São sempre engraçadas as reacções das pessoas que passam na rua à bakfiets Cargobike Long. 🙂 Uns olham, outros mexem no guiador a ver como é que aquilo controla a roda à frente, outros tiram fotos, etc. E alguns posam mesmo para a fotografia. Hoje uma senhora sentou os miúdos em cima da lona (ainda bem que tinha caixas de cartão por baixo!) e esteve imenso tempo a tirar-lhes fotos. Real cute. 🙂
Categoria: Imagens
Uma das respostas mais lógicas à pergunta “porque é que andas de bicicleta?” é esta: porque posso comer mais bolo [sem peso na consciência, nem na balança!]. 🙂 Sim, é rápido, e divertido, e saudável, e económico e tal e tal, mas o verdadeiro deal maker é poder aumentar a nossa quota mensal de bolo! 😛
Recebemos há dias mais um lote das nossas T-shirts com pedalada. Quem estava à espera da sua, já a pode vir buscar! 🙂 E vieram mais algumas extra para ter aqui no ateliê – uma boa prenda de Natal, quem sabe? 😉
Boas notícias: a partir de agora vamos poder mandar fazer lotes mais pequenos, pelo que o tempo de espera será mais reduzido: de menos de 1 semana a 2 semanas, no máximo.
E a novidade é:
Uma das grandes vantagens de andar de bicicleta em vez de carro, por exemplo, é que o combustível é aquilo que comemos, o que significa que quanto mais andarmos, mais combustível precisamos. E ao contrário da gasolina no carro, o abastecimento do ciclista pode ser um prazer.
Andar de bicicleta permite-nos uma certa indulgência dos nossos pecados alimentares. 🙂 Quem anda para todo o lado de carro, tem que pensar pelo menos duas vezes antes de comer uma bela fatia de bolo.
Uma segunda fatia de bolo, então, pode ser um pecado capital.
Quem anda alguns quilómetros bons de bicicleta todos os dias pode lambuzar-se de bolo à vontade, que aquilo vai ser tudo queimadinho mais tarde ou mais cedo. 🙂 Por isso decidimos lembrar as pessoas dessa enorme vantagem de andar de bicicleta:
Come Mais Bolo, yeah! 😀
Camisolas de manga comprida, 24.90 €
Agora se alguém fizesse uma calculadora de bolo, é que era fixe. Porque saber o CO2 que evitamos emitir é giro e tal, mas muito mais útil é saber a quantidade de bolo que podemos comer a mais! 🙂
One cake picture too many? Go ride your bike! 🙂
Está quase a chegar o dia da 4ª edição da FBM! É no próximo Sábado, dia 26 de Novembro, das 15h às 17h, aqui à frente do estaminé, na Av. de Álvares Cabral, n.º 38.
A Tina Clay já confirmou a sua presença, cabendo-lhe a ela inaugurar a vertente de artesanato ciclo-urbano da FBM! 🙂
Com um pouco de sorte, teremos 3 expositores associados a lojas muito dedicadas à fixies / singlespeeds / estradeiras, a trazer algumas coisas, mas ainda temos que esperar pela confirmação deles em resposta ao nosso convite. 😉
Temos também um vizinho que nos disse que traria algumas bicicletas que tem para lá. Dado o número de bicicletas e os preços (abaixo de 50 €), pode ser uma boa oportunidade para quem anda à procura de uma bicla em 2ª mão para converter em algo mais citadino / utilitário / prático (podem ver logo isso na altura com o Bruno, ele tem feito várias conversões do género) . E até tem uma Vilar de criança, antiga, aparentemente em razoável bom estado.
Nós próprios já começámos a reunir algumas coisas nossas antigas de que queremos desfazer-nos porque já não usamos há séculos: há fitas para os pedais, pedais, cadeados, casacos corta-vento impermeáveis, um espelho retrovisor de capacete, umas manetes de travão, uns avanços de guiador, um desviador, uns pares de “bar ends” (qual será a palavra para isto em português?…), etc.
E este fim-de-semana devemos ir desenterrar mais umas cenas. 🙂
Temos para cá ainda uma cadeirinha de criança, e umas bicicletas pequeninas para pôr a rodar por criançada nova (embora todas precisem de uns toques para poderem voltar a rolar):
E a minha Mobiky Genius, uma de duas que, em 2006, deram origem à Cenas a Pedal, também estará à venda:
Comprem-na agora, há-de valer muito dinheiro daqui a uns anos, memorabilia Cenas a Pedal, ahah! 😛
E esperemos que haja muito mais gente a trazer mais mais cenas, isto nunca se sabe o que vai aparecer!
