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“O melhor amigo dos ciclistas alfacinhas”

Obrigada jornal Metro pelo artigo na edição de 21 de Setembro sobre o nosso serviço “Bicycle Repair Man“! 🙂

Artigo sobre o Bicycle Repair Man no jornal Metro (Lisboa) de 21/09/2012

A especialidade do Bicycle Repair Man são as assistências em viagem, como esta, ou esta, e as assistências ao domicílio (ou outros locais), como esta ou esta. Mas não é só isto, o Bicycle Repair Man também presta assistência técnica a eventos, cujos últimos exemplos foram no Marginal Sem Carros, no passado dia 23 de Setembro, o formato fixo, e no passeio “Duas Margens, Duas Rodas, entre Lisboa e Almada, no dia 22, num formato móvel.

Bicycle Repair Man @ Marginal Sem Carros

Bicycle Repair Man @ Marginal Sem Carros

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A escola de bicicleta foi à televisão!

A Joana Simões, da LUSA contactou-nos no início de Julho, disse-nos que estava a preparar um trabalho sobre cursos de condução de bicicleta, e perguntou-nos se seria possível fazer reportagem com vídeo e fotografia durante uma aula, e recolher alguns dados. A aula que ficou mais a jeito foi a primeira de um ABC da Bicicleta, onde a Manuela e a Cátia, duas das três alunas dessa edição, tiveram a amabilidade de participar (obrigada às duas!). 🙂

rodrigo-baptista-1.jpg

Depois foi esperar que a história fosse comprada pelos media e ver onde ela iria aparecer. Pois apareceu em alguns portais e sites de jornais a 3 de Agosto, e depois ainda passou três vezes na televisão, na TVI, no Jornal das 8 de dia 4 (podem ver o vídeo aqui, a peça, de 2 minutos de duração, começa aos 59min15s) e depois repetida no Jornal da Uma de dia 5, e na RTP 1, no Portugal Directo de dia 8 (podem ver o vídeo aqui, começa aos 25 minutos). 🙂

Jornal das 8, TVI, 4/8/2012Jornal das 8, TVI, 4/8/2012Jornal das 8, TVI, 4/8/2012

Entretanto, no final de Julho a Inês Marques, do programa da TVIVocê na TV“, apresentado pelo Manuel Luís Goucha e pela Cristina Ferreira, contactou-nos também, interessados em fazer uma peça sobre pessoas que aprendem a andar de bicicleta na meia idade (obrigada, Inês, pela oportunidade!). Contactámos uma antiga aluna da nossa escola de bicicleta, e também uma dupla que estava a fazer aulas nessa semana, e fomos ao programa, emitido em directo no dia 10 de Agosto. Os apresentadores entraram em estúdio nesse dia a pedalar bicicletas nossas, a Cristina levou a minha Birdy City Premium e o Goucha levou a nossa Electra Townie Original 3i. 🙂 Vimo-los prestes a arrancar, cá de cima da sala de espera:

Nos bastidores do Você na TV, na TVI, 10/08/2012

Cá em baixo, posaram para a produção:

Cristina Ferreira & Manuel Luís Goucha, no Você na TV de 10/08/2012

E foi uma imagem popular, a avaliar pelos “like”s, comentários e “share”s no Facebook! 🙂

A escola da Cenas a Pedal no "Você na TV" da TVI, a 10/8/2012A escola da Cenas a Pedal no "Você na TV" da TVI, a 10/8/2012

Podem ver o vídeo do início do programa, aqui.

A escola da Cenas a Pedal no "Você na TV" da TVI, a 10/8/2012 A escola da Cenas a Pedal no "Você na TV" da TVI, a 10/8/2012
A escola da Cenas a Pedal no "Você na TV" da TVI, a 10/8/2012

Já no estúdio, estivémos juntas eu, a Paula, a Cecília e a Lucília, sendo entrevistadas pela Cristina Ferreira e pelo Manuel Luís Goucha.

