Aqui fica, finalmente, uma introdução ao conceito das longtails, que procuramos divulgar e promover em Portugal com a Xtracycle.
O que é uma bicicleta longtail?
Basicamente, é uma bicicleta com uma traseira alongada graças a uma maior distância entre eixos – ‘longtail‘ significa ‘cauda longa’; as rodas estão afastadas mais 40 cm (aproximadamente) do que numa bicicleta normal. Do ponto de vista do aspecto exterior, as longtails serão as station wagons das bicicletas.
Que consequências tem a maior distância entre eixos?
Bom, várias, e interligadas:
- O centro de gravidade altera-se. Numa bicicleta normal o peso do utilizador distribui-se desigualmente pelas duas rodas, sendo a de trás a que suporta mais peso. Numa longtail o peso do utilizador é distribuído pelas duas rodas de forma mais equitativa. Resultado: a roda de trás fica mais aliviada e a da frente passa a suportar mais peso do que antes.
- A direcção fica mais pesada – houve transferência de peso para a frente.
- A bicicleta ganha estabilidade. É mais fácil conduzir sem as mãos no guiador, por exemplo.
- Há um efeito de suspensão intrínseco à nova geometria, as lombas deixam de ser um desconforto, por exemplo; há um amortecimento natural das irregularidades do terreno.
- A roda traseira perde alguma tracção (com a bicicleta sem carga) – houve transferência de peso desta para a da frente. Isto pode levar a que a roda derrape um pouco quando se começa a pedalar em pé a partir de um estado estacionário. No entanto…
- A maior distância entre eixos faz com que a roda traseira da bicicleta não “fuja” para os lados se derrapar um pouco. Isto torna as longtails boas para zonas com neve.
- Torna-se difícil ou mesmo impossível saltar com a bicicleta (bunny hops).
- A brecagem aumenta, sendo necessário mais espaço para curvar.
- Consegue-se fazer subidas mais inclinadas sem o risco de a bicicleta ameaçar virar-se por a roda da frente começar a levantar.
Para que serve uma longtail?
Para aumentar muito significativamente a capacidade de carga de uma bicicleta, sem perder o aspecto e as características de condução de uma bicicleta tradicional.
Para ideias do que transportar numa Xtracycle, por exemplo, visite esta página.
Dependendo do modelo, dá para transportar passageiros como em qualquer outra bicicleta, crianças em cadeirinhas próprias à frente ou atrás, até bicicletas e reboques atrelados. No entanto, uma longtail também dá para transportar passageiros adultos sobre a roda traseira, ou levar mais crianças de uma só vez, ou levar carga e passageiros tudo ao mesmo tempo. 🙂
Pessoalmente, apaixonei-me por este conceito quando vi isto:
Nessa altura ainda nem sonhava com a Cenas a Pedal, mas já sabia que queria isto, este lifestyle. ‘Cheers” to work on making dreams come true. 😉
Quem inventou, onde surgiu este conceito?
História recente, porque provavelmente há 100 anos algo deste género deve ter sido inventado mas por qualquer motivo não vingou (acontece com muitos conceitos de bicicletas):
Em 1998 surgiu a Xtracycle, uma empresa americana com um conceito revolucionário: o kit FreeRadical permitia acrescentar um módulo de extensão traseira a qualquer bicicleta (especificamente, os tipos mais recomendados são as bicicletas de montanha sem suspensão atrás, hardtails) (ver especificações aqui). Era criado o conceito de SUB – Sports Utility Bicycle. A invenção surgiu pela mão do Ross Evans, na altura um estudante na Universidade de Stanford, nos EUA. A ideia era arranjar uma solução para acrescentar às vantagens da bicicleta como uma das formas de transporte mais limpas, baratas e convenientes a do transporte eficiente de carga. Assim, depois de muita investigação e muitos protótipos, o conceito Xtracycle surgiu incorporando os objectivos iniciais: a maneira mais económica, leve, simples, manobrável e adaptável de carregar carga. Mais sobre a história e filosofia da Xtracycle aqui, aqui, aqui, e entrevista com o Kipchoge Spencer, ex-presidente da empresa. E em vídeo, no documentário “Selling the Revolution“, filmado em 2000, nos primeiros anos da empresa:
Para perceber a função dos vários componentes do FreeRadical, ver o quadro interactivo nesta página.
