Como talvez já tenham reparado, a nossa cadela de 12 Kg, a Mutthilda (mutt = rafeiro, hilda = mighty in battle, logo, Mutthilda, mas lê-se Matilda!) vai connosco para todo o lado de bicicleta. No dia-a-dia e nas férias, na cidade e no campo, no Verão e no Inverno, em plano e e a subir e descer, desde as 8 semanas de idade.
Não nos passaria pela cabeça deixar de ir de bicicleta para a podermos levar, ou não a levarmos para podermos ir de bicicleta. Quando dá para ela ir a correr ao nosso lado, soltamo-la, quando não dá (ou não é recomendado sob pena de ela colapsar de tanta correria acumulada), vai à boleia.
Desde o início que levar um cão na bicicleta foi sempre algo que apanha as pessoas de surpresa e lhes põe um sorriso na cara, põe-se a acenar, a fazer-lhe festas, é a loucura. 🙂
Já a levámos em cestos, transportadoras e atrelados. Cestos dianteiros, cestos traseiros. Uma transportadora presa ao deck da longtail Surly Big Dummy do Bruno com umas Rok Straps. Um atrelado gigante de duas rodas, um atrelado de uma roda. Dois cestos diferentes presos ao guiador. Um cesto traseiro fixo ao tubo do selim, outro alongado fixo ao porta-bagagem traseiro, e outro também fixo ao porta-bagagem traseiro mas com um adaptador. Etc. Basicamente andámos a testar o catálogo todo de soluções para transporte de cães. Digamos que temos alguma experiência nisto. 🙂
Já para não falar nela, mais versada em cenas a pedal do que a maior parte dos ciclistas, dado que já andou em bicicletas de touring, bicicletas eléctricas, longtails, recumbents / reclinadas, bakfietsen, tandems e, claro, atrelados! 😀
Por tudo isto, e porque é sempre bom socializar os cães e socializarmo-nos a nós próprios, vamos estar batidos no Cãovívio a Pedal do próximo domingo dia 8 de Julho, em Lisboa, um evento de FUNdraising para a constituição d’A Casa da Bicicultura. Nesse dia esperamos também estrear uma outra solução de transporte para a Mutthilda, uma espécie de cadeira como as dos miúdos. 😀
Esperamos ver-vos também por lá. Vai ser muito fixe!
16h-17h30: encontro, convívio e actividades com a Mutts no Jardim do Campo Grande, junto ao parque canino.
17h30-19h: passeio de bicicleta Campo Grande – Alvalade – Lumiar – Campo Grande.
19h30: foto de grupo, fim do encontro no jardim do Campo Grande.
Não tens ainda solução para levar o teu cão na bicicleta? Então vem só à parte do encontro. Além do convívio, terás oportunidade de ver as soluções de transporte dos outros participantes, trocar ideias, quem sabe fazer uns test rides.
Além disso, teremos a colaboração da Raquel e do Pedro, os treinadores da Mutts, que gentilmente aceitaram o nosso convite para virem dar-nos umas luzes de como moldar o comportamento dos cães usando técnicas de reforço positivo, não só para os passeios de bicicleta como no dia-a-dia no geral.
Não percas esta oportunidade!
Este é também um evento de angariação de fundos para a Casa da Bicicultura. A participação é livre, mas apelamos a que contribuas com um donativo ao teu critério que ajude a Bicicultura a cobrir os custos da sua fundação oficial – vê como mais abaixo.
Queremos multiplicar estes encontros, e tornar mais fácil aceder a soluções como estas para cães na bicicleta, com a futura veloteca da Casa da Bicicultura! Vem daí! 🙂
Pois é, faz hoje 5 anos que foi fundada a Cenas a Pedal. Parece muito tempo e, no entanto, parece que passou num instante. É o que acontece quando estamos embrenhados em algo, não damos pelo tempo a passar!
Principalmente nos últimos 2-3 anos esta dedicação implicou praticamente não termos vida “pessoal”. Sacrificámos outras coisas que as pessoas normais tomam por normais entre os 25-30 anos (ter fins-de-semana e férias, manter hobbies e outros interesses, filhos, etc). Mas valeu a pena, porque olhando para trás nestes 5 anos vemos como as coisas mudaram e acreditamos que o nosso trabalho muito contribuiu para essa mudança, e era isso que pretendíamos.
