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Passeio de bicicleta activista

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Dia 15 de Setembro vai ter lugar um passeio de bicicleta entre a Torre de Belém e a foz do Trancão, no Parque das Nações. Tem uma duração estimada de 2h, por 23 km, começa às 9h30, e é para toda a gente com 12 anos ou mais. É uma prova não-desportiva.

Este passeio vai na 4ª edição e está inserido numa campanha do GEOTA para reivindicar um corredor verde na zona ribeirinha de Lisboa, entre Belém e o Trancão, se possível prolongando-se para os concelhos de Oeiras e de Loures, unindo-se a iniciativas do género já em curso.

As inscrições começaram hoje, a dia 20 de Agosto e vão até 2 de Setembro custando 3 €. Inscrições entre 3 e 7 de Setembro custam 5 €. Dão direito a uma T-Shirt do evento e a um bilhete que permite usar gratuitamente (passageiro e bicicleta) o Metro, comboios da Fertagus e barcos da Transtejo e da Soflusa nesse dia.

Esta iniciativa é extremamente positiva e o corredor verde que defendem é uma infrastrutura urgente para Lisboa e que constituiria uma enorme mais-valia para a cidade, a todos os níveis (económico, ambiental, social,…). Há que divulgar!! 🙂 Pode fazer o download do poster do evento aqui e do panfleto aqui.

Corredor Verde Belém-Trancão: Um Corredor Verde para Lisboa.

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Arte e Design Ciência e Tecnologia Imagens

Bicicletas de madeira

As bicicletas em madeira estão na moda. 🙂 Já tenho visto uma série de modelos e conceitos. O último foi o de uma bicicleta tandem, dupla, de Jens Eichler (slideshow aqui). Muito bonita, vejam o detalhe das luzes e dos garfos! 🙂

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Antes já tinha “tropeçado” nas do Jan Gunneweg, que tem um modelo de estrada, um híbrido e até uma cadeira-de-rodas, entre outros projectos. 🙂

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Depois há as Xylon, um projecto desenvolvido em 2005 em Portugal por um professor de design, Nick Taylor, e três alunos. O projecto foi apresentado no 2º Festibike nesse ano, já foi falado em revistas e sites internacionais de renome, e tenho ideia de que já houve uma exposição dos modelos numa loja de bicicletas em Lisboa, embora não possa garantir que isso realmente chegou a ocorrer.

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E também há a Jano, um projecto de mestrado de Roland Kaufmann.

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Investigação tem mostrado que madeira usada em bicicletas tem a capacidade de absorver choques e ruído da estrada como a fibra de carbono, e tem o sentir e a resposta do aço. Isto aliado a outras características estéticas e não só da madeira, e ao factor de craftsmanship implicado nos trabalhos com este material, confere uma atracção especial por estas obras de arte. 🙂

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Arte e Design Faça Você Mesmo

Gizmo e Monociclo do século XIX

Dada a historicidade da bicicleta como objecto criado pelo Homem e veículo de transporte, terá sido (e continua a ser) alvo de imensa experimentação no seu desenho e funcionamento. São disso prova alguns documentos de tempos remotos sobre modificações e desenhos inovadores baseados no conceito do veículo movido a pedais. São notórios também os registos vídeo de um passado mais recente que demonstram a criatividade do ser humano ao serviço destes veículos.

Um documentário criado nos anos 70 sobre as invenções dos anos 20 a 50 mostra alguns trechos sobre veículos movidos a pedais, curiosamente tomados como inovadores nos nossos dias. Este documentário, embora não seja exclusivamente sobre veículos movidos a pedal, é um excelente documento sobre a persistência humana no âmbito da inovação, criatividade e procura de soluções para problemas que por vezes ainda não existiam.

Inspirado por um veículo desenhado no século XIX, no ano 1873, em França, um construtor Espanhol (deduzo dado o local onde se encontra actualmente) decidiu construir um veículo movido a pedal, que consiste numa roda gigante, conduzida e pedalada no seu interior.

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Este veículo esteve disponível no site de leilões eBay mas não foi arrematado por ninguém.

A criação deste desenho estará relacionada com a necessidade de baixar o centro de gravidade do monociclo mantendo a simplicidade da utilização de apenas uma roda mas reduzindo a dificuldade de equilíbrio existente num monociclo clássico.

Este veículo chamou à atenção do Brass Goggles (site dedicado ao tema Steampunk, ou seja, objectos desenhados como se fossem da era do vapor), e do Gizmodo.

Será que a sociedade actual aceita da mesma forma os ‘inventores malucos’ que vão surgindo? Será que agora temos uma atitude ‘patent first – create later’, que acaba por limitar os possíveis criadores de produtos inovadores? Será que o pudor de mostrar ideias e produtos inovadores é maior face ao medo de a ideia seja patenteada por outra empresa?

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Leis e Códigos

O Código da Estrada Português

Aqui pode ser consultado um apanhado do Código no que respeita aos ciclistas. Neste site podem também ser vistos os sinais de trânsito dedicados às bicicletas.

Resumindo, para cumprir o nosso Código da Estrada ao circular de bicicleta aconteceria isto:

1) teríamos que parar e ceder passagem a toda a hora excepto dentro de rotundas ou face a veículos a sair de caminhos particulares ou passagens de nível (mesmo quando o STOP ou a perda de prioridade está com os outros veículos!!). [Artigo 32]

2) teríamos que abrandar e parar para deixar passar os carros atrás sempre que a estrada não oferecesse condições para eles nos ultrapassarem em segurança (não fazíamos mais nada!). [Artigo 40]

3) sempre que as houver, é obrigatório circular pelas pistas para bicicletas, não nos sendo dado o direito de opção e usar as estradas normais se isso for mais vantajoso (em termos de rapidez ou segurança, por exemplo). [Artigo 78]

4) não poderíamos seguir a par na estrada (mesmo em vias com mais que uma faixa em cada sentido), não podendo usufruir da segurança extra que isso confere, especialmente quando se circula com crianças (que seguiriam à direita, por dentro). [Artigo 90]

5) não poderíamos ocupar a faixa de circulação totalmente para maior segurança, mesmo quando houvesse mais que uma em cada sentido. [Artigo 90] Felizmente o Artigo 13 deixa margem de manobra na interpretação para salvaguardarmos a nossa segurança…

6) não poderíamos circular nas ciclovias com bicicletas que puxassem atrelados de transporte de crianças, nem com triciclos ou qualquer outro tipo de velocípede que não tivesse as rodas todas em linha, independentemente da largura da via. [Artigo 78]

O Código da Estrada desconhece ainda e/ou é omisso quanto a uma série de tipos de velocípedes e respectivos acessórios…

Nestas condições, o ciclista é impedido de escolher as vias que melhor se adequam aos seus objectivos, é obrigado a abrandar e parar frequentemente para deixar outros passarem, não pode usar algumas técnicas de circulação segura, e em caso de acidente é-lhe imputada a culpa na maioria dos casos porque está posicionado no fim da hierarquia de prioridade. Este Código não inclui ainda outras especificações patentes na legislação de outros países europeus que visam proteger e e facilitar o uso da bicicleta. Para mais informação, recomendamos a página do Mário Alves, que tem vários artigos sobre esta temática, em Português e sobre o caso Português.

Como é notório, o nosso Código da Estrada precisa de ser revisto tendo em mente as necessidades e a segurança dos ciclistas. Está obsoleto e desfasado dos congéneres europeus. Para saber mais e agir, visite esta página.

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Abusos

Há sempre gente estúpida para estragar o que é de todos…

As bicicletas que aparecem no vídeo são as do Vélib, e não são feitas para aquela utilização…