A estrutura modular deste kit permite que o utilizador o instale na bicicleta da sua preferência (em tamanho, tipo de quadro, marca, etc). Presta-se ainda a bastante actividade criativa por parte da comunidade de utilizadores Xtracycle, que desenvolvem e testam uma série de adaptações, acessórios e modificações ao conceito base, no melhor estilo “faça você mesmo”. Exemplos são um sistema móvel de som, um liquidificador a pedal, vários SnapDecks almofadados, um fantástico kit de motor de assistência eléctrica (Stokemonkey, actualmente num período de vendas suspensas), um LongLoader em cobre e PVC, duas cadeirinhas de transporte de crianças em madeira, extensões nos FreeLoaders e rodinhas para manobras em espaços apertados, como elevadores, personalização gráfica do SnapDeck, um SnapDeck com caixas integradas (e trancáveis), uma longboard a servir de SnapDeck (olha a co-modalidade!),…
A capacidade de carga do FreeRadical está definida em 90 kg, para o kit como um todo, mas este limite está condicionado à capacidade de carga anunciada da bicicleta em que é instalado (que costuma ser baixa, para aí 100 kg); é importante equipar a bicicleta com rodas o mais fortes possível – as usadas em bicicletas em tandem, por exemplo. A instalação deste kit (tal como qualquer substituição por peças “não autorizadas” pelos fabricantes) anula a garantia da bicicleta original. O kit é removível a qualquer altura, e a inter-conversão não é muito complexa. Há acessórios opcionais específicos para transportar objectos maiores, mais longos ou mais pesados (H-Racks, que oferecem uma base de sustentação horizontal, e o LongLoader, que permite transportar coisas como escadotes, pranchas de surf ou violoncelos sem interferir com o pedalar) e para um passageiro apoiar os pés (os Footsies). O FreeRadical é vendido em Portugal por 432 €, na Cenas a Pedal.
Em 2000 os responsáveis pela Xtracycle LLC criaram uma organização-irmã, sem fins lucrativos, para onde direccionam muito do lucro obtido pela empresa, a XAccess Foundation, depois redesignada Worldbike. Aqui desenvolvem e comercializam versões de baixo custo e adaptadas ao contexto dos países em vias de desenvolvimento do conceito do FreeRadical. A Extrabike é uma versão mais rugged do FreeRadical, e a Big Boda outra ainda mais especializada.
Desenvolveram também a Worldbike, uma bicicleta completa:
O vídeo seguinte mostra algumas imagens do primeiro teste de mercado da Big Boda no Quénia, em que foram vendidas cerca de 50 bicicletas e avaliado o seu impacto na vida das pessoas:
Em 2006 a Yuba, empresa do Ben Sarrazin, que trabalhou vários anos com a Xtracycle, estava em “incubação” e em 2007 já havia exemplares da Mundo Utility Bicycle exibidos em feiras do sector.
Esta bicicleta é a evolução natural da Worldbike, desenvolvida na organização com o mesmo nome (e ligada à Xtracycle, como atrás explicado). Em 2008 é o grande arranque, parece. Esta talvez seja a primeira bicicleta de carga de “long wheel base” (com uma maior distância entre eixos) em produção. É vendida como uma bicicleta completa – tamanho único, e roda 26” – e custa 549 € na Europa, a versão de 6 velocidades (de desviador). A grelha traseira de bagagem e algo similar a uns H-Racks estão incorporados no quadro (que também servem de apoios para os pés dos passageiros), não traz sacos de transporte e não é compatível com os componentes/acessórios do FreeRadical, como por exemplo os FreeLoaders. A capacidade de carga é elevada: 200 kg, tem 6 mudanças, 21 kg de peso e um comprimento de 210 cm (ver especificações aqui). Outras fotos aqui, aqui e aqui, por exemplo.
