Este ano há mais, é já este sábado dia 19 de Maio o 2º Evento Cycle Chic, na Praça do Campo Pequeno, às 15h30. Já se inscreveram? Façam-no aqui.
O evento consiste num passeio de carácter lúdico e não desportivo* com inscrição necessária mas gratuita, uma exposição de algumas empresas relacionadas com o uso da bicicleta, e actividades como a Slow Bike Race e um desfile na “passerelle Cycle Chic”.
E, claro, vamos estar presentes na exposição e o evento vai ter a assistência do Bicycle Repair Man!
* não é necessário ir equipado com bicicleta e vestuário próprio, capacete, etc, a sua duração ( ~1 hora), distância (~12.5 Km), percurso praticamente plano, e contexto pedem a mesma bicicleta e roupa que vestiria para ir ao café 🙂
E se quiserem dedicar mesmo o dia à bicicleta, de manhã (10h às 12h) temos aqui no atelier mais uma sessão “Teoria & Prática da Bicicleta no Trânsito“, para não serem apanhados desprevenidos quando um polícia vos mandar do passeio para a estrada, ou até da estrada para o passeio, entre muitas outras coisas. Ainda há algumas vagas, inscrevam-se já, o próximo é só em Junho!
A longtailUte tem agora uma irmã mais nova, e mais pequena, a MinUte. Está para chegar uma cá ao estaminé muito brevemente, para BionXificar! 🙂
Com um PVP de 819 € a MinUte traz incluído: porta-bagagem, deck em madeira de Acácia, pára-lamas, travões de disco mecânicos, campainha, apoio de descanso central duplo, e 2 sacos Kona Ute. O quadro, em alumínio, e disponível em dois tamanhos (18″ e 20″) e em duas cores (azul, e preto mate) vem com uma garantia vitalícia. A bicicleta pesa cerca de 15.5 Kg e tem capacidade para suportar 136 Kg de carga incluindo o condutor. Traz 8 mudanças externas. De essencial ficam-lhe só a faltar as indispensáveis luzes e um bom cadeado.
A MinUte é algo intermédio entre uma bicicleta normal e uma bicicleta de cauda longa. É um pouco mais longa, como as bicicletas eléctricas com motor central, por exemplo. Assim, será um pouco mais estável e terá um pouco mais de capacidade de transporte de carga do que uma bicicleta convencional, mas continuará a ser fácil de arrumar em casa ou de fazer caber no Metro, por exemplo. Conjugar alforges com uma cadeirinhas, por exemplo, é mais fácil e não requer recorrer a acessórios adicionais para alongar o porta-bagagem:
A cadeira que aparece no vídeo é a PeaPod LT, desenvolvida pela Xtracycle.
Mas mesmo sem cadeira, adicionando um guiador de apoio e uns apoios para os pés, já dá para dar boleia aos mais pequenos:
A MinUte é assim uma opção utilitária interessante para indivíduos e famílias pequenas, principalmente quando os elevadores e/ou as casas ou acessos são pequenos, ou a intermodalidade é importante e uma bicicleta mais longa complicaria o seu transporte no comboio ou no Metro, por exemplo. E isto por menos de 1.000 €!
As Ute estão de momento esgotadas e ainda sem previsão de reposição de stock, mas ainda há algumas MinUtes prontas para entrega! Se estão interessados, não percam tempo e encomendem logo antes que esgotem! 😉
Entre os 20 e os 30 anos, com o 12º ano completo (até aos 35 anos se o 12º ano foi completado nos últimos 3 anos)
Proficiente no uso das principais ferramentas informáticas, incluindo de pesquisa na web.
Fluente em português e em inglês.
Óptima expressão oral e escrita.
Responsável, pró-activo e polivalente.
Boas competências de relacionamento inter-pessoal.
De sorriso fácil e bom-humor!
“Veste a camisola” naquilo em que se envolve.
Interessado em desenvolver e aprofundar conhecimentos na área das bicicletas utilitárias e de lazer.
Goste mesmo de andar de bicicleta e queira partilhar essa paixão com os outros!
Interessado e disposto a comutar total ou parcialmente em bicicleta.
