Uma das minhas “maiores” preocupações, e penso que será também a de muitos outros, é a roupa a usar quando me desloco de bicicleta. As calças tocam ou prendem-se na corrente e outras partes das bicicletas, quando ando na B’twin fico sempre com os sapatos (principalmente) e as pernas até ao joelho cheios de pintas pretas, penso que serão da borracha dos travões da roda dianteira. Depois há também as questões do efeito “helmet head”, ou a possibilidade de usar saias ou sapatos tipo chinelos ou de saltos altos (not my case :-P). A questão da visibilidade à noite e que acessórios reflectores usar é muito importante. Pessoalmente, detesto usar o colete XXL que comprei a mais quando entrou em vigor a obrigatoriedade de os ter no carro. Pareço o “homem do lixo”. 😛
Isto tudo para dizer que a “moda da bicicleta” para pegar tem que ver “tratadas” as questões mais superficiais, talvez, do estilo. Isso passa por ter opções de vestuário e acessórios que compatibilizem o uso da bicicleta com uma imagem adequada em termos profissionais ou sociais.
Numa scene em que há já muita gente a optar pela bicicleta e a integrá-la na sua vida quotidiana, como em Londres, um evento como o Pret a Rouler (uma brincadeira com o Pret a Porter convencional) surge naturalmente.
Este evento, que teve lugar a 21 de Junho de 2007, em Londres, procurou mostrar talentos inovadores, excepcionais, e as suas propostas de roupa para usar com bicicleta. Uma experiência multimédia e interactiva, e onde os manequins aparecem em ou com bicicletas. 🙂
Segundo a organização, o porquê deste evento prende-se com o facto de Londres ser uma cidade do mundo, e sem dúvida uma cidade com estilo; e no entanto há uma lacuna assinalável de vestuário urbano funcional para o uso com bicicleta que não sacrifique o estilo. Os bicicletistas urbanos entram e saem de situações sociais, ora saltam para a bicicleta ora desmontam dela, ora estão no escritório ora saem, encontram-se com amigos, saem depois do trabalho, etc. Licra, fatos especiais fosforescentes, não servem. “O que vestir” é um problema para o público, e há a ideia de que “andar de bicicleta é óptimo se não tem que se ir para o escritório” implicando que não se pode chegar bem, apresentável, se viajarmos de bicicleta. A organização achou que há uma falha no mercado e nos guarda-roupas e por isso pediu a designers talentosos que desenhassem a sua “roupa de sonho para bicicleta”. Os resultados foram apresentados no Pret a Rouler:
Uma ideia interessante são os tweeds reflectores da Dashing Tweeds. Cá em Portugal duvido que haja gente para vestir isto, mas em londres é capaz de ser simplesmente in. 😉
O fato tem incorporado com a lã uma fibra que, sob iluminação nocturna, brilha, oferecendo uma solução estilosa para o peão ou bicicletista. Fixe, não é? 🙂
E depois há outras ideias mais “arrojadas”, como a tanga reflectora. 😛
Será que um dia o Moda Lisboa terá uma “secção” dedicada à moda a pedal? 😉