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Debate “Ciclovias e utilização de bicicletas como transporte urbano”

Passamos a divulgar:

A utilização da bicicleta é cada vez mais encarada como uma alternativa de transporte urbano. Silenciosa e amiga do ambiente (e da saúde dos seus utilizadores), a sua utilização nas cidades portuguesas vai crescendo timidamente.

Dia 23 de Setembro, a partir das 21:30, no Clube Literário do Porto (Rua Nova da Alfândega, 22, Porto – à ribeira), a Campo Aberto organiza um debate com os seguintes convidados:

  • Miguel Torres, colaborador do projecto Futuro Sustentável, onde foi proposta uma rede de ciclovias para o Grande Porto;
  • Pedro Serra, do movimento Massa Crítica;
  • João Neves, responsável pelo projecto Civitas, em curso na cidade do Porto.

Utilizadores, simpatizantes e mesmo opositores da utilização da bicicleta em meio urbano, todos ficam convidados a comparecer e a deixar o seu testemunho.

Este debate surge no seguimento de uma conversa que se iniciou online quer no site da Campo Aberto quer no blog “A Baixa do Porto” a propósito da utilização da bicicleta como meio de transporte e dos potenciais conflitos que podem surgir entre peões, ciclistas e automobilistas. O debate insere-se ainda na semana europeia da mobilidade.

Um resultado construtivo desta história, entre outras. Só espero que lá vá alguém defender os direitos dos ciclistas sem ceder à tentação de privilegiar o maior número de ciclistas em detrimento da segurança e da liberdade dos que vão existindo… Torço também para que haja lá representantes dos ciclistas que lembrem que estes tendem a ser mais respeitados quando se dão ao respeito, e que adoptar comportamentos de submissão, reverência, inferioridade e inépcia no trânsito só reforça o tratamento correspondente que recebem…

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Upgrade

a7a7bf0aacA CML devia fazer com os parques de estacionamento de bicicletas o que, pelos vistos, está a fazer com os das motas, pelas mesmas razões. Foi com agrado que há uns meses recebi a notícia de que a Câmara iria instalar dezenas de suportes de estacionamento de bicicletas por Lisboa, mas com o tempo fui constatando que:

1) as estruturas não eram as melhores (embora não sejam das piores também!),

2) a implementação não contemplou a delimitação e protecção do espaço de parqueamento,

3) a maior parte das estruturas não foi devidamente sinalizada como local de parqueamento de bicicletas e

4) a localização dos suportes não parece obedecer a nenhuma estratégia pensada para melhor servir os ciclistas (daí continuarem vazios, vendo-se, contudo, bicicletas presas a postes nas imediações).

Curiosamente, mesmo os parques para motas não contemplam barras às quais se possam prender as motas, o que leva a que os suportes para bicicletas se tornem apelativos para serem usados pelos donos das motas…

Bike rack for motorcycles

Afinal, a quem é que a Câmara contrata este serviço? Não deve ser a profissionais, nem sequer simples utilizadores de bicicleta (ou motas) serão, provavelmente, a julgar pelos resultados… 🙁

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Ponte

Vi umas notícias sobre uma ponte pedonal e ciclável sobre a 2ª Circular, em Lisboa, a construir em 2010 sob o patrocínio da Galp Energia. Dizem que ligará Telheiras às Torres de Lisboa. Anseio por mais pormenores! 🙂

Vejam bem isto:


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De carro ou a pé (ou de bicicleta) o percurso indicado é o mesmo. A pé o Google prevê uma meia hora para andar 2.2 km, de carro 6 min para 2.5 km, de transportes públicos uns 20 min (a pé + autocarro). Caros amigos, trata-se de uma distância efectiva de uns 250 metros. Tão perto e tão longe… Precisamos de mais pontes destas, venham elas! 🙂

E Lisboa está cheia de exemplos destes. E Oeiras também tem disto.

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Para que são feitas as nossas ciclovias?

Oops, fugiu-lhes a boca para a verdade:

A bicicleta pode circular em qualquer local da cidade, mas existem pistas apropriadas para facilitar a circulação do tráfego normal.

O tráfego em bicicleta é “anormal”, claro está, e não pode empatar o outro, o normal. 😛

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Uma sharrow em vídeo

Uma sharrow pintada de verde, nos EUA:


[Via]

Não é ideal, porque pode passar a mensagem de onde não há sharrow não há ciclistas ou estes têm menos direitos, contudo, parece-me mil vezes melhor que os corredores para bicicletas (vulgo ciclovias na faixa de rodagem) tantas vezes advogados e tantas vezes mal implementados (embora seja sempre difícil implementar bem um conceito mau à partida).

Um corredor para bicicletas costuma ter uma largura variável, geralmente não dá para mais do que a largura de uma bicicleta (até menos!!), e o ciclista é obrigado (em Portugal, pelo nosso CE, sempre que estiver sinalizado com aquele sinal circular azul) a circular dentro dos limites do mesmo. Geralmente os carros na via imediatamente à esquerda passam bastante perto e depressa devido à pouca largura das vias, e a bicicleta circular também bastante perto do passeio e dos peões que lá circulam.

Uma sharrow não limita os direitos dos ciclistas ao usar uma via de trânsito normal, permitindo-lhes posicionarem correctamente na estrada (para verem, serem vistos, conseguirem comunicar e darem margem para erros) apenas lembra aos restantes utentes das vias que os ciclistas tambéms as usam, têm direito a elas, e que é aquela posição na estrada que devem tomar (ou que podem tomar) – muitas vezes são os próprios ciclistas que não a ocupam por ignorância, medo ou falta de confiança.

O problema de implementar este conceito cá é o da regulamentação actual, o CE não prevê coisas destas, e não sei o que existe em termos de regulamentação a nível municipal ou nacional dos requisitos técnicos das vias para velocípedes…