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“Têm bicicletas baratas ou em 2ª mão?”

Feira de Bicicletas MadurasEsta é uma pergunta que ouvimos com alguma regularidade no atelier. Neste momento a Cenas a Pedal não comercializa, salvo excepções pontuais (como quando renovamos a frota de aluguer), artigos em 2ª mão, mas tentamos ajudar as pessoas a transaccioná-los entre si promovendo a Feira de Bicicletas Maduras.

Também não oferecemos soluções de bicicletas verdadeiramente Low Cost apenas porque isso quase sempre significa comprometer o valor do produto ou do serviço associado a ponto de corrermos o risco de não conseguirmos operar de acordo com os nossos valores. A título de referência, a bicicleta citadina (equipada com o equipamento essencial: pára-lamas, apoio de descanso, luzes, protecção de corrente, porta-bagagem) mais acessível que podemos fornecer anda nos 300 €, uma pedelec nos 1.300 €, e uma dobrável nos ~400 €, sendo que as que recomendamos começam nos 500 €, 1.850 € e 750 €, respectivamente.

Contudo, compreendemos que, por vezes, o orçamento é mesmo limitado e esperar e poupar para investir melhor (algo que recomendamos sempre) não é uma opção viável, pelo que a única alternativa é mesmo encontrar uma solução de compromisso. Aqui o mercado de usados pode ser uma alternativa interessante.

É sempre preferível comprar uma bicicleta de melhor qualidade mas em 2ª mão do que uma bicicleta nova tão barata que se revele quase “descartável”.

Cuidados ao considerar comprar uma bicicleta nova mais barata

Perceber porque é que a bicicleta é tão barata, para descobrir o preço a pagar pelo low cost, e decidir se estamos disposto a pagá-lo. Será:

  • porque lhe falta muita coisa, ex.: pára-lamas, apoio de descanso, luzes, protecção de corrente, porta-bagagem?
    • quanto tempo levará a encontrar estes acessórios, que sejam funcionalmente e esteticamente compatíveis com a bicicleta, e quanto irão custar? E quanto irá custar a sua instalação se não a fizermos nós próprios?
  • porque tem um design muito particular e/ou componentes próprios que a tornam pouco compatível com outros componentes ou acessórios?
    • será possível montar uma cadeirinha de criança, instalar um porta-bagagem ou uns pára-lamas? E se for possível, será que tem que ser algo tão específico, para dar, que se revele caro ou limitativo?
  • porque os materiais e/ou componentes usados são de menor qualidade (mais pesados, menos funcionais, difíceis de afinar ou reparar, menos confortáveis, menos seguros, etc)?
    • estou disposto a tolerar uma bicicleta pesada nas subidas ou mesmo a arrumá-la em casa ou a subir para o comboio?
  • porque tem menos ou pior equipamento (ex.: não ter mudanças ou não as suficientes, não ter suspensão ou esta ser de pior qualidade, etc)?
    • estou disposto a usar uma bicicleta menos confortável ou ergonómica, com mudanças menos adequadas para os meus percursos?
  • se a bicicleta é dobrável, porque é mais lenta ou difícil de dobrar, ou porque dobrada fica muito volumosa e/ou pesada para transportar?
  • se a bicicleta é eléctrica, porque é muito pesada, tem pouca autonomia, tem pouca força nas subidas, ou limitações a nível do painel de controlo?
  • a garantia oferecida pela marca e/ou vendedor é limitada?

Porque muitas vezes o barato sai caro, importa analisar bem estas questões antes de escolher a bicicleta a comprar e a quem, para evitar surpresas desagradáveis.

Onde encontrar bicicletas novas baratas?

