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TerraCycle Cargo Monster

Finalmente, é possível ter o melhor de dois mundos:

Cargo Monster
Photo by J. Maus.

Cargo Monster
Photo by BentRider Online

Quadro Cargo Monster

Parece um quadro FreeRadical da Xtracycle mas não é! Usufruindo da abertura da Xtracycle a fabricantes que pretendam criar produtos compatíveis com os seus acessórios, a TerraCycle criou um quadro similar ao FreeRadical mas adaptável a quase qualquer bicicleta ou triciclo, sejam estes normais, reclinados ou dobráveis, e totalmente compatível com os acessórios Xtracycle.

Vista dos apoios Cargo Monster

A este quadro deram o nome de Cargo Monster! E diria que o nome assenta perfeitamente 😀 :

Cargo Monster a transportar rede para vedação

O kit é composto por:

  • quadro Cargo Monster
  • todas as peças necessárias para a bicicleta/triciclo onde será montado
  • extensões de cabo para o desviador traseiro
  • kit LongTail da Xtracycle (com os V-Racks, os FreeLoaders e o Snapdeck, i.e., suportes, sacos e plataforma)

Actualmente existem suportes para instalação em triciclos reclinados da Catrike, Greenspeed e Whizz-Wheels, estando os suportes para os trikes da ICE, entre outras marcas, a ser desenvolvidos para estarem disponíveis em 2010.

O quadro é uma versão do FreeRadical mais resistente à torção e muito ajustável para se adaptar a vários modelos de bicicleta ou triciclo, variando o apoio de montagem consoante a estrutura dos mesmos. Actualmente a TerraCycle foca o desenvolvimento dos apoios para montagem nos triciclos reclinados mas estes estarão disponíveis para outros modelos em que não seja possível instalar um quadro FreeRadical Xtracycle.

O quadro tem ainda apoios para um kit de assistência eléctrica (em desenvolvimento da EcoSpeed) montado a meio, apoios para roldanas de gestão de corrente, a.k.a. idlers, (para as montagens que delas necessitem), e um apoio para travão de disco de 203 mm.

Quem por cá procurar uma solução de triciclo reclinado baseada no Cargo Monster poderá adquiri-la via Cenas a Pedal para quase todos os modelos Catrike e, assim que estejam disponíveis os apoios, nos modelos ICE sem suspensão. Estamos também à espera para saber se haverá apoios para os KMX Karts (ou outros triciclos com tubagem quadrada).

Um exemplo de solução final que podemos fornecer: um Catrike Expedition:

Catrike Expedition com um kit Cargo Monster

O preço do kit Cargo Monster é de € 890 (o dobro de um FreeRadical + Kit LongTail) e ofereceremos a instalação do mesmo na aquisição conjunta e simultânea de um triciclo e de um destes kits, para entregas em mão aqui em Oeiras.

Mais fotos via Bike Portland:

Leiam também os relatos sobre o lançamento do Cargo Monster no BikePortland e no BentRider Online.

Mais detalhes serão adicionados ao nosso site logo que possível. Vão espreitando os tweets. 😉

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Projecto Life Cycle na Rádio Renascença

No passado dia 22 de Setembro, Dia Mundial Sem Carros, foi emitida pela Rádio Renascença, ao longo do dia, uma peça sobre o projecto Life Cycle, do qual a Cenas a Pedal é embaixadora e parceira na vertente de formação, que contou com a minha colaboração. 🙂

[audio:http://cenasapedal.com/site/media/content/CycleTraining/LifeCycle/Radio_Renascenca_-_LifeCycle.mp3]
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Ultrapassagem de ciclistas por motoristas, também uma questão de conforto

É costume apontar a distância mínima de passagem entre veículos como uma questão de segurança, porque o é. Menos comum, porém, é referir que a distância deixada entre veículos no momento da ultrapassagem também é uma questão de conforto.

Quando alguém opta por usar o carro quando tem à disposição transportes públicos que perfazem o mesmo percurso e por vezes até de forma mais rápida, é habitual que a base dessa decisão seja o conforto acrescido do carro. Os assentos do carro são confortáveis e ergonómicos e o carro pode estar equipado com ar condicionado.

Um ciclista também usufrui de um nível de conforto e ergonomia variáveis que estão relacionados com o estado mecânico da bicicleta, o selim, a posição de condução.

Outra variável do conforto dos condutores é a proximidade de circulação de outros veículos relativamente ao seu.
Um motorista que seja seguido por um veículo a uma distância que impeça o condutor deste segundo veículo de parar a tempo de evitar uma colisão numa situação de emergência, não é apenas inseguro, como é desconfortável. Aumenta os níveis de stress do motorista que segue à frente e isso causa desconforto.

