Eheheh! Também quero! Bom, não numa low racer, não sou assim tão “destemida”, e sou mais confort over speed (embora esta me pareça bastante confortável, só não a escolha ideal para navegar no trânsito urbano). 😛 E prefiro “under seat steering“, também…
Descobri que o Blog do Franz retomou a actividade, pelo que aproveito para deixar aqui o link para este blog de um brasileiro, o Luís Franz, fã de bicicletas reclinadas (recumbentes), que chegou a passar uma temporada em Portugal. 🙂
E aproveito para adicionar também ao blogroll o Pés pra Cima!, um blog pessoal com ênfase nas bicicletas reclinadas, também de um brasileiro, o Artur.
Não há nada melhor que uma bicicleta reclinada em termos de conforto. Bom, só um triciclo reclinado, eheheh!
Espero conseguir ver gente a andar por aí a pedalar em recumbents dentro dos próximos anitos (nomeadamente eu! 😛 )… Com tanta conversa de corredores verdes, reabilitação da frente ribeirinha, etc, espero que as condições para o lazer em bicicleta melhorem e cresçam e se comece a ver todo um novo leque de “cenas a pedal” a circular por aí. 🙂 Nós continuaremos a trabalhar para isso mesmo. 😉
Guiador em cima, guiador em baixo, pequena ou longa distância entre eixos, rodas iguais, rodas diferentes, recumbents e semi-recumbents, é todo um mundo novo a explorar. 🙂
Jorge Garcia tem 48 anos e demorou três horas a chegar a Neuchâtel. Vive em Lausanne, a 80 quilómetros, mas não se atrasou devido ao trânsito, mas porque veio numa bicicleta especial. Aliás, Jorge Garcia é especial: em 2005 foi campeão da Europa de vélo-couché, uma modalidade de ciclismo para atletas com deficiências motoras. Um grave acidente deixou-o incapacitado no braço esquerdo, mas não lhe matou o amor pelas modalidades velocipédicas.
[ver foto a acompanhar a notícia, no site linkado]
O jornalista não sabe o que são as bicicletas reclinadas (ou recumbent, em inglês, ou vélo-couché, em francês), deve estar a confundi-las com ashandcycles, desenhadas para pessoas com pouca ou nenhuma mobilidade nas pernas (mas que também podem ser usadas por pessoas sem deficiência alguma, claro). A bicicleta deste homem tem uma alteração especial para que ele possa conduzi-la só com uma mão, mas não é o estilo reclinado que é para pessoas com deficiências motoras. Obviamente que nunca experimentou andar numa, ou perceberia imediatamente por que é que aquele tipo de bicicleta exige excelentes capacidades motoras! 😛
E a graçola de dizer que ele demorou 3 horas a fazer 80 km porque veio numa “bicicleta especial”, implicando que o tempo de viagem não se deveu ao facto de ele se deslocar de bicicleta, mas por ser uma bicicleta “especial”…? Que just happens to be uma reclinada, um tipo de bicicleta muito mais eficiente do ponto de vista de performance em velocidade. 😛 Devia ter dito é que “só não demorou mais tempo porque vinha numa bicicleta especial! 😛 Bom, a não ser que o percurso seja essencialmente urbano, com muitos carros, ruas e sinais (em que as reclinadas perdem vantagem)…
Bom, de qualquer modo, é sempre bom ver coisas diferentes a aparecer nos nossos media, one way or another, I guess… 😉
Foi muito bom, mas o regresso ao (nosso) mundo real é inevitável. Por um lado é frustrante, por outro deu-nos mais uma injecção de energia para continuarmos a trabalhar na divulgação, educação e promoção das cenas a pedal por terras lusas, para um dia todos podermos usufruir daquilo, daquelas experiências, cultura, estilo de vida, daquele prazer. 😉
A SPEZI teve a sua primeira edição em 1996, contando então com 1 pavilhão, 22 expositores e 1800 visitantes. A do ano passado, 2007, já teve 3 pavilhões, 90 expositores e 8000 visitantes. Aguardamos pelas estatísticas da 13ª edição, a deste ano, 2008. Este evento (dirigido ao público, não é uma feira profissional) surgiu da iniciativa da equipa da loja de bicicletas especiais Haasies Radschlag (localizada no centro de Germersheim, na Alemanha). “Rad Schlag” significa, aparentemente, algo como “pancada das bicicletas”, e adequa-se perfeitamente. 😉
Esta feira inclui:
Três pavilhões com diversos expositores: fabricantes, importadores, lojas, associações, etc, onde podemos encontrar bicicletas e triciclos para touring, commuting, desporto ou simplesmente lazer, dobráveis e não dobráveis, reclinadas ou convencionais, acessórios, velomobiles, bicicletas e triciclos para pessoas com necessidades especiais, bicicletas para transporte de carga, tandems, informação sobre programas de férias em bicicleta, etc. Por vezes um expositor pode deixar-nos levar um veículo lá para fora para experimentarmos (eu fiz isso com umas duas bicicletas – mas presumo que a facilidade seja mais para “traders” do que para o público geral). Ex.: stand da KMX Karts, já com os novos modelos em exposição:
Uma zona de test rides (muito concorrida) no exterior, onde temos 20 minutos (de cada vez, podemos repetir, basta voltar para a fila) para experimentar o que nos apetecer de um grupo vasto de bicicletas, triciclos e tandems “especiais”. As crianças também têm uma zona para test rides só para elas.
