Categorias
Eventos Lifestyle e Cultura Notícias CaP Pessoas Videos

Uma história de amor, política e empreendedorismo

Fevereiro foi o mês da bicicleta nas ONE TALKS. Estas são palestras / conversas semanais do One Perfect Movement, na Lx Factory. São sobre “transformação”: daqueles que falam da transformação do [seu] mundo. São de entrada livre e costumam ser emitidas online em tempo real, dando para as pessoas participarem via chat. A seguir às apresentações há um espaço de perguntas & respostas.

No dia 2 o Pedro Ventura falou da sua empresa de estafetas em bicicleta, a Camisola Amarela:

No dia 9 o César Marques falou da MUBi – Associação pela Mobilidade Urbana em Bicicleta:

O Mário Alves, curador deste ciclo, convidou-nos a participar e nós, claro, aceitámos! Foi um bom pretexto para rever o nosso percurso, e mesmo antes da criação da CaP, e perceber como viémos aqui parar. Desenterrar fotos, vídeos, e-mails e posts antigos e saborear um pouco de nostalgia. 🙂 Foi ainda uma excelente oportunidade de explicar melhor aquilo que fazemos, como o fazemos e porquê, pois já nos apercebemos que muitas pessoas pensam em nós como sendo [apenas] “uma loja de bicicletas” ou, pior ainda, “uma loja online de bicicletas“, algo que está a falhar na nossa comunicação e que ainda não conseguimos corrigir por razões várias.

No dia 16 tivemos então a oportunidade de apresentar a nossa história e o nosso trabalho na Cenas a Pedal:

A apresentação teve que ser convertida para projectar, e algumas coisas, como vídeos e animações, não funcionaram, pelo que aqui fica ela na sua forma original:

( Aproveito para linkar os slides de uma apresentação anterior, que tem a ver connosco, e que achámos interessante, e que infelizmente não está disponível online, sobre empreender em casal. Talvez também ressoe junto de outros casais a pensar abraçar projectos a dois. 🙂 )

Finalmente, no dia 23 o Mário deu a sua perspectiva enquanto engenheiro civil especialista em transportes e mobilidade:

Não sei se têm reparado, mas entre palestras, passeios, eventos, passatempos, reportagens na TV, na rádio, etc, tem havido imensa actividade à volta do tema da bicicleta nestes dois primeiros meses do ano. Claro que este tempo fantástico (se nos esquecermos da agricultura, das barragens, etc) atípico muito tem ajudado a tornar isso mais propício, mas mesmo assim, é de ficarmos animados! 🙂

Categorias
Causas Eventos Lifestyle e Cultura Mobilidade

Corrigir desequilíbrios com a bicicleta

No passado dia 15 de Fevereiro fui à Faculdade de Motricidade Humana, na Cruz Quebrada, assistir à conferência e debate “Mobilidade e Lazer – A Bicicleta Questiona (Des)equilíbrios”, centrada na bicicleta.  Estava lá muita gente conhecida, claro. 🙂

Foto: Paulo Guerra Santos

Mas o que eu gostei mais foi mesmo da perspectiva externa oferecida pelo antropólogo Joaquim Pais de Brito e pelo pedagogo Carlos Neto. O primeiro falou do espaço para a bicicleta nas cidades, ou da ausência dele. Defendeu que, historicamente, a bicicleta nunca entrou na cidade. Que antigamente as casas ricas tinham portas próprias para as carroças. Quando veio o carro, ele usou estas portas, ou ficava na rua, pois era “auto-fechado”. Mas as bicicletas não têm lugar nas casas, não foram feitas para ficar na rua e só as casas ricas têm pátios… Lembrou ainda as reminiscências do cavalo no selim, no freio e no montar da bicicleta. O Carlos Neto usou uma expressão elucidativa, “analfabetismo motor“, algo que afecta as crianças de hoje em dia, privadas de explorarem o mundo físico à sua volta. Disse que a rua está extinta, as crianças não têm acesso à bicicleta porque não têm acesso à rua. Lembrou que nos países nórdicos, mais calvinistas, preparam as crianças para a adversidade, elas andam na rua, a pé, nos TP, de bicicleta, com frio, chuva ou neve. Cá protegemos as crianças atrofiando-as a ponto de serem incapazes de identificar riscos e de os gerir.

