Um casal quer começar a usar a bicicleta no dia-a-dia. Por onde começar?
Bom, por exemplo: pega-se na bicicleta BTT e na do Bike Tour que se tinham para lá paradas há anos e equipam-se ambas com o básico: luzes e um cadeado decentes. Depois, um apoio de descanso e um cesto para levar a bolsa ou as compras do dia numa, e uma cadeirinha para o benjamim da família na outra (e um espaçador para subir o guiador, melhorando a posição e a compatibilidade com a dita cadeirinha).
Um luxo! É quase como irmos nós a conduzir, eheheh. Vista desimpedida, podemos ir mexendo no guiador, nas mudanças, nos travões,… melhor do que isto só mesmo ir a pedalar. Mas enquanto as pernocas não dão para isso, é encostar e desfrutar! 🙂 E é muito mais interactivo, pois conversar com o pai é fácil, estamos quase cara a cara.
A seguir há-de ser um porta-bagagem e uns alforges ou algo do género para o pai poder deixar de ir para o trabalho com a mochila a fazer calor e peso nas costas. Vai fazer toda a diferença, concerteza.
Mais uma família a descobrir as alegrias da bicicleta no dia-a-dia! E a partilhá-las connosco! Adoro o meu trabalho. 🙂
A Feira de Bicicletas Maduras de Julho foi “virtual”, não houve expositores inscritos porque muita gente está de férias e fora de Lisboa. Contudo, tivemos algumas pessoas a passar cá, à procura. (Peço desculpa por não ter publicado nada acerca da confirmação ou cancelamento da feira aqui no blog, acabei por apenas avisar no Facebook, e houve quem não tivesse visto.)
A Sara, por exemplo, procura uma bicicleta usada para uma menina de 7 anos, ~1.20 m de altura. O Franco procura uma bicicleta de estrada usada SS (sem mudanças) ou fixie (roda fixa). Alguém por aí com algo do género para vender ou doar?
Aqui há tempos a Liliana deixou-nos o seu contacto pois tem uma bicicleta da Órbita, de quadro rebaixado, usada, para vender. Alguém interessado?
O Miguel veio cá deixar-nos uma bicicleta de menina, e uns pares de rodinhas de apoio, e parece que ainda tem mais uma para dar. Entretanto apareceu outra família também a deixar uma bicicleta de criança (esta precisa de um selim novo, o original partiu-se). O António também deu cá um salto com um suporte+garrafa e um alforge para doar.
Interessados? Entrem em contacto! De outra forma entregaremos estas doações a uma Cicloficina quando nos for possível.
Dado que Agosto será ainda mais deserto em Lisboa, a próxima edição da Feira de Bicicletas Maduras será, assim, em Setembro.
Há umas semanas saiu uma bicicleta Kalkhoff Agattu Lite 8 com uma cadeirinha Bobike Maxi+ para uma dupla mãe & filho. Podem ver pela foto abaixo que ficaram ambos muito satisfeitos. 🙂
Este modelo é um dos meus favoritos, se não o favorito, da gama Kalkhoff.
É muito leve e muito confortável. O quadro é rígido mas os pneus balão oferecem uma suspensão eficaz para lidar com os empedrados e demais imperfeições do piso comuns nas nossas cidades. O guiador curvo e o avanço regulável permitem obter uma posição de condução mais direita e confortável. O quadro rebaixado é o mais prático. As mudanças internas são as mais confortáveis para uso urbano, requerem pouca manutenção e são fáceis de usar (não nos exigem pensar sempre um passo à frente, como as de desviador). Traz apoio de descanso, protecção de corrente (para não termos que nos preocupar com sujar ou estragar as calças ou prendê-las com fitas), pára-lamas, porta-bagagem traseiro, campainha, e luzes de dínamo com (ON/SENSOR/OFF), e até uma pequena bomba de ar. Por 649 € uma bicicleta completa, bonita e de boa qualidade, os únicos extra que precisa são cadeados e uns alforges, sacos, malas, ou o que seja, para transportar as coisas do dia-a-dia. Uma buzina e um espelho retrovisor também dão muito jeito, claro. E depois há as cadeirinhas, cestos e reboques para necessidades de transporte mais específicas.