Durante muito tempo o blog da Cenas a Pedal era o único blog activo sobre mobilidade em bicicleta e temas relacionados. Remávamos contra a corrente falando de andar de bicicleta na cidade, de bicicletas reclinadas, de bicicletas de carga, de aprender a circular na estrada sem medo, de urbanismo à escala humana, divulgávamos iniciativas e eventos, etc, etc. Agora, 5 anos passados, basta ver toda a actividade bloguística no Planeta Bicicultura (e mais além) e os vários grupos no Facebook (tipo este, este, este, este e este, por exemplo) e outras páginas e fóruns. Já não somos os únicos ou dos poucos a falar de bicicletas de carga, eléctricas, dobráveis, reclinadas, etc. 🙂
A bicicleta como solução de transporte urbano tem tido cada vez mais e melhor presença nos media, com reportagens na televisão, na rádio, na imprensa e na web. A Massa Crítica tem-se expandido por mais cidades no país e engrossado em aderentes, a Cicloficina pegou, criou-se e ressuscitou-se a MUBi. O Bicycle Film Festival chegou a Portugal. Têm aparecido empresas de pedicabs, de estafetagem, e mais uma ou outra loja/empresa dedicada à bicicleta além-BTT. Ciclovias & Cia e sistemas de partilha de bicicletas têm sido uma estratégia cada vez mais popular de captar financiamentos europeus e não só. A bicicleta até já foi usada como bandeira numa campanha eleitoral na capital. Há cada vez mais eventos de confraternização, e mais eventos institucionais à roda da bicicleta ou inclusiva dela (palestras, conferências, etc).
Embora as instituições sejam mais lentas a aceitar e a envolver estes temas na prática, já o integraram nos seus discursos politicamente correctos (supostamente até vamos ter um Plano Nacional de Promoção da Bicicleta e Outros Modos de Transporte Suaves), o que é um primeiro passo. Entretanto a sociedade civil é mais rápida e as coisas já começam a mudar. A mudança de comportamentos e de expectativas já faz parte da conversa de café, à mesa em casa, e com os colegas. A pouco e pouco, cada pessoa individualmente está a fazer a diferença. Isto chama-se mudar o mundo, e é sempre feito à escala individual.
Agora já não tenho que me preocupar em divulgar ou relatar eventos, ou até novidades do sector das bicicletas, há logo uma série de gente a fazê-lo e a informação circular rapidamente. 🙂 Gosto de acreditar que contribuímos para criar esta bola de neve e imprimir-lhe momento, reduzindo o atraso da nossa sociedade. O nosso impacto não é mensurável porque toda a mudança é multifactorial, mas sei que fizémos bem a nossa parte.
Não é hora de descansar. Apenas de refocalizar esforços. Há muito trabalho por fazer. E muitas lutas a travar (legislação, infraestruturas, serviços públicos, etc). E em simultâneo temos que saber sobreviver e prosperar enquanto empresa, pois é ela que nos sustenta e nos permite desenvolver este trabalho (muito dele não viável comercialmente, pelo menos nesta fase), o que coloca desafios próprios. Como me disse o responsável de uma empresa holandesa de acessórios utilitários para bicicletas, um vendedor de botas num país em que toda a gente anda descalça, ou está lixado porque ninguém lhe vai comprar o que ele quer vender, ou o potencial é gigantesco, depende de como encara a situação. E nós, desde o início, estamos nessa situação.
O potencial para a nossa visão de uma cidade e de um estilo de vida baseados nos modos activos de mobilidade é enorme, mas ainda estamos na fase de mostrar às pessoas o como e o porquê, num contexto cultural, social, legislativo, fiscal, e estrutural que lhes incentiva e promove o contrário, por isso a evolução é muito lenta. Principalmente porque as autarquias e o Governo, que têm o poder para despoletar e viabilizar mudanças, não têm vontade de o fazer. A nossa visão de cidade, que é, felizmente, partilhada por muito mais gente, só vai ser uma realidade quando quem ganha dinheiro com a cidade actual o puder e souber fazer no contexto dessa visão. Por isso temos que trabalhar para que se envolvam na bicicleta como meio de transporte utilitário e recreativo pessoas e empresas que a encarem antes de mais como uma oportunidade de negócio, e de auto-sustento, e não necessariamente só ou também, depois, como uma batalha filosófica ou política, mesmo que isso nos faça comichão. 😉 Sabendo, claro, que quem faz as coisas com paixão e convicção marcará sempre a diferença indo mais além, mais cedo, melhor, e por mais tempo.
Para os próximos 5 anos esperamos poder contribuir em igual proporção para a mudança de paradigma da sociedade centrada no automóvel como primeira opção de transporte para a sociedade centrada no andar a pé e de bicicleta. Esperamos conseguir expandir e desenvolver os nossos serviços actuais, e oferecer outros novos. Para isto a Cenas a Pedal terá que crescer, deixar de ser apenas a Ana e o Bruno, mas uma equipa coesa de várias pessoas com diferentes e complementares valências. Encontrar, cativar e manter essas pessoas, que terão que reunir um conjunto de características, aspirações e competências pouco comuns, além de afinidade mútua, será o nosso maior desafio. Por agora, a gestão, comunicação & decisão num núcleo a dois é superfácil e eficiente, e confortável, alargar o grupo de trabalho confrontar-nos-á com novos desafios e responsabilidades. Mas o caminho é para a frente, e para realizarmos a nossa missão com mais impacto teremos sempre que crescer. O novo site, actualmente em desenvolvimento, assinalará essa nova fase. Entretanto, algures nesse caminho, esperamos também conseguir arranjar tempo livre para desfrutarmos mais daquilo por que temos andado, afinal, a batalhar: andar de cenas a pedal. 🙂
Entretanto, 24 de Setembro é dia de assinalar estes 5 anos! 🙂 Divulgaremos o programa do dia brevemente!
