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Energia a Pedal no MIT

Laptop a PedalAlguns alunos do Massachusetts Institute of Technology (MIT) produziram no âmbito da cadeira de Introdução à Engenharia Civil e Ambiental um projecto de produção de energia a pedal para manter em funcionamento um computador portátil.

A equipa de alunos do MIT partiu para esta ideia do proposto no projecto da disciplina, que pedia que fosse criada uma forma de produzir energia eléctrica de forma mecânica. Daí pensaram em associar uma bicicleta fixa de exercício a um gerador eléctrico através de um sistema de correias e algumas baterias para armazenar essa energia.

Estes alunos contactaram alguns departamentos da faculdade por iniciativa própria para obter apoio, que obtiveram de vários professores, inclusive de responsáveis da Iniciativa para a Energia do MIT. O MITEI pretende criar discussão, influenciar decisões, fazer auditorias sobre os consumos energéticos do Campus e sensibilizar a população académica para as questões da energia, construção sustentável, etc.

O sistema é capaz de produzir à volta de 75W (dependendo do utilizador), o que é muito acima do consumo dos computadores portáteis mais eficientes existentes no mercado. Um computador com um processador actual, placas gráfica e de rede sem fios integradas da Intel é capaz de consumir cerca de 14-18W em modo de poupança de energia (ecrã com brilho reduzido, pouca utilização da placa gráfica e do disco) e pelos 25-35W em utilização intensiva (a jogar ou a ver vídeos de alta definição com o brilho do ecrã elevado, por exemplo). Se pegarmos num sistema verdadeiramente poupado como o XO do projecto OLPC (o consumo planeado é cerca de 2W), então um sistema de produção de electricidade idêntico a este pode fornecer energia a mais de 30 computadores ao mesmo tempo!

mitppl_final.png

É possível ver algumas fotos da montagem e funcionamento do equipamento aqui.

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Roupa iluminada

Investigadores do centro de inovação William Lee que funciona no departamento de materiais da Universidade de Manchester inventaram uma fibra que emite luz, que usada para criar peças de roupa poderá ter usos interessantes como equipamento de segurança durante a noite. Este equipamento seria uma boa adição aos tradicionais reflectores, que estão limitados à necessidade de existir uma luz que incida num ângulo adequado para serem visíveis.

sistemas-de-iluminacao.pngNo caso dos utilizadores de bicicleta, é comum complementar o reflector traseiro com luzes que podem piscar ou não;

Têm aparecido alguns produtos reflectores para usar no torso que poderão aumentar a visibilidade da pessoa, dando maior noção da sua presença;

Alguns destes produtos começam a trazer embutidos LEDs que complementam a função do material reflector, quando não exista uma fonte de luz para que este faça a sua função;

Ter peças de roupa comum com propriedade luminescente é sem dúvida uma evolução interessante, sem que seja exclusiva ao uso de roupa de segurança para andar a pé ou de bicicleta , tem um potencial para criar novas tendências de moda (pela utilização de padrões e imagens iluminadas) se a fibra se equiparar às actuais fibras usadas na confecção de roupa. Uma fibra com estas propriedades que possa ser lavada da mesma forma que as fibras comuns e que tenha resistência equiparada, é de desejar que consiga atingir níveis de produção que a tornem acessível aos produtores de roupa e suficientemente barata para o consumidor final.

fio-emissor-de-luz.jpg

Um factor também interessante é o facto de as fibras terem uma estrutura que torna possível fazer roupa que incorpore várias fibras de cores diferentes para criar desenhos ou padrões:

fio-emissor-de-luz_varias-cores.png

Porém no fim de tudo, será que o uso de material reflector, como coletes, não permite que os condutores dos carros simplesmente andem mais depressa em locais escuros à espera que estes saltem à vista, podendo por em risco outros utilizadores da via e animais que não tenham este equipamento? [EN]

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Faça Você Mesmo Human powered Veículos a pedal

Cortar a relva a pedal

Para quem está farto de cortar a relva com equipamento barulhento e poluidor, já havia alternativas que usam energia eléctrica. Mas que piada tem cortar a relva assim? Para quê usar um corta relva eléctrico quando podemos usar um a pedal? 😀

Os modelos adaptados mais comuns aproveitam um corta relva manual colocado no lugar da roda da frente. Existem também modelos de atrelados, mas pelo que sei são menos eficientes. Ao ter a lâmina na roda da frente é possível aplicar mais força nela, mantendo-a no chão. Já como atrelado, facilmente salta com as irregularidades do terreno. 🙂

[Via TreeHugger]
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Eventos

Prémio Nacional Mobilidade em Bicicleta 2007

Prémio Nacional Mobilidade em Bicicleta da FPCUB 2007Decorreu hoje a entrega do Prémio Nacional Mobilidade em Bicicleta, na sua segunda edição. Este prémio criado pela Federação Portuguesa de Cicloturismo e Utilizadores de Bicicleta (FPCUB) pretende homenagear empresas, entidades e indivíduos que de alguma forma contribuem para promoção da mobilidade sustentável e utilização da bicicleta, tal como tínhamos anunciado.

Ana Louro, em nome da FPCUB, apresentou algumas questões sobre a temática mobilidade e utilização de bicicleta, entre elas: problemática do carro (ou excesso deles); vantagens da utilização da bicicleta; necessidade de promover o uso da bicicleta, bem como o défice desta promoção da parte do governo; vantagens para a saúde da utilização da bicicleta e como usar esta vantagem para apelar ao seu uso; o trabalho da FPCUB no âmbito de promover o uso da bicicleta e a evolução da sua utilização desde os 0,5% de há 10 anos; a necessidade de criar redes de ciclovias com âmbito turístico nacional e internacional; a redução da taxa do I.V.A. para as bicicletas.

