Um casal quer começar a usar a bicicleta no dia-a-dia. Por onde começar?
Bom, por exemplo: pega-se na bicicleta BTT e na do Bike Tour que se tinham para lá paradas há anos e equipam-se ambas com o básico: luzes e um cadeado decentes. Depois, um apoio de descanso e um cesto para levar a bolsa ou as compras do dia numa, e uma cadeirinha para o benjamim da família na outra (e um espaçador para subir o guiador, melhorando a posição e a compatibilidade com a dita cadeirinha).
Um luxo! É quase como irmos nós a conduzir, eheheh. Vista desimpedida, podemos ir mexendo no guiador, nas mudanças, nos travões,… melhor do que isto só mesmo ir a pedalar. Mas enquanto as pernocas não dão para isso, é encostar e desfrutar! 🙂 E é muito mais interactivo, pois conversar com o pai é fácil, estamos quase cara a cara.
A seguir há-de ser um porta-bagagem e uns alforges ou algo do género para o pai poder deixar de ir para o trabalho com a mochila a fazer calor e peso nas costas. Vai fazer toda a diferença, concerteza.
Mais uma família a descobrir as alegrias da bicicleta no dia-a-dia! E a partilhá-las connosco! Adoro o meu trabalho. 🙂
Há umas semanas saiu uma bicicleta Kalkhoff Agattu Lite 8 com uma cadeirinha Bobike Maxi+ para uma dupla mãe & filho. Podem ver pela foto abaixo que ficaram ambos muito satisfeitos. 🙂
Este modelo é um dos meus favoritos, se não o favorito, da gama Kalkhoff.
É muito leve e muito confortável. O quadro é rígido mas os pneus balão oferecem uma suspensão eficaz para lidar com os empedrados e demais imperfeições do piso comuns nas nossas cidades. O guiador curvo e o avanço regulável permitem obter uma posição de condução mais direita e confortável. O quadro rebaixado é o mais prático. As mudanças internas são as mais confortáveis para uso urbano, requerem pouca manutenção e são fáceis de usar (não nos exigem pensar sempre um passo à frente, como as de desviador). Traz apoio de descanso, protecção de corrente (para não termos que nos preocupar com sujar ou estragar as calças ou prendê-las com fitas), pára-lamas, porta-bagagem traseiro, campainha, e luzes de dínamo com (ON/SENSOR/OFF), e até uma pequena bomba de ar. Por 649 € uma bicicleta completa, bonita e de boa qualidade, os únicos extra que precisa são cadeados e uns alforges, sacos, malas, ou o que seja, para transportar as coisas do dia-a-dia. Uma buzina e um espelho retrovisor também dão muito jeito, claro. E depois há as cadeirinhas, cestos e reboques para necessidades de transporte mais específicas.
Esta bicicleta traz um porta-bagagem com uma curva à frente, que permite fixar a cadeirinha Bobike Maxi+ directamente ao mesmo (fixe, assim não é preciso um adaptador, e fica em 94.95 €):
Reparem ainda que a cadeirinha está mais atrás que o normal com as cadeirinhas que se costumam ver mais, a criança tem mais espaço entre ela e o traseiro e as costas do pai ou da mãe, o que é simpático. 😉
Este Sábado passado saiu uma outra solução para uma dupla mãe & filha, uma bicicleta Kalkhoff Agattu Co equipada com um kit FollowMe Tandem para atrelar a bicicleta da menina.
Também é uma das minhas favoritas. A forma do quadro, e a cor, é muito bonita, e é igualmente confortável com o seu guiador ergonómico, posição direita, e quadro rebaixado. A suspensão aqui não está nos pneus, como na Agattu Lite, mas no garfo dianteiro e no espigão do selim – igualmente confortável mas um pouco mais pesada, e a um preço ligeiramente mais baixo também – 589 €. De resto, vem igualmente equipada: protecção de corrente, apoio de descanso, pára-lamas, luzes de dínamo, campainha, porta-bagagem traseiro, bomba de ar, e traz também mudanças internas.
A Kalkhoff tem imensos modelos, torna-se até difícil compará-los, pois por vezes são muito parecidos, as diferenças são de detalhes. Eu gosto muito da Agattu Lite 8 e da Agattu Co pelo conforto, design, e equipamento a um preço acessível, mas depois há outras opções, umas mais aproximadas, outras mais elaboradas, consoante o orçamento, e consoante as necessidades e preferências de cada um. 🙂 Mas a partir de 349 € tem-se uma bicicleta com todo o equipamento básico, bonita e de boa qualidade, com o modelo Blackwood 21.
As cadeirinhas Bobike são muito bonitas, fáceis de pôr e tirar, e “elegantes” – não só de um ponto de vista estético, mas também funcional, têm menos volume global de plástico, e onde o têm ele é grosso e robusto. O design, ergonomia, conforto e funcionalidade têm um preço, e as Bobike não são baratas, contudo, são um bom investimento e manterão um bom valor de revenda quando já não servirem à criança em causa, justamente por isso.
Na última semana equipámos algumas famílias com cadeirinhas dianteiras, uma solução para crianças mais pequenas, até aos 15 Kg, que oferece vantagens a nível de comunicação, montar/desmontar da bicicleta, e condução.
Servir as crianças e as famílias é fundamental para a nossa missão. Se repararem, o principal modo de transporte das famílias com crianças é o automóvel. Principalmente quando têm mais que 1 criança pequena. Não vemos muitas famílias com crianças a andar a pé, nem de bicicleta, nem de transportes públicos. Porque não é prático, não é confortável, não é seguro, e muitas vezes não é eficiente do ponto de vista do custo. Enquanto os transportes públicos, as tarifas, as estações, as paragens, as acessibilidades, a sinalização, o atendimento, as carruagens, os assentos, etc, etc, os passeios, as passadeiras, os semáforos, as escadas/rampas/elevadores, etc, etc, as estradas, o piso, o trânsito, o parqueamento, etc, etc, não forem apelativos e funcionais para quem se mova pela cidade com crianças pequenas, o domínio do automóvel, e a nossa escravização pelo mesmo, não acabará.
