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Wheels & Heels

Na onda do Pret-a-Rouler (espreitar algumas fotos aqui), já aqui falado, surgiu uma nova iniciativa com mais ou menos os mesmos objectivos, o Wheels & Heels.

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O evento fez parte da Semana da Moda de Londres, e foi organizado por duas Câmaras Municipais Juntas de Freguesia. Uma rua foi transformada em passerelle, e as boutiques em redor ficaram abertas até mais tarde, integrando o evento.

A festa aconteceu na noite de dia de S. Valentim. 🙂

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Foto: Rob Lampard (fonte)

O objectivo foi o de servir de montra a alguns dos designers locais e mostrar – especialmente às mulheres – que a opção pelo uso da bicicleta no dia-a-dia não tem que significar um sacrifício do guarda-roupa e uma dieta à base de licra. Pesquisas indicam que as mulheres de todas as idades usam menos a bicicleta do que os homens, sendo a diferença mais acentuada na faixa dos 17-20 anos, sendo por isso importante mostrar alternativas de vestuário que se coadunem com os gostos e prioridades das mulheres e que as atraiam para a bicicleta.

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Foto: Roxy Erickson (mais aqui)

Pessoalmente, gostei mais das propostas do Pret-a-Rouler do que deste (a avaliar pelas fotos a que tive acesso), mas todas as inicitivas são bem-vindas! 😉

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Even roadies are starting to get it

Ora, o Lance Armstrong vai abrir uma loja de bicicletas em Austin (EUA) vocacionada para os ‘commuters’, os utilizadores de bicicletas para transporte. O Lance Armstrong é um atleta profissional do ciclismo de estrada (ganhou a Tour de France 7 vezes consecutivas).

Entretanto, outro roadie de topo, David Zabriskie, lançou uma campanha de segurança rodoviária, a Yield 2 Life (algo como “dê prioridade à vida”) para sensibilizar ciclistas e automobilistas para um comportamento mais cortês e seguro nas estradas.

E em Portugal continua-se a dizer que as bicicletas não têm lugar nem papel nas cidades… Não esperem que por cá os progressos sejam top-down, têm que ser as bases a levar as coisas em frente e fazer a mudança bottom-up. Just ride your bike whenever you can, nevermind those who say it can’t be done. They are so wrong…. 😉

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“A oficina de bicicletas”

A oficina de bicicletas do Mestre Augusto fica na Chamusca numa rua histórica onde trabalharam há muitos anos alguns dos maiores Mestres da terra na arte do ferro, da ourivesaria e do comércio puro e duro do vinho, das fazendas e da mercearia. Hoje já todos passaram à história. Depois de morrerem os homens, transformaram-se os edifícios e adaptaram-se a outras áreas de negócio ou pura e simplesmente fecharam portas.

No número 42 da Rua Câmara Pestana, a oficina de bicicletas do Mestre Augusto continua a ser um local de trabalho diário. Lá tudo ainda é como há meio século atrás. O trabalho pode ser feito na hora, ninguém precisa de pagar adiantado, os preços do serviço prestado estão ao nível do que se praticava no tempo da outra senhora e o atendimento é feito à porta, já que o espaço da oficina mal dá para o Mestre pendurar duas bicicletas ao mesmo tempo.

Quem passa todos os dias na Rua Câmara Pestana nem dá pela presença do Mestre Augusto, enfiado naquele rectângulo de um rés-do-chão de uma casa igualmente quase centenária. O Mestre Augusto tem 86 anos e todos os dias cumpre rigorosamente um horário de trabalho normal, com o espírito de quem está a iniciar um negócio e precisa de ser útil à sociedade e de satisfazer o cliente para que ele volte da próxima vez.

Um dia destes, na deslocação que faz de casa para o trabalho e do trabalho para casa, montado numa velha pasteleira, alguém se descuidou e abriu a porta do carro já estacionado precisamente no momento em que o Mestre Augusto pedalava a caminho da oficina. Deu um trambolhão de se lhe tirar o chapéu e temeu-se o pior. Mas as mazelas de uma queda aparatosa de um homem de 86 anos podem parecer cenas de um filme de Manuel de Oliveira se observadas à luz do destino e da arte de viver com as raízes bem presas ao chão. Como os ossos não se partiram o Mestre Augusto assim como caiu se levantou, e quanto a ferimentos não há nada que o mercúrio e as sulfamidas não resolvam num corpo habituado aos rigores do trabalho de uma oficina.

É muito normal vê-lo a trabalhar quase às escuras ao fim da tarde porque ainda guarda o velho hábito de poupar na luz eléctrica. Quem for bom observador vai reparar que àquela porta ainda se concentra muita gente a falar da vidinha e das novidades da vila.