A escola da Cenas a Pedal no "Você na TV" da TVI, a 10/8/2012

São um grupo muito divertido e agradeço muito às três terem aceitado participar, ajudando-nos a divulgar aquilo que fazemos, e a desfazer mitos comuns, incentivando outras pessoas a ir atrás daquilo que querem fazer, independentemente da idade que tenham. 🙂 Podem ver o vídeo aqui.

paula A escola da Cenas a Pedal no "Você na TV" da TVI, a 10/8/2012 A escola da Cenas a Pedal no "Você na TV" da TVI, a 10/8/2012 A escola da Cenas a Pedal no "Você na TV" da TVI, a 10/8/2012

Esperamos que isto leve a que mais gente procure a nossa Escola, conferindo-nos maior capacidade para oferecer um serviço cada vez melhor, mais completo, mais abrangente e ainda mais eficaz! 🙂

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“Aprender a andar de bicicleta como quem aprende a conduzir”

A Joana Simões, jornalista da Agência LUSA, e o fotógrafo Rodrigo Baptista, fizeram esta semana uma peça sobre a nossa Escola, nomeadamente sobre o nosso Curso de Condução de Bicicleta com foco no módulo “ABC da Bicicleta“, que foi difundida hoje, tendo sido publicada em 4 meios:

Obrigada Joana e Rodrigo! E obrigada às nossas alunas Manuela e Cátia por participarem! 🙂

E há 4 dias atrás tinha saído outra peça com o mesmo ângulo no Boas Notícias! Não é fixe? 🙂 Quem sabe daqui a uns anos aprender a andar de bicicleta seja encarado com tanta naturalidade como aprender a nadar? Pelo menos estamos a batalhar para isso!

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Aprender a andar de bicicleta como quem aprende a conduzir

A falta de oportunidade fez com que Manuela chegasse aos 51 anos sem saber andar de bicicleta e para colmatar essa falha decidiu inscrever-se numa escola, tal como faz quem quer ter a carta de condução.

Cursos para aprender a andar de bicicletaMais de 200 pessoas já aprenderam a andar de bicicleta com a Cenas Pedal, uma escola, oficina, loja, ‘rent-a-bike’ e empresa de eventos e consultoria gerida por Ana Pereira e Bruno Santos. © LUSA; RODRIGO BAPTISTA; 4 Windows

Manuela cresceu em Lisboa, e, naquela altura, contou à Lusa, “pelo menos no bairro onde morava, não havia o hábito que há agora de se andar de bicicleta” na cidade.

Há 25 anos que vive numa aldeia, em Torres Vedras, e lá, “praticamente todas as pessoas sabem andar de bicicleta”. Só decidiu inscrever-se agora no curso da Cenas a Pedal, porque só agora é que teve oportunidade.

“É preciso tempo e disponibilidade, e como estou de férias aproveitei”, disse numa pausa da sua primeira aula de bicicleta, no final de uma terça-feira, no Jardim da Estrela, em Lisboa.

Manuela admitiu ainda que aprender a andar de bicicleta foi um dos objetivos que definiu no seu 50.º aniversário. “Quando cheguei aos 50 disse que ia fazer tudo o que não tinha feito até então”, referiu.

Na mesma ‘turma’ de Manuela está Cátia, de 28 anos, que se inscreveu na Cenas a Pedal por saber “zero” sobre andar de bicicleta.

“Há a ideia de que toda a gente sabe andar e aprende na infância. Eu não aprendi na altura, porque não se proporcionou. Quando falava com amigos alguns diziam que me ensinavam, que era fácil, mas com os amigos a ensinar a pressão é diferente, para pior”, confidenciou à agência Lusa.

Mais de 200 pessoas já pedalam depois de aulas

Em breve, Manuela e Cátia serão duas das mais de 200 pessoas que já aprenderam a andar de bicicleta com a Cenas Pedal, uma escola, oficina, loja, ‘rent-a-bike’ [aluguer de bicicletas] e empresa de eventos e consultoria gerida por Ana Pereira e Bruno Santos.

Desde 2008 até agora, foram mais mulheres, a maioria com mais de 40 anos, do que homens a recorrer às aulas daquela escola.

“Não temos ideia se isso representa efetivamente a população que não sabe andar de bicicleta. Se calhar os homens têm mais orgulho para conseguirem assumir que não sabem andar de bicicleta, e, talvez por isso, mais mulheres venham ter connosco”, disse Bruno Santos à agência Lusa.