Também no exterior havia vários expositores, uns oficiais (marcas/lojas estabelecidas), outros mais informais, de inventores que usam a feira para apresentar o seu novo produto (por vezes um protótipo) e testar as reacções. Logo ao aproximarmo-nos da entrada da feira passámos por isto:
Presumo que a vantagem seja poder levar a criança mais “protegida” e mais perto do chão (baixando o centro de gravidade), mas desconheço o conforto que aquilo poderá oferecer.
Pudémos falar com o Nicolas Abouchaar, que veio do Líbano para apresentar na SPEZI (informalmente) a sua invenção, um triciclo para crianças. A ideia era conceber um triciclo em que os miúdos não tivessem que passar a perna por cima para se montarem nele. Outras vantagens rapidamente descobertas foram o potencial publicitário e o “dar boleias”.
Ele prevê ter o triciclo em produção no Verão deste ano, e está à procura de parceiros comerciais, pelo que contactos são bem-vindos (phoenus @ gmx . de).
Esta zona exterior está cheia de bicicletas estacionadas por todo o lado, pertencentes aos visitantes e a alguns dos expositores. Por exemplo, vimos uma Mobiky lá que fiquei a saber que pertence ao dono da ManyBells. 🙂
Também vi este veículo que parece um mix de máquina de step e nordic walking móvel…
Esta área central de livre-acesso é ponto de encontro de interessados e entusiastas que se deslocam à feira com os seus veículos para partilhar experiências, conviver com pessoas com os mesmos interesses and spread the love. :-). Dá para fazermos test rides de muitas cenas a pedal. 😉 Vêem-se coisas mais clássicas no meio de outras mais sofisticadas, como esta Penny Farthing rodeada de velomobiles:
O Bruno chegou a experimentar um velomobile, embora não exactamente aquele que ele quer para ele. 😉 [Vídeo por editar.]
No domingo ao início da tarde houve a tradicional corrida de trikes.
Depois o espaço foi ocupado com insufláveis e trampolins para entretenimento dos mais pequenos.
Também houve conferências, mas nós focámo-nos em ver e experimentar o máximo de veículos, e deixar o blá blá blá para segundo plano; há que definir prioridades, after all. 😛
Após a corrida de trikes o Bruno pôde experimentar o KMX Typhoon e o Cobra, ambos equipados com um kit de assistência eléctrica BionX. It took his recumbent grin to a whole new level. 😛
O Peter Eland, da revista Velovision, também deu uma voltinha, e terminou testando o power do Cobra a subir e descer uns degraus. Aquilo é um camião, pá. 😛
Descobri durante as minhas navegações pela web um inventor de Ovar, Carlos Camoesas, que diz que desde 2003 tem fabricado triciclos reclinados, em circulação em Ovar e Vila Pouca de Aguiar, e que afirma serem os primeiros made in Portugal, até prova em contrário. Fiquei muito contente com esta descoberta. 😀 É muito fixe, só é pena a pouca informação disponível… 🙁
Pelos vistos houve (há?) um modelo para crianças e um para adultos:
Penso que o nome é “Tricla“.
Pedi mais info por e-mail (especificações técnicas, preço, se está em produção ou não, etc) mas já se passaram vários dias e não tive ainda resposta. 🙁 Alguém sabe alguma coisa disto?