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Um “Metro” de ciclistas e peões

Uma cidade na Noruega quer construir um tubo de 8 km para ciclistas e peões (em vias separadas), a ligar a universidade e o centro da cidade. A ideia é tornar o uso da bicicleta mais atractivo, numa zona fustigada por ventos fortes. O tubo será uma estrutura coberta com placas de plástico transparentes, com uma série de aberturas para acesso e ventilação. A seguir em frente, a obra terá um custo de 1,875 € / m, ficando o total em cerca de 15 milhões de euros.

[Via]

Lembro-me que o Dubai tinha um projecto deste género, embora mais megalómano, não encontro é nenhum link para essa notícia agora… 🙁

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Exemplos Infraestruturas e urbanismo

Estará a onda a chegar cá?

No outro fim-de-semana, em Santo Amaro de Oeiras, perto da praia e da estação de comboios, reparei numa coisa que só vi – às carradas – na Alemanha e na Suiça:

Um sinal do Norte

Uma estrutura móvel, com publicidade a uma loja, que serve para estacionar bicicletas por pouco tempo, enquanto a pessoa vai à loja. Como achei aquilo insólito para as nossas bandas, fui tentar confirmar se era mesmo aquilo que eu pensava:

Bom, o pneu da bicicleta cabia perfeitamente. Não daria para muita bicicletas, a não ser que estivessem equipadas com um guiador dobrável, e que nenhuma tivesse alforges como a minha, mas dava para umas 2 ou 3, possivelmente.

Não é excelente? Fiquei mesmo contente de ver aquilo. 🙂

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Eventos Infraestruturas e urbanismo Mobilidade Notícias

REFER e CCDRC promovem Workshops Regionais

ECOPISTAS EM DEBATE NA REGIÃO CENTRO E NA REGIÃO NORTE

No próximo dia 27 de Setembro, pelas 14h00, terá lugar no Auditório da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional – Norte, no Porto, o Workshop Regional dedicado ao tema Novas Tendências da Qualidade de Vida, Turismo e Mobilidade: Que Rede de Ecopistas/Corredores Verdes na Região do Norte?. As inscrições no Workshop decorrem até às 17h00 do dia 25 de Setembro.

No próximo dia 28 de Setembro, pelas 14h00, realiza-se no Auditório da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional Centro, em Coimbra, o Workshop Regional dedicado ao tema “Mobilidade e Turismo: Novas Perspectivas para a Reutilização dos Corredores e do Património Ferroviário Desactivado da Região Centro. O caso das Ecopistas”. As inscrições no Workshop decorrem até dia 27 de Setembro, via e-mail ou fax: / 239 400 115.

Objectivos destes workshops:

• Promover um debate sobre o tema;

• Divulgar o Plano Nacional de Ecopistas (PNE) da REFER, com enfoque na Região Centro/Norte;

• Promover e divulgar o Património Edificado existente nas linhas desactivadas;

• Proporcionar o intercâmbio de experiências nacionais e internacionais;

• Fomentar e incrementar parcerias proactivas para a dinamização de uma rede de Ecopistas na Região Centro/Norte, envolvendo, nomeadamente, a REFER, a CCDRC, Municípios e Associações de Municípios, Órgãos Regionais de Turismo, Ambiente e Ordenamento do Território e outras instituições ligadas ao desenvolvimento regional e local;

• Promover a articulação de todos os projectos de Ecopistas/Corredores Verdes com outras rotas, itinerários, circuitos, acessibilidades e potenciais zonas de interesse turístico;

• Enquadrar o próximo período de programação comunitária (2007-2013), enquanto possível oportunidade de apoio ao desenvolvimento de uma rede de Ecopistas/Corredores Verdes na Região Centro/Norte.

As ECOPISTAS, designação em Portugal para Vias Verdes, são vias de comunicação autónomas reservadas às deslocações não motorizadas, realizadas num quadro de desenvolvimento integrado, que valorize o meio ambiente e a qualidade de vida, e que cumpram as suficientes condições de largura, inclinação e qualidade da superfície, de forma a garantir uma utilização em convivência e segurança por parte de todos os utentes, independentemente da capacidade física dos mesmos. Por conseguinte, a utilização dos caminhos, canais e vias ferroviárias desactivadas constitui um suporte privilegiado para o desenvolvimento das Vias Verdes (Declaração de Lille, para uma Rede Verde (Europeia), 2000-09-12).

Fonte: REFER, REFER

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“Um Marginal na Marginal”

O Tiago Andrade Santos é um arquitecto que usa a bicicleta diariamente como meio de transporte, para se deslocar entre casa e o seu local de trabalho, em Oeiras.

