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Prever a autonomia da bateria com o eBike Range Cockpit

A minha primeira bicicleta eléctrica foi uma Kalkhoff (infelizmente a marca cessou a distribuição para Portugal em 2013), com motor central, o sistema era o da Panasonic. Entretanto, eu queria experimentar o sistema da Bosch, e também não fazia sentido manter a Kalkhoff dado que era uma marca que já não podia fornecer aos nossos clientes, por isso pus a minha querida Agattu C7 à venda. Essa bicicleta passou a ser a da Carlota:

Carlota na Kalkhoff
Foto: Lisbon Cycle Chic

Nessa altura surgiu a possibilidade de trabalharmos com a também alemã VSF Fahrradmanufaktur, e optei então por este modelo (bom, o anterior, na altura, com ligeiras alterações).

a minha bicicleta eléctrica

Gostei do Bosch, a única coisa que preferia na Kalkhoff com Panasonic era a localização da bateria, mas não se pode ter tudo. 😛

Uma cena fixe que o Bosch tem é que nos dá uma previsão da autonomia nos 4 níveis de assistência. Como os carros mais recentes. Assim andamos muito mais descansados, temos uma melhor noção de quantos quilómetros mais conseguiremos percorrer usando o nível Eco, Tour, Sport ou Turbo (40 %, 100 %, 150 % e 225 % de assistência, respectivamente, no caso do sistema da minha bicicleta).

E há umas semanas atrás descobri que a Bosch tem uma nova aplicação online para calcularmos / prevermos a autonomia do sistema, consoante as variáveis do percurso que planeamos fazer e o estilo de condução que temos, o eBike Range Cockpit:

eBike Range Cockpit

Genericamente, há 3 factores que afectam o consumo de energia da bateria:

  • o condutor
  • a bicicleta
  • o ambiente

Condutor

A aplicação pede-nos:

  • o peso total do conjunto: bicicleta + condutor + bagagem [o melhor é o peso condutor + bagagem não exceder os 80 Kg]
  • a cadência da nossa pedalada – [o motor Bosch é mais eficiente a partir dos 50 rpm]

Bicicleta

A aplicação pede-nos:

  • sistema de motor & bateria [o da minha bicicleta é o Active Line, não é o motor mais potente, mas é a maior bateria]
  • tipo de bicicleta e postura de condução [o atrito aerodinâmico é preponderante, quanto mais citadina é a posição de condução, maior a resistência do ar, e maior o consumo de energia]
  • o tipo de transmissão [o sistema consegue dar mais assistência numa bicicleta com mudanças de desviador do que numa com mudanças internas]
  • o tipo (rastro) de pneus [os que oferecerem menor atrito são mais eficientes em termos de consumo de energia]

Ambiente

A aplicação pede-nos:

  • tipo de terreno: plano, com poucas ou muitas subidas [obviamente, quanto mais inclinadas e longas as subidas, maior o consumo]
  • nível de pára-arrancas: estamos sempre a parar e arrancar (ex.: semáforos), ou é sempre estrada aberta? [os arranques consomem muita energia, queremos evitá-los, e usar sempre mudanças mais baixas ao fazê-los]
  • tipo de pavimento: gravilha, terra, bom asfalto, estradas degradadas? [quanto pior o pavimento, maior o atrito, logo, maior o consumo de energia]
  • condições de vento: nenhum, umas brisas, ventoso,…? [o vento pode ser pior que uma subida]

Depois, basta introduzir a nossa velocidade média na bicicleta (registada na consola), e seleccionar o nível de assistência desejado para ter uma estimativa de quantos quilómetros conseguiremos percorrer com aquelas condições todas atrás.

Há duas outras coisas que podem afectar significativamente o consumo de energia a pedalar a bicicleta (venha essa energia só do nosso corpo ou também de uma bateria): a pressão de ar nos pneus, e o nível de limpeza e lubrificação da corrente. Aqui há umas semanas andava bitching acerca da bicicleta parecer mais lenta, que o motor andava a perder força e tal, o Bruno fez uma manutenção à corrente e parecia outra bicicleta – não tinha nada a ver com o motor ou a bateria. 😉

O site da Bosch tem informação acerca das diferentes baterias, e dicas de como optimizar a sua autonomia e a sua longevidade, vejam aqui e aqui.

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Micro-logística em velocípedes

Finalmente, parece que a micro-logística em bicicleta (ou triciclo), numa escala maior que a dos “simples” estafetas em bicicleta, está a querer chegar a Portugal. Vejam esta entrevista no Diário Económico, acerca da parceria entre uma tal de Avancycles e a Adicional Logistics.

