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Publicações especializadas em cenas a pedal

Em Portugal não há revistas, e-zines ou outras publicações especializadas naquilo que a Cenas a Pedal is all about: bicicletas e outras “cenas a pedal” utilitárias, a cultura da bicicleta como um meio de transporte, um objecto de lazer, um estilo de vida.

Portugal tem duas revistas sobre bicicletas: a BIKE Magazine (mensal), focada essencialmente no BTT, e a ONBIKE (bimestral), mais virada para o Freeride. Chegou a haver algumas edições de uma revista online, a Revista Pedal, mas agora optaram exclusivamente pelo formato “site”, pelo que não se pode considerar uma “revista”. 😉 O focus é também o desporto.

Mas lá fora já há publicações que acompanham e reflectem a tendência mundial da cultura da bicicleta como um objecto prático, além vertente desportiva, algumas há alguns anos, outras nascidas muito recentemente. Aqui ficam alguns exemplos do mundo anglo-saxónico:

A to B

Surgiu em 1993 com o nome “Folder“, tendo adoptado este em 1997. É uma revista britânica (bimensal), especializada em bicicletas eléctricas, bicicletas dobráveis, comboios e transportes alternativos. Leva a cabo reviews de equipamento muito detalhadas, e é esse o seu ponto forte. Também acho interessante, mas é muito mais técnica que a Velovision (ver mais abaixo), e custa-me muito mais a ler. É uma revista “a sério”, publicada em papel, mas também está disponível aos assinantes em versão digital acessível online (tem edição de acesso gratuito, para experimentar).

Velovision

Outra revista britânica (trimestral), surgiu em 2001 e celebra a cultura da bicicleta pelo mundo. É uma revista para os apaixonados pelas bicicletas e outros veículos a pedal, e para os interessados nas suas aplicações práticas, e de lazer. Para nós na CaP, é uma referência incontornável e consulta obrigatória desde que a descobrimos, e custa-nos esperar sempre 3 meses pela próxima. 😛 Desde o primeiro número que se encontram artigos interessantes e invenções curiosas, tem valido bem o investimento! 🙂 Além da versão em papel, também está disponível aos assinantes em formato digital, para consulta online (com acesso gratuito a uma das edições).

Momentum
The magazine for self-propelled people.

Esta revista (bimensal) é feita no Canadá e foi fundada em 2002. Em termos de grafismo, de organização, alcance e temas abordados, é a mais parecida com a Velovision. Apresenta-se como uma revista «que reflecte a vida das pessoas que usam a bicicleta, oferecendo aos ciclistas urbanos a inspiração, a informação e os recursos para os ajudar a desfrutar totalmente da sua experiência de uso da bicicleta e pondo-os em contacto com as suas comunidades locais e globais de ciclistas». A revista é distribuída e vendida em formato papel, mas uma versão em formato digital acessível online é disponibilizada gratuitamente. É uma publicação muito boa.

CityCycling
No matter what you ride, as long as you do…

Esta é uma revista (mensal), fundada em 2005, na Escócia. Fala essencialmente da utilização da bicicleta em meio urbano. É disponibilizada em versão digital apenas, e acessível gratuitamente online. A minha Mobiky à espera numa estação de Metro já foi capa de uma das edições, e numa outra foi publicado um artigo que escrevi sobre a minha experiência no “mundo das bicicletas” e o projecto da CaP, nomeadamente o produto que o despoletou, a Mobiky, a convite simpático do editor, Anthony. 🙂

Urban Velo
Bicycle culture on the skids.

Uma nova publicação (bimensal), lançada em 2007, vinda dos EUA. Define-se como um «reflexo da cultura ciclística nas cidades de hoje». Tem artigos mais políticos e de advocacy, dicas técnicas e práticas, e foca muito as diferentes sub-culturas da cycling scene. Os mensageiros, os aficcionados das fixed gear, etc. Tenho gostado de ler, e até já contribuí para a secção “I love riding in the city“! 🙂 A versão em papel é paga, mas uma versão digital (em html ou pdf) é disponibilizada gratuitamente no site.

The Practical Pedal
The journal of practical bicycling.

Outra publicação recente (trimestral), lançada em 2007, nos EUA. É um jornal «para pessoas que usam a bicicleta como meio de transporte, informando e inspirando a fazer a diferença». É distribuído em versão papel e em versão digital, em pdf, gratuitamente.