Esta bicicleta traz um porta-bagagem com uma curva à frente, que permite fixar a cadeirinha Bobike Maxi+ directamente ao mesmo (fixe, assim não é preciso um adaptador, e fica em 94.95 €):
Reparem ainda que a cadeirinha está mais atrás que o normal com as cadeirinhas que se costumam ver mais, a criança tem mais espaço entre ela e o traseiro e as costas do pai ou da mãe, o que é simpático. 😉
Este Sábado passado saiu uma outra solução para uma dupla mãe & filha, uma bicicleta Kalkhoff Agattu Co equipada com um kit FollowMe Tandem para atrelar a bicicleta da menina.
Também é uma das minhas favoritas. A forma do quadro, e a cor, é muito bonita, e é igualmente confortável com o seu guiador ergonómico, posição direita, e quadro rebaixado. A suspensão aqui não está nos pneus, como na Agattu Lite, mas no garfo dianteiro e no espigão do selim – igualmente confortável mas um pouco mais pesada, e a um preço ligeiramente mais baixo também – 589 €. De resto, vem igualmente equipada: protecção de corrente, apoio de descanso, pára-lamas, luzes de dínamo, campainha, porta-bagagem traseiro, bomba de ar, e traz também mudanças internas.
A Kalkhoff tem imensos modelos, torna-se até difícil compará-los, pois por vezes são muito parecidos, as diferenças são de detalhes. Eu gosto muito da Agattu Lite 8 e da Agattu Co pelo conforto, design, e equipamento a um preço acessível, mas depois há outras opções, umas mais aproximadas, outras mais elaboradas, consoante o orçamento, e consoante as necessidades e preferências de cada um. 🙂 Mas a partir de 349 € tem-se uma bicicleta com todo o equipamento básico, bonita e de boa qualidade, com o modelo Blackwood 21.
As cadeirinhas Bobike são muito bonitas, fáceis de pôr e tirar, e “elegantes” – não só de um ponto de vista estético, mas também funcional, têm menos volume global de plástico, e onde o têm ele é grosso e robusto. O design, ergonomia, conforto e funcionalidade têm um preço, e as Bobike não são baratas, contudo, são um bom investimento e manterão um bom valor de revenda quando já não servirem à criança em causa, justamente por isso.
Na última semana equipámos algumas famílias com cadeirinhas dianteiras, uma solução para crianças mais pequenas, até aos 15 Kg, que oferece vantagens a nível de comunicação, montar/desmontar da bicicleta, e condução.
Servir as crianças e as famílias é fundamental para a nossa missão. Se repararem, o principal modo de transporte das famílias com crianças é o automóvel. Principalmente quando têm mais que 1 criança pequena. Não vemos muitas famílias com crianças a andar a pé, nem de bicicleta, nem de transportes públicos. Porque não é prático, não é confortável, não é seguro, e muitas vezes não é eficiente do ponto de vista do custo. Enquanto os transportes públicos, as tarifas, as estações, as paragens, as acessibilidades, a sinalização, o atendimento, as carruagens, os assentos, etc, etc, os passeios, as passadeiras, os semáforos, as escadas/rampas/elevadores, etc, etc, as estradas, o piso, o trânsito, o parqueamento, etc, etc, não forem apelativos e funcionais para quem se mova pela cidade com crianças pequenas, o domínio do automóvel, e a nossa escravização pelo mesmo, não acabará.
Nós tentamos fazer a nossa parte, equipar as famílias com as ferramentas de que precisam a nível de equipamento, assistência, e competências, e encaminhá-las e recebê-las na comunidade (Massa Crítica, MUBi, etc), para ajudá-las a estabelecer pontes com outras famílias e outras pessoas que partilham o interesse e o estilo de vida baseado na bicicleta, fomentando o apoio mútuo, a cooperação, o convívio, a troca de experiências, e a validação pelos pares desta escolha pela bicicleta.
