempo (se incluirmos o processo da sua incubação / preparação) com o nosso envolvimento e trabalho noutros projectos grassroots, pelo que já foram 6 anos de bicicletas e mobilidade suave quase 24 h/dia (hey, a dormir também se sonha e pensa!). (A Cenas a Pedal é o nome que damos ao principal trabalho que fazemos em conjunto (Ana & Bruno), quando é em conjunto com outras pessoas tem outros nomes, mas o trabalho é o mesmo, serve a mesma visão).

FAQ CE Júnior
Publicação do documento "O Código da Estrada e os velocípedes: Perguntas Frequentes", em finais de 2007

Principalmente nos últimos 2-3 anos esta dedicação implicou praticamente não termos vida “pessoal”.  Sacrificámos outras coisas que as pessoas normais tomam por normais entre os 25-30 anos (ter fins-de-semana e férias, manter hobbies e outros interesses, filhos, etc). Mas valeu a pena, porque olhando para trás nestes 5 anos vemos como as coisas mudaram e acreditamos que o nosso trabalho muito contribuiu para essa mudança, e era isso que pretendíamos.

Bicicleta carregada
Divulgação do conceito de bicicleta longtail, Outubro de 2007.

Durante muito tempo o blog da Cenas a Pedal era o único blog activo sobre mobilidade em bicicleta e temas relacionados. Remávamos contra a corrente falando de andar de bicicleta na cidade, de bicicletas reclinadas, de bicicletas de carga, de aprender a circular na estrada sem medo, de urbanismo à escala humana, divulgávamos iniciativas e eventos, etc, etc. Agora, 5 anos passados, basta ver toda a actividade bloguística no Planeta Bicicultura (e mais além) e os vários grupos no Facebook (tipo este, este, este, este e este, por exemplo) e outras páginas e fóruns. Já não somos os únicos ou dos poucos a falar de bicicletas de carga, eléctricas, dobráveis, reclinadas, etc. 🙂

Batidos a Pedal para MTV ver
Batidos a pedal, Outubro de 2007

A bicicleta como solução de transporte urbano tem tido cada vez mais e melhor presença nos media, com reportagens na televisão, na rádio, na imprensa e na web. A Massa Crítica tem-se expandido por mais cidades no país e engrossado em aderentes, a Cicloficina pegou, criou-se e ressuscitou-se a MUBi. O Bicycle Film Festival chegou a Portugal. Têm aparecido empresas de pedicabs, de estafetagem, e mais uma ou outra loja/empresa dedicada à bicicleta além-BTT. Ciclovias & Cia e sistemas de partilha de bicicletas têm sido uma estratégia cada vez mais popular de captar financiamentos europeus e não só. A bicicleta até já foi usada como bandeira numa campanha eleitoral na capital. Há cada vez mais eventos de confraternização, e mais eventos institucionais à roda da bicicleta ou inclusiva dela (palestras, conferências, etc).

Cruzamento
Introdução de formação em condução de bicicleta, certificada, em Junho de 2008.

Embora as instituições sejam mais lentas a aceitar e a envolver estes temas na prática, já o integraram nos seus discursos politicamente correctos (supostamente até vamos ter um Plano Nacional de Promoção da Bicicleta e Outros Modos de Transporte Suaves), o que é um primeiro passo. Entretanto a sociedade civil é mais rápida e as coisas já começam a mudar. A mudança de comportamentos e de expectativas já faz parte da conversa de café, à mesa em casa, e com os colegas. A pouco e pouco, cada pessoa individualmente está a fazer a diferença. Isto chama-se mudar o mundo, e é sempre feito à escala individual.

LabCaP @ Marginal Sem Carros 2009
Lançamento do Laboratório de Cenas a Pedal, promovendo bicicletas e triciclos reclinados, patinetes, bicicletas dobráveis, bicicletas de carga, etc, Julho de 2009.

Agora já não tenho que me preocupar em divulgar ou relatar eventos, ou até novidades do sector das bicicletas, há logo uma série de gente a fazê-lo e a informação circular rapidamente. 🙂 Gosto de acreditar que contribuímos para criar esta bola de neve e imprimir-lhe momento, reduzindo o atraso da nossa sociedade. O nosso impacto não é mensurável porque toda a mudança é multifactorial, mas sei que fizémos bem a nossa parte.