A Surly foi o primeiro fabricante de bicicletas a responder aos apelos da Xtracycle para desenharem uma longtail de raíz, integrada, abraçando o conceito de bicicletas utilitárias longtail. A Big Dummy (ver especificações) já está em pré-produção, sendo que o primeiro lote estará pronto em Fevereiro de 2008. Por agora, é vendida como um conjunto de quadro (em 4 tamanhos) + garfo à escolha, para roda 26”, o consumidor escolherá o resto das peças a seu gosto para montar a bicicleta mais adequada às suas preferências.
É compatível e funciona com os componentes/acessórios do FreeRadical da Xtracycle (V-Racks, Snapdeck, FreeLoaders, etc); no fundo, um quadro similar ao do FreeRadical foi embutido, incorporado num quadro normal de bicicleta, tornando-se um só. O resto necessário para transportar a carga é fornecido pelos restantes componentes do kit da Xtracycle. Mais info aqui. O preço na Europa rondará os 970 € (só o quadro + o garfo, atenção…), e o kit longtail da Xtracycle para este quadro ficará por 259 €.
A vantagem da Big Dummy relativamente a outra bicicleta com o kit FreeRadical instalado é a maior rigidez do quadro, minimizando a torsão lateral que se sente quando se leva a bicicleta muito carregada. O facto de ser vendida apenas em versão de quadro + garfo permite customizar o resto da bicicleta.
Entretanto, a Kona também já apresentou a sua primeira longtail, a Ute.
Exemplo numa foto “ao vivo”, aqui.
Em inglês americano “Ute” é frequentemente usado para referir um SUV (Sports Utility Vehicle). Em inglês australiano é por vezes usado informalmente para designar qualquer veículo utilitário, nomeadamente carrinhas do tipo pickup. Este modelo será lançado este ano, 2008, a um preço de 799 € na Europa. Mais alguma info aqui e aqui.
A Ute é vendida como uma bicicleta completa – tamanho único, rodas 700c, o que implica que eventuais customizações terão que ser feitas a posteriori e na base de substituições dos componentes de origem (ver especificações aqui). A grelha de suporte de bagagem está incorporada no quadro, e a bicicleta é vendida já com dois alforges próprios (tem capacidade para 4).
[A Kona também está envolvida num programa humanitário de desenvolvimento em África, desenvolvendo bicicletas adequadas ao terreno para ajudar trabalhadores locais do sector da saúde a fornecer tratamento a pacientes com HIV/SIDA pelo continente – AfricaBike.]Estes 4 modelos: FreeRadical, Mundo, Big Dummy e Ute estão em produção. Mas construtores de quadros artesanais (‘frame builders‘), de empresas especializadas em bicicletas por encomenda (outra das tendências emergentes no mercado americano), também têm apresentado alguns modelos customizados feitos à medida dos desejos de alguns clientes. Exemplos de bicicletas compatíveis com os acessórios do FreeRadical:
A Xtrabike, pelo Curtis Inglis:
(Ainda levou depois um Stokemonkey).
A Xtravois, um projecto pessoal do Todd Fahrner, da Cleverchimp (que faz[ia] os Stokemonkeys):
Uma pelo Tony da Pereira Cycles:
Foto: Todd Fahrner (mais)
Outra pelo Sacha White, da Vanilla Bicycles (fazem bicicletas obscenamente lindas).
Entretanto, há outros modelos totalmente “integrados”:
A Unleaded Cargo da Sycip que é, digamos, a ultra ‘longtail cargo bike‘: para todo-o-terreno, com uma grelha de bagagem integrada atrás, e outra à frente, tem ainda suportes para o Stokemonkey (não percebi se o preço já o inclui, espero que sim!).
Com um preço nos EUA de 8500 USD, é mais barata que um carro e é isso que se propõe substituir. Mais fotos aqui (fonte).