UPDATE: Também há a Cranked, de que me esqueci porque nunca li nenhuma (no site há um ou dois artigos disponíveis em pdf para download livre).
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Desconheço se há alguma revista do género e âmbito destas que acabei de listar no Brasil, por exemplo, mas penso que não. O mesmo digo de Espanha. Talvez daqui a uns anitos haja massa crítica suficiente no mundo lusófono para se poder fazer uma. Entre portugueses e brasileiros, pelo menos, há de dar para alguma joint venture literária “sobre rodas”! 😉

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Wheels & Heels

Na onda do Pret-a-Rouler (espreitar algumas fotos aqui), já aqui falado, surgiu uma nova iniciativa com mais ou menos os mesmos objectivos, o Wheels & Heels.

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O evento fez parte da Semana da Moda de Londres, e foi organizado por duas Câmaras Municipais Juntas de Freguesia. Uma rua foi transformada em passerelle, e as boutiques em redor ficaram abertas até mais tarde, integrando o evento.

A festa aconteceu na noite de dia de S. Valentim. 🙂

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Foto: Rob Lampard (fonte)

O objectivo foi o de servir de montra a alguns dos designers locais e mostrar – especialmente às mulheres – que a opção pelo uso da bicicleta no dia-a-dia não tem que significar um sacrifício do guarda-roupa e uma dieta à base de licra. Pesquisas indicam que as mulheres de todas as idades usam menos a bicicleta do que os homens, sendo a diferença mais acentuada na faixa dos 17-20 anos, sendo por isso importante mostrar alternativas de vestuário que se coadunem com os gostos e prioridades das mulheres e que as atraiam para a bicicleta.

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Foto: Roxy Erickson (mais aqui)

Pessoalmente, gostei mais das propostas do Pret-a-Rouler do que deste (a avaliar pelas fotos a que tive acesso), mas todas as inicitivas são bem-vindas! 😉

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O boom das longtails

Aqui fica, finalmente, uma introdução ao conceito das longtails, que procuramos divulgar e promover em Portugal com a Xtracycle.

O que é uma bicicleta longtail?

Basicamente, é uma bicicleta com uma traseira alongada graças a uma maior distância entre eixos – ‘longtail‘ significa ‘cauda longa’; as rodas estão afastadas mais 40 cm (aproximadamente) do que numa bicicleta normal. Do ponto de vista do aspecto exterior, as longtails serão as station wagons das bicicletas.

Que consequências tem a maior distância entre eixos?

Bom, várias, e interligadas:

  • O centro de gravidade altera-se. Numa bicicleta normal o peso do utilizador distribui-se desigualmente pelas duas rodas, sendo a de trás a que suporta mais peso. Numa longtail o peso do utilizador é distribuído pelas duas rodas de forma mais equitativa. Resultado: a roda de trás fica mais aliviada e a da frente passa a suportar mais peso do que antes.
  • A direcção fica mais pesada – houve transferência de peso para a frente.
  • A bicicleta ganha estabilidade. É mais fácil conduzir sem as mãos no guiador, por exemplo.
  • Há um efeito de suspensão intrínseco à nova geometria, as lombas deixam de ser um desconforto, por exemplo; há um amortecimento natural das irregularidades do terreno.
  • A roda traseira perde alguma tracção (com a bicicleta sem carga) – houve transferência de peso desta para a da frente. Isto pode levar a que a roda derrape um pouco quando se começa a pedalar em pé a partir de um estado estacionário. No entanto…
  • A maior distância entre eixos faz com que a roda traseira da bicicleta não “fuja” para os lados se derrapar um pouco. Isto torna as longtails boas para zonas com neve.
  • Torna-se difícil ou mesmo impossível saltar com a bicicleta (bunny hops).
  • A brecagem aumenta, sendo necessário mais espaço para curvar.
  • Consegue-se fazer subidas mais inclinadas sem o risco de a bicicleta ameaçar virar-se por a roda da frente começar a levantar.

Para que serve uma longtail?

Para aumentar muito significativamente a capacidade de carga de uma bicicleta, sem perder o aspecto e as características de condução de uma bicicleta tradicional.

Para ideias do que transportar numa Xtracycle, por exemplo, visite esta página.

Dependendo do modelo, dá para transportar passageiros como em qualquer outra bicicleta, crianças em cadeirinhas próprias à frente ou atrás, até bicicletas e reboques atrelados. No entanto, uma longtail também dá para transportar passageiros adultos sobre a roda traseira, ou levar mais crianças de uma só vez, ou levar carga e passageiros tudo ao mesmo tempo. 🙂


Fotos: Todd Fahrner

Pessoalmente, apaixonei-me por este conceito quando vi isto:

Nessa altura ainda nem sonhava com a Cenas a Pedal, mas já sabia que queria isto, este lifestyle. ‘Cheers” to work on making dreams come true. 😉

Quem inventou, onde surgiu este conceito?

