A recomendação (ou imposição legal nalguns sítios) do uso de capacete quando se circula de bicicleta é alvo de aceso debate. Por um lado, há a sólida evidência de que o uso de capacete pode salvar a vida ou pelo menos evitar danos graves ao ciclista em caso de queda ou colisão. Por outro, há estudos que mostram que os automobilistas assumem que um ciclista com capacete é a priori mais experiente e mais previsível, acabando por o ultrapassar ainda mais depressa e dando ainda menor distância do que se o vissem sem capacete. Também é argumentado que o próprio ciclista se sente (falsamente) mais seguro com um capacete e, por isso, pode adoptar um comportamento na estrada menos defensivo, aumentando o risco de ser envolvido num acidente. Em Portugal o uso de capacete com velocípedes não é imposto por lei. O ciclista deverá ponderar em que condições irá circular (vias segregadas ou partilhadas, em passeio, competição ou commuting, sozinho ou acompanhado, qual o estado da via e qual a afluência de tráfego – automóvel ou mesmo pedonal, etc) e optar pelo capacete sempre que seja apropriado (o que talvez seja… sempre). E já agora, se é para usar um capacete, há que colocá-lo correctamente! Sob pena de este poder fazer mais mal que bem em caso de acidente!
[Fonte aqui]
Bom, deixando para um post posterior a questão do capacete – to use or not to use, e focando-nos agora apenas no seu design. Se já repararam, há diferentes tipos de capacetes. Eu pessoalmente não gosto daqueles com muitos “buracos” e com cores e listras muito flashy. Também não gosto da ideia de usar aqueles com “projecções” atrás e/ou à frente porque receio que se por azar cair e bater com a cabeça no chão aquilo pode magoar-me o pescoço ou então empurrar o capacete para fora da sua posição correcta. Por isso escolhi o capacete mais redondo que havia na loja na altura. É cinzento-escuro, sem desenhos, sem pála nem projecções aerodinâmicas. Resultado: a minha presença é discreta mas pareço um cogumelo. 😛 Ora, o que eu queria era que este design sugerido pelo Ondrej Stanek chegasse a ver a luz de uma linha de produção!
Tem aquele estilo boémio, muito melhor que o mushroom look. 😉
Outra sugestão com que me deparei foi a do Alberto Villareal, embora a estética não me atraia. Parece que a inovação prende-se com o facto de este design incorporar as luzes no próprio capacete, uma vantagem óbvia em termos de visibilidade e, logo, de segurança.