Na Fraser Cycles têm a Pack Mule:
Fotos: Scott Dion; Jonathan Maus
Outro conceito totalmente integrado, não usa os acessórios do FreeRadical. Reparem que em baixo tem uns apoios para os pés dos passageiros. Mais fotos na galeria da evolução do conceito, que vai na 6ª versão, parece.
Há mais exemplos, mesmo que alguns menos sofisticados esteticamente (feitos para serem mais rugged), e até quem tente fazer algo similar a uma Xtracycle numa base de “usar o que há” e gastar o mínimo dinheiro possível (se o resultado é satisfatório não sei).
Além da Worldbike e da Yuba, há pelo menos um outro projecto de distribuição de bicicletas de carga longtails a baixo custo, e adaptadas às necessidades das populações em zonas desfavorecidas do globo. O Projecto Ruanda e as suas coffee-bikes:
Foto: McBomb
Outra foto aqui. Mais sobre este projecto e sobre Tom Ritchey, o seu promotor, aqui. Havia um lote de 200 bicicletas destas à venda por 1000 USD, para ajudar a financiar o projecto. UPDATE: Parece que a Worldbike foi licenciada ao Tom Ritchey para este projecto, pelo que a Xtracycle é realmente “a mãe” disto tudo! 🙂
Provavelmente, o conceito de bicicleta de carga em versão longtail não é nada de novo. Em países em que a bicicleta tem tradicionalmente uma presença muito forte, como na China, ou aqui mais perto, na Holanda, Dinamarca ou Alemanha, é muito provável que este conceito já tenha surgido há mais tempo. Dois exemplos de longtails em produção, a Filiduo da t’ Mannetje e a Packmax Duo, da Kemper:
São designs muito parecidos, e especialmente vocacionados para o transporte de crianças, parece. A diferença entre os dois modelos das duas últimas fotos é a roda traseira menor na foto da direita, que desce um pouco mais o centro de gravidade da “carga”, aumentando a estabilidade da bicicleta. É que, ao contrário do uso para transportar carga – que vai normalmente em alforges e posicionados mais perto do chão, no transporte de crianças estas ficam mais acima na bicicleta, oferecendo os problemas de equilíbrio normais. A roda mais pequena procura contrabalançar esse efeito.
Para finalizar, fica aqui uma tabela comparativa dos 4 modelos actualmente em produção (work in progress).
27 comentários a “O boom das longtails”
[…] Bruno adora a sua bicicleta longtail (ou “de cauda longa”) Surly Big […]
[…] Quando se usa o carro para levar crianças à escola ou simplesmente para as levar a passear ou a outras actividades, arranjar uma alternativa ao carro pode passar por uma longtail. […]
[…] bicicleta de cauda longa (a.k.a. longtail) é também uma solução superpopular entre as famílias. Foto: César Marques, Blog Plano […]
[…] cada vez mais as longtails em Lisboa. Esta está […]
[…] não se encontram em mais lado nenhum. Sou cliente deles há algum tempo, onde encomendei o kit Xtracycle – tinha uma bicicleta de BTT, que aos poucos fui modificando para que a mesma ficasse mais […]
[…] final de 2009, consegui resolver a questão do transporte das crianças – adquiri uma Xtracycle. Trata-se de uma extensão que se adapta à maioria das bicicletas, e lhes confere uma capacidade […]
[…] vindo a preparar um artigo sobre a Xtracyle (aproveitando para falar um pouco sobre bicicletas de carga), e agora, fica também prometido um […]
[…] engrossar a Massa Crítica de Sines com o pretexto de irem a um festival , estava a primeira longtail DIY que vi em Portugal! Uma excelente aplicação das bicicletas do Lisboa Bike […]
[…] Vejam o site que me mostrou essas “rabudas” :https://www.cenasapedal.com/blog/2008/02/01/o-boom-das-longtails/ […]
[…] Quadro: B’twin 7 tamanho M (roda 26″) de 2005 (299 €). Esta foi a bicicleta “dadora” onde mais tarde (Janeiro 2008) instalei o kit FreeRadical (449 €), transformando-a numa Xtracycle ou “longtail“. […]
