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“Querido, mudei o ateliê” – V

Em contagem decrescente.

  • remendar, reparar e “alindar” – na medida do possível – o chão de tacos – check!

Chão de tacos reparado

  • pintar tecto em madeira de branco-areia – check!

A pintar o tecto

  • montar porta e janelas novas em alumínio – check!

Sem porta Habemus porta!

To be continued…

<a href=”http://www.flickr.com/photos/pedalpoweredstuff/5469765654/” title=”A pintar o tecto by Cenas a Pedal, on Flickr”><img src=”http://farm6.static.flickr.com/5018/5469765654_4fea5f9f99_m.jpg” width=”240″ height=”180″ alt=”A pintar o tecto” /></a>
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Para dar o mote a esta Primavera

Para este Sábado e Domingo, prevê-se:

Céu limpo, 21ºC.

Perfeito para aprender a andar de bicicleta!

  • ABC da Bicicleta“: 26 e 27 de Fevereiro + 5 de Março, 9h30-11h30, Estrela (Lisboa), 79 € (bicicleta incluída)

E o bom tempo tem tendência a manter-se, agora que estamos em contagem decrescente para a Primavera! 🙂 Pelo que há que tirar a bicicleta da garagem e fazer uma aula para desenferrujar e garantir que estamos prontos para rolar!

  • Clínica de Bicicleta“: 6 de Março, 9h30-12h30, Campo Grande (Lisboa), 24 € (traga a sua bicicleta)

E quando o bichinho dos modos activos pegar, preparemo-nos para circular por aí à vontade!

  • Ir & Vir de Bicicleta“: 12 e 13 de Março, 10h-12h, Campo Grande (Lisboa), 39 € (traga a sua bicicleta)

Toda a informação aqui.

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Me and my bike @Nairobi

[Via]

Também a propósito, no Brasil, alguém se indignou com mais um anúncio de greenwashing automóvel, e decidiu criar a sua própria versão, uma em que o slogan “mudar de direcção” é levado a sério:

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Pedicabs, a.k.a riquexós

A Cenas a Pedal podia ter começado por aqui:


Foto: Trixi

After a pedicab rideQuando voltei à bicicleta em 2005, após um interregno forçado de 7 anos, das muitas coisas giras que descobri online ao longo de mais de um ano de ávidas e intensas deambulações e pesquisas, os pedicabs foram uma de entre várias ideias por que me apaixonei, e de cujo sonho vou acalentando. Quando, na sequência desse período de “imersão velocipédica”, resolvi criar com o Bruno a Cenas a Pedal, nos idos de 2006, esta foi das primeiras e principais ideias que acarinhámos. Em 2008, na visita à Spezi, na Alemanha, tivémos até o privilégio de conduzir um, quando apanhámos um pedicabbie muito simpático que nos levou até à estação de comboios. 🙂

Pedicab é o termo inglês para designar um triciclo-a-pedal-táxi, também conhecido por riquexó. A propósito, alguém interessado em comprar um, estilo vintage? Há um à venda em Lisboa (e outro aqui).

Um “riquexó” é um «veículo de duas rodas para uma ou duas pessoas, puxado por uma pessoa a pé ou de bicicleta, frequente em cidades do Oriente», usando a definição da Priberam. O riquexó surgiu inicialmente como sendo, basicamente, uma carroça puxada por uma pessoa, há cerca de 150 anos.

Nos tempos mais recentes esta palavra evoluiu para incluir também versões modernas, e mais humanas, os triciclos riquexó, como os da primeira e segunda fotos, e os riquexós motorizados (tuc tucs e afins), que foram substituíndo (embora não completamente) os originais.

Na Ásia, onde surgiram e foram massificados, os pedicabs estão a desaparecer à medida que a sociedade se motoriza mais e mais (um reflexo da melhoria das condições económicas da população), e vão restando apenas como atracção turística:

Em contrapartida, no Ocidente, vão aparecendo mais e mais, também muito ligado ao turismo, mas não só, e utilizando veículos modernos, mais eficientes e menos duros para os condutores.