Dadas as recentes proibições por parte das Câmaras Municipais de Oeiras e Cascais de circular em bicicleta nos paredões à beira-mar, o Tiago resolveu redigir um documento intitulado “Um Marginal na Marginal – Proposta para melhorias no concelho” onde, em 10 páginas, aponta os principais problemas de mobilidade em bicicleta e sugere medidas para ajudar a resolvê-los. E tem o cuidado de documentar as situações com fotografias ilustrativas. Criou ainda uma série de slogans e imagens de divulgação e provocação, para alertar para as questões abordadas.

O principal problema apontado prende-se com o ataque e a negligência das entidades no poder para com o uso da bicicleta, quer como transporte quer para lazer. A bicicleta fica de fora no planeamento das infrastruturas, e quando há conflitos com outros utilizadores das vias (carros ou peões) é ela que é banida. As infracções dos ciclistas (neste caso, a circulação nos paredões) são prontamente identificadas e punidas, enquanto que as de automobilistas (que estacionam os carros onde calha – passeios, ciclovias, passadeiras, etc) e as de peões (que circulam nas ciclovias e não nos passeios ao lado – ex. de Cascais) são ignoradas ou pelo menos não são fiscalizadas ao nível que deviam, são encaradas como “normais” e toleradas culturalmente. Além disso, no caso dos ciclistas as infracções de uma minoria servem de desculpa para banir todos os outros da estrada, enquanto que ninguém pensaria fazer isso relativamente aos automobilistas…

Apesar de aparentemente o autor do documento defender a segregação entre bicicletas e restante tráfego (embora possa assumir que seja apenas relativamente à Marginal e/ou relativamente a uma utilização num local de contexto paisagístico privilegiado, como o é a frente ribeirinha destes concelhos, principalmente com o objectivo do lazer e desporto ligeiro), o documento levanta questões pertinentes e apresenta soluções perfeitamente plausíveis, pelo que o recomendamos e apoiamos.

Foi justamente para procurar apoio de outras pessoas interessadas na resolução destes problemas que o Tiago Andrade Santos contactou a FPCUB para que esta ajudasse na divulgação e agisse como intermediário para reunir pessoas interessadas em apoiar esta proposta.

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Sharrows

Definição num dicionário:

sharrow
n. an arrow-like design painted on a roadway to mark a bicycling route.

‘Shared Lane Arrows’ ou ‘Sharrows’, é uma sinaléctica composta por setas e uma bicicleta que indica que nos encontramos numa zona onde é de esperar encontrar pessoas a circular de bicicleta.

051018_sharrow_example.jpg
[Fonte]

As sharrows são primas das ciclovias, só que não são exclusivas para bicicletas. São colocadas para indicar claramente os locais onde carros e bicicletas têm que partilhar a estrada. O conceito é simples: em áreas onde é impossível haver ciclovias, seja por que razão for, as sharrows constituem uma via para bicicletas demarcada na estrada, indicando que a faixa tem que ser partilhada por carros e bicicletas. Claro que em todo o lado é suposto haver essa partilha da estrada e haver cumprimento da lei e respeito mútuo, mas esta sinaléctiva vem lembrar e reforçar essa ideia.

O princípio por trás das sharrows é simples: elas reforçam as regras da estrada. Na maioria dos Estados americanos [como em Portugal], os ciclistas têm que circular o mais à direita possível, excepto sob condições de falta de segurança. Uma destas condições é quando a faixa de circulação é demasiado estreita para a passagem simultânea, lado a lado, de um automóvel e de uma bicicleta.

Numa faixa de rodagem estreita, o local mais perigoso para um ciclista estar é chegado muito à direita, porque está numa “zona de porta” e porque os automobilistas pensam que têm espaço suficiente para permanecer naquela faixa de rodagem e ultrapassá-lo. Todo o ciclista que já circulou chegado à direita numa estrada teve a experiência de um carro a passar a 40 km/h (ou mais!) a 10 cm do seu cotovelo esquerdo. Ao mesmo tempo, se alguém num veículo estacionado abrir a porta do carro para sair, o ciclista está mesmo ali (na tal “zona de porta”) e pode sofrer um acidente.

O vídeo seguinte ilustra o conceito:

O mais parecido com as sharrows que conheço por cá é isto, em Tavira:

IMGP6721.JPG

A diferença é que aqui a indicação é contínua, através de uma linha lateral azul, ao longo da estrada, no percurso mais provável de passagem de bicicletas; o sinal da bicicleta pintado no chão aparece muito espaçadamente, é mais pequeno e tem menor relevo, o que leva a que desapareça e fique imperceptível rapidamente, deixando de cumprir a função (alertar para uma via partilhada entre carros e bicicletas):

IMGP6757.JPGIMGP6759.JPG