[…] Esta bicicleta de carga, uma “Chuckwagon” feita artesanalmente pela Bilenky Cycle Works, é um dos novos desenvolvimentos a mencionar numa futura re-edição do post sobre as longtails. […]
[…] Um dia na vida de um ciclo-taxista em Katine (Uganda). Vejam o post acerca das longtails para mais info acerca das boda-boda. […]
[…] do conceito, e mudaram também a tagline para “Xtracycle – The Original Longtail […]
[…] Zambikes é um projecto na mesma onda dos que referi neste post, nomeadamente da […]
[…] Quer saber sobre outras bicicletas utilitárias? Veja O boom das longtails. […]
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[…] vimos uma Xtracycle, uma outra longtail de que também já falei num post anterior, a Yuba Mundo, ambas ali em nome dos distribuidores […]
Casaínho, se por acaso der para ir, eu aviso. 😉 Mas em princípio não devo conseguir ir. Mas hão-de haver outras oportunidades, concerteza. E se vieres a Lx um dia destes, apita, talvez dê para nos encontrarmos para fazeres um test drive. 🙂
Muito boa informação!!!
Adorava experimentar uma bicicleta dessas… Ana, tu não vais ao “Encontro de bicicletas alternativas”?? Se sim, era fixe levares uma destas, assim eu poderia experimentar 🙂
[…] trend: the long tail transport bike: new entrants: Yuba and Kona. Good review by […]
Hi David,
Thanks for the links and tips. 🙂 Actually, I did link to the Chupacabra. I was about to link to that same gallery you mentioned, but then I found the site of the builder, so I chose to use it instead.
Cheers,
(Apologies for not posting in Portuguese
This is a wonderful collection. Don’t forget the the Chupacabra (http://spencerwright.org/webgalleries/chupacabra/) which is being used by the guys who are “Riding the Spine” in the Americas (http://www.ridingthespine.com/Journey/chupacabra/ode-to-the-chupacabra).
It’s not necessarily for city use, but it is a longtail.
One other thing that longtails do well is tow other bicycles. I’ve done this three times, the first also carrying groceries and the tired rider (not shown) of the bike:
http://gallery.mac.com/dr2chase/100060/IMG_1777/web.jpg
http://gallery.mac.com/dr2chase/100060/IMG_3054/web.jpg
http://gallery.mac.com/dr2chase/100060/IMG_3221/web.jpg
The last bike was quite heavy and affected the handling somewhat.
[…] clever new bike business called Cenas a Pedal co-founder Ana Pereira has written probably the most comprehensive overview of this type of bike I’ve seen, tying it back in the end to Dutch tweelingfietsen”. I […]
Hugo, a Worldbike parece estar a trabalhar no Quénia, as CoffeeBikes no Ruanda. Houve um projecto de desenvolvimento de bicicletas-ambulância na Namíbia. Não tenho conhecimento de projectos semelhantes em Moçambique, mas acho que é capaz de se encontrar alguma coisa se explorares mais a fundo o Google. 😉
Ana, o artigo está fantástico. Adorei a parte dos projectos em África e impacto positivo na vida das pessoas. Muito bom mesmo! Durante a pesquisa descobriste algum projecto semelhante a decorrer em Moçambique?
Obrigada. 🙂 Deu algum trabalho. O meu maior receio é que isto não seja tão fácil de “captar” para alguém para quem seja realmente novo. É difícil abstraírmo-nos do nosso ponto de vista quando estamos muito envolvidos numa coisa. 🙂
De qualquer modo, é um trabalho em curso. Há outro blogger nos EUA que se prepara para fazer algo similar, mas com o bónus de ir ver e experimentar os 4 modelos ao vivo e em primeira mão, pelo que espero poder actualizar/corrigir/completar isto daqui a umas 2 semanas. 🙂
Excelente artigo! Impossível ser mais completo, informativo ou ilustrado.