Venham a nós as famílias! 🙂
Ajuste da bicicleta ao utilizador? A que se referem? Por que é importante? Como se faz?
Manter a bicicleta em boas condições – isso consiste em quê, exactamente, e por que é que é importante?…
Temos dois travões na bicicleta: em que diferem? Como devo usá-los?
Para que servem as mudanças? Como se usam?
Olhar para trás, conduzir só com uma mão, isso é mesmo necessário? Como se faz? Por que é importante?
Andar a muito baixa velocidade sem pôr o pé no chão nem andar aos S’s? Como? Para quê?
Contornar objectos para quê? Como se faz?
Porque no mundo real há subidas e descidas, há buracos e pedras soltas no chão, lancis, pilaretes, cães, crianças e bolas, pessoas a caminhar (umas mais distraídas que outras), ciclistas silenciosos sem luzes e sem aviso, há vento, há sol, há carros e motas, há sítios estreitos, etc, etc, etc, para o passeio ou a deslocação ser eficiente, o mais segura possível, confortável, e não desnecessariamente cansativa, venha aprender e praticar estas coisas numa das nossas Clínicas de Bicicleta. A próxima é este sábado, dia 23, das 9h às 12h, no Campo Grande ou na Estrela (depende do número de inscritos), e há um “traga 2, pague 1“, traga um amigo (o marido, a filha, etc) e para ele é de borla. 😉 Inscrições pelo até à véspera. Dúvidas? 913475864.
Alguns pais safam-se bem a ensinar os filhos a andar de bicicleta (mesmo quando eles próprios nunca aprenderam!).
Alguns filhos safam-se bem a aprender a andar de bicicleta com os pais (ou os tios, avós, etc).
E depois há os outros.
Os que a dada altura bloqueiam e desistem.
E os que ultrapassam o básico mas se espalham nos “detalhes”. Destes alguns sobrevivem e insistem, acomodando as mazelas acumuladas, outros nunca mais voltam a pegar na bicicleta.
Delegar esta tarefa em terceiros, pessoas “de fora”, permite retirar da equação a pressão emocional exercida na criança (ou sentida por ela). Birras, amuos, excessos de confiança e retraimento por falta dela, são também eliminados ou reduzidos quando o instrutor é um desconhecido, uma pessoa “nova” para a criança.
Na Cenas a Pedal ensinamos gente miúda e graúda a andar de bicicleta desde 2008. 🙂
As crianças até aos 9-10 anos, aproximadamente, requerem um acompanhamento mais próximo por parte do instrutor. Porque têm pouca força para controlar a bicicleta, são impulsivas e exigem uma comunicação diferente daquela que funciona com um adulto. E também porque, muitas vezes, estão a fazer a transição da bicicleta com rodinhas para sem rodinhas, o que requer um cuidado acrescido pois as rodinhas introduzem hábitos e experiências que deixam de funcionar ou ser seguros na bicicleta livre delas. Assim, até esta idade a melhor opção são as aulas individuais ou a dois (irmãos, por exemplo).
Andar de bicicleta em razoável segurança implica mais do que simplesmente equilibrarmo-nos em duas rodas! Mesmo que usemos capacete, joelheiras, cotoveleiras, coletes, etc, etc, pois o mais importante de tudo é conseguir evitar os acidentes em primeiro lugar… Isso implica perceber como se controla a bicicleta em diferentes situações e saber fazê-lo, algo que iniciamos na medida do possível no ABC da Bicicleta (próximas edições são este fim-de-semana e a meio da próxima semana) , e que desenvolvemos melhor na Clínica de Bicicleta (próxima edição é sábado dia 23!).
Para não perder as ofertas e promoções que fazemos regularmente, siga-nos no Facebook! 😉