Outra revista britânica (trimestral), surgiu em 2001 e celebra a cultura da bicicleta pelo mundo. É uma revista para os apaixonados pelas bicicletas e outros veículos a pedal, e para os interessados nas suas aplicações práticas, e de lazer. Para nós na CaP, é uma referência incontornável e consulta obrigatória desde que a descobrimos, e custa-nos esperar sempre 3 meses pela próxima. 😛 Desde o primeiro número que se encontram artigos interessantes e invenções curiosas, tem valido bem o investimento! 🙂 Além da versão em papel, também está disponível aos assinantes em formato digital, para consulta online (com acesso gratuito a uma das edições).
Bom, chegou a hora de passarmos de apenas fãs a parceiros, tornando-nos revendedores da mesma por terras lusas. 😀 Acabámos de receber a edição n.º 36, de Dezembro de 2009, e temos assim algumas cópias disponíveis para encomenda! Cada cópia tem um P.V.P. de 8.35 €, com oferta dos portes de envio para Portugal continental. Podem aceder aqui a uma amostra, a edição n.º 32. Se quiserem assinar a revista, 4 edições anuais ficam por 28.50 €.
Contents:
Workbikes special! Richard Peace puts three two-wheel load-carriers through real-world tests. Under the spotlight are the Bullitt Clockwork, the Madsen kg271 and the Yuba Mundo, the last with an Ezee electric assist system.
Dropping in on dealers: another three reports from specialist dealers across the country: London Recumbents, Futurecycles, Bikes and Trailers. What you’ll find if you visit yourself…
Review: Villiers custom frame. It’s here at last – a lovely test bed bike frame built by Paul Villiers to our own Velo Vision design. We look back on the custom ordering process, and the end result.
Review: Catrike Dash. This medium-sized recumbent trike for teens or for the shorter rider is put through its paces by riders who appreciate its proportions…
Review: FreeParable T1 Trailer. An impressive new bike trailer from Taiwan which transforms into a smart, baggage-handler-proof suitcase.
Short reviews: Books, chains, trousers, bells, puncture fluid…
Reader bikes: Streetmachine recumbent, doing up a DIY trike…
Report: London show. A brief reports on new products at Cycle 2009.
Feature: Touring with dogs How lack of pet-sitters led a couple to tour with two dogs on board – and how they cope.
Regular features: News, Letters, and the best specialist advertising!
Fellow portuguese velovisionaries, entrem em contacto: vendas @ cenasapedal . com. E já sabem, para arranjar alguma destas velovisões que verão nestas páginas, contactem-nos, faremos o nosso melhor por vos fornecer aquilo que procuram. 😉
No final de 1999, Tim Cope e Chris Hatherly, de 20 anos de idade, iniciaram uma viagem de 10.000 Km em 14 meses, passando pela Rússia, Sibéria, Mongólia e China. Em bicicletas reclinadas. Um desafio de extremos, que ambos superaram para contar:
Não, (ainda!… 🙂 ) não me refiro a isto, nem a isto, ou a isto, isto, ou mesmo a isto, mas a isto:
No próximo dia 12 de Dezembro, entre as 15h e as 20h, estaremos na Cafetaria Doce Lima, em Porto Salvo, a expôr e demonstrar os nossos produtos, e a partilhar a nossa paixão pelas bicicletas e pelos livros sobre elas. 😉
Esta mostra pretende ajudar a expressar a nossa vocação enquanto empresa: servir os usos utilitários e recreativos da bicicleta (e não só), promover a bicicleta como parte da cultura, e a cultura da bicicleta.
A nossa biblioteca particular de livros sobre bicicletas e temas associados cresce a uma velocidade bastante maior do que aquela a que conseguimos lê-los. 🙂
No Café Vélo disponibilizaremos para consulta livre muitos destes livros (à volta de 40), e ainda edições recentes da Carbusters, da FIXED Mag, e da Velovision (sendo que, a propósito, passaremos finalmente a funcionar como revendedores desta última a partir do próximo número):
Além destes também anda para aqui o Bicycling Science, e entretanto devem chegar também:
Será possível ainda consultar os catálogos de muitas destas marcas.
Bónus: Compras feitas durante o Café Vélo (dos artigos em exposição) beneficiarão de um desconto de 10% (mas só poderão ser levantadas às 19h30). Se forem de bicicleta poderão ainda ter assistência a montar logo as coisas na mesma. 😉 Encomendas feitas durante o evento beneficiarão de um desconto de 5%.
Claro que os produtos e marcas que podemos fornecer não se esgotam naqueles listados no nosso site, naqueles que mantemos em stock, ou mesmo naqueles que temos para demonstração e aluguer. Digam-nos o que procuram ou do que precisam que nós faremos por encontrar no nosso portfolio (e mais além!) soluções e fornecê-las. 🙂