Quer saber quem foi o último riquinho da terra a passar um cheque sem cobertura? O último caçador a errar o alvo? O último pescador a cair ao rio com o peso da cana de pesca? O ultimo barbudo a empenhar as barbas? O último careca a perder o capuchinho? Então devolva a bicicleta à sua vida e ganha o direito de partilhar a oficina de um dos últimos Mestres da Terra Branca na arte de trabalhar… para aquecer.

Fonte: O Mirante, artigo de JAE

Aqui em Porto Salvo também há uma oficina assim, minúscula e antiga. Bom, o mecânico não tem ainda sequer perto de 86 anos, mas já me afinava os travões e as mudanças de borla quando eu era miúda (e ainda me enchia os pneus de vez em quando), por isso a oficina já existe pelo menos há 15-20 anos. Este tipo de oficina de bairro (e sem estar associada a uma loja de bicicletas) já é uma raridade… 🙁

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Roupa iluminada

Investigadores do centro de inovação William Lee que funciona no departamento de materiais da Universidade de Manchester inventaram uma fibra que emite luz, que usada para criar peças de roupa poderá ter usos interessantes como equipamento de segurança durante a noite. Este equipamento seria uma boa adição aos tradicionais reflectores, que estão limitados à necessidade de existir uma luz que incida num ângulo adequado para serem visíveis.

sistemas-de-iluminacao.pngNo caso dos utilizadores de bicicleta, é comum complementar o reflector traseiro com luzes que podem piscar ou não;

Têm aparecido alguns produtos reflectores para usar no torso que poderão aumentar a visibilidade da pessoa, dando maior noção da sua presença;

Alguns destes produtos começam a trazer embutidos LEDs que complementam a função do material reflector, quando não exista uma fonte de luz para que este faça a sua função;

Ter peças de roupa comum com propriedade luminescente é sem dúvida uma evolução interessante, sem que seja exclusiva ao uso de roupa de segurança para andar a pé ou de bicicleta , tem um potencial para criar novas tendências de moda (pela utilização de padrões e imagens iluminadas) se a fibra se equiparar às actuais fibras usadas na confecção de roupa. Uma fibra com estas propriedades que possa ser lavada da mesma forma que as fibras comuns e que tenha resistência equiparada, é de desejar que consiga atingir níveis de produção que a tornem acessível aos produtores de roupa e suficientemente barata para o consumidor final.

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Um factor também interessante é o facto de as fibras terem uma estrutura que torna possível fazer roupa que incorpore várias fibras de cores diferentes para criar desenhos ou padrões:

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Porém no fim de tudo, será que o uso de material reflector, como coletes, não permite que os condutores dos carros simplesmente andem mais depressa em locais escuros à espera que estes saltem à vista, podendo por em risco outros utilizadores da via e animais que não tenham este equipamento? [EN]

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Eventos Indústria e Consumidor

Festival Bike Portugal 2007

No próximo fim-de-semana, dias 2, 3 e 4 de Novembro, vai ter lugar no CNEMA, em Santarém, o 4º Festival Bike Portugal – 4ª edição do Festival Internacional da Bicicleta, Equipamentos e Acessórios e do Salão de Ciclismo Profissional. É a maior feira desta indústria em Portugal e é uma oportunidade de ver de perto várias marcas e lojas no mesmo local e na mesma data. A organização diz ainda que haverá uma zona de test drives no exterior, da responsabilidade das marcas que estejam interessadas nesse serviço. Talvez se prove uma boa oportunidade de testar algumas máquinas. 😉

Ao longo dos três dias irão decorrer uma série de demonstrações, campeonatos e de provas e passeios desportivos. No sábado e no domingo haverá sorteio de bicicletas. Este evento é marcadamente focado na bicicleta como instrumento de desporto, não está virado para a mobilidade, no entanto, qualquer bicicleta mais “desportiva” pode ser usada para commuting. 😉

Estão ainda previstos 5 workshops. Os mais relevantes para o ciclista urbano, utilitário, serão possivelmente o de “Suporte Básico de Vida – Primeiros Socorros no BTT“, às 21h de sexta-feira, e o de “Mecânica de bicicletas“, às 20h de sábado. Este último será novamente dado pelo Ricardo Figueiredo, como no ano passado (esperemos que decorra sem os mesmos sobressaltos).

Horários e preços:

Dia 2 (Sexta-feira): 17h – 23h
Dia 3 (Sábado): 10h – 23h
Dia 4 (Domingo): 10h – 20h

Bilhetes de 1 dia: 4 €
Bilhete 3 dias: 6 €
Crianças até 11 anos (inclusive) não pagam.