Freewheelers é uma série de documentários retrato sobre bicicletas diferentes e ‘in’ e das pessoas que as usam – de fixies “faça-você-mesmo” e cobiçadas bicicleta vintage até bicicletas como arte ou manifestações (ou manifestos) de estilo pessoal. Uma nova série original sobre liberdade, bicicletas e viajar em estilo.
Caz, London cycling blogger and fashionista, tells us about her love affair with a pale blue Pashley Poppy and her crusade against helmet-hair.
Charlie, a London artist and former bike courier, organised a race to the ‘centre of the earth’ in Uganda using Indian-made ‘Hero’ bikes, the most popular bike for local couriers. He bought his Hero home to London in a suitcase; Here he is unpacking it for Babelgum.
Beneath their prickly exterior London’s bike couriers are warm and cuddly idealists. Or at least, one of them is. We meet courier Crazy Socks and his gritty Surly Steamroller.
London-based artist and designer Benedict Radcliffe shows us his beautiful flourescent bikes – there’s no chance of car drivers not seeing you when you’re atop one of these beauties. Find out more at www.benedictradcliffe.co.uk.
Sharp-suited dandy Neil is a drinks writer for The Chap, a magazine aimed at the modern gentlemen. Neil takes us on a tour of his vintage penny farthing, the vehicle of choice for the 19th-century playboy. It’s still turning heads (and setting hearts aflutter) in modern-day London.
Photography student ‘Chicago Greg’ brings cool rides to life at Soho’s hippest cycling store, Tokyo Fixed Gear, in London. He combines a laid-back style with fast-moving eye candy – check out his self-build.
Ao contrário de uma teoria famosa, as bicicletas não são aspiradores. E esperemos que nunca sejam.
A escolha pela bicicleta em detrimento de outras opções de mobilidade é uma afirmação. De estilo, de filosofia, de liberdade (ou mesmo de falta dela). Mais ainda num contexto em que esta opção é social, física e culturalmente desfavorecida. E a escolha da bicicleta em si é uma forma de expressão, um reflexo dos nossos gostos, um elemento do nosso estilo estético e funcional pessoal. Não, a bicicleta não é um aspirador… No mínimo é como o vestuário, o automóvel, a casa, extensões, reflexos, consequências da nossa filosofia de vida, condições económicas, necessidades e preferências estéticas. Ninguém usa o aspirador se não tiver mesmo que o fazer, e o objectivo não é o uso do aspirador mas o resultado do seu uso: limpeza (objectiva ou simplesmente a sensação reconfortante da mesma). A bicicleta usa-se só pelo prazer de a usar, ou só pelo exercício físico que nos proporciona, mesmo quando não temos nenhuma necessidade de transporte a suprir. E não deixa de nos dar prazer e proporcionar exercício quando a usamos só para ir de A a B.
Não tenhamos medo das depreciativamente chamadas ‘sub-culturas’ da bicicleta. Fixies, dobráveis, vintage, de carga, de estrada, reclinadas, familiares, BMX, BTT, etc, etc. Não são sub-culturas, são mais como tribos, onde cada um pode procurar um sentido de identificação e pertença, entretenimento e diversão, criatividade. Sem que isso aliene os das outras tribos ou os que não têm tribo, e sem lesar ninguém. Não há razão nenhuma para deixarmos a bicicleta de fora das coisas que fazem e dão a cor, o sal e a pimenta, à vida. 🙂
Prefiro 100 ciclistas por convicção, paixão, ou simples opção, do que 1000 ciclistas ‘aspiradores’. “Propósito” é muito importante, é a diferença entre interessante e diverso e aborrecido e monótono.
5 comentários a “Freewheelers”
Já conhecia o Freewhelers, e é sem dúvida um projecto interessante.
Mas não me parece que seja uma questão de medo das “sub-culturas” – elas existem, e existirão sempre. Umas mais inclusivas, outras mais sectaristas. Elas são positivas, mas há que saber olhar para além delas. Há que perceber que se queremos uma utilização massiva da bicicleta, ela será certamente menos apaixonada em percentagem, daquilo que é actualmente. Mas em termos absolutos, haverá certamente mais gente “apaixonada”. Não é preferir 100 ciclistas convictos a 1000 “aspiradores” – se conseguirmos ver para além das “sub-culturas” (sem qualquer conotação depreciativa), em vez de 100 ciclistas convictos apenas, teremos vários milhares de ciclistas, onde a maioria será “cinzentão-aspirador” mas onde certamente teremos muitos mais do que apenas os tais 100 ciclistas convictos. Tal como há milhões de automobilistas, mas só uma parte deles é que é “entusiasta”. Se desejarmos apenas ciclistas entusiastas, então nunca deixaremos de ser uma minoria…
Não defendo na integra, os “ensinamentos” do Mikael Colville Andersen, mas também percebo as intenções que as palavras podem ter. A leitura que se faz de muito do que ele escreve, necessita de uma conversão para as realidades específicas de cada país. E se compararmos os diversos blogs Cycle Chic espalhados pelo mundo, todos eles reflectem uma cultura local muito própria. Mas a realidade é que todos tentam apelar à parte emotiva do cidadão comum, e não pouco frequentemente, até fazem uso de elementos das tais “sub-culturas” – o próprio Copenhagen Cycle Chic o tem feito.
Mas acima de tudo, como tenho defendido, o necessário é ir “pregar para fora da igreja” – e a linguagem a utilizar, tem de cativar quem ainda está fora da “carruagem”.
Miguel, talvez não me tenha expressado da melhor forma. Este post não pretendia afirmar o meu desagrado por “ciclistas- aspirador”, quantos mais melhor. Apenas partilhei a minha preferência por hábitos deliberados vs. “automatizados”, digamos assim, neste caso no que ao uso da bicicleta diz respeito. Do ponto de vista intelectual, são mais estimulantes, e são também mais estáveis, porque são um resultado de preferências e valores pessoais, que são mais constantes, e não um resultado directo das circunstâncias (que se podem alterar muito rapidamente).
Enquanto a nossa sociedade não levar, naturalmente, as pessoas a optarem em massa pela bicicleta, são os “ciclistas deliberados” a manter a bicicleta viva, e não gosto de os ver subestimados, paternalizados ou denegridos de alguma forma, é só isso.
Ok, então concordamos! 😉
… já os filmes são um precioso achado.
Mais uma vez o hiper-protagonismo do senhor de Copenhaga revelou um pouco mais do seu duvidoso gosto…
A pseudo-teoria do aspirador é totalmente despropositada.
Mais um resultado da máxima: em terra de cegos…