O professor contou que as razões para a procura das aulas “variam bastante”, mas há muitas mulheres que o fazem “porque não aprenderam quando eram mais novas, porque não ficava bem uma menina andar de bicicleta, porque era perigoso, era uma coisa de meninos”.

As motivações também são variadas. “Há pessoas que querem aprender para desenvolvimento pessoal, que sentem que há qualquer coisa que está a faltar na vida delas nesse campo. E há muita gente que de facto começa a pensar usar a bicicleta como meio de transporte”, referiu.

Para Cátia e Manuela, a bicicleta será para já usada em lazer. “Estou com pequenas metas”, referiu Cátia, acrescentando que como não sabe andar “nada” ainda nem lhe passou pela cabeça passar a fazer da bicicleta meio de transporte no percurso casa-trabalho.

Manuela, como gosta muito de atividades ao livre, e “por razões ambientais”, vai aproveitar para poder começar a acompanhar o marido, o filho, amigos e primos nos seus passeios de “exploração da natureza”.

Seis horas bastam para aprender a andar de bicicleta

O curso está estruturado para ter uma duração total de cerca de seis horas. Bruno Santos garante que “a grande maioria, cerca de 90 por cento dos alunos, a aprende nestas seis horas”.

“O nível de destreza com que ficam para manipular a bicicleta é que varia de pessoa para pessoa. Depende se costumam fazer atividade física ou não, mas também tem muito que ver com psicologia: ganhar confiança, sentir-se à vontade”, referiu.

A formação começa no atelier da Cenas a Pedal, situado na Avenida de Álvares Cabral, onde os alunos têm um primeiro contacto com a bicicleta.

Para Cátia, foi “esquisito”. “Quando a vi tive a sensação de que era um monstro. Mas serviu para um primeiro contacto”, disse.

A aula segue no Jardim da Estrela, onde as primeiras horas servem para treinar o equilíbrio, e, como tal, as bicicletas não têm pedais.

Manuela confessa ter pensado que os primeiros momentos fossem “piores”. “Achava que não ia sequer conseguir sentar-me em cima da bicicleta, mas pelo menos sentar-me em cima dela e fazê-la deslizar sem pedalar consigo”, disse.

Ser adulto e assumir-se que não se sabe andar de bicicleta não é fácil, prova disso foi a recusa de alguns alunos em darem à Lusa os seus testemunhos.

“Sentia algum constrangimento, porque a reação dos outros é de muito espanto. Acho até que a reação dos outros é que constrange”, contou Cátia.

Manuela deixa um recado: “Quero aprender e não sinto vergonha por não saber. Acho que enquanto temos vida e somos vivos, qualquer altura é boa para aprender”.

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“Cenas a Pedal: Empresa quer pôr Lisboa a pedalar”

A Catarina Ferreira teve conhecimento da nossa empreitada e achou particularmente interessante a nossa vertente de escola, e por isso contactou-nos a saber mais, para publicar o resultado no portal Boas Notícias, que apenas dá a conhecer “acontecimentos e projectos positivos em Portugal e no resto do mundo”. 🙂 Obrigada Patrícia!

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“2012-07-30 08:18:04”>Segunda-feira, 30 de Julho de 2012

Cenas a Pedal: Empresa quer pôr Lisboa a pedalar”>Cenas a Pedal: Empresa quer pôr Lisboa a pedalar

Cenas a Pedal: Empresa quer pôr Lisboa a pedalar
Fotos © Cenas a Pedal

Ter receio de cair, sentir vergonha ou achar que já não têm idade para aprender são algumas das razões apresentadas por quem não sabe andar de bicicleta. Mas porque nunca é tarde para deixar para trás as hesitações e escolher uma opção amiga do ambiente e benéfica para a saúde, dois jovens empreendedores portugueses criaram a Cenas a Pedal, uma empresa que está a ensinar Lisboa a pedalar.

por CATARINA FERREIRA

De acordo com Ana Pereira e Bruno Santos, casal responsável pelo projeto, estima-se que cerca de 20% das pessoas interessadas no uso da bicicleta, desde homens a mulheres adultos a adolescentes e crianças, acabem por deixar de parte essa opção por não saberem andar.