Pelos vistos estão a começar com um projecto-piloto no Parque das Nações, com um triciclo, em Lisboa. Os triciclos de carga em causa são os modelos Cargocycle da francesa La Petite Reine.

micro-logística em bicicletamicro-logística em bicicleta

O sucesso desta iniciativa está muito dependente das autarquias adoptarem medidas de restrição à circulação e estacionamento automóvel no centro das cidades, claro, e por isso é que estamos a ver isto a (tentar) despontar em Lisboa 14 anos depois de ter surgido em Paris, por exemplo. É o mesmo problema dos pedicabs.

Desejamos-lhes sorte, e sucesso!

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O que temos andado a fazer

É uma vergonha, não temos conseguido manter o nosso blog decente em frequência e em conteúdo, mas estamos a esforçar-nos para reverter esse estado de coisas e “voltar às origens”. 😉

Desde a última vez que aqui viémos, onde anunciámos a saída da Elena para outros trilhos, muito aconteceu.

Adoptámos a Mutthilda em Agosto. Levamo-la muitas vezes connosco para o trabalho no atelier, é a nossa Relações Públicas e Personal Pet Therapist. 🙂

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Fizémos uma pequena festa em Setembro para assinalar o 8º aniversário da Cenas a Pedal. Entre outras coisas, assaram-se chouriços no passeio. 🙂

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Em Outubro iniciámos o ano lectivo na nossa Escola de Bicicleta num formato diferente, de aulas de continuidade, como estamos habituados a ter nas escolas de natação e de dança, por exemplo.

aulas de natacao

aulas de bicicleta

Há muito que sabíamos da similaridade das aprendizagens de natação e bicicleta, em mais do que um aspecto (praticamos natação há muitos anos por razões médicas e, claro, ensinamos condução de bicicleta há 7), e desde que começámos a ter aulas de Lindy Hop, no início de 2014, percebemos que fazia sentido dar este passo para aulas regulares num programa de formação por níveis, ao longo do ano lectivo, o que, penso, nos faz pioneiros a nível internacional! 🙂 Foi mais um passo de gigante em termos evolucionários, para a nossa escola.

bruno e joãoNo início de Outubro o João terminou o seu estágio de mecânica connosco e decidiu seguir a 100 % a sua carreira na área da música, com os Moe’s Implosion, e então voltámos à equipa original de dois: Ana & Bruno. Isso obrigou-nos a readaptarmo-nos novamente, e deu-nos a oportunidade de mais livremente repensarmos o que queríamos fazer e como. Desde essa altura que temos andado a magicar alguns planos, e seguir nessa direcção tem levado a alterações na nossa forma de funcionar e, se as coisas correrem de feição, mais novidades haverão lá mais para a frente.

Entretanto, ainda em 2014, publicámos também o novo site, dedicado, para a escola, em http://escola.cenasapedal.com. Estamos ainda a terminar o Guia do Aluno, mas globalmente o site já tem toda a informação da escola e das aulas.

Cenas a Pedal - Escola de Bicicleta

Temos ainda uma secção de blog, onde temos começado a partilhar e a escrever coisas interessantes relacionadas com a condução de bicicleta (e não só), e também com o uso da bicicleta propriamente dito. Entretanto, e a propósito disso, colaborámos com a Rádio Estrada Viva numa série de podcasts sobre o uso e condução de bicicleta. Começámos por abordar o “aprender a conduzir bicicleta“, apresentando a nossa escola:

Depois discutimos a “posição [do ciclista] na via e ultrapassagem [pelos outros utentes]“, falámos “sobre as luzes nas bicicletas” e elaborámos sobre “a sinalização de manobras pelos ciclistas“. Por último, e mais recentemente, falámos um pouco da “ bicicleta eléctrica“.

Ainda no final de 2014 publicámos também o novo site dedicado exclusivamente aos karts a pedais KMX, a nossa primeira marca de triciclos reclinados, que ainda hoje vendemos, distribuímos e alugamos em Portugal, 8 anos depois.

KMX Karts

Os KMX são triciclos versáteis, robustos, e com uma excelente relação qualidade-preço, e são muito populares com crianças e adultos. É difícil não nos divertirmos naquilo. 🙂

De notar que estão lá listadas algumas boas oportunidades! 😉 Os KMX Karts podem ser encomendados, para os desfrutar sempre que quiserem, ou podem ser alugados para eventos:

No início de 2015 esforçámo-nos por começar a re-dinamizar o Viagens a Pedal, e temos vindo a partilhar algumas coisas lá. Esta é uma área que nos interessa imenso e queremos integrá-la mais no nosso quotidiano. Essa motivação cresceu imenso depois de, em Outubro de 2014 nos termos registado na rede Warm Showers e começado a receber viajantes em bicicleta. Como o Joe:

Entretanto, se tentaram visitar a nossa loja online recentemente, não a encontraram. Desactivámo-la. Estamos a preparar outra plataforma e outro “formato” para a nossa vertente de loja / vendas. Vai levar tempo (somos só dois, em 4 grandes áreas de actividade!), mas a outra loja online já estava demasiado grande e desactualizada para a podermos manter sem ajuda, e isso causava demasiado transtorno. Entretanto, continuamos a vender os artigos que nos encomendam, como sempre, mas por via presencial ou e-mail. Aqui está uma lista de marcas com que trabalhamos.

