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App Biklio: ir de bicicleta dá prémios

App Biklio, o que é e para que serve

Quem se desloca de bicicleta pela cidade tem que lidar com alguns desafios, como encontrar estacionamento adequado e prático junto dos seus destinos. 

Um dos maiores desafios de qualquer negócio, principalmente dos pequenos, é primeiro fazer-se conhecer pelo seu público alvo, e depois atraí-lo ao seu espaço/serviço, e finalmente fidelizá-lo. 

A app portuguesa Biklio, cuja tagline é bike with benefitsyou benefit the community, the community benefits you (“bicicleta com benefícios – tu beneficias a comunidade, a comunidade beneficia-te a ti”), visa abordar estes dois problemas e aproximar a realidade portuguesa do comércio de rua com a realidade dinamarquesa, por exemplo.

ciclistas responsáveis por 36 % das vendas nas lojas de rua em Copenhaga
Klaus Bondam @ Conferência “A bicicleta nas cidades – Lisboa e Copenhaga”, Lisboa, 18 de Setembro de 2017

Como funciona a app Biklio

Está a ser criada uma comunidade Biklio de espaços comerciais bike-friendly em que, a troco de visibilidade e fidelização de clientes, quem se desloca de bicicleta até eles é recompensado com descontos e outras ofertas, além de facilidade de estacionamento público ou privado em muitos casos. Este vídeo ilustra a ideia da Biklio:

A app instalada no smartphone detecta se fomos de bicicleta e no final de cada viagem (de pelo menos 500 metros!) ficamos elegíveis para reclamar os nossos benefícios juntos dos parceiros aderentes. Assim, somos incentivados a optar por um espaço comercial da rede face a um equivalente não pertencente à rede. Por outro lado, os espaços comerciais ganham visibilidade juntos dos utilizadores de bicicleta aderentes à app Biklio e incentivam-nos ao oferecer-lhes vantagens exclusivas.

Benefícios comuns:

  • estacionamento privado
  • bomba de ar
  • ferramentas de emergência
  • poder encher a garrafa de água
  • descontos
  • ofertas

benefícios biklio nas lojas

benefícios biklio no velocité café benefícios biklio na organik

A minha preferida é a oferta da 2ª bola de gelado no atelier Gelati, perigosamente perto dos nossos estaminés de bicicleta – armazém e oficina, e escola) 😛 e numa zona agradável junto ao rio e livre de automóveis, no Parque das Nações.

benefícios biklio no atelier gelati

Além disso, os dados (anonimizados) gerados relativamente aos padrões de uso da bicicleta por parte dos aderentes (tal como no caso das bicicletas Gira do bikesharing em Lisboa), poderão melhor informar decisões de políticas públicas de mobilidade em bicicleta (quais as rotas mais usadas por quem anda de bicicleta, por exemplo, etc, muito mais úteis do que os dados de contadores fixos).

O meu heat map no Mooves aqui há tempos

No meu dia-a-dia eu dou preferência a um sítio onde tenha estacionamento seguro e prático à porta, ou onde possa mesmo entrar com a bicicleta no estabelecimento, principalmente para coisas rápidas como ir ao banco, à Wink, ao supermercado, à farmácia, aos CTT, etc. E entre duas ofertas equivalentes, preferiria votar com a carteira em negócios que discriminassem positivamente quem vai de bicicleta [nomeadamente face a quem vai de carro, pois é isso que interessa], claro, não só por mim, mas pela minha cidade e por todas as outras pessoas que nela vivem.

As pessoas e o futuro da Biklio

A propósito de pessoas, pelo menos duas (as que nós conhecemos) das que estão por trás da app Biklio, o João Bernardino e o João Barreto, são utilizadores de bicicleta como meio de transporte quotidiano já de longa data, e cicloactivistas muito dedicados.

as pessoas da app Biklio as pessoas da app Biklio

Se eles conseguirem desenvolver a aplicação além do seu tempo de vida no âmbito do projecto europeu TRACE em que foi criada, poderão entrar no campo do empreendedorismo social, usando uma actividade comercial para atingir um fim social. Tal como nós na Cenas a Pedal! 🙂 Desejamos-lhes toda a sorte do mundo para levarem a Biklio tão longe quanto possível!