Esta questão do analfabetismo motor é muito relevante. Crianças e adultos sem bons reflexos, percepção espacial, coordenação motora, força, agilidade, serão pouco proficientes em navegar a cidade, e a usar uma bicicleta. Juntemos isto com total ausência de formação para tal na escola e pouca ou nenhuma “educação física” e o cenário torna-se preocupante…

Na sessão de debate a jornalista Carla Castelo alertou para o facto de a mobilização da população portuguesa só se dar para lutar contra a perda de direitos, e enquanto automobilistas e em questões relacionadas com centros de saúde. Ninguém se mobiliza para reivindicar mais direitos, nomeadamente enquanto peões, melhor espaço público, etc. Os pedidos de cobertura de notícias e as reclamações vão neste sentido. Daqui retiro que este pode ser um ponto de ataque do ciclo-activismo nacional. Como me tenho fartado de dizer, não precisamos de ser muitos, temos e que ser barulhentos. Se enquanto ciclistas, peões, utentes dos TP, defensores de um novo urbanismo, etc, fizermos o nosso activismo de sofá telefonando e enviando e-mails para os media a reclamar e a pedir que cubram este ou aquele tópico relacionado com mobilidade e urbanismo sustentáveis, esse tema ganhará força

Uma discussão sobre a exposição das pessoas ao fumo dos automóveis lembrou-me de outra vantagem das pedelec (a.k.a. bicicletas eléctricas) em cidades como Lisboa, ao permitir reduzir o esforço físico quando é preciso e ao permitir acelerar mais rapidamente quando se precisa para sair de uma dada zona, reduz a nossa exposição aos poluentes emitidos pelos automóveis.

Tinha sido convidada a apresentar um poster sobre a Cenas a Pedal, e apesar de não sido possível apresentá-lo na Sessão Poster de manhã, ele ficou lá depois, a espalhar a mensagem. 🙂

Foto: Ana Santos

A Ana Santos, que organizou e promoveu este evento, escreveu sobre o mesmo aqui e aqui.

Categorias
Dias especiais Imagens Lifestyle e Cultura Produtos CaP Promoções CaP Vantagens & Parcerias

O amor pode ser Electrizante

Para os mais distraídos, o Dia de S. Valentim (a.k.a. Dia dos Namorados) é daqui a 3 semanas, 3ª-feira, 14 de Fevereiro. Se estão a pensar no que poderão oferecer à vossa cara-metade que a faça gostar ainda mais de vocês, e que lhe proporcione longas horas de prazer… não procurem mais.

A Electra Portugal tem em vigor até 29 de Fevereiro, e limitada ao stock existente, uma campanha amorosa (desculpem mas não resisti 😛 ).

Espreitem o catálogo da marca aqui (PDF). Porque é que gostamos das Electra? Porque são giras, leves, confortáveis, e têm Flat Foot Technology!

Encomende (junto da Cenas a Pedal, claro) uma bicicleta Electra de PVP até 500 € e receba de oferta um PackEspelho Meu“, da Coolgift no valor de 24.90 €, para mimar quem mais interessa com tratamentos de beleza e spa, ou quem sabe uma sessão de aconselhamento sobre moda, ou com um personal shopper, um workshop de maquilhagem, etc.

Os modelos Townie Original estão todos nesta gama, os 7D a 409 €, os 3i a 461 € e os 21D a 491 €. Os modelos Cruiser também, a 307 €, bem como os modelos Coaster, entre 399 € e 499 €. Os modelos Hawaii 3i também caem nesta categoria, com um PVP de 460 €.

As nossas sugestões?

Aposte numa Townie Original 3i (3 mudanças de cubo e travão traseiro de contra-pedal) se for para dar passeios em zonas praticamente planas. Fácil de usar e de pouca manutenção.

Ou numa Townie Original 21D (desviador com 21 mudanças, travões tipo V-brake) se não quiser que as subidas vos detenham. Maior escolha de mudanças, e com suspensão à frente.

Encomende (junto da Cenas a Pedal, claro) uma bicicleta Electra de PVP acima de 500 € e receba de oferta um PackFugas“, da Coolgift no valor de 49.90 € para fazer uma escapadinha de fim-de-semana e desfrutar de uma noite a dois no campo ou na cidade, na praia ou na montanha, num dos vários alojamentos à escolha de Norte a Sul do país.

A gama Electra inclui diversos modelos acima de 500 € e até aos 1.990 €, entre a colecção Townie, Amsterdam, Cruiser e Ticino.

As nossas sugestões?

As Amsterdam Original 3i  (512 €) dão uma bela bicicleta para zonas planas ou com declives suaves. São fáceis de usar e de pouca manutenção graças às 3 mudanças de cubo e travão traseiro de contra-pedal, trazem pára-lamas e estojo completo de corrente, o que significa que a roupa fica sempre limpa. E são muito, muito giras. 🙂

Para quem gosta da simplicidade de uma singlespeed, as Ticino 1 (590 €) são uma opção a considerar.