Nós tentamos fazer a nossa parte, equipar as famílias com as ferramentas de que precisam a nível de equipamento, assistência, e competências, e encaminhá-las e recebê-las na comunidade (Massa Crítica, MUBi, etc), para ajudá-las a estabelecer pontes com outras famílias e outras pessoas que partilham o interesse e o estilo de vida baseado na bicicleta, fomentando o apoio mútuo, a cooperação, o convívio, a troca de experiências, e a validação pelos pares desta escolha pela bicicleta.
Venham a nós as famílias! 🙂
O Cristiano passou cá no ateliê no último fim-de-semana para trocar o guiador da sua Btwin por um Contest Comfort da Humpert, bom para viagens mais longas porque oferece uma escolha variada de posicionamento das mãos.
Falou de uma viagem. Agora descobrimos qual, foi de bicicleta até ao Festival Super Bock Super Rock. E relatou a experiência no Jornal de Notícias, aqui.
Foto: Cristiano Pereira / Jornal de Notícias
🙂 Bikes rock. Só falta mais gente perceber isso. Todos os festivais deviam ter estacionamento VIP, pra bicicletas. 😉
O 1º Evento Cycle Chic Lisboa meteu água, muita água, literalmente. 🙂 Quando o Miguel anunciou uma repetição, tínhamos que reiterar o nosso apoio marcando novamente presença, e esperando que não fosse, desta vez, a anunciada “onda de calor” a atrapalhar o evento.
Felizmente esteve um belíssimo dia de Verão. 🙂 Bastante calor sim, mas nada como os 40ºC que receávamos. Subir com a bakfiets levemente carregada a Rua Castilho exigiu parar duas vezes, não tanto pela subida em si mas pelo calor e o sol a bater-nos directamente. Fora essa subida, tudo o resto faz-se bem. Desta vez não tivemos contratempos e chegámos bastante cedo ao Campo Pequeno, tivemos muito tempo para montar o estaminé com calma.
Apesar do calor e do fim-de-semana prolongado, apareceu bastante gente.
A maior parte vinha num estilo mais desportivo / casual, mas houve uns quantos que levaram a coisa a sério e foram mesmo em modo chic. 🙂
Vejam as nossas fotos aqui, as do Eduardo aqui, e o relato do Miguel aqui. Houve vários exemplos de ciclistas chic, mas no meio de tanta gente achei algo desconcertante ver um casal que parecia ter levado demasiado a sério as recomendações da APSI para ciclistas…
Foi um fim-de-semana cheio em termos de bicicletas, na 6ª-feira a Massa Crítica, no Sábado o Cycle Chic, no Domingo de manhã o Lisboa Bike Tour e o Tejo Ciclável, e à tarde o World [quase] Naked Bike Ride.
O Bruno manteve-se bastante ocupado antes da partida e após a chegada, em serviço como Bicycle Repair Man.
Depois arrancou na sua Big Dummy, tendo dado boleia ao cameraman da SIC durante todo o passeio. 🙂
Ficou assim a bakfiets transformada em montra móvel a marcar presença sozinha na tenda.
Enquanto esperava, resolvi colar uns autocolantes “menos um carro” na bakfiets, pois permite-nos realmente passar bem sem carro mesmo neste tipo de situações. 🙂
No final, arrumámos tudo nas bicicletas e zarpámos de volta a casa.
A descer faz-se bem. Av. da República, Fontes Pereira de Melo, rotunda do Marquês, Rato, Estrela. Andar por aí de bakfiets é priceless. 😛 As pessoas vêm-nos a passar e têm uma espécie de flashback de Amsterdão.
No dia 1 de Julho fui com a bakfiets fazer uma entrega simbólica de livros na Casa do Brasil, no âmbito de uma campanha de recolha de livros promovida pela EpDAH – Engenharia para o Desenvolvimento e Assistência Humanitária, pelo que subi novamente, desta vez com a caixa vazia, até à FCUL, no Campo Grande, onde carregámos os livros simbolicamente pelas 3 bicicletas, e depois descemos até perto do Chiado.
Depois subi novamente prá Estrela. Pacífico. 🙂
Finalmente, no Domingo dia 3 marcámos presença nas Festas de Santa Isabel, a simpático convite da Junta de Freguesia, e também levei a bakfiets. Digamos que sinto que já fiz a rodagem dela em Lisboa. 🙂
Conseguirmos fazer a nossa vida, Cenas a Pedal incluída, sem ter que usar um automóvel dá um gozo especial. Nas poucas ocasiões em que temos que o fazer, parece um momento solene, solene e extremamente secante. É tão mais vívida a vida em cima de uma bicicleta! 🙂
A revista Visão da semana passada publicou um artigo sobre nós! 😀 A propósito do nosso novo ateliê, fomos contactados pela Sandra Pinto, que nos enviou uma série de perguntas por e-mail. A resposta foi algo extensa e detalhada, provavelmente mais do que ela estaria à espera, mas ficámos muito contentes com o trabalho dela. Conseguiu extrair o fundamental e resumir tudo muito bem. 🙂 Obrigada Sandra!
(cliquem na imagem para ver melhor)
A única pequena nódoa é mesmo aparecermos na secção “desporto”, mas isto com jeitinho vai lá, eventualmente. 😉