Queremos manter-nos apenas os dois em permanência, pela flexibilidade que tal permite, e por isso teremos que, e poderemos, dedicar-nos mais e melhor a menos pessoas, como sempre desejámos. Isso vai afectar tudo o que fazemos.

Para já, o nosso atelier, enquanto espaço, está-se a tornar efectivamente mais uma oficina e menos uma loja. Os detalhes daquilo que essa afirmação reflecte e implica virão mais tarde, à medida que conseguirmos ir implementando as coisas. 😉

Por agora, a mudança mais óbvia é que não somos uma loja de porta aberta em permanência, o nosso atelier é um espaço de trabalho onde preparamos ou desenvolvemos várias actividades diferentes (escola, oficina, loja, etc), onde também atendemos e recebemos pessoas, à 4ª-feira de forma livre, às 5ª, 6ª e sábado exclusivamente por pré-marcação (marcar garante que não dão com o nariz na porta por não estarmos lá, e que estamos disponíveis e preparados para vos atender).

Vamos dando notícias. 😉

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Alterações de funcionamento imediatas

A Elena, que estava connosco desde Setembro de 2012, vai trilhar outros caminhos e amanhã é o seu último dia de trabalho no atelier. Desejamos-lhe sucesso e muita sorte, e esperamos continuar a vê-la por Lisboa afora, a pedalar. 🙂

Entretanto, para acomodar a saída da Elena até fecharmos para as férias de Verão (a 15 de Agosto), adoptaremos um novo sistema de expediente e de atendimento, já a partir desta 3ª-feira dia 22 de Julho de 2014:

Horário Cenas a Pedal

Assim, da parte da manhã de 3ª a 6ª trabalhamos (na oficina, no escritório, na escola, em serviços e reuniões no exterior, etc), e da parte da tarde tentamos estar todos a trabalhar no atelier, e disponíveis para vos atender.

Ao sábado de manhã também estaremos disponíveis para vos atender, embora nem sempre com a equipa completa (às vezes temos aulas no exterior, nesse horário).

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Um sábado de bicicleta

Sábado, saio de casa às 8h30 para chegar a Campo de Ourique uns minutos antes das 9h, para uma aula de mais um curso “ABC da Bicicleta“. Já está calor. Estou no Jardim da Estrela até quase às 11h, a ensinar 3 mulheres a andarem de bicicleta. 🙂

Depois de arrumadas as bicicletas, sigo para o atelier (fechado neste dia), perto da estação de Entrecampos, para trocar de bicicleta e esperar pelo Bruno, que se encontraria lá comigo vindo de casa. Está um dia muito quente!

Quase a chegar, páro no semáforo junto à praça do Campo Pequeno, olho para a direita e, por acaso, reparo que há lá um mercado da Agrobio. Decido fazer uma paragem, vou comprar fruta! 🙂

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Morangos e cerejas no alforge, sigo caminho.

Descanso um pouco no atelier e, entretanto com o Bruno já chegado, preparamos as Surly LHT para o resto do dia. Sim, no dia-a-dia usamos outras, estas são as “biclas de fim-de-semana”. 😀 O plano é irmos à praia, em Sintra, e no final do dia ir jantar a Porto Salvo, com a família, regressando a casa ao fim da noite. Temos pouco tempo, mas queria mesmo sair de Lisboa e pôr os pés numa praia, nem que fosse por pouco tempo.

Arrancamos para a estação de comboios em Entrecampos (é logo ali, e acedemos-lhe pela entrada no edifício das Águas de Portugal (não esperem encontrar sinaléctica desse acesso…).

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Está um calor do caraças. Apanhamos o comboio às 15h05.

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Chegamos a Sintra. Que bom, um dia quente e nós no meio do verde. 🙂 Ainda não almoçámos. Fazemos uma paragem ali perto, e marcha isto:

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Os ciclistas são grandes fãs do calorie-offsetting. 😛

Entretanto, lá vemos no telemóvel o caminho para a praia das Maçãs. São pouco mais de 10 Km e lá vamos nós a descer. 🙂 Chegamos à praia, ainda está calor. Prendemos as biclas a um poste e abancamos na areia com elas no campo de visão. Estamos lá umas 2 horitas a curtir o sol e o calor (já passava das 17h, por isso era quente mas não excessivamente). Lamento, nem tirámos fotos. 😛