As Townie Balloon 8D (614 €) são giras, mais roliças e muito confortáveis graças à suspensão oferecida pelos seus pneus balão (vai agradecer por eles quando estiver a rolar no empedrado ou em qualquer sítio com pavimento menos que perfeito – se tiver algum tipo de problemas de costas, então, é fundamental). E trazem pára-lamas e protecção de corrente de origem, pelo que são práticas para passear sem nos preocuparmos com roupa suja. Com 8 mudanças (de desviador), não é qualquer subidinha que o desmotivará.

As Amsterdam Royal 8i (922 €) são as que vai querer se procura uma bicicleta fácil de usar e de cuidar. Com 8 mudanças de cubo, as subidas são apenas os preliminares para as descidas, e a tranquilidade de poder mudar de mudança com a bicicleta parada e só ter que pensar em manutenção quando o rei faz anos, bom, não tem preço. E com os travões de roletos não tem que se preocupar com afinações, além de exigirem muito pouca manutenção. Com os pára-lamas, guarda-saias/casacos e com a corrente totalmente protegida, pode pedalar de vestido branco longo sem preocupações. 🙂 Trazem um dínamo de cubo para alimentar o farol dianteiro, e trazem um farol dianteiro a pilhas. E são lindas. 🙂

Se estiver numa onda mais Retro, considere as Ticino, herdeiras da estética das bicicletas estilo Randonneur vintage, dos anos 40 e 50. A Ticino 18D (1.590 €) para ela e a Ticino 16D (1.090 €) para ele, que tal?

Ou que tal uma bicicleta para dois e ‘bora para uma Hellbetty (1.399 €)? 🙂

Agora é só escolher e encomendar (via ). E rolar felizes para sempre. 🙂

 

Categorias
Faça Você Mesmo Human powered Lifestyle e Cultura Mobilidade Pessoas turismo Viagens e Aventuras

14 Graus

Hoje ao andar a estudar sobre as melhores formas de montar a tubagem de proteção de corrente numa reclinada artesanal, fui dar com um sítio, que porventura já visitei no passado, mas que tem hoje tanto ou mais interesse: 14 degrees.

A aventura do escritor deste sítio (Rob Thomson) começou em 2006, com a intenção de pedalar do Japão até Inglaterra. Porém, o plano inicial alterou-se e Rob acabou por dar a volta ao mundo, percorrendo 25000km, de bicicleta e skate, sozinho!

E se de bicicleta é mais ou menos fácil de imaginar como terá carregado a sua carga:

HPV Street Machine GTe crossing a river on Kerege-Tash Pass, Kyrgyzstan

Já de skate, o melhor é ver a explicação do Rob:

[field name=iframe]

As fotografias da viagem são fantásticas, e facilmente nos perdemos a vê-las:

[slickr-flickr tag=”recumbent” id=”92154034@N00″]

O Rob continua a fazer viagens de bicicleta, e podem saber por onde ele anda no blog do 14 degrees, e continuar a ver fotografias espetaculares dos sítios por onde ele passa:

[slickr-flickr tag=”cycletouring” id=”92154034@N00″]

A bicicleta que ele usa atualmente é uma Surly Karate Monkey:

2011 Surly Karate Monkey

Depois de ver estas fotografias, quem não está com vontade de ir preparar os alforges? 😉

Categorias
Lifestyle e Cultura No ateliê Notícias CaP Publicações e recursos

Jornal Pedal na Cenas a Pedal

Já podem passar cá a buscar o vosso (vejam os contactos), o ateliê da CaP é um dos pontos de distribuição desta nova publicação. 🙂

Jornal Pedal in da house

O QUE É O JORNAL PEDAL
O Pedal é um jornal cultural mensal, um instrumento para divulgar o que se faz de interessante nas mais variadas disciplinas criativas; mas é também um manifesto, um diálogo de ideias e, ao mesmo tempo, uma tentativa de conseguir trazer para Portugal uma atitude que é banal noutras metrópoles europeias — o uso da bicicleta como meio de transporte. O Jornal Pedal utiliza uma linguagem dinâmica e através de uma cultura crescente e mais visível da utilização urbana da bicicleta, pretende chegar ao máximo numero de pessoas.

O que compõe o jornal:

  • Entrevistas
  • Reportagens
  • Artigos
  • Opinião
  • Produtos (vestuário, acessórios, etc)
  • Fotografia
  • Ilustração
  • Editoriais de Moda