Se um motorista de um veículo ligeiro for ultrapassado por um veículo pesado com uma diferença de velocidades de uma ordem de grandeza de 2 ou 3 vezes, e esta ultrapassagem for iniciada e terminada a poucos cm do primeiro veículo, o condutor deste verá o seu estado de stress elevar-se a níveis que causarão decerto um enorme desconforto.

Agora imagine-se a mesma situação entre ciclistas e motoristas de diversas classes de veículos. Facilmente se circula em cidade e nas localidades a velocidades acima dos 60km/h, um ciclista que use a bicicleta para transporte no dia-a-dia é capaz de manter velocidades entre 14km/h a 30km/h. Uma ultrapassagem de um ciclista por um condutor de um veículo ligeiro é próxima em sensação à ultrapassagem de um motorista de um veículo ligeiro por um motorista de um veículo pesado.

Se nas situações que refiro atrás um motorista sente desconforto e está dentro de uma casca metálica e insonorizada, mesmo que não utilize a bicicleta no dia-a-dia, não lhe custará muito ter pelo menos uma ideia sobre como se sentirá um ciclista em situações semelhantes, se pensar nisso um bocado.

Se um motorista tem ao seu dispor os níveis de eficiência e potência dos veículos motorizados actuais, deve exigir-se que faça uso adequado destes, tendo maior consideração pelos condutores de veículos que destes não dispõem. Por alguns segundos, ou minutos de atraso causados pela redução de velocidade recuperável de forma imediata e sem esforço com o mero aperto do pedal de aceleração, é possível garantir que os condutores de veículos sem essas facilidades mantenham um nível de conforto equivalente ao exigido pelos motoristas.

Por este motivo o mínimo que se pode exigir aos motoristas que encontrem um ciclista a circular na sua via é que tendo em conta o conforto do ciclista, tentem fazer o seguinte:

Reduzir a velocidade do veículo que conduzem ao avistar um ciclista:
reduzir_velocidade
Deve ser tido em atenção que a velocidade a que segue o ciclista será pelo menos metade da velocidade a que seguem os veículos motorizados (até menor na maior parte dos casos) em estradas com o transito fluído.
Pode não ser possível efectuar a ultrapassagem imediatamente e por isso será necessário equiparar a velocidade do veículo motorizado com a do ciclista.
Para poupar os travões e pneus do veículo, o motorista deve reduzir a velocidade atempadamente e de forma suave e dessa forma transmitir aos condutores que seguem atrás de si que devem também reduzir a velocidade dos veículos que conduzem.

Ao aproximar-se do ciclista, devem manter uma distância que garanta o conforto deste:
distancia_de_perseguicao

Se a faixa de rodagem tiver mais do que duas vias em cada sentido, o motorista deve utilizá-las de forma a mais uma vez garantir o conforto do ciclista. Deve ultrapassá-lo utilizando uma via à esquerda do ciclista. Impedirá também assim que outro veículo o ultrapasse enquanto ultrapassa o ciclista, obrigando-o a aproximar-se deste, e resultando na redução do seu conforto e pondo também a sua segurança em risco:
duas_vias_em_cada_sentido

Se a faixa de rodagem tiver apenas uma via em cada sentido, o motorista deve efectuar a ultrapassagem correctamente, usando a via de sentido contrário na totalidade. Desta forma garante o conforto do ciclista e permite que os veículos que seguem atrás de si percebam que circula um ciclista na mesma via:
uma_via_em_cada_sentido

Se quando conduzimos um veículo motorizado valorizamos o conforto que ele nos proporciona, devemos ter em conta aquilo que contribui para esse conforto e tentar não afectar os condutores dos outros veículos de formas que comprometam o seu conforto.

Um ciclista não tem uma casca metálica e insonorizada à sua volta, e os pedais que propulsionam o seu veículo requerem um esforço muito maior da sua parte que um veículo motorizado requer do seu condutor. O conforto da sua viagem não só depende do selim, do guiador, da posição das manetes de travão ou da disposição da carga no suporte, por exemplo, depende também com um peso muito significativo da interacção com os condutores dos outros veículos, principalmente os motorizados.

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Kart KMX Tornado: Evolução do modelo ST

Para demonstrar as diferenças entre o modelo ST e o modelo que representa a sua evolução directa, o Tornado, tirámos algumas fotos comparativas de ambos.