A estreia do Bicycle Repair Man!
Lançamento do serviço Bicycle Repair Man, Setembro 2010.

Não é hora de descansar. Apenas de refocalizar esforços. Há muito trabalho por fazer. E muitas lutas a travar (legislação, infraestruturas, serviços públicos, etc). E em simultâneo temos que saber sobreviver e prosperar enquanto empresa, pois é ela que nos sustenta e nos permite desenvolver este trabalho (muito dele não viável comercialmente, pelo menos nesta fase), o que coloca desafios próprios. Como me disse o responsável de uma empresa holandesa de acessórios utilitários para bicicletas, um vendedor de botas num país em que toda a gente anda descalça, ou está lixado porque ninguém lhe vai comprar o que ele quer vender, ou o potencial é gigantesco, depende de como encara a situação. E nós, desde o início, estamos nessa situação.

Inauguração do ateliê, Maio de 2011.

O potencial para a nossa visão de uma cidade e de um estilo de vida baseados nos modos activos de mobilidade é enorme, mas ainda estamos na fase de mostrar às pessoas o como e o porquê, num contexto cultural, social, legislativo, fiscal, e estrutural que lhes incentiva e promove o contrário, por isso a evolução é muito lenta. Principalmente porque as autarquias e o Governo, que têm o poder para despoletar e viabilizar mudanças, não têm vontade de o fazer. A nossa visão de cidade, que é, felizmente, partilhada por muito mais gente, só vai ser uma realidade quando quem ganha dinheiro com a cidade actual o puder e souber fazer no contexto dessa visão. Por isso temos que trabalhar para que se envolvam na bicicleta como meio de transporte utilitário e recreativo pessoas e empresas que a encarem antes de mais como uma oportunidade de negócio, e de auto-sustento, e não necessariamente só ou também, depois, como uma batalha filosófica ou política, mesmo que isso nos faça comichão. 😉 Sabendo, claro, que quem faz as coisas com paixão e convicção marcará sempre a diferença indo mais além, mais cedo, melhor, e por mais tempo.

Feira de Bicicletas Maduras
Lançamento da Feira de Bicicletas Maduras, Maio de 2011.

Para os próximos 5 anos esperamos poder contribuir em igual proporção para a mudança de paradigma da sociedade centrada no automóvel como primeira opção de transporte para a sociedade centrada no andar a pé e de bicicleta. Esperamos conseguir expandir e desenvolver os nossos serviços actuais, e oferecer outros novos. Para isto a Cenas a Pedal terá que crescer, deixar de ser apenas a Ana e o Bruno, mas uma equipa coesa de várias pessoas com diferentes e complementares valências. Encontrar, cativar e manter essas pessoas, que terão que reunir um conjunto de características, aspirações e competências pouco comuns, além de afinidade mútua, será o nosso maior desafio. Por agora, a gestão, comunicação & decisão num núcleo a dois é superfácil e eficiente, e confortável, alargar o grupo de trabalho confrontar-nos-á com novos desafios e responsabilidades. Mas o caminho é para a frente, e para realizarmos a nossa missão com mais impacto teremos sempre que crescer. O novo site, actualmente em desenvolvimento, assinalará essa nova fase.  Entretanto, algures nesse caminho, esperamos também conseguir arranjar tempo livre para desfrutarmos mais daquilo por que temos andado, afinal, a batalhar: andar de cenas a pedal. 🙂

Entretanto, 24 de Setembro é dia de assinalar estes 5 anos! 🙂 Divulgaremos o programa do dia brevemente!

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Estratégia 20:30:30:20, ou por que não devemos ver o mundo às fatias

A última newsletter da ECF inclui um artigo que pergunta: Is Europe A Cycling Utopia? The Charter of Brussels and European Bicycle Policy Trends“.

Citando: a Carta de Bruxelas, lançada na Velo-City de 2009, é a principal carta de princípios da ECF. Apela aos “fazedores de política” que promovam o uso da bicicleta e que definam metas claras e mensuráveis para o mesmo, em termos quer de distribuição modal (a percentagem de viagens feitas de bicicleta do número total de viagens), quer de segurança rodoviária. Vilas e cidades podem assinar a Carta de Bruxelas. Ao fazê-lo, comprometem-se a investir numa política para a bicicleta como parte integrante da mobilidade urbana. Ao mesmo tempo, a Carta é uma chamada à União Europeia para promover a bicicleta em meio urbano.