Para combater esta realidade, os dois decidiram, em 2006, avançar com a iniciativa e tornaram-se os fundadores da primeira e única entidade em Portugal que oferece ao público serviços de formação em condução de bicicleta, prestados por instrutores qualificados e certificados.

“A maior parte das pessoas sabe andar de bicicleta, ou seja, sabe pelo menos o básico do equilíbrio. Mas a muitas falta-lhes um melhor controlo e conhecimento do veículo para se sentirem confiantes em cima dele ou simplesmente as técnicas de condução segura”, explica Ana, em entrevista ao Boas Notícias.

É este controlo e conhecimento que a Cenas a Pedal fornece através das aulas ministradas e que se destinam tanto a particulares como a empresas: não só transforma em “ciclistas” os seus alunos, equipando-os com as competências básicas para o uso diário ou recreativo da bicicleta, como lhes dá também a hipótese de aprender sobre mecânica, tornando-os aptos a, por exemplo, trocar um pneu ou afinar as mudanças.

“Entre os diversos cursos que disponibilizamos, dos diferentes módulos de condução aos de mecânica, já teremos ensinado cerca de 400 pessoas, se contabilizarmos todas as acções com grupos em escolas e empresas”, estima Ana.

Segundo a responsável, a ideia de aprender a pedalar desperta o interesse de pessoas de todas as idades e de ambos os géneros. Ainda assim, afirma, “as mulheres surgem em maior número, constituindo cerca de 65% a 70% dos alunos”. Em termos de idades, “a média anda nos 40 anos”, adianta.

Em geral, o conceito tem sido muito bem recebido pela população lisboeta. “As pessoas dão-nos bastante apoio, muitas por mensagens de e-mail ou comentários no blog ou no Facebook, outras pessoalmente, que é o que efectivamente nos permite ir desenvolvendo e melhorando o que fazemos”, salienta, reforçando o poder do “passa-palavra”, que considera “fundamental” para que a Cenas a Pedal persista nas suas acções.

Uma opção ecológica e boa para a carteira

O sucesso estará também certamente associado à época atual, em que que as preocupações ambientais são crescentes e generalizadas e em que a crise obriga os portugueses a apertar o cinto, surgindo a bicicleta como uma alternativa económica e “verde”. Ao mesmo tempo que permitem poupar a Natureza, sem emissões de gases poluentes, as pedaladas também poupam a carteira.

Este meio de transporte “tem todas as vantagens do carro enquanto meio de transporte particular, desde a flexibilidade à disponibilidade, mas com o bónus de não nos forçar a tempos de deslocação mortos”, aponta Ana. “Ir de bicicleta em vez de carro faz-nos ganhar tempo para nós, para nos mexermos, para limparmos a mente, para pensarmos na vida, para nos ligarmos à cidade”.

Além disso, “ainda nos permite manter muito dinheiro na carteira ao final do mês que podemos usar para aplicar em coisas mais interessantes do que combustível, parquímetros ou portagens”, realça.

Pensar globalmente e agir localmente

Apesar dos bons resultados atingidos até ao momento, a Cenas a Pedal actua, para já, apenas em Lisboa. As aulas decorrem na capital portuguesa, organizadas quer para grupos, quer para cidadãos a título individual, e incidindo sobre diversos módulos, que podem ou não ser frequentados de acordo com a experiência de cada um.

Para quem queira começar do zero, a formação total “dura cerca de 15 horas” sendo a primeira fase o chamado “ABC da Bicicleta“, durante a qual os alunos aprendem, por exemplo, a ajustar o selim e o guiador, a subir e a descer do veículo em segurança, a arrancar e parar, a andar a direito e a curvar em balão.

Os custos variam consoante a opção escolhida: no caso desta primeira fase, para aulas em grupo, a formação tem um custo de 79 € por pessoa com bicicleta incluída, ao passo que as lições individuais custam 119 € euros.

A empresa oferece também aos interessados assistência técnica e serviços de consultoria nos quais se incluem, entre outros aspectos, a avaliação das condições de acessibilidade para utilizadores de bicicleta em edifícios como institutos públicos, escolas ou prédios habitacionais, ou a colaboração no desenvolvimento de planos de mobilidade de empresas, cidades e eventos.