A FBM trata-se de um encontro muito informal, tipo feira da ladra, mas só de bicicletas & Cia (e usadas!). Não há tendas nem espaços delimitados, é chegar e encostar as bicicletas à parede (ou quem tiver acessórios, pendurá-los nas bicicletas ou colocá-los numa manta no chão, por exemplo). São só 2 horas (ou até as coisas se venderem!) Nós não interferimos em nada, as pessoas expõem e negoceiam como quiserem, nós cedemos o espaço e promovemos o evento.
Tem bicicletas, cadeirinhas, reboques, peças, para vender, trocar ou doar? Produz peças de artesanato que integram peças de bicicleta revalorizadas e quer vendê-las? Cria peças artesanais vocacionadas para os ciclistas utilitários?
Venha daí! 🙂
Visitantes: entrada livre
Expositores: participação gratuita, sem inscriçãoDas 15h às 17h!
E a seguir há sessão de Bicinema: a bicicultura em filme! Lotação de 10 lugares sentados, venha cedo… 😉
Em Outubro foi assim:
E estreámos o Bicinema com o documentário (que nós traduzimos para português) “A Bela e a Bicicleta“.
Dava uma boa tertúlia a seguir. 😉
Apareçam! Para vender, comprar, trocar, doar, ou simplesmente conversar. 🙂 E passem a palavra, por favor. A ciclo-tralha deve estar em circulação, e não a ganhar teias de aranha nas caves, sótãos e arrecadações deste país.
A greve é uma cena que a mim não me assiste. Eu ando de bicicleta. 🙂
(ver final da peça abaixo)
Para espalhar esta palavra, este ano voltámos a participar em vários eventos relacionados com a Semana Europeia da Mobilidade que, para quem não sabe:
Esta é uma efeméride que deveria servir para sensibilizar a população, os cidadãos, as empresas, as entidades públicas, para diversificarem e alargarem as suas soluções de mobilidade, rumo a cidades mais sustentáveis, redes de transporte público mais eficazes, e infraestruturas rodoviárias mais eficientes. Infelizmente, a nível nacional, o investimento neste esforço tem vindo a decrescer, a SEM é muitas vezes preenchida com coisas para “encher chouriços“, e a bicicleta é frequentemente introduzida mas na vertente desportiva (com muitos passeios tipo BTT), misturando alhos com bugalhos (desporto com transporte)… E as “medidas permanentes” são muitas vezes coisas banais e da normal competência das autarquias (fazer passeios, passadeiras, rampas, etc), em vez de medidas além do que é esperado. Um efeito perverso da SEM é que as câmaras municipais, operadores de transportes públicos, etc, que implementam poucas e curtas medidas pró-mobilidade sustentável, ainda as guardam todas para lançar só nesta altura do ano. A propósito, o IMTT lançou este ano o tal Pacote da Mobilidade.
Gostei da iniciativa de Castelo Branco de fazer um “Walk to School Day“. Esta é, de resto, uma cidade onde é fácil andar a pé e de bicicleta…
Nós estivemos a divulgar outras formas de mobilidade & recreio em Oliveira de Azeméis, com um Laboratório de Cenas a Pedal:
É um laboratório porque a ideia é a malta experimentar cenas. 🙂
Estivemos mais uma vez no Marginal Sem Carros, em Oeiras, a expôr algumas “Cenas a Pedal” às massas e a prestar assistência técnica com o Bicycle Repair Man.
Em Lisboa, participámos também na segunda edição do Verde Movimento Alfacinha, no dia dedicado à mobilidade sustentável (vejam o vídeo aqui – a minha T-shirt assentou que nem uma luva, eheheh). Estivémos lá com mais um Laboratório de Cenas a Pedal.
E, em simultâneo, a dar dois mini-workshops de mecânica de bicicletas na óptica do utilizador.
E fomos ainda a Évora dar uma palestra motivacional / educacional para o uso da bicicleta como meio de transporte.