  1. Órbita (tem loja online), lojas de bicicleta de rua, grandes superfícies dedicadas ao desporto (ex.: Decathlon), mas evitar comprar em hipermercados!!
  2. procurar em sites de compras colectivas, por exemplo:
    1. Forretas

Comprar lá fora

Ao procurar pechinchas online (e no estrangeiro), não deixe de fazer bem as contas, para não ter uma surpresa dispendiosa:

  • portes de envio
  • IVA*
  • taxas aduaneiras*
  • assistência na venda (o sistema de e-commerce não o vai avisar que as peças que comprou não são compatíveis ou que vai precisar de mais isto ou aquilo)
  • garantia (se tiver algum problema com a bicicleta/ componente / acessório como funciona a garantia, como vai ser a comunicação com o vendedor, e quem paga os custos de envio para mandar o artigo de volta, etc?)

* Para compras dentro da UE o IVA é o do país onde é feita a compra, e não há taxas aduaneiras, só tem que saber o valor dos portes. Para compras de fora da UE (ex.: EUA ou China) acrescem muitas vezes o IVA e taxas aduaneiras. Para compras entre 22 € e 150 € paga IVA, acima de 150 € paga IVA e direitos aduaneiros entre 1 e 4 %, geralmente.

Onde encontrar bicicletas usadas / em 2ª mão?

  1. começar por perguntar aos familiares, amigos, colegas ou vizinhos se têm alguma que queiram vender (às vezes têm para lá coisas que até nem usam…)
  2. outras lojas de bicicletas (nomeadamente aquelas que aceitam retomas)
  3. Feira das Bicicletas Maduras
  4. Feira da Ladra
  5. Empresas de compra e venda de usados (ex.: Cash Converters)
  6. procurar online em sites de classificados, por exemplo:
    1. Stock Usados
    2. Mini.mercado da Bina
    3. Coisas
    4. OLX
    5. Custo Justo
    6. MyCycle
  7. procurar online em sites de leilões, por exemplo:
    1. Leilões.net
    2. Ebay
    3. Miau

Algumas dicas

  • privilegiar os vendedores que apresentem a factura original da compra, para evitar o risco de comprar bicicletas roubadas
  • tentar sempre ver e experimentar a bicicleta antes de comprar, idealmente, ou pelo menos pedir algumas boas fotos dela para conseguir avaliar o melhor possível o estado dela
  • nas compras à distância, averiguar previamente o melhor possível a identidade, contactos e credibilidade do vendedor
  • em compras a particulares e à distância, solicitar o envio à cobrança, mas pode aceitar pagar previamente os portes de envio como sinal de boa-fé
  • MUITO IMPORTANTE: identificar previamente as eventuais necessidades de reparação, substituição ou afinação de componentes e depois pensar nisto:

a) será possível/fácil/barato encontrar as peças necessárias, e quem o fará?

b) o trabalho técnico necessário, quem o poderá e quererá fazer e a que preço?

Quanto mais antigas as bicicletas maior a probabilidade de ser difícil e/ou caro ou mesmo impossível arranjar peças de substituição, o que pode implicar ter que mudar mais coisas do que o previsto (implicando mais custos e, porventura, alterando a estética original da bicicleta, se isso for importante). Com bicicletas usadas mais antigas ou mesmo velhas, o trabalho a nível de mecânica que requerem é muitas vezes bastante superior ao normal para a mesma operação. Operações relativamente simples em bicicletas mais recentes e/ou bem mantidas, tornam-se frequentemente muito trabalhosas, e caras, numa bicicleta antiga/velha e não permitem um resultado final tão satisfatório (porque a base de partida simplesmente não o permite). Está disposto a pagar? Ajuste as suas expectativas.