Outros factores valorizados:
Fluente em alemão e/ou espanhol, pelo menos ao nível da leitura
Formação e/ou experiência na área de vendas, informática, design ou marketing
Experiência na utilização da bicicleta, nomeadamente para turismo e transporte
Envolvimento em actividades de activismo social e ambiental
Conhecimentos técnicos básicos, e/ou interesse, em sistemas de iluminação, motores eléctricos, transmissões e sistemas de travagem para bicicletas, etc
Interesse e aptidão para outras áreas de actuação da empresa (mecânica, eventos, formação, consultoria, etc), para eventual alargamento de funções e/ou progressão horizontal
Funções principais:
Gestão da loja online e do showroom, nomeadamente:
Estudo, teste e análise de produtos
Produção e edição de fotografias e vídeos de produtos
remuneração consoante com as habilitações (ver IEFP)
subsídio de alimentação
seguro de acidentes de trabalho
horário de trabalho semi-flexível
formação on-site
perspectiva de contratação no final do estágio
integração em equipa jovem num mercado em crescimento, com muitas possibilidades de progressão horizontal e vertical na empresa
Candidaturas
Até 14 de Maio de 2012. Enviar para :
Uma página A4 (.ODT ou .PDF ou equivalente no corpo da mensagem de e-mail) a dar-se a conhecer e a dizer-nos porque quer trabalhar na Cenas a Pedal. Com uma fotografia recente. Se quiser fazer isso em vídeo (até 3 min), ganha MUITOS pontos. 😉
Curriculum Vitae
As entrevistas deverão ter lugar a 16 e 17 de Maio, e o início do estágio prevê-se para cerca de 15 de Junho.
A Clara Silva, jornalista do i contactou-nos inicialmente por causa de um artigo sobre viagens em bicicleta e acabou a fazer uma peça sobre nós, com chamada de capa! Muito fixe! 🙂
Obrigada Clara, pelo texto, e obrigada Manuel, pela foto original e que acabou por ficar tão gira. E nos nossos tons de azul & banana, lindo! 😉
Cenas a Pedal. A empresa que o ensina a andar de bicicleta
Por Clara Silva, publicado em 1 Maio 2012 – 03:10
E o ajuda a mudar o pneu se tiver um furo, a escolher uma bicicleta nova ou a planear uma viagem a pedalar. Também dão aulas de código de ciclismo
Para começar este texto apetece usar máximas da sabedoria popular como “nunca é tarde para aprender” ou “nunca nos esquecemos de andar de bicicleta”. São as duas grandes verdades, principalmente quando alguém se oferece para nos agarrar no selim quando o equilíbrio ainda não está afinado. Mas haverá alguém assim tão paciente? Pelo menos na Cenas a Pedal, em Lisboa, há.
A empresa exclusivamente dedicada a bicicletas foi criada em 2006 por um casal. Ana Pereira e Bruno Santos, ambos de 31 anos, queriam recuperar o brinquedo que os tinha acompanhado na infância e na adolescência e andaram a pesquisar modelos na internet. “Tivemos uma certa dificuldade em encontrar bicicletas adequadas ao que queríamos fazer, que não era desporto”, adianta Ana. “Andávamos à procura de bicicletas citadinas e com a pesquisa percebemos que a oferta era quase nula em Portugal.” No meio desse “mundo novo de bicicletas”, descobriram uma dobrável, “giríssima”, que nunca tinham visto. Foi esse modelo, o Mobiky Genious, “que espoletou a criação da empresa”.
No início pensaram na Cenas a Pedal como uma empresa de importação de bicicletas dobráveis e aluguer de triciclos e karts. Um ano mais tarde começavam a pensar em abrir a primeira escola de bicicletas do país.
Ana Pereira compara aprender a pedalar com aprender a nadar. “Há muitas escolas de natação e as pessoas, apesar de aprenderem a nadar com os pais, têm noção que ganhariam se melhorassem a técnica numa escola.” Segundo Ana, o mesmo se passa com as bicicletas. Há que encarar com normalidade ter aulas de bicicleta e consolidar os conhecimentos.
Ana e Bruno começaram a dar aulas no Verão de 2008, depois de terem feito um curso com um instrutor britânico (em Portugal ainda não há nenhuma formação deste género). Além de cursos para pessoas que nunca tinham andado de bicicleta na vida, apostaram em aulas para ciclistas com alguma experiência, “mas que não soubessem o que fazer, por exemplo numa rotunda ou numa via com três faixas em cada sentido”.
As aulas mais concorridas começaram por ser o ABC da Bicicleta, para principiantes, com seis horas em grupo dividas por várias sessões. O preço ronda os 79 euros por pessoa – já com bicicleta – ou 119 euros para aulas individuais no Jardim da Estrela. “Ficámos surpreendidos porque pensámos que este curso não ia ter muita procura, achámos que quase toda a gente sabia andar, mas não foi assim”, conta Ana. “Aparecem pessoas de todas idades, incluindo crianças, mas sobretudo mulheres entre os 30 e os 50.”
A empresa tem um pequeno ateliê na Avenida Álvares Cabral, em Lisboa, onde há aulas de Teoria & Prática da Bicicleta no Trânsito, uma espécie de código da estrada para ciclistas. De vez em quando há workshops como o de Turismo Activo em Bicicleta, a 26 de Maio. “Chamámos um formador de fora, o Paulo Guerra Santos [do blogue 100diasde bicicletaemportugal.blogspot.pt], que vai dar dicas a quem quer fazer uma viagem grande de bicicleta.”