História recente, porque provavelmente há 100 anos algo deste género deve ter sido inventado mas por qualquer motivo não vingou (acontece com muitos conceitos de bicicletas):

Em 1998 surgiu a Xtracycle, uma empresa americana com um conceito revolucionário: o kit FreeRadical permitia acrescentar um módulo de extensão traseira a qualquer bicicleta (especificamente, os tipos mais recomendados são as bicicletas de montanha sem suspensão atrás, hardtails) (ver especificações aqui). Era criado o conceito de SUB – Sports Utility Bicycle. A invenção surgiu pela mão do Ross Evans, na altura um estudante na Universidade de Stanford, nos EUA. A ideia era arranjar uma solução para acrescentar às vantagens da bicicleta como uma das formas de transporte mais limpas, baratas e convenientes a do transporte eficiente de carga. Assim, depois de muita investigação e muitos protótipos, o conceito Xtracycle surgiu incorporando os objectivos iniciais: a maneira mais económica, leve, simples, manobrável e adaptável de carregar carga. Mais sobre a história e filosofia da Xtracycle aqui, aqui, aqui, e entrevista com o Kipchoge Spencer, ex-presidente da empresa. E em vídeo, no documentário “Selling the Revolution“, filmado em 2000, nos primeiros anos da empresa:

Para perceber a função dos vários componentes do FreeRadical, ver o quadro interactivo nesta página.

A estrutura modular deste kit permite que o utilizador o instale na bicicleta da sua preferência (em tamanho, tipo de quadro, marca, etc). Presta-se ainda a bastante actividade criativa por parte da comunidade de utilizadores Xtracycle, que desenvolvem e testam uma série de adaptações, acessórios e modificações ao conceito base, no melhor estilo “faça você mesmo”. Exemplos são um sistema móvel de som, um liquidificador a pedal, vários SnapDecks almofadados, um fantástico kit de motor de assistência eléctrica (Stokemonkey, actualmente num período de vendas suspensas), um LongLoader em cobre e PVC, duas cadeirinhas de transporte de crianças em madeira, extensões nos FreeLoaders e rodinhas para manobras em espaços apertados, como elevadores, personalização gráfica do SnapDeck, um SnapDeck com caixas integradas (e trancáveis), uma longboard a servir de SnapDeck (olha a co-modalidade!),…

A capacidade de carga do FreeRadical está definida em 90 kg, para o kit como um todo, mas este limite está condicionado à capacidade de carga anunciada da bicicleta em que é instalado (que costuma ser baixa, para aí 100 kg); é importante equipar a bicicleta com rodas o mais fortes possível – as usadas em bicicletas em tandem, por exemplo. A instalação deste kit (tal como qualquer substituição por peças “não autorizadas” pelos fabricantes) anula a garantia da bicicleta original. O kit é removível a qualquer altura, e a inter-conversão não é muito complexa. Há acessórios opcionais específicos para transportar objectos maiores, mais longos ou mais pesados (H-Racks, que oferecem uma base de sustentação horizontal, e o LongLoader, que permite transportar coisas como escadotes, pranchas de surf ou violoncelos sem interferir com o pedalar) e para um passageiro apoiar os pés (os Footsies). O FreeRadical é vendido em Portugal por 432 €, na Cenas a Pedal.

Em 2000 os responsáveis pela Xtracycle LLC criaram uma organização-irmã, sem fins lucrativos, para onde direccionam muito do lucro obtido pela empresa, a XAccess Foundation, depois redesignada Worldbike. Aqui desenvolvem e comercializam versões de baixo custo e adaptadas ao contexto dos países em vias de desenvolvimento do conceito do FreeRadical. A Extrabike é uma versão mais rugged do FreeRadical, e a Big Boda outra ainda mais especializada.

O FreeRadical e a Extrabike são dois designs diferentes do mesmo conceito base: uma extensão simples de bicicleta que aumenta drasticamente a capacidade de carga de uma bicicleta normal. A Extrabike é desenhada em função do custo e da durabilidade, enquanto que o FreeRadical da Xtracycle é optimizado para peso, desempenho e estilo.

Desenvolveram também a Worldbike, uma bicicleta completa:

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O vídeo seguinte mostra algumas imagens do primeiro teste de mercado da Big Boda no Quénia, em que foram vendidas cerca de 50 bicicletas e avaliado o seu impacto na vida das pessoas:

Em 2006 a Yuba, empresa do Ben Sarrazin, que trabalhou vários anos com a Xtracycle, estava em “incubação” e em 2007 já havia exemplares da Mundo Utility Bicycle exibidos em feiras do sector.