Ainda nenhuma cidade portuguesa assinou esta Carta. Em Espanha vão em 4. Para ilustrar a enorme variação a nível de utilização da bicicleta por toda a Europa, usaram um gráfico do Eurobarómetro 2011 (dados de 2010).

 

O que é que este gráfico nos diz, exactamente? Que tipo de coisas é possível inferir daqui?

Usando os dados disponíveis no documento do Eurobarómetro, coloquei num gráfico os dados relativos a alguns países seleccionados por serem comummente indicados como o modelo a seguir e outros pela proximidade geográfica ou cultural.

No primeiro gráfico agrupei os modos mais sustentáveis (transportes públicos, andar a pé, bicicleta) de forma a mais facilmente compará-los com o modo menos sustentável de transporte pessoal (automóvel):

Parece-me a mim que deveríamos estar todos a olhar para Espanha, que consegue ter 50 % das pessoas a depender das opções mais sustentáveis. No entanto, os políticos e os media focam-se sempre nos Países Baixos, Dinamarca, etc, por causa das bicicletas. Desagregando os modos mais sustentáveis:

Os Países Baixos estão muito à frente, com 31 % das pessoas a depender essencialmente da bicicleta no seu dia-a-dia, depois vem a Dinamarca com 19 %, depois a Suécia com 17 %, a Alemanha com 13 % e a Áustria com 8 %, e os outros com uns miseráveis 2-3 %. Em compensação, nestes países com muito ciclistas, os peões são espécies raras: Países Baixos com 3 %, Dinamarca com 4 %, Alemanha 7 %. De notar que Portugal aqui é o vencedor, com 18 % de pessoas a andar a pé, depois Espanha com 15 %, Reino Unido com 13 %. Também nos transportes públicos os “países da bicicleta” (11 %, 12 % e 15 %) ficam bastante aquém de Portugal e Espanha (22 % e 30 %).

O que se conclui daqui é que os Países Baixos, Dinamarca e Alemanha não estão melhores que Portugal e Espanha a nível de distribuição modal de modos sustentáveis. O que eles têm a mais em ciclistas têm a menos em peões e utilizadores de transportes públicos. Os ciclistas ocuparam o nicho ecológico dos peões. Agora, porque haveríamos de querer perder a cultura mediterrânica do andar a pé para a trocar por uma cultura de gente em bicicleta?… Que custos isso implica, e que ganhos traz?

Entretanto, em todos estes países, mais de metade da população depende essencialmente do carro para se deslocar no dia-a-dia. Alemanha, Áustria, Dinamarca, França, usam mais o carro que Portugal.

Será que temos um problema por não termos pessoas suficientes a andar de bicicleta em Portugal? Ou será que temos um problema por termos pessoas demais a andar de carro?…

Afinal, quais são os problemas que assolam as nossas cidades e afectam quem nelas vive e trabalha, e que urge resolver?

  • escassez de espaço público de fruição (espaço é todo cedido ao automóvel, não sobrando espaço para circulação e estadia de peões: passeios, mobiliário urbano, esplanadas, quiosques, parques e jardins, árvores e canteiros, parques infantis, acessos, etc)
  • poluição atmosférica (doenças, degradação de edifícios)
  • ruído (doenças)
  • insegurança rodoviária (mortos e feridos, prejuízos materiais)
  • congestionamentos (falta de fiabilidade na duração dos trajectos e muito tempo perdido em deslocações, afectando a produtividade e a competitividade das empresas em geral e dos transportes públicos)
  • falta de acessibilidade (desenho para quem anda de carro porta-a-porta, estacionamento ilegal em passeios, passadeiras e demais zonas pedonais)
  • insegurança social (espaço público degradado e sem vida atrai delinquência e afasta as pessoas)
  • isolamento social (as pessoas fogem da rua por causa do perigo e do incómodo dos carros, não estabelecendo relações de proximidade na vizinhança)
  • obesidade e doenças relacionadas (dependência do carro para transporte porta-a-porta implica um estilo de vida sedentário que leva a problemas de saúde, e que já afectam as crianças)
  • endividamento das famílias (adquirir e manter 1, 2 ou mais automóveis por agregado familiar pesa imenso no orçamento familiar, levando ao endividamento ou a preterir outras opções de consumo mais construtivas – formação, cultura, lazer, desporto)

