Éramos 60 pessoas (incluindo muitas crianças) e 2 cães ontem no passeio & piqueniqueBicicultura / MUBi, o tempo estava fixe e a malta pedalou pela zona oriental, descobrindo novas rotas e novos parques verdes na cidade. No piquenique na Mata de Alvalade, confraternizou-se e passaram-se umas horinhas no relax. Foi uma oportunidade de rever amigos e caras conhecidas e de conhecer malta nova. E, graças à generosidade de quem acredita na importância deste projecto, angariou-se já algum dinheiro para a constituição da cooperativa! 🙂
Estas e muitas outras fotos e vídeos podem ser encontrados aqui (incluindo as que o Bruno Mendes gentilmente nos cedeu para publicação). Mais fotos de outros participantes na página de Facebook do evento.
Se não participaram, não fiquem tristes, hão-de haver mais! 🙂
Não é fácil encontrar em Lisboa oportunidades de passeio e confraternização à volta da bicicleta como meio de transporte. Muitas vezes os passeios que há são para turistas estrangeiros ou são mais na onda do desporto, e as efemérides culturais e sociais escasseiam.
Por isso, este domingo não se distraiam, venham pedalar e piquenicar com a malta fixe “das bicicletas”! 🙂 Uma oportunidade de conhecerem e confraternizarem com malta do cicloactivismo, e não só.
27 de Maio de 2018 | Passeio de Bicicleta & Piquenique Bicicultura/MUBi!
Passeio para encontro e convívio entre utilizadores de bicicleta, cicloactivistas, e outros fãs da cultura da bicicleta, e angariação de fundos para a constituição oficial da cooperativa Bicicultura.
Encontro frente ao Vasco da Gama (Alameda dos Oceanos) às 11h.
Passagem pela Quinta Conde dos Arcos e Parque Urbano dos Olivais. Almoço em formato de piquenique (cada um leva as suas coisas e algo para partilhar) na Mata de Alvalade (há um quiosque com umas tostas fantásticas para quem prefira abastecer-se localmente) – entre as 13h e as 15h.
Arranque cerca das 15h para a 2ª parte do passeio, com passagem pelo Parque do Vale de Chelas, Parque do Vale do Fundão e Parque da Quinta das Flores, e ciclovia ribeirinha até voltar ao ponto de partida no Parque das Nações.
Público: aberto a todos, incluindo principiantes e famílias com crianças. Nós vamos levar a Mutthilda, claro. As distâncias não são nada de mais, e o ritmo será descontraído, para acomodar toda a gente e promover a conversa. 🙂
Inscrição: não há! A participação é livre e gratuita, é um encontro social. Mas um dos objectivos deste encontro, além do recreio e do convívio, é a angariação de fundos para ajudar a cobrir os 600 € de despesas da constituição oficial da cooperativa que alojará A Casa da Bicicultura.
Por isso levem o vosso donativo para meterem no mealheiro que irá passar de mão em mão. Todos os €uros ajudam. 🙂
Esta 6ª-feira os Batidos a Pedal foram animar uma aula de Educação Física na EB 2/3 das Olaias, a convite da Junta de Freguesia do Beato, em nome do Dia Mundial da Actividade Física. Os batidos foram depois “queimados” nas aulas de Zumba. 😛
Quem se desloca de bicicleta pela cidade tem que lidar com alguns desafios, como encontrar estacionamento adequado e prático junto dos seus destinos.
Um dos maiores desafios de qualquer negócio, principalmente dos pequenos, é primeiro fazer-se conhecer pelo seu público alvo, e depois atraí-lo ao seu espaço/serviço, e finalmente fidelizá-lo.
A appportuguesa Biklio, cuja tagline é bike with benefits – you benefit the community, the community benefits you (“bicicleta com benefícios – tu beneficias a comunidade, a comunidade beneficia-te a ti”), visa abordar estes dois problemas e aproximar a realidade portuguesa do comércio de rua com a realidade dinamarquesa, por exemplo.
Como funciona a app Biklio
Está a ser criada uma comunidade Biklio de espaços comerciais bike-friendly em que, a troco de visibilidade e fidelização de clientes, quem se desloca de bicicleta até eles é recompensado com descontos e outras ofertas, além de facilidade de estacionamento público ou privado em muitos casos. Este vídeo ilustra a ideia da Biklio:
A app instalada no smartphone detecta se fomos de bicicleta e no final de cada viagem (de pelo menos 500 metros!) ficamos elegíveis para reclamar os nossos benefícios juntos dos parceiros aderentes. Assim, somos incentivados a optar por um espaço comercial da rede face a um equivalente não pertencente à rede. Por outro lado, os espaços comerciais ganham visibilidade juntos dos utilizadores de bicicleta aderentes à app Biklio e incentivam-nos ao oferecer-lhes vantagens exclusivas.