Vistos lado-a-lado de frente é possível observar logo algumas diferenças:

KMX Karts ST e Tornado lada a lado
  • O guiador já não tem eixo central e passa a ser directo às rodas, passando a geometria da direcção a ser Ackerman pleno. Com isto a regulação em largura é feita apenas com a rotação de cada porção do guiador, e passa a ser mais ergonómico regular o alcance destes.
  • O assento agora tem uma estrutura de apoio rígida e anatómica. Esta mudança pode ser uma questão de gosto pessoal, já que ambos os tipos de assento têm vantagens.
  • A passagem da corrente foi arrumada no quadro e deixa de passar por baixo do assento. Além disso é feita com apoio de 2 roldanas dentadas com rolamentos que oferecem menos resistência do que os tubos plásticos usados anteriormente, e fazem menos ruído.
Vista pormenorizada do guiador e conjunto de direcção:

Vista do guiador do STVista do guiador do Tornado
  • Aqui é possível ver também o novo sistema de bloqueio do tubo de extensão do eixo pedaleiro. No ST era feito com 2 parafusos de aperto rápido, idênticos aos normalmente usados nos eixos das rodas. No Tornado é feito com a ajuda de 2 parafusos que aparafusam no quadro. A funcionalidade é idêntica, mas considero o novo sistema mais simples de ajustar sem ferramentas. No ST é necessário uma chave de porcas de 10mm para ajustar a força do fecho, no Tornado basta apertar mais os parafusos.
Vista da pedaleira:

Pedaleira do STPedaleira do Tornado
  • A pedaleira quem vem com o Tornado traz uma protecção do prato plástica. Para o tipo de utilização que os nossos veículos de aluguer têm, por exemplo, esta mudança será positiva, já que a protecção metálica sofre danos com mais facilidade e degrada esteticamente mais rapidamente.
A passagem da corrente:

Passagem da corrente no STPassagem da corrente no Tornado
  • Nestas imagens é possível comparar a passagem da corrente em ambos os modelos. No ST o retorno da corrente era feito por dentro do quadro, mas a outra porção era conduzida por um tubo de plástico que passava por baixo do assento. No Tornado ambas as porções são conduzidas por dentro do quadro, e como a posição da corrente deixa de estar na direcção directa das pernas, deixa de ser necessário cobri-la com o tubo como anteriormente. A transmissão fica assim mais arrumada e mais silenciosa.
Pormenor do assento:

Assento do STAssento do Tornado
  • Do ST para o Tornado, a estrutura do assento ficou mais simples e o seu ajuste mais flexível. Agora o assento é mais fácil de montar e desmontar e passou a ter 3 posições de instalação no quadro. Além disso também passou a ser possível ajustar a sua inclinação, o que permite ao condutor mais flexibilidade de ajuste às suas preferências.
  • Nestas imagens também é possível observar outro melhoramento na transmissão: a recolocação da roldana traseira conduz melhor a corrente para a cassete.
Algo que não foi alterado e que dá imenso jeito para arrumação é a manete do travão traseiro com bloqueio. Permite arrumar o kart ao alto contra uma parede:

Arrumação dos KMX Karts

8)

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Arte e Design Human powered

Geração de energia na bicicleta

Deco Goodman (que infelizmente tem um site todo em Flash…), um designer norte americano, concebeu um conceito de geração de energia para bicicletas que não só utiliza a rotação das rodas, como também as irregularidades do terreno. Chamou-lhe fE (free energy). Este projecto foi concebido no âmbito de uma cadeira da universidade que frequenta.

Aspecto final de algumas partes do conceito

A ideia baseia-se em dois componentes de geração de energia: um sistema de ímanes e bobinas na roda traseira e um sistema de amortecimento com chips piezoeléctricos no espigão do selim.

O sistema de íman e bobina não é novidade, porém o costume é usar apenas 1 ou 2 ímanes presos nos raios da roda. No desenho de Goodman, seria utilizada uma fita flexível presa aos raios com ímanes em intervalos reduzidos. Desta forma o efeito do campo magnético é mais constante. Não é explícito nos desenhos de que forma será gerido o aumento de resistência para auxiliar a travagem e produzir mais energia, mas deduzo que fosse através de um circuito electrónico.

Diagrama do gerador da roda traseira

O espigão de selim teria uma suspensão integrada, que geraria energia quando activada pelas irregularidades do terreno.

Diagrama do sistema de suspensão do espigão do selim

Estaria integrada também no espigão a bateria para guardar a energia produzida pelos dois sistemas. Pelo que pude deduzir, esta bateria serviria para alimentar as luzes da bicicleta, não sendo possível perceber se o designer teria outras ideias de utilização da energia, ou de outros sistemas que pudessem utilizar a bateria (lanterna para campismo, rádio, gps, etc), quer directamente, quer por exemplo através de uma ligação USB, que é cada vez mais comum nos gadgets do dia a dia.

Bateria e luz traseira

Esta ideia poderá ser mais uma que não chega a ser produzida, mas tenho curiosidade em saber se seria viável. Resta esperar para saber se o designer produz pelo menos algum protótipo funcional para testes. 🙂

[Via TreeHugger]