Estes problemas não se resolvem aumentando o número de ciclistas se isso implica reduzir o número de peões e de utentes dos transportes públicos, resolvem-se reduzindo a causa do problema: o excesso de carros, e o excesso de viagens de carro. É que se apontarmos para reduzir o problema, bom, reduzimos o problema. Se apontarmos para aumentar as soluções, podemos estar simplesmente a baralhar e voltar a dar, sem mexer no problema, e quiçá criando outros.

C + P + TP + A = 100,

pelo que C = 100 – (P + TP + A)

e A = 100 – (P + TP + C)

Sendo:

  • C ciclistas
  • P peões
  • TP utilizadores de transporte público
  • A automóvel

Um aumento de C pode ser obtido à custa de uma redução de P, TP e/ou A, o que significa que podemos conseguir um grande aumento de C apenas reduzindo P ou TP e deixando A igual, o que teria um impacto negativo (andar de bicicleta não é mais sustentável que andar a pé e de transportes públicos).

Já uma redução de A origina, necessariamente, um aumento de C, P e/ou TP, tendo sempre um impacto positivo porque qualquer uma dessas opções é mais sustentável que o carro.

Não precisamos de políticas para aumentar o número de bicicletas (estratégia pull), precisamos de políticas para reduzir o número de carros (estratégia push). Continuamos em negação, e isso está a sair-nos caro.

Reduzir o número de carros em circulação é bom para toda a gente, mesmo para quem anda de carro! Permite reduzir os congestionamentos (bom para taxistas, TP, empresas de logística, profissionais móveis, e o cidadão comum quando tem que usar o carro para os seus afazeres) e encontrar mais facilmente lugar livre para estacionar.

Comecemos pelo simples e lógico, eliminar as deslocações de carro ridículas.

A avaliação dos resultados das iniciativas pró-bicicleta é fundamental, de modo a perceber como foram conseguidas mais viagens em bicicleta, pois o que interessa é que tenham sido feitas de carro anteriormente, e não que tenham vindo substituir viagens a pé ou de transporte público…

Enquanto nos mantêm entretidos a celebrar e lutar por migalhas com os outros mexilhões do espaço público e do sistema de transportes, o automóvel mantém e expande o seu domínio, escravizando-nos a todos (começando por quem mais dele depende).

Porque não objectivos mais ambiciosos e holísticos? 20:30:30:20?

  • a pé 20 %
  • transporte público 30 %
  • bicicleta 30 %
  • automóvel & moto 20 %

De notar que isto não se trata de exclusão de modos, mas apenas de equilíbrio. Os carros são úteis e necessários para muitas actividades e em muitas situações e devem servir bem o seu papel nesses casos. Mas há alternativas melhores para os outros casos. Não podemos aceitar que funcionem livremente como ervas daninhas no ecossistema urbano.

Uma cidade com esta distribuição modal terá um sistema de transportes públicos eficaz, espaço público de qualidade, comércio de rua pujante, e uma população mais rica e mais saudável, e toda a gente chega aonde precisa de chegar, em tempo útil e em conforto e segurança. Trabalhemos para uma visão do bolo inteiro e não de uma só fatia…

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Inquérito sobre mobilidade ciclável

O Pedro Emauz Madruga está a fazer um Mestrado Integrado em Engenharia do Ambiente na FCT-UNL e, neste momento, a realizar a dissertação sob o tema: «Estratégias de Implementação da Mobilidade Ciclável» (raios partam este termo, bolas). Nesse âmbito anda a divulgar um inquérito a que podem responder aqui. Mais no Facebook. Colaborem!

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De bicicleta pró festival

O Cristiano passou cá no ateliê no último fim-de-semana para trocar o guiador da sua Btwin por um Contest Comfort da Humpert, bom para viagens mais longas porque oferece uma escolha variada de posicionamento das mãos.

Novo guiador

Novo guiador

Falou de uma viagem. Agora descobrimos qual, foi de bicicleta até ao Festival Super Bock Super Rock. E relatou a experiência no Jornal de Notícias, aqui.