Tínhamos hora para aparecer para o jantar por isso pusémo-nos a caminho cerca das 19h30-20h. A estrada era boa no geral, mas sinuosa e cheia de curvas sem visibilidade, com algum trânsito, só uma via em cada sentido. Não ocupar a via não é uma opção*, o que leva a que se acumulem carros atrás de nós em vários troços. Mas não há alternativa*, e tal como fazem em inúmeras outras situações que não envolvem ciclistas, os condutores esperam pela oportunidade adequada para ultrapassar. Mas claro, há sempre idiotas e alguns fazem (ou tentam) ultrapassagens perigosas. Outros apitam, achando, porventura, que nós poderíamos e deveríamos magicamente desmaterializarmo-nos da frente deles, ou quiçá, parar e encostar para os senhores passarem – eles têm medo de ficar muito perto de carros em sentido contrário, mas acham que nós estamos bem com eles a passarem-nos a escassos centímetros. Por isso é que não podemos facilitar, temos que tomar as rédeas da nossa própria segurança, e isso implica ocupar a via e obrigar a que a ultrapassagem seja feita de forma mais consciente. No geral, o regresso correu bem. A dado ponto fomos por um atalho, depois de perguntar a um senhor que estava no seu quintal. Prevíamos que fosse mais inclinado, mas trocámos isso pela tranquilidade de usar um caminho sem carros, sem ruído, sem fumo.

* Na verdade há opção, há alternativa, que é fazer como a maior parte dos ciclistas e seguir encostado à berma, “para não empatar.” Mas isso só serve os interesses de quem vai de carro. Se os próprios ciclistas não tiverem respeito próprio, será muito mais difícil que o consigam dos outros. 

Era a subir, mas fez-se, em parte empurrando a bicicleta à mão para descansar um pouco.

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Não havia mesmo carros, a estrada estava semi-desmoronada. Perfeito. 😛

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Foi um caminho muito agradável, no meio do verde exuberante e com um sol ainda espectacular.

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De vez em quando photoshoot stop. 🙂

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E lá regressámos ao comboio. Aqui ilustramos a técnica mais segura para usar os canais especiais da CP, antes de se ter a certeza de que a nossa bicicleta lá cabe. Sabemos que as longtails não cabem, mas antes de passarmos com estas “normais”, vimos um rapaz com uma estradeira normal ficar meio entalado também, por isso, não facilitámos, bicicletas ao alto:

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Chegado o comboio, foi só entrar e arrumar como dava as biclas.

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Saímos na (nova) estação de Massamá-Barcarena, descemos até à Fábrica da Pólvora, e subimos pelo meio da urbanização do campo de golfe, no meio das árvores (enquanto não as derrubam para construir mais casas…). Mais uns Km e chegávamos ao destino às 21h30, como desejado. No final do jantar, eram quase 1h da manhã, arrancamos para Paço de Arcos, para apanhar o comboio de volta a Lisboa.

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Desde que temos ambos bicicletas eléctricas, e as usamos nesta visita semanal familiar (excepto a deste dia), nunca mais recorremos ao comboio. Neste dia fizémo-lo, não para poupar tempo, provavelmente não teria feito muita diferença, mas para poupar esforço, dado que já tínhamos puxado mais do que o habitual ao longo do dia, íamos dormir pouco, e na manhã seguinte iríamos estar novamente a trabalhar.

Chegamos ao Cais do Sodré e seguimos pela Ribeira das Naus, lixados com a porcaria de piso que ali puseram, mas aliviados por ainda conseguirmos desfrutar daquele troço sem carros (estivémos lá nos Santos e o acesso automóvel tinha sido reposto, o que nos deprimiu bastante). Não faz sentido nenhum permitir a presença de automóveis naquele espaço.

Saindo da “zona sem carros” do Terreiro do Paço, olhamos para a esquerda, lembramo-nos que já estamos outra vez com fome, e resolvemos fazer uma paragem para comer um pão com chouriço e uma fartura. 🙂 Calorie-offsetting, my friends, uma das grandes vantagens de andar de bicicleta para todo o lado. xD

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Voltamos à estrada, são 2 da manhã e ainda temos a Rua Washington para ultrapassar.

Chegamos a casa satisfeitos, com todas as toxinas expelidas, bem transpirados e cansados. Daquele cansaço gostoso. 🙂 E no dia seguinte estávamos prontos para outra. O facto de termos passado a fazer uma média de 15 Km/dia de commuting, desde que mudámos de casa e depois de atelier, mesmo usando as eléctricas, reflectiu-se na nossa capacidade física. Antes teríamos ficado muito mais cansados, muito mais cedo.

Andar de bicicleta é espectacular. 🙂

E conjugá-la com o comboio, é perfeito. Num só dia estivémos e pedalámos por 3 concelhos diferentes, estivémos no centro da cidade, na praia e no campo, e nos subúrbios. Bicicleta e comboio é uma conjugação vencedora! Só falta a CP perceber isso, e o resto da malta, claro.