Além disso, os dados (anonimizados) gerados relativamente aos padrões de uso da bicicleta por parte dos aderentes (tal como no caso das bicicletas Gira do bikesharing em Lisboa), poderão melhor informar decisões de políticas públicas de mobilidade em bicicleta (quais as rotas mais usadas por quem anda de bicicleta, por exemplo, etc, muito mais úteis do que os dados de contadores fixos).
No meu dia-a-dia eu dou preferência a um sítio onde tenha estacionamento seguro e prático à porta, ou onde possa mesmo entrar com a bicicleta no estabelecimento, principalmente para coisas rápidas como ir ao banco, à Wink, ao supermercado, à farmácia, aos CTT, etc. E entre duas ofertas equivalentes, preferiria votar com a carteira em negócios que discriminassem positivamente quem vai de bicicleta [nomeadamente face a quem vai de carro, pois é isso que interessa], claro, não só por mim, mas pela minha cidade e por todas as outras pessoas que nela vivem.
As pessoas e o futuro da Biklio
A propósito de pessoas, pelo menos duas (as que nós conhecemos) das que estão por trás da app Biklio, o João Bernardino e o João Barreto, são utilizadores de bicicleta como meio de transporte quotidiano já de longa data, e cicloactivistas muito dedicados.
Se eles conseguirem desenvolver a aplicação além do seu tempo de vida no âmbito do projecto europeu TRACEem que foi criada, poderão entrar no campo do empreendedorismo social, usando uma actividade comercial para atingir um fim social. Tal como nós na Cenas a Pedal! 🙂 Desejamos-lhes toda a sorte do mundo para levarem a Biklio tão longe quanto possível!
Descarrega a app Biklio, vai mais vezes de bicicleta aqui ou ali, dá preferência a quem beneficia quem o faz, e usufrui das vantagens que te oferecem (além de contribuíres para a pool de dados do uso da bicicleta na tua cidade).
Vais ter a oportunidade de ouvir falar sobre o potencial das apps para o crescimento do uso da bicicleta – entre os oradores estão pessoas de outras apps, como a Horizontal Cities e a vonCrank (uma app britânica para chamar um Bicycle Repair Man lá do sítio!).
O CycleHack é um evento internacional com uma abordagem proactiva e faça-você-mesmo às barreiras ao uso da bicicleta.
Em que consiste o CycleHack?
Ao longo de um fim-de-semana, os participantes metem as mãos na massa e, em equipa, propõem e desenham soluções (“cyclehacks”) para resolver problemas com que os utilizadores de bicicleta – efectivos e prospectivos – como eles, se confrontam em Lisboa.
Um “cyclehack” é uma ideia que pode ser prototipada de forma rudimentar e testada na cidade e que tenta resolver uma barreira ao uso da bicicleta. ‘Hacks’ podem ser produtos físicos, apps digitais, ideias para novas campanhas de sensibilização ou para influenciar políticas públicas, e podem contemplar infraestrutura local e mapeamento de rotas.
Houve uma ideia desenvolvida no CycleHack Lisboa do ano passado (o primeiro em Portugal), pelo André, que gostaria muito de ver implementada: um sistema para permitir aos ascensores da cidade rebocar bicicletas. Porque às vezes dava mesmo jeito “cortar a direito” pelas colinas. 🙂
Outra ideia que gostaria que evoluísse para algo funcional era a minha máscara de emergência anti-poluição, porque Lisboa ainda tem um problema de poluição e às vezes é difícil evitá-la ou fugir dela. 🙁
E devo dizer que adorei a ideia do Manuel, do “pega-monstros” para autocarros e outros veículos grandes nos rebocarem de bicicleta! 😀
Já temos mais algumas ideias na manga para desenvolver este ano. Uma envolve a Mutthilda, a outra visa melhorar o conforto nas nossas viagens a pedal, e uma outra serviria para criar uma campanha de sensibilização. Participaremos novamente, claro! É um evento que junta a malta e nos dá o pretexto para brincarmos como gente grande durante um fim-de-semana, e quem sabe criar algo que seja útil a mais pessoas? Retribuir os hacks de que já beneficiámos também. 🙂
E vocês, já se inscreveram também ou vão passar ao lado de uma grande carreira?