O serviço mais popular é o Bycicle Repair Man, um técnico que vai ter consigo se tiver um furo ou arranjar a bicicleta a sua casa. Mas não tenha muita pressa, até porque ele vai de bicicleta.
prédios com espaços comuns para guardar a bicicleta
parques de estacionamento de bicicletas adequados nas ruas
condições de co-modalidade da bicicleta nos transportes públicos
autoridades preocupadas com o roubo de bicicletas
permeabilidade urbana à bicicleta (faltam rampas, elevadores, atalhos)
espaço
Neste ecossistema que temos trabalhado emváriasfrentes para melhorar, a bicicleta dobrável é, no geral, a espécie mais adaptada.
Rodas mais pequenas são mais robustas, leves, rígidas, mais compactas, têm menor resistência aerodinâmica e são mais eficientes até 24 Km/ h (iguais às maiores daqui até aos 49 Km/h e só acima desta velocidade é que as rodas maiores são mais eficientes). Permitem uma aceleração mais rápida e maior manobrabilidade (respondem mais rapidamente, é mais fácil curvar e mudar de direcção), e são melhores para subir. Por outro lado, rodas maiores rolam melhor (sobre as irregularidades, e mantêm mais facilmente a velocidade), são mais estáveis, mais confortáveis e, de um ponto de vista, mais seguras porque absorvem melhor as irregularidades do terreno e têm maior tracção.
Bicicletas mais pequenas, e dobráveis, são mais leves e compactas e por isso fáceis de acartar escadas acima e escadas abaixo, ou de fazer caber num elevador, e fáceis de arrumar em qualquer lado, mesmo debaixo da mesa. Levam-se nos TP a qualquer hora. São mais fáceis de proteger do roubo, basta levá-las connosco. As bicicletas dobráveis de rodas mais pequenas facilitam a filtragem pelo meio de carros, peões e ciclistas, são mais rápidas a arrancar de um semáforo, oferecem maior manobrabilidade para nos desviarmos de irregularidades e obstáculos no caminho.
De um modo geral as principais vantagens de uma bicicleta dobrável são:
transporte grátis e sem restrições nos transportes públicos
praticamente à prova de roubo
fácil de entrar e sair de casa e não só com ela todos os dias
poupa espaço de arrumação em casa
deslocações urbanas intermodais (como comboio/bicicleta dobrável) são normalmente mais baratas que ir de carro
mantêm elevado valor de revenda
facilmente reguláveis para serem usadas confortavelmente por pessoas de diferente estatura, incluindo pessoas mais baixas e/ou com pernas mais curtas
Para o contexto urbano lisboeta, de pára-arranca e mau piso frequente, difícil intermodalidade e condições de parqueamento inadequadas ou mesmo inexistentes, as bicicletas dobráveis com rodas entre os 16″ e os 20″, com suspensão e pneus flexíveis serão as espécies melhor adaptadas. Neste cenário, a Birdy, da Riese und Muller, destaca-se. É a bicicleta dobrável ideal para Lisboa (e Porto, que não difere muito de Lisboa em termos de ciclo-ecossistema), rápida e muito confortável, e com óptima portabilidade.
Tem suspensão integral e anti-dive (ou seja, não afunda ao travar), é mais confortável, ao atenuar vibrações (ex.: no empedrado) ou impactos maiores (raízes de árvores e ondulações no pavimento, lombas, lancis, etc), mais saudável, ao manter o corpo mais relaxado e protegido de impactos fortes e vibrações continuadas, e mais segura, ao manter melhor o contacto com a estrada mesmo em piso irregular.
A suspensão permite ainda colocar pneus mais finos, para reduzir a resistência aerodinâmica quando se pretende rolar a maiores velocidades (>40 Km/h), sem sacrificar tanto o conforto. Finalmente, a Birdy, tem um quadro monobloco, sem dobradiças para dissiparem energia do pedalar ou para falharem, oferecendo uma performance de condução inigualável.
As Birdy estão disponíveis em 9+2 modelos base, que partilham o mesmo quadro mas diferem nos componentes, e estes são ainda configuráveis à medida de cada um, com diferentes upgrades de equipamento e acessórios, pelo que podemos escolher a nossa para corrida, para ser leve, para touring, para a cidade, ou até com assistência eléctrica. Exemplos:
Birdy Rohloff disc
Birdy Hybrid (uma pedelec com o sistema BionX)
Em 2012 a marca adicionou 2 modelos à gama europeia, que são os de entrada de gama: a World Birdy Sport (999 €) e a World Birdy Comfort (1.299 €). Diferem dos restantes no quadro, uma interpretação moderna da Birdy original, que é mais fácil (e barato) de produzir e muito popular no Japão, que absorve grande parte da produção da Birdy.
World Birdy Sport
World Birdy Comfort
Para a cidade, nomeadamente Lisboa, e para touring, a Birdyrules! 🙂