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Formação em condução de bicicleta: o como e o porquê

Após termos anunciado o novo serviço de formação em condução de bicicletas, foi-nos colocada a questão dos ‘como’s e ‘porquê’s. Aqui ficam.

Este post faz sentido lido após os anteriores “Aprender a andar de bicicleta” e “Live blogging! Directamente da Cordoaria Nacional ;-P

O background

Não me lembro de me preocupar com isso quando era criança ou mesmo durante a adolescência, mas desde que retomei a utilização da bicicleta após um intervalo de alguns anos que coincidiu com uns problemas de saúde e com a faculdade, que o interesse surgiu e foi aumentando progressivamente.

Em diversas situações no trânsito, em troços ou sistemas particulares da estrada perguntava-me a mim mesma qual seria a forma mais segura, eficaz e confortável de agir, de passar por ali. Isso levou-me a pensar no assunto, a observar, a estudar, fui investigando… Ainda estou a investigar e a aprender (é daquelas coisas que nunca terminam!). 🙂 Entretanto li muitos relatos pessoais, deambulei por muitos sites dedicados a este tema, vi vídeos, diagramas e animações que me ajudaram a pensar de outra forma nas situações de trânsito. Também li alguns livros, os “incontornáveis”, o Cyclecraft do John Franklin, o City Cycling do Richard Ballantine, o Effective Cycling do John Forester (bom, este é um calhamaço por isso a leitura é mais de consulta, a work in progress),…

Nestas minhas investigações fiquei a conhecer actividades de formação em condução de bicicleta no Reino Unido, nos EUA, no Canadá, em Espanha, em França,… Iniciativas a nível governamental, de ONGs e associações desportivas, e de empresas. Comecei, juntamente com o Bruno, a pensar em começar cá algo do género, dadas as lacunas que foram sendo detectadas. Entretanto em conversas com amigos ligados à “cena das bicicletas”, também eles utilizadores regulares da bicicleta como meio de transporte, descobrimos que havia mais gente a pensar nisso. 😉 E resolvemos unir esforços e avançar com o projecto.

Fizémos um exaustivo benchmarking e decidimos adoptar o modelo britânico e o seu National Standard. O próximo passo foi fazer o curso de instrutores para aprofundar a nossa aprendizagem, consolidar e certificar a nossa experiência e conhecimentos obtidos empiricamente, e aprender processos e técnicas de pedagogia. Foi uma experiência muito enriquecedora e compensadora. 🙂 A fase seguinte está a ser a adaptação e desenvolvimento de processos e materiais,… e praticar! Muitos meses de preparação, de estudo, de reuniões, de desenvolvimento… por uma excelente causa. 🙂

Estamos todos muito entusiasmados com isto porque sentimos que estamos a trazer algo de novo e muito válido para o nosso país, que poderá contribuir para que mais pessoas vençam os seus receios e adoptem a bicicleta como meio de transporte regular, e o façam com confiança e em segurança. O lema e objectivo global do National Standard britânico, e que a Cenas a Pedal subscreve totalmente é: Mais pessoas a pedalar, mais frequentemente e em maior segurança.

Porquê o modelo britânico?

Relativamente ao modelo canadiano – o CAN-BIKE, por exemplo, o britânico tem uma estrutura simplificada e orientada para resultados (os “outcomes”). Provém de uma organização com uma longa história e com um papel bastante pró-activo na sociedade inglesa, e obteve o apoio e a colaboração de diversos sectores da sociedade, sendo que é actualmente um programa a nível governamental. O CAN-BIKE é algo oferecido pela Associação Canadiana de Ciclismo desde 1985 e tido como padrão nacional mas não é algo integrado a nível governamental. Nos EUA, passa-se algo similar com a Liga de Bicicletistas Americanos. A proximidade geográfica e cultural também teve uma influência determinante na escolha de qual o modelo a adoptar como ponto de partida.

O Padrão Nacional britânico é a nossa base, mas procuraremos incluir input de outras ideias e experiências na evolução do nosso projecto, sempre com o objectivo de o adaptar ao nosso contexto cultural, legal, económico e social.

O National Standard partiu de uma organização pioneira a nível mundial no que toca à representação e defesa dos direitos dos ciclistas, que existe desde 1878 e conta com 60.000 membros. O Cyclists’ Touring Club (CTC) desenvolveu e propôs ao governo britânico um programa nacional de formação de ciclistas em 1936. O objectivo era reduzir a sinistralidade rodoviária crescente derivada do grande aumento do trânsito na estrada verificado nesse período. Mais de 10 anos depois, o Cycling Proficiency foi implementado. Este programa era coordenado por uma organização de beneficiência e só ensinava os ciclistas – geralmente crianças em idade escolar – a fazer manobras no recreio da escola ou longe do tráfego (um bocado o que a PRP faz actualmente cá em Portugal) e funcionou até 1974. Desde essa altura que a formação em condução de bicicleta para objectivos de segurança rodoviária passou a ser responsabilidade das autoridades locais, enquanto que uma série de outros programas foram surgindo em outros sectores como o da saúde. Em 2002, antes da criação do Programa de Formação em Condução de Bicicleta para Adultos para os Departamentos de Transporte e de Saúde, o CTC fez uma revisão do estado nacional da oferta de formação em condução de bicicleta e apresentou uma série de recomendações aos ‘policy makers‘. Estas propostas foram subsequentemente integradas nas políticas nacionais. Actualmente o National Standard está sob a custódia da Cycling England, uma organização criada para implementar as políticas governamentais na área da promoção da utilização da bicicleta. O Bikeability é o nome do National Standard para o consumidor, é o produto de marketing criado para significar algo junto das pessoas e ocupar o lugar do Cycling Proficiency.