Esta bicicleta é a evolução natural da Worldbike, desenvolvida na organização com o mesmo nome (e ligada à Xtracycle, como atrás explicado). Em 2008 é o grande arranque, parece. Esta talvez seja a primeira bicicleta de carga de “long wheel base” (com uma maior distância entre eixos) em produção. É vendida como uma bicicleta completa – tamanho único, e roda 26” – e custa 549 € na Europa, a versão de 6 velocidades (de desviador). A grelha traseira de bagagem e algo similar a uns H-Racks estão incorporados no quadro (que também servem de apoios para os pés dos passageiros), não traz sacos de transporte e não é compatível com os componentes/acessórios do FreeRadical, como por exemplo os FreeLoaders. A capacidade de carga é elevada: 200 kg, tem 6 mudanças, 21 kg de peso e um comprimento de 210 cm (ver especificações aqui). Outras fotos aqui, aqui e aqui, por exemplo.

A Surly foi o primeiro fabricante de bicicletas a responder aos apelos da Xtracycle para desenharem uma longtail de raíz, integrada, abraçando o conceito de bicicletas utilitárias longtail. A Big Dummy (ver especificações) já está em pré-produção, sendo que o primeiro lote estará pronto em Fevereiro de 2008. Por agora, é vendida como um conjunto de quadro (em 4 tamanhos) + garfo à escolha, para roda 26”, o consumidor escolherá o resto das peças a seu gosto para montar a bicicleta mais adequada às suas preferências.

É compatível e funciona com os componentes/acessórios do FreeRadical da Xtracycle (V-Racks, Snapdeck, FreeLoaders, etc); no fundo, um quadro similar ao do FreeRadical foi embutido, incorporado num quadro normal de bicicleta, tornando-se um só. O resto necessário para transportar a carga é fornecido pelos restantes componentes do kit da Xtracycle. Mais info aqui. O preço na Europa rondará os 970 € (só o quadro + o garfo, atenção…), e o kit longtail da Xtracycle para este quadro ficará por 259 €.

A vantagem da Big Dummy relativamente a outra bicicleta com o kit FreeRadical instalado é a maior rigidez do quadro, minimizando a torsão lateral que se sente quando se leva a bicicleta muito carregada. O facto de ser vendida apenas em versão de quadro + garfo permite customizar o resto da bicicleta.

Entretanto, a Kona também já apresentou a sua primeira longtail, a Ute.

kona_ute.jpg

Exemplo numa foto “ao vivo”, aqui.

Em inglês americano “Ute” é frequentemente usado para referir um SUV (Sports Utility Vehicle). Em inglês australiano é por vezes usado informalmente para designar qualquer veículo utilitário, nomeadamente carrinhas do tipo pickup. Este modelo será lançado este ano, 2008, a um preço de 799 € na Europa. Mais alguma info aqui e aqui.

A Ute é vendida como uma bicicleta completa – tamanho único, rodas 700c, o que implica que eventuais customizações terão que ser feitas a posteriori e na base de substituições dos componentes de origem (ver especificações aqui). A grelha de suporte de bagagem está incorporada no quadro, e a bicicleta é vendida já com dois alforges próprios (tem capacidade para 4).

[A Kona também está envolvida num programa humanitário de desenvolvimento em África, desenvolvendo bicicletas adequadas ao terreno para ajudar trabalhadores locais do sector da saúde a fornecer tratamento a pacientes com HIV/SIDA pelo continente – AfricaBike.]

Estes 4 modelos: FreeRadical, Mundo, Big Dummy e Ute estão em produção. Mas construtores de quadros artesanais (‘frame builders‘), de empresas especializadas em bicicletas por encomenda (outra das tendências emergentes no mercado americano), também têm apresentado alguns modelos customizados feitos à medida dos desejos de alguns clientes. Exemplos de bicicletas compatíveis com os acessórios do FreeRadical:

A Xtrabike, pelo Curtis Inglis:

(Ainda levou depois um Stokemonkey).

A Xtravois, um projecto pessoal do Todd Fahrner, da Cleverchimp (que faz[ia] os Stokemonkeys):

Uma pelo Tony da Pereira Cycles:

Foto: Todd Fahrner (mais)

Outra pelo Sacha White, da Vanilla Bicycles (fazem bicicletas obscenamente lindas).

vanillabicycles.jpg
Foto: Todd Fahrner

Entretanto, há outros modelos totalmente “integrados”:

A Unleaded Cargo da Sycip que é, digamos, a ultra ‘longtail cargo bike‘: para todo-o-terreno, com uma grelha de bagagem integrada atrás, e outra à frente, tem ainda suportes para o Stokemonkey (não percebi se o preço já o inclui, espero que sim!).

sycip_unleaded_cargo.jpg

Com um preço nos EUA de 8500 USD, é mais barata que um carro e é isso que se propõe substituir. Mais fotos aqui (fonte).