Cristiano Pereira, JN
Foto: Cristiano Pereira / Jornal de Notícias

🙂 Bikes rock. Só falta mais gente perceber isso. Todos os festivais deviam ter estacionamento VIP, pra bicicletas. 😉

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Cycle Chic versão enxuta, e mais

O 1º Evento Cycle Chic Lisboa meteu água, muita água, literalmente. 🙂 Quando o Miguel anunciou uma repetição, tínhamos que reiterar o nosso apoio marcando novamente presença, e esperando que não fosse, desta vez, a anunciada “onda de calor” a atrapalhar o evento.

Felizmente esteve um belíssimo dia de Verão. 🙂 Bastante calor sim, mas nada como os 40ºC que receávamos. Subir com a bakfiets levemente carregada a Rua Castilho exigiu parar duas vezes, não tanto pela subida em si mas pelo calor e o sol a bater-nos directamente. Fora essa subida, tudo o resto faz-se bem. Desta vez não tivemos contratempos e chegámos bastante cedo ao Campo Pequeno, tivemos muito tempo para montar o estaminé com calma.

Montra móvel

Apesar do calor e do fim-de-semana prolongado, apareceu bastante gente.

Tenda da Cenas a Pedal

A maior parte vinha num estilo mais desportivo / casual, mas houve uns quantos que levaram a coisa a sério e foram mesmo em modo chic. 🙂


SIC CYCLE CHIC por PedrodePena

Vejam as nossas fotos aqui, as do Eduardo aqui, e o relato do Miguel aqui. Houve vários exemplos de ciclistas chic, mas no meio de tanta gente achei algo desconcertante ver um casal que parecia ter levado demasiado a sério as recomendações da APSI para ciclistas

Foi um fim-de-semana cheio em termos de bicicletas, na 6ª-feira a Massa Crítica, no Sábado o Cycle Chic, no Domingo de manhã o Lisboa Bike Tour e o Tejo Ciclável, e à tarde o World [quase] Naked Bike Ride.

O Bruno manteve-se bastante ocupado antes da partida e após a chegada, em serviço como Bicycle Repair Man.

Tenda da Cenas a Pedal Bicycle Repair Man em acção

Depois arrancou na sua Big Dummy, tendo dado boleia ao cameraman da SIC durante todo o passeio. 🙂


Foto: Humberto

Ficou assim a bakfiets transformada em montra móvel a marcar presença sozinha na tenda.

Montra móvel

Enquanto esperava, resolvi colar uns autocolantes “menos um carro” na bakfiets, pois permite-nos realmente passar bem sem carro mesmo neste tipo de situações. 🙂

Menos um carro!

No final, arrumámos tudo nas bicicletas e zarpámos de volta a casa.

Estaminé arrumado!

A descer faz-se bem. Av. da República, Fontes Pereira de Melo, rotunda do Marquês, Rato, Estrela. Andar por aí de bakfiets é priceless. 😛 As pessoas vêm-nos a passar e têm uma espécie de flashback de Amsterdão.

No dia 1 de Julho fui com a bakfiets fazer uma entrega simbólica de livros na Casa do Brasil, no âmbito de uma campanha de recolha de livros promovida pela EpDAH – Engenharia para o Desenvolvimento e Assistência Humanitária, pelo que subi novamente, desta vez com a caixa vazia, até à FCUL, no Campo Grande, onde carregámos os livros simbolicamente pelas 3 bicicletas, e depois descemos até perto do Chiado.

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01072011302.jpg Chegada e entrega simbólica dos livros

Depois subi novamente prá Estrela. Pacífico. 🙂

Finalmente, no Domingo dia 3 marcámos presença nas Festas de Santa Isabel, a simpático convite da Junta de Freguesia, e também levei a bakfiets. Digamos que sinto que já fiz a rodagem dela em Lisboa. 🙂

De saída para as Festas de Santa Isabel De saída para as Festas de Santa Isabel

Nas Festas de Santa Isabel

Conseguirmos fazer a nossa vida, Cenas a Pedal incluída, sem ter que usar um automóvel dá um gozo especial. Nas poucas ocasiões em que temos que o fazer, parece um momento solene, solene e extremamente secante. É tão mais vívida a vida em cima de uma bicicleta! 🙂