Mecânica faça-você-mesmo

Para trabalhos de mecânica que ficariam caros de mandar fazer a alguém que tem que viver desse trabalho, a solução é fazê-los nós próprios, eventualmente com ajuda de terceiros, em oficinas comunitárias, onde se costumam acumular peças usadas doadas que às vezes salvam a situação, e onde voluntários ajudam a manter em circulação bicicletas que de outro modo iriam para o “lixo” ou seriam canibalizadas para manter outras. Estes espaços / colectivos desempenham, assim, um papel relevante na defesa do ambiente. Exemplos:

Nota final: seja na compra, recuperação ou reparação de uma bicicleta, tenha sempre presente de que se trata de um veículo no qual se vai deslocar a velocidades mais ou menos elevadas, frequentemente no meio do trânsito (automóvel mas também de bicicletas ou peões). Falhas catastróficas (rodas, quadro, transmissão, travões, pedais, guiador,…) podem conduzir a quedas e colisões, seja com lancis, muros, pilaretes, outros veículos (incluindo bicicletas) e até peões, mais ou menos graves dependendo das circunstâncias. Não comprometa a sua segurança nem a de terceiros. Não poupe no essencial.

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Lisboa a caminho de Bruxelas

É esta a cidade onde queremos viver?

Brussels Express from Sander Vandenbroucke on Vimeo.

Ruidosa, barulhenta, poluída, desagradável, stressante, hostil, e entupida? Quem é que, no seu perfeito juízo, se sujeita a perder horas da sua vida, todos os dias, preso dentro de um carro no pára-arranca, enquanto o stress e o sedentarismo nos destrói a saúde? Estaremos todos loucos?…

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Momento hiper-fofo da semana

😀

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Quando se pensava que não havia mais nada para inventar…

Apareceram as Nimble Cargo Scooters! Imaginem um encontro amoroso entre uma trotinete e uma bakfiets. Este seria o resultado. 😀

Quero mesmo experimentar isto um dia, eheheh!

Claro que em Lisboa (aliás, Portugal), isto seria pouco confortável ou mesmo viável na maior parte dos sítios pois as vias pedonais são geralmente irregulares, mal mantidas, obstruídas e sem desnivelamentos. 🙁 Neste contexto, estou muito mais confiante no potencial das Swifty (made in UK):

Estas são patinetes compactas e dobráveis, mas ainda assim confortáveis e seguras graças às suas rodas de bicicleta e pneus.

Swifty Scooters

Ficámos fãs desde que as descobrimos em 2009, ainda sob o nome de Geetobee, e quando ainda se dobravam como se fossem umas Brompton, o que nos atraíu muito. O design actual não fica tão compacto, mas ao menos rola dobrado. Parece-nos uma óptima solução de mobilidade pessoal nas pequenas voltas do dia a dia e em conjugação com os transportes públicos ou até com o carro (quando fica estacionado mais longe) nas cidades e estamos mortinhos por poder ter cá as primeiras para testar! O factor “dobrável” confere-lhes uma vantagem face às outras. 🙂 A cerca de 600 € não são baratas, esse montante paga uma boa bicicleta convencional ou uma bicicleta dobrável de qualidade aceitável, mas a Swifty é uma opção compacta, dobrável, leve, fácil de usar por toda a gente, pode circular nos passeios e zonas pedonais, e tem poucos componentes para fazer manutenção. Em voltas de até 1 Km, pelo menos, é mais competitiva do que uma bicicleta! 🙂

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“Descobrir como uma pessoa se equilibra numa bicicleta”

Depois de 200 anos de uso e inovação na bicicleta, os cientistas ainda estão a tentar descobrir exactamente como é que nós nos equilibramos numa bicicleta (vídeo!).

Já para o comum dos mortais a coisa é muito mais simples, ou já se faz sem saber muito bem como, ou aprende-se a fazer no nosso ABC da Bicicleta. 😉

Aproveitem as férias! 🙂 As próximas edições deste módulo para aprender a andar de bicicleta são já na próxima semana:

  • dias úteis: 26 a 29 Junho, 19h00-20h30
  • fim-de-semana: 30 Junho, 1, 7 e 8 de Julho, 9h30-11h00

Inscrevam-se já para garantirem a vossa vaga. Em Julho e em Agosto também vão haver cursos, o calendário será publicado até ao final deste mês. E, claro, há sempre a opção das aulas particulares para quem prefira ou precise.