Há diversas marcas de pedicabs modernos, de posição de condução convencional ou reclinada, 3 ou 4 rodas, mais ou menos cobertos/fechados, com e sem assistência eléctrica, e com o condutor à frente ou atrás dos passageiros, sendo que os preços variam entre os 4.500 € e os 10.000 €, mais ou menos. Os modelos de negócio também variam, mas geralmente os condutores são trabalhadores por conta própria, que alugam os triciclos e obtêm depois o seu rendimento dos serviços de transporte (turísticos ou utilitários) que conseguem arranjar. Os proprietários dos triciclos vivem depois da publicidade nos veículos. E, claro, também há outros casos em que os condutores são funcionários da empresa. Os pedicabs são concorrência essencialmente para as charretes, onde estas existam (ex.: Sintra) e para os táxis automóveis normais.

Pedicab Vs Taxicab

Em 2006/2007 investigámos muito a ideia de trazer os pedicabs para terras lusas, marcas, modelos de negócio, legislação, etc, estabelecemos contacto com fabricantes, perguntámos por licenças e autorizações necessárias a Câmaras Municipais, IAPMEI, IMTT, etc. Desenvolvemos planos de negócio e até concorremos a programas de financiamento / apoio ao empreendedorismo. Infelizmente não tivémos sorte nessa frente, e o investimento inicial saía fora do nosso alcance (dois putos de 25 anos recém-saídos da faculdade, sem dinheiro nem crédito). Mas esse não era o único obstáculo, pois no processo descobri que o nosso Código da Estrada proíbe activamente o transporte de passageiros (adultos) em velocípedes. E sim, os pedicabs são classificados como velocípedes, pelo que não se tratava de uma questão de homologação nem, aparentemente, de licenças especiais locais. A resultar seria um pouco como os comboios turísticos, primeiro aparecem, depois regulamentam-se, o que são muitos “ses” para investir tanto dinheiro…

Não seríamos os primeiros tipos a usar pedicabs em Portugal, claro, nas minhas pesquisas enontrei referências a outras empresas, mas coisas pré-web 2.0, digamos assim. Haveria para aí pedicabs mas essencialmente usados em eventos e coisas do género. Com tudo isto, o sonho de nos tornarmos pedicabbies foi posto em stand-by. Mas outros tiveram a mesma ideia, e atiraram-se, apesar da legislação vigente. Houve uma falsa partida em 2007 com a Missão Zero, em Cascais, mas há hoje em Portugal, e desde 2007/2008, pelo menos duas empresas de pedicabs em operação, ambas usam a mesma marca de triciclos, embora não integrem a rede mundial de franchising da mesma.


Foto: Trixi

Os Funny Cruiser em Albufeira, e os CityCruisers em Setúbal. Esta última começou por funcionar em Lisboa, mas rapidamente se viu de mãos atadas pela legislação e falta de apoio das entidades públicas, e mudou-se para paragens mais progressistas, onde não se importam, e bem, de esticar os limites de uma lei desajustada da realidade…

Porque é que os pedicabs não proliferam e vingam em Portugal?

Esta questão é o exemplo acabado de como a falta de visão política e pró-actividade dos nossos políticos inviabiliza a inovação, e o desvio para a sustentabilidade nascido nas bases (vs. o que vem de cima, quando vem alguma coisa).

Há uma série de actividades com o potencial de criar emprego, de aliviar os congestionamentos, a poluição, o ruído, nas cidades, de contribuir para dinamizar a vida urbana e enriquecer o turismo, de promover social e culturalmente o estatuto da bicicleta como veículo utilitário, e de lhe dar visibilidade, que as rédeas-soltas dadas ao automóvel, a conivência das autoridades com o desrespeito pelas leis (estacionamento, circulação, velocidade,…) pelos seus condutores, e o subsidiamento público que é feito a estes, em detrimento de todos os outros modos (transportes públicos, peões, ciclistas), matam à nascença, porque o automóvel é sempre mais competitivo globalmente (vai a todo o lado, mesmo onde não pode, e estaciona em todo o lado, mesmo onde não pode, sempre impunemente). Os pedicabs são uma dessas actividades (a par da micro-logística em bicicleta, e até da publicidade móvel em bicicleta, etc).

Temos um Código da Estrada obsoleto, desajustado da realidade técnica, científica e social actual, e negativamente discriminatório dos condutores de velocípedes relativamente aos condutores de veículos motorizados.