Mesa - Prémio Nacional Mobilidade em Bicicleta da FPCUB 2007

Mesa composta por:

  • António Crisóstomo Teixeira (ex-Presidente da CP, Presidente do IMTT)
  • José Sá Fernandes (Vereador da CML)
  • Ana Paula Vitorino (Secretária de Estado dos Transportes)
  • José Manuel Caetano (Presidente da FPCUB)
  • Joaquim José de Oliveira Reis (Presidente do Metropolitano de Lisboa)

Este ano os galardoados foram:

    Empresas

  • Soflusa
  • Transtejo
  • Ambas pelo trabalho em prol do transporte de bicicletas nos seus barcos, inclusive a possibilidade de transportar gratuitamente a bicicleta a qualquer hora do dia

    Comunicação Social

  • LUSA
  • SIC
  • Ambas pela divulgação e promoção de notícias relacionadas com a mobilidade e utilização da bicicleta.
    O representante da LUSA referiu que contando com as notícias desportivas, existem no arquivo da LUSA deste ano cerca de 140 notícias com a palavra bicicleta.
    A SIC mandou instalar um chuveiro para os trabalhadores que se deslocam para lá de bicicleta.

    Individuais

  • Rui Godinho
  • Pelos projectos em prol da mobilidade e da utilização da bicicleta enquanto vereador da CML no ano 2000. Apelou a que seja recuperado o projecto para a rede ciclável de Lisboa, que já teria sido aprovado na CML e financeiramente pelo governo antes da CM mudar de executivo, da qual faz parte a ciclovia de Telheiras a Entrecampos.

  • Frederico Galvão da Silva
  • GNR - Prémio Nacional Mobilidade em Bicicleta da FPCUB 2007Fez parte da equipa que reintroduziu a utilização da bicicleta para patrulhamento local pela G.N.R., com o lema “Sempre próximos”. Projecto que teve início em 2000. Salientou um dado importante face às vantagens económicas da bicicleta, já que 1 jipe que permite a 2 militares fazerem patrulha, dá para comprar 22 bicicletas que equiparão 22 militares activos.

  • João Soares
  • Presidente da CML na mesma altura que Rui Godinho, pelo trabalho desenvolvido no âmbito dos mesmo objectivos de promoção da mobilidade e utilização da bicicleta.

Mesa - Prémio Nacional Mobilidade em Bicicleta da FPCUB 2007A Secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino, fez uma apresentação final onde entre outras coisas referiu:

A possibilidade de as bicicletas poderem usar os elevadores do Metropolitano de Lisboa para descerem ao cais, e referidas as dificuldades de adaptar as estações mais antigas. É pena que ainda não tenham descoberto as calhas para as escadas, espero que o façam brevemente! 🙂

Foram referidas as carreiras de teste da Carris com possibilidade de transporte de bicicleta durante o fim-de-semana, a 708 e 723, que ligam a Algés e ao Parque das Nações, como já tínhamos referido anteriormente.

O plano nacional de ecovias com 710km que já tem troços em construção ou finalizados.

Parece que a via ciclável da frente ribeirinha de Lisboa tem muito boas condições políticas para se realizar, vamos ver como e quando começam as obras!

Falou-se de muito mais coisas mas isto chega para ter uma ideia do que se passou. Além disso eu não escrevo assim tão rápido e esqueci-me do gravador. 😉 Se me tiver enganado nalguma coisa, just let me know. Obrigado! 🙂

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Cenas a berbequim eléctrico

Um dos problemas do equipamento desenhado para fins únicos é a dificuldade de reparação ou de substituição quando avaria. Só quem fabrique aquele produto, terá peças de substituição. Se o produto já não estiver em produção, então temos um problema mais complicado…

A indústria das ferramentas é bastante vasta, embora existam poucas marcas conhecidas do público em geral, o certo é que esta é uma indústria cheia de vitalidade e vão surgindo anualmente tanto melhoramentos no desenho base das ferramentas, como novas e inovadoras ferramentas. Uma das coisas interessantes relativamente às ferramentas são os padrões de desenho de certos acessórios, ou de como estes se conjugam com a ferramenta base. Com este princípio em vista, surgem outros acessórios compatíveis e até utilizações para as ferramentas base que não estavam contempladas à partida pelo fabricante.
dpx-systemsresized.jpgEste é o caso com um produto desenvolvido pela empresa DPX Systems e demonstrado na feira de ferramentas americana “The National Hardware Show”, que permite usar (como demonstrado neste vídeo) um berbequim como motor de assistência eléctrica de uma pequena scooter, de uma caixa de ferramentas com rodas ou até de uma cadeira de rodas comum!

Todos os produtos desenvolvidos pela DPX Systems usam o adaptador de berbequim. Estão disponíveis no site deles vários vídeos de demonstração do conceito.

Embora não exista informação sobre o preço do adaptador, vejo um enorme potencial na sua utilização como assistência a uma cadeira de rodas vulgar, já que os modelos motorizados, por motivos de economia de escala, costumam ter preços inacessíveis a quem deles necessita. Como é costume (e espero estar enganado), duvido que isto chegue a Portugal, mas a ideia é fantástica!