O National Standard tem sido desenvolvido por todos os órgãos envolvidos na formação em condução de bicicletas e é apoiado pelo Governo britânico, pelas autoridades locais, bem como por organizações de utilizadores de bicicleta e de segurança rodoviária. O novo National Standard forma ciclistas para serem competentes e confiantes na utilização das suas bicicletas para todo o tipo de deslocações.

Estamos assim confiantes de que poderemos avançar com um serviço bastante desenvolvido e com boas bases de sustentação. 🙂

[Iremos apresentando mais info dos cursos ao longo das próximas 2 semanas.]

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O IKEA avança para as bicicletas

O IKEA de Inglaterra ofereceu 9000 bicicletas dobráveis aos funcionários no Natal de 2006.

Na Dinamarca começaram recentemente a vender dois modelos de bicicleta – uma de criança e outra dobrável. Há rumores de que o IKEA pretende entrar no mercado das bicicletas e fazer concorrência ao maior vendedor de bicicletas na Europa, a Decathlon.

Entretanto, também na Dinamarca, começaram a testar um novo conceito: emprestar aos clientes bicicletas com reboques para transportar as compras para casa. Se tiver sucesso alargarão o serviço a outras lojas. Cool! 🙂

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Expo Evasão 2008

A Cenas a Pedal estará novamente presente na Expo Evasão, este ano a decorrer de 6 a 8 de Junho no Montijo, no mesmo local da Festa 4×4 do ano passado. Estaremos integrados no espaço CO2 zero:

Visite-nos e veja ao vivo e a cores a Mobiky Genius, os karts KMX (alguns dos novos modelos de 2008!), as zwei e o AirZound, e a Xtracycle. Estaremos também a alugar karts na pista de test drives, pelo que pode aproveitar para passar uma tarde animada, com a família ou com os amigos. 😉

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One less van…

… no meio do caminho. 🙂

Para montarmos o nosso estaminé na Portugal Verde sem ter que fazer isto, na véspera:

A Cordoaria não tem condições logísticas para funcionar como espaço de eventos...

Nem isto, nos outros dias:

"Verde quê?" - Business as usual

Foi recorrer a uma Xtracycle com WideLoaders e um LongLoader, umas quantas cordas elásticas e levar tudo de bicicleta: bancada, computadores, projectores, cartazes, malas, iluminação, buzinas, cadeiras, monitores, etc, etc. O veículo a motor ficou estacionado num parque próximo.

Primeira volta:

First run First run

Segunda volta:

"Sim, dá, anda lá!" And off he went

Terceira volta:

Doable Doable

Está quase:

É hora de montar o estaminé

Mas ainda faltam umas coisitas, mais uma volta:

Stuff My turn

E de Mobiky também se leva alguma carga! 😛

A Mobiky também serve para transportar carga! :-P

E lá vou eu, descarregar a tralha literalmente dentro do stand.

Verdadeiro transporte porta-a-porta Verdadeiro transporte porta-a-porta É hora de montar o estaminé

Quando nos fomos embora, levando alguma tralha de volta:

De volta com a tralha pós-montagem

…ainda estava tudo muito atrasado em termos de montagem. Às 23h30 o cenário era este:

Às 23h30 do dia 27

Mas na manhã seguinte quem entrasse na Cordoaria nem sonharia a confusão que era poucas horas atrás. Tudo estava limpo e arrumado, pronto a receber os visitantes. 🙂

Portugal Verde 2008 - Expo & Conferências Um Portugal Verde tem Cenas a Pedal Um Portugal Verde tem Cenas a Pedal Um Portugal Verde tem Cenas a Pedal Portugal Verde 2008 - Expo & Conferências

Estamos por cá até às 20h de domingo. Quem quiser vir visitar uma casa ecológica e aproveitar para ver umas cenas a pedal, seja bem-vindo! 🙂

Um Portugal Verde tem Cenas a Pedal

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Massa Crítica de Maio

Há mais uma cidade a querer ter Massa Crítica, Chaves! 🙂

Amanhã é dia de Bicicletada! 🙂

Farto dos aumentos dos combustíveis? Anda de bicicleta!

Esta sexta-feira, vem descobrir o prazer e a liberdade de pedalar na cidade.
Uma forma de te deslocares muito mais saudável e económica.

Vem descobrir como.
Vem aprender como é possível trocar o carro pela bicicleta com outros
ciclistas da cidade de Lisboa.

Massa Crítica
Passeio de bicicleta urbano

Hora: 18h00

* Aveiro – concentração na Praça Melo Freitas (perto do Rossio).

* Chaves – concentração no Largo General Silveira, em frente aos Correios, Biblioteca e Liceu.

* Coimbra – Concentração no Largo da Portagem, junto à estátua do Mata Frades.

* Lisboa – Concentração na Marquês Pombal, no início do Parque Eduardo VII.

* Porto – Concentração na Praça dos Leões.

Para mais informações:
http://www.massacriticapt.net/

APELO: Venham acabar a volta aqui na Cordoaria para mostrar que um Portugal Verde tem que incluir muitas bicicletas e respectivos locais de estacionamento… 😉 Como foi feito em Março com a Feira Lisboa Alternativa. 🙂