Acreditamos que estas pequenas intervenções vão contribuindo, à sua escala, para a mudança cultural necessária para as pessoas deixarem de considerar o automóvel particular a primeira e até única opção de transporte para todas as suas necessidades de mobilidade (dos 100 m aos 1000 Km), mas gostávamos de poder fazer mais, e gostávamos de ver mais empenho político por parte das 308 autarquias do país e mesmo das 63 que, dentro destas, ainda vão aderindo à Semana Europeia da Mobilidade. Cenários de greve dos transportes públicos e consequente caos [mais] infernal [do que o costume] na circulação rodoviária mostra bem a importância de esse empenho político chegar rapidamente e em peso…
Há greve dos comboios esta semana. Amanhã, dia 8, e depois dia 11 não há mesmo nada (ou quase nada) para ninguém. Mas dia 7, 9, 10 e 12 vão ver atrasos, supressões e outras perturbações na circulação dos comboios da CP. E não serão facultados transportes alternativos… Dado que a Carris (e a STCP, no Porto), o Metro e a Soflusa & Transtejo também vão fazer greve, a malta ou pega no carro, ou pede boleia num carpooling (e perde mais um pouco de saúde mental nos congestionamentos de trânsito), ou fica em casa e faz gazeta ou… vai de bicicleta. 🙂
É hora de pegar na bicla dos passeios de férias ou de fim-de-semana e descobrir um novo meio de transporte. Mais fiável, mais polivalente, mais flexível, mais económico, mais saudável, mais fixe.
A bicicleta joga lindamente com os transportes públicos quando é preciso ou quando apetece. E quando não há transportes públicos, como esta semana, a bicicleta oferece a mesma fiabilidade que o automóvel particular: está lá quando precisamos dela, para nos levar onde precisamos de ir, quando precisamos de ir. Com a pequena diferença de sabermos que chegaremos mesmo lá a horas, haja ou não congestionamento, haja ou não “lugar para estacionar”.
Esta semana haverá mais carros na rua, porque essa é a única alternativa ao transporte público que muitas pessoas conhecem. O trânsito será ainda mais infernal do que o costume. As pessoas sofrerão ainda mais com a poluição dos carros adicionais, e do congestionamento adicional (andar na rua será uma experiência ainda mais desagradável que o normal. Encontrar lugar para estacionar será uma dor de cabeça ainda pior (quando não uma missão virtualmente impossível). Os serviços de entregas sofrerão perdas de produtividade que passarão para os clientes (lojas, cafés, restaurantes, etc).
As pessoas perderão ainda mais tempo a chegar ao trabalho, e depois a regressar a casa – chegam a casa moídas, stressadas e com o tempo já esgotado para actividades pessoais: cuidar de si mesmas, estar com os filhos, namorar, descontrair. Mas esse é o cenário invitável numa sociedade que dá rédea solta ao uso do automóvel particular. É esse o inferno auto-destrutivo que toma conta de tudo numa cidade onde o transporte público, o andar a pé e o andar de bicicleta são opções de mobilidade tornadas menos atractivas (ou viáveis) que o ultra-subsidiado e ultra-favorecido automóvel.
Quer independência? Flexibilidade? Mais dinheiro para o que realmente interessa? Invista numa bicicleta e use-a mais vezes. Use-a com o comboio, com o Metro, ou com os autocarros, quando lhe der jeito, e use-a sem mais nada quando a bicicleta chega, ou quando os transportes públicos não chegam. Use-a com o carro, quando faz sentido.
O melhor investimento, nomeadamente para quem mora mais longe do trabalho, é numa [boa] bicicleta com assistência eléctrica (pedelec). Pode fazer Oeiras-Lisboa em menos de 45-60 min, haja ou não congestionamento na estrada. Se precisar ou lhe apetecer, pode pô-la no comboio para diminuir o tempo de viagem (não faz isto com um carro ou com uma mota…).
Ou pode ir a pedalar e a curtir – é um tempo seu, para pensar na vida ou para não pensar em nada, para se exercitar de forma ligeira, para se sentir vivo, e livre. Isso ou uma bicicleta dobrável, para não ter restrições no uso de qualquer transporte público (dobra-se e passa a ser bagagem).
Até há bicicletas dobráveis com assistência eléctrica, para quem quer um pouco dos dois mundos. 🙂
“Crise” é o mesmo que “oportunidade”. Aproveite estas greves para descobrir um novo estilo de vida, mais compensador. Pegue na bicicleta que tem lá para casa. Pode ser um chaço, mas um pouco de ar nos pneus e já rola. À medida que acumular viagens em cima dela poderá ir melhorando a coisa lentamente. Uma revisão para corrigir umas falhas na performance, umas luzes, uns pára-lamas, talvez um cesto ou um alforge, uma protecção para a corrente… Mais tarde, se necessário, talvez um guiador diferente, mais confortável para o uso na cidade. Eventualmente uma bicicleta nova, diferente, melhor, apenas se aquela não lhe servir da melhor forma, e não puder ser cirurgicamente transformada para o fazer. Pequenos passinhos, à medida que testa as águas.
Gastar dinheiro num carro é uma despesa. Gastar dinheiro numa bicicleta é um investimento.
Estamos cá para o acompanhar nesta transição, não está sozinho! 🙂