Na Fraser Cycles têm a Pack Mule:

frasercycles_packmule.jpg frasercycles_packmule_detalhes.jpg
Fotos: Scott Dion; Jonathan Maus

Outro conceito totalmente integrado, não usa os acessórios do FreeRadical. Reparem que em baixo tem uns apoios para os pés dos passageiros. Mais fotos na galeria da evolução do conceito, que vai na 6ª versão, parece.

mais exemplos, mesmo que alguns menos sofisticados esteticamente (feitos para serem mais rugged), e até quem tente fazer algo similar a uma Xtracycle numa base de “usar o que há” e gastar o mínimo dinheiro possível (se o resultado é satisfatório não sei).

Além da Worldbike e da Yuba, há pelo menos um outro projecto de distribuição de bicicletas de carga longtails a baixo custo, e adaptadas às necessidades das populações em zonas desfavorecidas do globo. O Projecto Ruanda e as suas coffee-bikes:

coffeebike.jpg
Foto: McBomb

Outra foto aqui. Mais sobre este projecto e sobre Tom Ritchey, o seu promotor, aqui. Havia um lote de 200 bicicletas destas à venda por 1000 USD, para ajudar a financiar o projecto. UPDATE: Parece que a Worldbike foi licenciada ao Tom Ritchey para este projecto, pelo que a Xtracycle é realmente “a mãe” disto tudo! 🙂

Provavelmente, o conceito de bicicleta de carga em versão longtail não é nada de novo. Em países em que a bicicleta tem tradicionalmente uma presença muito forte, como na China, ou aqui mais perto, na Holanda, Dinamarca ou Alemanha, é muito provável que este conceito já tenha surgido há mais tempo. Dois exemplos de longtails em produção, a Filiduo da t’ Mannetje e a Packmax Duo, da Kemper:

filiduo.png filiduo2.jpg

pmduo02.jpg pmduo01.jpg pmduo03.jpg

São designs muito parecidos, e especialmente vocacionados para o transporte de crianças, parece. A diferença entre os dois modelos das duas últimas fotos é a roda traseira menor na foto da direita, que desce um pouco mais o centro de gravidade da “carga”, aumentando a estabilidade da bicicleta. É que, ao contrário do uso para transportar carga – que vai normalmente em alforges e posicionados mais perto do chão, no transporte de crianças estas ficam mais acima na bicicleta, oferecendo os problemas de equilíbrio normais. A roda mais pequena procura contrabalançar esse efeito.

Para finalizar, fica aqui uma tabela comparativa dos 4 modelos actualmente em produção (work in progress).

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Ambiente e Energia Exemplos Lifestyle e Cultura

De bicicleta também pelo Ambiente

Durante a Conferência das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas, em Bali, o Público teve uma secção designada “Eu contribuo“, onde os leitores eram convidados a dizerem aquilo que fazem pelo Ambiente. Não parece ter havido muitos participantes, mas houve quem divulgasse a sua opção pela bicicleta como meio de transporte principal ou secundário.

Joana Marinho, uma estudante universitária de 25 anos, de Vila do Conde: «Tudo começou quando os meus pais acoplaram às bicicletas cestinhos de verga para nos levarem, a mim e aos meus irmãos, nas deslocações ao supermercado e à praia. A partir dos seis anos, eu e o meu irmão mais velho íamos para a escola de bicicleta. Este hábito perdura até hoje, ao qual se acrescentaram muitas outras medidas.»

Também Vítor Pereira, um recém-licenciado em Medicina, 28 anos, de Matosinhos, usa a bicicleta como opção de transporte: «(…) a ida para o trabalho, sempre que possível uso a bicicleta ou o transporte público.»

Obrigada ao Hugo Jorge pela dica. 😉

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Belos, ricos e famosos, de bicicleta

Abro aqui uma excepção for some celebrity gossip, bom, kinda. 😉

O casal de actores Brad Pitt e Angelina Jolie, foi fotografado a deslocar-se de bicicleta com dois dos seus quatro filhos atrás, pelas ruas de New Orleans. 🙂

bradangelinabikes.jpg

Espero que pequenos momentos destes passem a ter mais destaque nos media do que as aparições de celebridades nos media dentro de SUV’s. 😉

[Fonte: Globo]