De acordo com Ana, o lema da Cenas a Pedal é “pensar globalmente e agir localmente”, pelo que a expansão a outros pontos do país tem de ser feita com consciência. Porém, “é claro que queremos chegar a mais locais de Portugal e estamos sempre disponíveis para o fazer”, sublinha, acrescentando que “a nível da escola, um passo importante será começar a formar instrutores para oferecerem este serviço nas suas cidades”.

Para já, o principal objectivo é convencer os lisboetas a deixar o carro em casa, saltar para o selim e partir para uma viagem diferente pela cidade, escapando à rotina e entrando em comunhão com aquilo que os rodeia.

“A bicicleta é como um comprimido milagroso, que nos oferece saúde, bem-estar, mais dinheiro no bolso, menos stress, mais tempo livre… além disso é barato e dá imenso gozo tomá-lo! Se lhe propusessem algo assim não aceitaria logo?”, questiona Ana, deixando o convite no ar.

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As mulheres e a bicicleta

Aqui há tempos a Joana Capucho, jornalista do Diário de Notícias, contactou-nos a propósito de um artigo que estava a preparar, sobre as mulheres e a bicicleta, dada a nossa experiência com elas a nível da escola e da loja. Procurámos ajudar partilhando algumas das nossas observações, e também fornecendo informação genérica sobre bicicletas e acessórios (atenção que há um lapso na referência aos cadeados, o U deve prender o quadro da bicicleta a algo sólido, e depois o cabo deverá prender a roda ou ambas as rodas e/ou o selim, por exemplo). E, claro, contactámos algumas antigas alunas dos vários módulos do nosso Curso de Condução de Bicicleta para que elas pudessem, se o desejassem, dar o seu testemunho. A resposta foi muito positiva (obrigada a todas!), e a Joana lá optou por incluir o testemunho da Paula, que fez connosco o ABC da Bicicleta, e que usa a bicicleta em contexto de lazer, e ainda da Marta e da Valéria, que fizeram os módulos já de condução propriamente dita e que usam a bicicleta como meio de transporte quotidiano. 🙂

"A idade não é obstáculo para elas aprenderem a pedalar"

A questão da quota das mulheres na quota modal da bicicleta é algo que merece atenção por vários motivos. Uns relacionados com as próprias mulheres e com o que elas podem estar a perder ao não usar a bicicleta, seja para transporte, lazer ou desporto, outros com o que isso influencia e revela das condições de uso da bicicleta nas cidades, e outros factores socio-económicos associados.

Há cidades onde a grande maioria dos ciclistas são homens, outras onde as mulheres são uma modesta maioria. O que origina estas diferenças? Como será a distribuição de género na quota modal de outros meios de deslocação, nomeadamente o automóvel, o transporte público, o andar a pé? Será que a opção pela bicicleta tem mais a ver com o próprio uso da bicicleta (saber andar, percepção de eficiência, conforto, segurança, etc) ou mais a ver com o tipo de deslocações mais associadas às mulheres (em maior número, mais curtas, mais irregulares,…)? Que peso terão os factores económicos (a questão da disparidade salarial entre homens e mulheres, em desfavor destas últimas) e/ou culturais (nomeadamente a dominância cultural do papel masculino na família, que em caso de recursos escassos, tem preferência no uso do automóvel, por exemplo)? Este artigo, por exemplo, aborda isto.

No contexto de criar cidades sustentáveis onde a bicicleta está bem disseminada, ou seja, tem uma boa quota da distribuição modal, será a quota de género mais importante ou relevante do que a quota etária, por exemplo? Ou a quota económica? No estereótipo do “ciclista homem entre os 20 e os 35 anos e estudante/com poucos recursos económicos) há populações mais estratégicas/relevantes/importantes/prioritárias do que outras?

Esta questão da distribuição de género no uso da bicicleta foi, a propósito, o tema do último encontro do projecto europeu VOCA – Volunteers of Cycling Academy, que decorreu em Dublin, e no qual tivémos oportunidade de participar, enquanto activistas da MUBi. Entretanto já estão online os vídeos das apresentações da conferência organizada pela Dublin Cycling Campaign dedicada a discutir este tema.

Por cá, contribuímos para o reequilíbrio de género na bicicleta de várias formas, incluindo com a nossa escola, cujo calendário de Verão já está pronto, a propósito. 🙂