Trailer do documentário “Beauty and the Bike“, acerca de como pôr mais raparigas britânicas adolescentes a andar de bicicleta no dia-a-dia:
[Via]Acho uma iniciativa fantástica. Só tenho pena que batam tanto na tecla das ciclovias (a velha lenga-lenga do “basta um bocadinho de tinta”), deixando de lado o verdadeiro problema a resolver: o domínio do carro no espaço público.
Além do documentário haverá uma exposição fotográfica e um livro. Vejam também o site Bike Belles.
3 comentários a “A Bela e a Bicicleta”
[…] também um ensaio para o Bicinema. Sábado será a sessão inaugural, oficial, com a exibição do documentário “A Bela e a Bicicleta” (com legendas em […]
Pedro, só não percebo a lógica do «a única maneira de trazer mais pessoas para este meio de transporte é mesmo dando-lhes a segurança da forma mais evidente das vias exclusivas. Depois, naturalmente, as pessoas vão sair das ciclovias e andar pelas estradas de uma forma natural…». Se o que impede as pessoas de andarem de bicicleta for a segurança (objectiva ou subjectiva), e se as ciclovias resolverem esse problema (pelo menos o da segurança subjectiva), como, quando e porquê se dará o salto da “zona segura” para a “zona perigosa”? Não seria de esperar que as pessoas só andassem nas ciclovias? Como é que treinar algo numa “zona segura” te estimula ou ensina a treinar esse mesmo algo numa “zona perigosa”?
E se isso realmente acontecer, se as pessoas começarem a usar a estrada e não só a ciclovia, não poderá significar que o factor fundamental para as pessoas começarem a usar a bicicleta no dia-a-dia não é ter “zonas seguras” mas simplesmente já terem algum hábito de usar a bicicleta? E nesse caso, não haverá formas de promover esse “experimentar” a bicicleta que sejam mais eficientes do ponto de vista do investimento público, da segurança de todos os utentes da via pública, da saúde pública, da “livability” das cidades, etc, etc? Não fará sentido que nos guiemos pela máxima “First, do no harm.“?
O uso da bicicleta tem aumentado visivelmente nos últimos 3 anos, praticamente sem ciclovias. O que está a causar este aumento? De que forma é que essas causas poderão ser estimuladas pelas entidades públicas e privadas?
Nestas questões, muitas vezes tenho mais perguntas que respostas…
deixa-me só dar uma opinião sobre as ciclovias: em principio concordo com o que dizes mas no nosso caso em particular enquanto não houver ‘massa crítica’ de ciclistas suficiente o poder vai continuar a achar tudo isto ‘giro’ e ‘verde’ mas não uma alternativa séria e a única maneira de trazer mais pessoas para este meio de transporte é mesmo dando-lhes a segurança da forma mais evidente das vias exclusivas. Depois, naturalmente, as pessoas vão sair das ciclovias e andar pelas estradas de uma forma natural… deixa-me também comentar que este aspecto das mulheres a andar de bicicleta é importantíssimo, quando houver mais mulheres a andar de bicicleta saberemos que atingimos um ponto de não retorno porque são elas que vão atrair mais homens e famílias. São elas que vão provar que andar de bicicleta é ‘cool’ e seguro.