Foi publicada na edição n.º 36 do Correio de Oeiras, de 12/03/2010, uma pequena reportagem sobre a Cenas a Pedal, no suplemento especial sobre Porto Salvo, uma freguesia muito à frente, velocipedicamente falando. ;-P
Categoria: Web e outros Media
Apresentação e podcast (parte 1 e parte 2) da intervenção do Engº. Civil (de vias de comunicação e transportes) Paulo Guerra Santos na sessão de Ponto de Encontro da Lisboa E-Nova de 25/02/2010, com o tema «100 dias de Bicicleta em Lisboa – a Contribuição do Modo BICI na Gestão da Mobilidade». Oiçam também o podcast (parte 1 e parte 2) do Diálogo moderado.
Esta apresentação concentra-se na dissertação de mestrado do Paulo, que foi aprovada pelo ISEL em 2009. Principalmente a todos os que achem interessantes, credíveis, e positivos a apresentação e o projecto do Paulo, recomendo vivamente que leiam e analisem criticamente a sua dissertação e não se limitem ao cheerleading automático e desinformado. O facto de ter sido realizada por uma pessoa formalmente instruída em engenharia de tráfego (licenciatura + mestrado), e que efectivamente se prestou a andar de bicicleta durante o processo, e ter sido aprovada por um organismo de ensino superior (público), com a chancela do Vice-Presidente do InIR, e ter procurado, angariado e aproveitado tanta atenção dos media, implica um elevado grau de responsabilidade técnica e política de todos os envolvidos e é, consequentemente, um reflexo do nível dessa mesma responsabilidade técnica e política, nesta área, no nosso país, hoje em dia. A não perder, então.
Já viram a revista ONBIKE de Dez / Jan?
Não? Então vão às bancas e comprem uma. Eles merecem, por terem abordado cargo bikes (longtails e Long Johns), ou bicicletas utilitárias, numa revista tradicionalmente virada para a bicicleta como desporto. 😉
A bicicleta como meio de transporte teve ainda protagonismo na crónica do Hugo ‘Boinga’ Cardoso, B-side, lindamente ilustrada com uma Radish. 🙂
Segure-se! Bicicleta sem seguro pode dar mau resultado…
Acho que é uma boa peça, pois expõe uma questão relevante, nomeadamente a dificuldade de subscrever um seguro de RC aplicável ao transporte em bicicleta… Contudo, se eu fosse as jornalistas, teria procurado saber também:
1) Quantos acidentes deste género (ciclista causar danos a terceiros e recusar-se a pagá-los) ocorrem anualmente em Portugal?
2) Quantos acidentes similares mas causados por peões ocorrem anualmente em Portugal?
3) Alguma vez foi requerido por lei que os ciclistas tivessem seguro de Responsabilidade Civil? Se sim, quando é que essa lei foi revogada e porquê?
4) Como é lá fora? E porquê?
5) Em que outros aspectos do Código da Estrada a lei se aplica de forma diferente a condutores de veículos automóveis e de velocípedes? De que forma isso se relaciona com esta distinção específica?
6) O que é que falta aos portugueses para evitarem os acidentes, in the first place? Este acidente aconteceu porquê?
7) Já agora, como é que o acidente afectou o ciclista e a sua bicicleta?
8 ) A que velocidade ia a condutora para não ter conseguido evitar este acidente, e para os danos serem tão grandes (e para o ciclista nem a ter visto)?
Etc.
A propósito, leiam este artigo no blog do Tom Vanderbilt, sobre os acidentes e o álcool, com peões e condutores. Se os peões causam acidentes (e danos materiais), por que não seremos todos obrigados a ter seguros de Responsabilidade Civil? Talvez depois de esmiuçada esta questão possamos chegar todos à conclusão que não é legítimo, nem relevante em termos de resultados, impôr esta obrigação a peões e ciclistas.
Parece tão lógico, contudo ainda é tão incomum que quando se verifica até é digno de nota televisiva:
Parabéns à Câmara Municipal de Vagos e aos funcionários que lançaram e aderiram à bicicleta! 🙂
Já esta peça retrata o recurso à bicicleta como uma despromoção.