  • o CE proíbe o transporte de passageiros adultos em velocípedes (mesmo que seja um desenhado e preparado para tal)
  • o CE obriga ao uso de capacete pelos condutores de velocípedes a motor (a obrigatoriedade geral do uso de capacete é totalmente descabida, mas ainda mais num veículo de 3 rodas e com cabina…)
  • o CE proíbe os triciclos e quadriciclos a pedal (velocípedes e velocípedes com motor) de circular nas ciclovias quando estas existam (há uma série de utilizadores de bicicleta que ficam excluídos de usufruir legalmente de muitas vias turísticas e recreativas)
  • as ciclovias que se vêm em Portugal são subdimensionadas em largura para bicicletas normais, quanto mais para triciclos e afins (principalmente tendo em conta a lei anterior)
  • as ciclovias em Portugal incluem demasiadas vezes degraus, curvas cegas e/ou demasiado apertadas, etc
  • o piso degradado (buracos, lombas, etc), misturado com carris e empedrado, um cenário demasiado comum em Lisboa, por exemplo, torna a cidade pouco tolerável para quem não se desloca num automóvel…

Ecomobile - Ciclovia Belém ecomobile elevador gloria Ecomobile - Rua de Barros Queirós

Esta situação ilustra o tipo de coisas que têm que ser alteradas no nosso Código da Estrada, e cujos esforços nesse sentido devemos apoiar.

Ao contrário do que a CML e o IMTT parecem ter avançado, a lei é bastante clara quanto aos pedicabs: são proibidos. A excepção é o transporte de crianças, desde que usem capacete (outro disparate, dado o veículo em causa), uma vez que se pode considerar o pedicab um “dispositivo especialmente adaptado para o trasporte de crianças”.

promenadepedicabs

O Trikidoo é uma versão light de um pedicab para levar miúdos.

De qualquer modo, aparentemente não terá sido este obstáculo legal a ditar o desaparecimento dos CityCruisers de Lisboa, mas sim a falta de licença concedida pela Câmara para estes veículos acederem e circularem por zonas pedonais (é o que depreendo da notícia, não haveria razão para terem que estacionar os triciclos em cima de passeios, podem muito bem ser parqueados na estrada). Se assim for, realmente, a história repetir-se-á para este projecto mais recente.

Sofremos, assim, duplamente, pela falta de zonas pedonais, livres de automóveis (em número, extensão e conectividade), e pela falta de tolerância para com estes transportes públicos, os pedicabs, a título de excepção, nas poucas que existem (e com maus acessos, muitas vezes). Comparem com Barcelona:

Este é apenas um exemplo de para que deveria servir uma alteração ao CE e o Plano Nacional de Promoção da Bicicleta e Outros Modos Suaves

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Novidades KMX

O modelo topo de gama Venom foi pensado para uma utilização em estrada mais desportiva e, por este motivo, equipado com componentes mais leves e mais avançados que o modelo Viper.

Este ano o Venom vai ser relançado com algumas alterações técnicas e uma boa novidade, o preço: 1699 € – que ficou mais equilibrado na progressão dos modelos.
O quadro do Venom foi redesenhado em alumínio com uma secção reforçada que permite reduzir o seu peso (16,9 kg vs 19,5 kg do Viper) mantendo a sua robustez. É 30 cm mais largo e mais comprido para garantir também maior estabilidade.

Este novo modelo vai estar disponível para entrega a partir de Março, mas já podem efetuar pré-encomendas. 😉

Além da revisão do quadro, uma das novidades que acho interessante em termos ergonómicos e funcionais, é a colocação dos manípulos nas terminações dos guiadores. O assento é ajustável através de um sistema deslizante, continua a permitir a regulação de ângulo e ganha apoio lombar.

É possível ver as especificações mais detalhados no seguinte documento: Venom 2011 (PDF).

Além desta atualização do modelo Venom, é possível agora encomendar qualquer modelo da linha Sport ou Performance de adulto, com o cubo S7 da SRAM, o sistema Dual Drive da SRAM ou o Speedhub da Rohloff. O Dual Drive está também disponível como opção de atualização!

Está também disponível um sistema de travão hidráulico para as rodas da frente, que pode ser instalado em qualquer modelo Sport ou Performance de adulto, tal como um suporte de luz traseira, e em breve um suporte de ciclocomputador.

Além dos kits BionX que já disponibilizamos, é agora possível ter instalado de origem um kit BionX em qualquer modelo Sport ou Performance de adulto (não compatível com os cubos S7, Dual Drive ou Rohloff).