A propósito, a app Biklio foi considerada uma das 150 startups mais promissoras de Portugal pela StartUp Portugal, e irá estar a ser divulgada na Web Summit, com o objectivo de validar o modelo de negócio e angariar parceiros e investidores.

E agora, o que vais fazer com esta informação?

E não deixes de participar no Web Summit Side Event da Biklio, é na 5ª-feira dia 9 de Novembro, às 19h na cervejeira Dois Corvosusa a app e pedala até lá para teres direito a 1 cerveja!

Vais ter a oportunidade de ouvir falar sobre o potencial das apps para o crescimento do uso da bicicleta – entre os oradores estão pessoas de outras apps, como a Horizontal Cities e a vonCrank (uma app britânica para chamar um Bicycle Repair Man lá do sítio!).

Web Summit Side Event Biklio Happy Hour

 

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CycleHack – melhorar Lisboa para a bicicleta

O que é o CycleHack?

O CycleHack é um evento internacional com uma abordagem proactiva e faça-você-mesmo às barreiras ao uso da bicicleta.

 

Em que consiste o CycleHack?

Ao longo de um fim-de-semana, os participantes metem as mãos na massa e, em equipa, propõem e desenham soluções (“cyclehacks”) para resolver problemas com que os utilizadores de bicicleta – efectivos e prospectivos – como eles, se confrontam em Lisboa.

 

Um “cyclehack” é uma ideia que pode ser prototipada de forma rudimentar e testada na cidade e que tenta resolver uma barreira ao uso da bicicleta. ‘Hacks’ podem ser produtos físicos, apps digitais, ideias para novas campanhas de sensibilização ou para influenciar políticas públicas, e podem contemplar infraestrutura local e mapeamento de rotas.

 

Exemplos?

Há um catálogo online de todos os CycleHacks criados internacionalmente até à data que dá uma ideia dos tipos de soluções que as pessoas estão a construir pelo mundo fora. Um exemplo mesmo muito simples de um “cyclehack” que facilita o dia-a-dia de bicicleta pode ser visto em vídeo aqui, e este outro, para impedir as sais de esvoaçarem ao pedalar, tornou-se mundialmente famoso.

Houve uma ideia desenvolvida no CycleHack Lisboa do ano passado (o primeiro em Portugal), pelo André, que gostaria muito de ver implementada: um sistema para permitir aos ascensores da cidade rebocar bicicletas. Porque às vezes dava mesmo jeito “cortar a direito” pelas colinas. 🙂

CycleHack Lisboa 2016CycleHack Lisboa 2016 (annual global event 2016)

CycleHack Lisboa 2016 (annual global event 2016) CycleHack Lisboa 2016 (annual global event 2016)

Outra ideia que gostaria que evoluísse para algo funcional era a minha máscara de emergência anti-poluição, porque Lisboa ainda tem um problema de poluição e às vezes é difícil evitá-la ou fugir dela. 🙁

CycleHack | emergency pollution mask

E devo dizer que adorei a ideia do Manuel, do “pega-monstros” para autocarros e outros veículos grandes nos rebocarem de bicicleta! 😀

CycleHack Lisboa 2016 (annual global event 2016)

CycleHack Lisboa 2016 (annual global event 2016)
CycleHack Lisboa 2016 (annual global event 2016)
CycleHack Lisboa 2016 (annual global event 2016)

E os protótipos não se esgotaram aqui!

Já temos mais algumas ideias na manga para desenvolver este ano. Uma envolve a Mutthilda, a outra visa melhorar o conforto nas nossas viagens a pedal, e uma outra serviria para criar uma campanha de sensibilização. Participaremos novamente, claro! É um evento que junta a malta e nos dá o pretexto para brincarmos como gente grande durante um fim-de-semana, e quem sabe criar algo que seja útil a mais pessoas? Retribuir os hacks de que já beneficiámos também. 🙂

E vocês, já se inscreveram também ou vão passar ao lado de uma grande carreira?

