A Carma, uma bicicleta feita a partir de peças de automóveis, que até ganhou um Cycling Visionaries Award, na última Velo-City, em Viena, está disponível no nosso atelier para quem a queira ver ao vivo e pedalá-la (com vista a “pagar” o karma da sua vida passada como automóvel):
Autor: Ana Pereira
Instrutora de condução, formadora em segurança rodoviária, e consultora em mobilidade & transporte em bicicleta. Bicycle Mayor of Lisbon 2019-2020.
Olhem que fixe, somos um dos Segredos de Portugal, partilhados pelo Jornal Expresso do passado dia 22 de Junho. 🙂
Se quiserem saber mais sobre os cursos da nossa escola, é visitar esta página. E no suplemento de Maio do Boletim de Santa Isabel também divulgaram aqui o nosso estaminé! 🙂
Apanhada na Massa
Lembram-se da campanha para equipar a ReFood com uma bicicleta de carga, uma longtail Yuba Mundo, em que colaborámos, no final do ano passado?
Pois o objectivo foi duplamente atingido, e foi possível adquirir 2 longtails. 🙂
A primeira foi fornecida por nós, e está em uso desde o fim do ano passado. Aqui o vídeo da montagem:
A segunda foi fornecida pela Dourobike, do Porto, e já cá está também.
Na última Massa Crítica, de Maio, a “nossa” Mundo foi apanhada pela Massa por uns instantes, e não perdi a oportunidade de a filmar em pleno desempenho das suas funções na ReFood! 🙂
Obrigada a todos os que contribuíram e que ajudaram a divulgar a campanha!
Faz este mês 2 anos que lançámos a Feira de Bicicletas Maduras! 🙂
E este sábado há mais uma edição. A última foi assim e assim:
Dêem cá um salto e tragam as ciclo-coisas que tiverem lá para casa, sem uso, quem sabe não encontram novo dono? 🙂 Ajudem a divulgar, é só partilhar a página do evento no Facebook, por exemplo. É das 15h às 17h, aqui no n.º 38 da Avenida Álvares Cabral!
Preço para usar a ponte 25 de Abril para atravessar o rio Tejo, para quem anda de carro (fonte):
- Norte-Sul: gratuito
- Sul-Norte: 1.60 € a classe 1
Preço para usar a ponte Vasco da Gama para atravessar o rio Tejo, para quem anda de carro (fonte):
- Norte-Sul: gratuito
- Sul-Norte: 2.60 € a classe 1
A Transtejo tem alguns ferries a fazer a ligação Cacilhas-Cais do Sodré que transportam automóveis. O preço é o do bilhete do passageiro + bilhete do veículo: 1.20 € + 4.70 € = 5.90 € (a ponte é mais barata).
Quem anda a pé ou de bicicleta não tem forma de atravessar o rio Tejo de forma livre e autónoma. Está sujeito à disponibilidade e condições dos transportes públicos (horários, greves, lotação, etc).
Para atravessar o rio Tejo, quem se desloca a pé ou de bicicleta tem que pagar desde 1.15 € (para Porto-Brandão-Trafaria) a 2.70 € (para o Montijo), se for de barco – a bicicleta viaja gratuitamente, mas está limitada à lotação definida e não é possível reservar previamente (fonte), ou 1.80 €, se for de comboio – a bicicleta viaja gratuitamente (fonte), ou 1.35 €-1.80 € (pelo menos), se for de autocarro (fonte) – a bicicleta só viaja se for um modelo dobrável!
Resumindo, para ir à outra margem e voltar:
- de carro pago 1.60 €
- a pé ou de bicicleta sou forçada a usar e depender das condições, rotas e horários do transporte público e pago de 2.30 € a 5.40 €
Sei que noutros países (embora não tenha fontes para indicar agora) algumas pontes incluem acessos independentes para peões e ciclistas. Ou quando esses não existam, há transportes públicos a fazer a ligação gratuitamente. De outra forma, há aqui uma discriminação negativa do contribuinte que opta por modos activos (dado que as pontes não são financiadas apenas pelas portagens).
Resumindo: quando terão os utilizadores de bicicleta força política suficiente para forçar as autoridades portuguesas a abrir as pontes sobre o Tejo ao tráfego não-motorizado?
A ponte 25 de Abril começou com 2 vias em cada sentido, e agora está com 3.
Se revertermos ao modelo original, sobra espaço para criar um canal para caminhantes e ciclistas (e é sempre um canal livre para acesso de veículos de emergência…). É só querer:
E se alguém se lembrar de dizer que não pode ser porque o trânsito automóvel já é muito elevado e congestionado, eu digo: exactamente por isso é que deve ser reduzida a oferta. Isso vai ajudar a tornar mais competitivas as alternativas: transportes públicos e modos activos, e a reduzir a entrada de automóveis na cidade de Lisboa, que já sofre o suficiente para os acomodar a todos, seja a circular seja a estacionar…
Ainda não se estão a discutir privilégios para quem opta por modos mais sustentáveis, sem as externalidades negativas associadas aos modos motorizados, estamos apenas a falar, para já, de equidade.