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“Empreendedorismo Científico na Cidade de Lisboa”

O PLACES – Platform of Local Authorities and Communicators Engaged in Science é um projecto que visa criar o conceito de Cidade Europeia da Cultura Científica. A base do projecto é ciência que pode depois dar origem a projectos ambientais, de saúde, educação, inovação. No âmbito do PLACES, a Ciência Viva desenvolve actividades que visam estimular o empreendedorismo científico.

“Em lisboa, escolhemos o empreendedorismo científico porque são duas áreas que não se vêem muito juntas, embora já existam muitas empresas que têm por base a ciência ou um produto de investigação. Com este tema queremos mostrar que investigação pode ser uma oportunidade de negócio através do empreendedorismo científico. Tentamos que as pessoas criem o seu próprio emprego nesta área”, explica uma das responsáveis pela coordenação do projecto em Lisboa, Ana Luísa Lavado.

O projecto foi lançado no passado dia 7 de Março, na forma de uma conferência no Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa, sujeita ao tema “Empreendedorismo Científico na Cidade de Lisboa“, e incluiu a apresentação de alguns projectos e empresas portuguesas, uma das quais foi a Cenas a Pedal (obrigada ao Gonçalo Praça pelo simpático convite).

Podem consultar o programa e algumas das apresentações (PDFs) aqui.

Os meus slides não dizem muito, pois foram feitos para servir de apoio à apresentação, e não o contrário, mas basicamente a Cenas a Pedal pode ser considerada uma empresa de base científica porque vende ciência e tecnologia (basta pensar na vertente de formação, e na vertente de loja especializada), e porque tem interesse em participar em projectos de investigação e desenvolvimento, bem como projectos de transferência de conhecimento. Além de ter dois fundadores com formação científica e gosto geral por ciência, claro. 😉

Chegar ao Parque das Nações foi fácil/rápido, mas a partir do Campo Pequeno apanhei uma carga de água puxada a vento que me obrigou a parar e equipar-me (casaco, luvas, capas para os sapatos e saia impermeável!

Mas cheguei sequinha, à parte uma pequena área logo acima das Bike Boots Quick (nesse dia, com aquele vento, precisaria de umas Leggits ou de umas Bike Boots Reflection Long, que tapam as pernas até abaixo dos joelhos). Este foi mais um teste à Rainwrap, que passou com distinção. Está a tornar-se o meu acessório anti-chuva preferido (ainda mais prático que as RainMates, e dá para saias!).

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Quando cheguei lá não encontrei nenhum parque para bicicletas (grande falha do Pavilhão do Conhecimento, tsc tsc), e como não tinha visto a mensagem do Gonçalo a dizer para colocar a bicicleta no parque subterrâneo, esta foi a solução:

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Esperemos que este projecto PLACES traga mais ciência à cidade, e mais ciência aplicada em produtos e serviços. 🙂

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Contagens automáticas de tráfego

Muito interessante, quem sabe uma ideia para crowdfunding para a MUBi? 🙂

Este TrafficCOM parece simples e prático. Uma alternativa mais acessível, talvez, ao Eco-Counter?

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“Descobrir como uma pessoa se equilibra numa bicicleta”

Depois de 200 anos de uso e inovação na bicicleta, os cientistas ainda estão a tentar descobrir exactamente como é que nós nos equilibramos numa bicicleta (vídeo!).

Já para o comum dos mortais a coisa é muito mais simples, ou já se faz sem saber muito bem como, ou aprende-se a fazer no nosso ABC da Bicicleta. 😉

Aproveitem as férias! 🙂 As próximas edições deste módulo para aprender a andar de bicicleta são já na próxima semana:

  • dias úteis: 26 a 29 Junho, 19h00-20h30
  • fim-de-semana: 30 Junho, 1, 7 e 8 de Julho, 9h30-11h00

Inscrevam-se já para garantirem a vossa vaga. Em Julho e em Agosto também vão haver cursos, o calendário será publicado até ao final deste mês. E, claro, há sempre a opção das aulas particulares para quem prefira ou precise.